Revista oficial da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):-
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The centenary of atopy
Fábio Chigres Kuschnir
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):1-2
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Hypersensitivity reactions to vaccines
Ana Karolina Barreto Berselli Marinho; Adriana Azoubel Antunes; Bianca Noleto Ayres Guimarães; Clarissa Morais Busatto Gerhardt; Claudia França Cavalcante Valente; Claudia Leiko Yonekura Anagusko; Emanuel Sarinho; Fátima Rodrigues Fernandes; Gilberto Saciloto; Gisele Feitosa Zuvanov Casado; Irma Cecilia Douglas Paes Barreto; Ronney Corrêa Mendes; Mônica de Araújo Álvares da-Silva; Aluce Loureiro Ouricuri; Lorena de Castro Diniz
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):3-22
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O desenvolvimento e a ampliação do uso das vacinas durante décadas contribuíram para o controle e erradicação de doenças infecciosas, causando um grande impacto na saúde pública no mundo. A análise de segurança das vacinas percorre criteriosos processos e fases dos estudos clínicos, um dos pilares essenciais para aprovação regulatória e utilização do produto na população. O evento supostamente atribuído à vacinação e imunização (ESAVI), terminologia atual, é definido como qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação que possui, ou não, uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico. Cabe ressaltar que eventos adversos mais raros ou inesperados, incluindo os eventos de hipersensibilidade, poderão ocorrer na fase pós-comercialização, quando as vacinas são aplicadas em milhões de pessoas. Neste artigo, serão discutidos os principais aspectos relacionados aos eventos adversos de hipersensibilidade pós-vacinais de interesse do especialista, e os desafios frente ao reconhecimento do agente causal e conduta a ser adotada. Além disso, serão revisados os potenciais alérgenos presentes nas vacinas de uso rotineiro para auxiliar o profissional de saúde na identificação de pacientes com potencial de risco de ESAVI por tais componentes. A atualização do conhecimento acerca da segurança e dos benefícios das vacinas pelos profissionais de saúde, sobretudo em populações especiais, contribui para condutas em imunização mais apropriadas, reduzindo o risco de exposição a um possível alérgeno em pessoas comprovadamente alérgicas às vacinas ou a alguns dos seus componentes, além de evitar contraindicações desnecessárias em eventos coincidentes ou não graves.
Descritores: Hipersensibilidade, vacinas, imunização.
Understanding before incorporating: a portrait of milk allergy programs implemented in Brazil
Cinthya Vivianne de Souza Rocha-Correia, Maria Sueli Soares Felipe
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):23-40
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Este trabalho objetiva caracterizar a assistência ofertada às crianças com alergia ao leite em programas públicos, e os desafios enfrentados na sua implantação, no contexto da pré-incorporação no Sistema Único de Saúde, de três fórmulas infantis para alergia ao leite. Estudo exploratório, transversal e abordagem quantitativa. Foram avaliados 21 programas/serviços de todas as regiões brasileiras. O principal indutor da criação destes programas foi a judicialização (80,9%), e o fornecimento destas fórmulas especiais foi realizado para crianças com até 2 anos de idade. Os principais desafios para a criação e execução destes programas foram a falta de recursos humanos e financeiros, a falta da contrapartida da União, protocolo unificado para o diagnóstico (Teste de Provocação Oral), e a escolha dos tipos das fórmulas. A estratégia mais adotada para redução dos custos foi a adequação das normas e protocolos (61,9%). Não houve diferença significativa entre os programas estaduais e municipais. Este estudo apresenta uma avaliação inédita e detalhada sobre os programas, trazendo discussões que corroboram a tomada de decisões, o uso racional de recursos públicos, a melhor assistência às crianças e o fortalecimento do sistema de saúde nacional.
Descritores: Sistema Único de Saúde, avaliação de programas e projetos de saúde, continuidade da assistência ao paciente, hipersensibilidade a leite, gestor de saúde.
Risk of asthma exacerbation in adolescent users of electronic nicotine delivery systems: a systematic review and meta-analysis
Anne Karoline Cardozo da Rocha; Andresa Emy Miyawaki; Marina Alves Trombini; Victória Augusta Cavassim Costa Rosa; Raul Cesar Santos Prestes; Thamires Bezerra Costa; Herberto José Chong-Neto; Marilyn Urrutia-Pereira; Dirceu Solé; Nelson Augusto Rosário-Filho; Miguel Morita Fernandes-Silva; Débora Carla Chong-Silva
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):41-48
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Este trabalho tem como objetivo investigar a associação entreo o uso dos cigarros eletrônicos e doenças pulmonares em adolescentes. Foi realizada uma revisão sistemática na base de dados PubMed. Os termos Mesh incluídos na busca foram "Electronic Nicotine Delivery Systems" e "Lung Diseases" e sinônimos no título e abstract, com o filtro de idade "child: birth - 18 years", para buscar artigos relacionados ao uso de cigarros eletrônicos e doenças pulmonares em adolescentes. Os critérios de elegibilidade consistiram em: usuários adolescentes, exposição ao cigarro eletrônico e doença pulmonar como desfecho. Os artigos foram selecionados por uma revisão pareada de maneira independente, primeiramente com a leitura dos títulos e resumos, seguida da leitura integral dos artigos selecionados, os quais foram analisados pela ferramenta New Castle-Ottawa quanto sua qualidade, e receberam entre 5 e 7 estrelas. Os dados encontrados foram extraídos para a realização da metanálise. Inicialmente foram encontrados 61 artigos, sendo seis considerados elegíveis, todos transversais e com aplicação de questionários. Na metanálise foi encontrada uma associação significativa entre o uso de cigarro eletrônico e exacerbação de asma (OR ajustado 1,44; IC 95% 1,17-1,76). Não foram encontrados estudos que avaliassem a associação do cigarro eletrônico e outras doenças pulmonares, incluindo EVALI (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury), em adolescentes. Na metanálise foi encontrada uma associação significativa entre exacerbações de asma e uso de cigarros eletrônicos em adolescentes com asma crônica e nos previamente hígidos.
Descritores: Asma, adolescente, sistemas eletrônicos de liberação de nicotina, pneumopatias.
Comparative effects of aerobic, combined, and intermittent exercise in children and adolescents with asthma: a systematic review
Denise Lautenschleger Fischer; Kamila de Lima Souza; Mauro Henrique Moraes Vargas
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):49-59
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A asma é uma doença crônica, com patogênese e etiologia heterogêneas. Considera-se o quadro inflamatório como um dos principais desencadeantes do broncoespasmo e obstrução das vias aéreas, os quais levam às manifestações clínicas. Sugere-se que os exercícios físicos sejam uma terapêutica importante para evitar distúrbios cardiovasculares, musculoesqueléticos e psicossociais, e ajudar no controle da doença. O objetivo deste estudo é analisar os efeitos comparativos dos exercícios físicos aeróbicos, combinados (resistência e aeróbico) e intermitentes na capacidade funcional, função pulmonar e qualidade de vida das crianças e adolescentes com asma, identificando também as possíveis relações dos exercícios com outros parâmetros funcionais e componentes inflamatórios característicos da asma. As fontes de buscas utilizadas foram PEDro, LILACS, PubMed e Cochrane Library/Central, dos quais selecionou-se apenas ensaios clínicos randomizados, em crianças e adolescentes com o diagnóstico de asma, com idade entre 6 e 17 anos, publicados nos últimos dez anos, nas línguas inglesa e portuguesa. Foram identificadas 8.136 referências, sendo que destas, apenas três preencheram os critérios de inclusão. Considerando o tempo de intervenção, o exercício aeróbico apresentou melhores resultados referente à capacidade funcional. Em relação ao parâmetro comum utilizado para avaliar a função pulmonar, o exercício intermitente foi o único a obter alterações significativas. Quanto à qualidade de vida, o exercício intermitente obteve resultados superiores, e os exercícios combinados destacam-se pela melhora musculoesquelética. A prática de exercícios físicos pode ser uma boa estratégia, não farmacológica, para reduzir as consequências desta patologia.
Descritores: Asma, exercício físico, criança, adolescente.
Educational interventions for atopic dermatitis in children: what's new?
Renata Robl Imoto; Thais Braga Cerqueira; Vânia Oliveira de Carvalho
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):60-68
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A educação dos cuidadores dos pacientes com dermatite atópica (DA) pode possibilitar a melhora da qualidade de vida e minimizar a gravidade da doença, já que esta tem um imensurável impacto emocional, social e financeiro nas famílias dos doentes. Entretanto, não há um consenso de qual o escopo ideal e frequência para a entrega das informações educativas sobre a patologia e terapêutica. Esta é uma revisão integrativa de literatura cujo objetivo foi avaliar estudos sobre a eficácia de intervenções educativas para pais e pacientes pediátricos com DA na gravidade da doença e na qualidade de vida. Foi realizada uma busca nas bases de dados do PubMed e MEDLINE, em acesso realizado em 08/08/2022, incluindo publicações de 2000 a 2022, nos idiomas português e inglês, incluindo os termos: "atopic dermatitis", "education program", "therapeutic education". Foram incluídos 15 artigos nesta revisão. As metodologias dos estudos são diversas e as ferramentas utilizadas pelos pesquisadores também são heterogêneas, o que dificulta a comparação dos resultados. Dos temas abordados, o cuidado da pele e/ou rotinas básicas foram temas sempre incluídos. E, apesar da literatura demonstrar melhora na gravidade da doença e na qualidade de vida dos cuidadores e pacientes com DA após as intervenções, isso não foi um consenso entre os autores. A educação terapêutica pode ser útil para aumentar a adesão ao tratamento e prevenção de complicações; porém, estudos prospectivos com casuística maior são primordiais para esclarecer qual o escopo ideal e frequência para a entrega destas informações.
Descritores: Dermatite atópica, criança, educação.
Mast cells and mast cell activation syndrome: what's new?
Sofia Couto; Tiago Rama; Catarina Martins; Luís Miguel Borrego
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):69-77
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Os mastócitos são as principais células efetoras da resposta alérgica aguda, desempenhando também um papel importante na angiogênese, tolerância imunológica, regulação da fibrinólise, regeneração neuronal e osteoclastogênese. Localizam-se maioritariamente na pele e nas mucosas do intestino e pulmões, onde exercem uma função "sentinela". As síndromes de ativação mastocitária são caracterizadas pela ocorrência de episódios recorrentes de manifestações clínicas resultantes da libertação de mediadores mastocitários. Esta constitui-se como entidade complexa com um espectro de sintomas associados, representando um desafio diagnóstico e terapêutico. Nesta revisão, os autores pretendem apresentar uma visão geral sobre a estrutura e função dos mastócitos e sobre os critérios diagnósticos e abordagem terapêutica da síndrome de ativação mastocitária.
Descritores: Mastócitos, mastocitose, síndrome de ativação mastocitária.
Translation and validation of the Drug Hypersensitivity Quality of Life Questionnaire (DrHy-Q) to Brazilian Portuguese
Denise Neiva Santos de Aquino; Ligia Maria de Oliveira Machado; Inês Cristina Camelo Nunes; Ilaria Baiardini; Luis Felipe Ensina; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):78-88
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INTRODUÇÃO: A hipersensibilidade a fármacos é uma condição clínica debilitante, acompanhada de experiência emocional intensa e pode afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A repercussão das reações de hipersensibilidade a drogas (RHD) na qualidade vida (QV) pode ser verificada pela utilização de questionário específico, o Drug Hypersensitivity Quality of Life Questionnaire (DrHy-Q), desenvolvido originalmente na língua italiana. O objetivo foi traduzir, adaptar transculturalmente e validar a versão do DrHy-Q para a língua portuguesa (cultura brasileira, DrHy-Qb), verificando a consistência interna, validação de constructo e reprodutibilidade do DrHy-Qb, como instrumento específico de avaliação da QV nos pacientes brasileiros com hipersensibilidade a fármacos.
MÉTODOS: A adaptação do questionário consistiu na tradução e retrotradução realizadas de forma independente por três tradutores bilíngues, seguidas por pré-teste. A versão final, DrHy-Qb juntamente com o questionário de qualidade de vida resumido (SF-36), foi respondido por 84 pacientes (69% feminino, 40,3±15,2 anos) acompanhados em ambulatório especializado. Na análise fatorial, a validação de constructo foi realizada pelo cálculo do coeficiente de correlação de Pearson, de consistência interna pelo coeficiente alfa de Cronbach, e da reprodutibilidade pelo coeficiente de correlação intraclasse.
RESULTADOS: A análise estatística evidenciou consistência interna (α = 0,936) e reprodutibilidade (r: 0,984; IC95% = 0,963-0,993; p < 0,001) excelentes. A correlação entre o DrHy-Qb e o SF-36 total foi negativa e moderada (r = -0,394; p < 0,01).
CONCLUSÕES: O DrHy-Qb foi adequadamente traduzido, adaptado e validado para a cultura brasileira, podendo ser útil na avaliação da qualidade de vida dos pacientes com hipersensibilidade a fármacos.
Descritores: Hipersensibilidade a drogas, inquéritos e questionários, qualidade de vida, idioma, estudo de validação.
Levels of airborne soy allergen Gly m 1 in Maringá, PR, Brazil
Cinthya Covessi Thom de Souza; Nelson Augusto Rosario Filho; Ernesto Akio Taketomi; Juliana Silva Miranda; Ricardo Henrique Moreton Godoi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):89-95
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INTRODUÇÃO: O conhecimento da aerobiologia local é fundamental para o alergista. Os aeroalérgenos são capazes de sensibilizar e levar ao desenvolvimento de doenças respiratórias alérgicas, portanto devem ser monitorados rotineiramente, tendo em vista possíveis mudanças locais conforme alterações climáticas, poluição e atividades agroindustriais.
OBJETIVO: Verificar a presença e concentração do alérgeno principal da poeira da casca da soja (Gly m 1) na atmosfera da cidade de Maringá-PR e possíveis associações aos fatores climáticos. A escolha da soja deve-se a alta prevalência desta cultura no Brasil e nesta região do país. Até o presente momento, há apenas um estudo piloto feito por este mesmo grupo avaliando a presença deste alérgeno no Brasil.
MÉTODOS: Foram realizadas coletas de material atmosférico, durante o período de março de 2017 a março de 2018, durante 24 ou 48 horas distribuídas no decorrer do período, totalizando 70 amostras, das quais 10 foram excluídas por problemas técnicos de coleta. As amostras foram avaliadas pelo método ELISA (Enzyme linked immunosorbent assay) para Gly m 1, sendo que todas as amostras apresentaram níveis detectáveis do alérgeno.
RESULTADOS: A mediana de concentração de Gly m 1 foi de 4,89 ng/m3. Os valores encontrados variaram de 0,66 ng/m3 a 1826,1 ng/m3. Das 60 amostras analisadas, 23% delas apresentaram valores superiores a 90 ng/m3, sendo os meses de junho/2017 e março/2018 com concentrações mais elevadas. Houve correlação positiva das concentrações de Gly m 1 com as temperaturas máxima, média e mínima, umidade relativa, vento e insolação.
CONCLUSÃO: Os dados evidenciam exposições constantes da população ao alérgeno do Gly m 1, por vezes em níveis elevados possivelmente capazes de gerar sensibilização e sintomas.
Descritores: Alérgenos, soja, amostras de ar, ELISA.
Polymorphism in cytolytic pathway genes in patients with pediatric inflammatory multisystemic syndrome temporally associated with SARS-CoV-2
Aline Cristina Zanchettin; Laire Schidlowski; Anderson Azevedo Dutra; Vanessa Liberalesso; Ana Paula de Oliveira Pacheco; Heloisa Ilhe Garcia Giamberardino; Victor Horácio de Souza Costa-Junior; Aline Simoneti Fonseca; Luciane Regina Cavalli; Lúcia Noronha; Carolina Cardoso Mello Prando; Cleber Machado Souza
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):96-102
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INTRODUÇÃO: A síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica temporariamente associada ao SARS-CoV-2 (SIMP-TS) é uma doença hiperinflamatória sistêmica que ocorre em um pequeno número de crianças após serem infectadas pelo SARS-CoV-2. A síndrome de ativação de macrófagos (SAM), uma condição agressiva caracterizada pela inflamação excessiva e ativação de macrófagos bem diferenciados, demonstrou ocorrer em pacientes infectados por SARS-CoV-2. Considerando as semelhanças clínicas e fisiopatológicas entre essas doenças, neste estudo o nosso principal objetivo foi determinar se polimorfismos gênicos associados à SAM também estavam presentes em pacientes com SIMP-TS.
MÉTODOS: DNA de dez pacientes pediátricos com SIMP (grupo caso) e dez pacientes COVID-19 sem SIMP (grupo controle) foram genotipados por análise de PCR em tempo real (tecnologia TaqMan®) para polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em quatro genes selecionados associados com SAM: perforina 1 (PRF1), granzima B (GZMB), sintaxina 11 (STX11) e proteína de ligação de sintaxina 2 (STXBP2). A análise dos SNPs foi realizada utilizando o modelo aditivo, dominante e recessivo.
RESULTADOS: Uma frequência significativamente maior de um SNP (alelo selvagem C em rs6573910) no gene GZMB foi observada pelos modelos aditivo e dominante no grupo SIMP quando comparado aos controles. Além disso, uma significância limítrofe foi observada para o alelo G em rs7764017 do gene STX11 no grupo SIMP pelo modelo aditivo.
CONCLUSÕES: Nosso estudo indicou a presença de dois polimorfismos em genes associados à SAM (GZMB e STX11) em pacientes que desenvolveram SIMP-TS. Uma vez validada a presença desses SNPs em um número maior de casos de SIMP-TS, eles podem ser usados como potenciais biomarcadores para a identificação precoce de pacientes pediátricos com maior probabilidade de desenvolver SIMP-TS associado à infecção por SARS-CoV-2.
Descritores: COVID-19, síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica, síndrome de ativação macrofágica, linfo-histiocitose hemofagocítica, polimorfismo de nucleotídeo único, polimorfismos.
Bioequivalence of 2 formulations of montelukast (5 mg chewable tablet) in the fasting state: an open-label randomized, single-dose, 2-period, crossover study
Paulo Alexandre Rebelo Galvinas; Simone Grigoletto Schramm; Carlos Eduardo Sverdloff; Claudia Viana; Vinicius Marcondes Rezende; Guilherme Araújo Pinto; Klaus Nunes Ficher; Fernando Bastos Canton Pacheco
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):103-108
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INTRODUÇÃO: O montelucaste, um antagonista seletivo e ativo dos receptores de leucotrienos, é um dos agentes mais comumente usados na prática clínica no tratamento da asma, tanto em adultos quanto em crianças.
OBJETIVO: Avaliar se os perfis farmacocinéticos de duas formulações de montelucaste eram semelhantes após uma dose única de comprimidos mastigáveis de 5 mg, administrados por via oral em jejum, coletando amostras de sangue desde antes da administração até 36 horas depois disso.
MÉTODOS: Estudo comparativo randomizado, 2 sequências e 2 períodos, cruzado, de dois medicamentos em comprimidos mastigáveis: Singulair®, fornecido pela Merck Sharp e Dohme Farmacêutica Ltda. (referência) e Montelucaste 5 mg, fabricado pela Eurofarma Laboratórios S.A. (teste). Amostras de plasma obtidas de 35 indivíduos elegíveis foram analisadas para montelucaste por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massa em tandem, tendo Montelucaste-d6 como padrão interno. As concentrações máximas de montelucaste foram 299,313±11,039 ng/mL para referência e 279,803±10,085 ng/mL para formulação de teste.
RESULTADOS: A análise estatística não mostrou diferenças significativas para AUC0-36h, AUC0-inf e nem para Cmax entre as formulações, apresentando as razões Teste/Referência: 102,458 para AUC0-36h, 102,522 para AUC0-inf e 93,490 para Cmax. Nenhum evento adverso grave foi relatado durante o estudo. De acordo com a regulamentação brasileira, o atual estudo farmacocinético demonstrou bioequivalência entre os agentes individuais e forneceu evidências de bioequivalência entre Singulair® e Montelukast fabricado pela Eurofarma.
CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que os novos comprimidos genéricos são clinicamente seguros e podem ser trocados pela marca original. O montelucaste da Eurofarma oferece uma opção de tratamento mais barata, segura e eficaz para indivíduos com asma ou rinite alérgica.
Descritores: Montelucaste, farmacocinética, asma, equivalência terapêutica.
Pork-cat syndrome as cause of anaphylactic reaction to well-cooked meat
Inês Sangalho; Susana Palma-Carlos; Paula Leiria Pinto; Borja Bartolomé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):109-113
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A síndrome gato-porco é rara e ocorre em doentes alérgicos ao pêlo de gato, envolvendo reatividade cruzada entre as albuminas séricas (AS) de gato e de porco. Normalmente, a doença respiratória a pêlo de gato precede a alergia alimentar, sugerindo uma sensibilização primária à albumina sérica de gato. Uma vez que estas proteínas são termolábeis, as reações tendem a ser mais graves com carnes menos cozidas. Mulher de 27 anos com rinoconjuntivite persistente moderada a grave desde a infância que refere duas reações imediatas mucocutâneas após ingestão de pequenas quantidades de carne de porco. Os testes cutâneos por picada com extratos comerciais mostraram sensibilização à carne de porco e os testes prick-to-prick confirmaram sensibilização à carne de porco e de vaca cruas. A IgE específica (sIgE) foi positiva para carne de porco, e o ensaio ISAC mostrou sensibilização a Fel d 2. Foram realizados ensaios de immunoblotting SDS-PAGE IgE com extratos de carne de porco crua e cozidas que detectaram uma banda de 60 kDA. Nos ensaios de inibição por immunoblotting a albumina sérica de gato produziu uma inibição total da ligação da IgE ao extrato de carne de porco. A doente realizou duas provas de provocação oral com carne de porco e de vaca cozidas, ambas positivas com desenvolvimento de reação anafilática. A história clínica, os testes in-vivo e in-vitro levaram ao diagnóstico de síndrome gato-porco com reatividade cruzada clínica a outras albuminas séricas de mamíferos. A síndrome gato-porco é rara e pode causar reações fatais. Este caso frisa a importância da realização de provas de provocação oral com outras carnes de mamíferos bem cozidas em doentes com esta síndrome, de forma a estabelecer um limiar de tolerância e evitar possíveis reações anafiláticas inesperadas.
Descritores: Reatividade cruzada, albumina sérica, severidade, síndrome gato-porco.
Reactive arthritis after COVID-19: a case report
Marcelle Raschik Riche; Henrique Maciel Vieira de Moraes; Wanda Vianna Mury
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):114-117
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As complicações associadas à COVID-19 incluem insuficiência renal, miocardite, eventos trombóticos e retinite. No entanto, outras manifestações, como a artrite reativa, também parecem estar atreladas a este vírus e precisam ser mais bem investigadas. O caso relatado se refere a uma paciente de 32 anos, do sexo feminino, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), que desenvolveu um quadro de artrite reativa após 5 dias da manifestação de sintomas gripais. Foram realizados exames laboratoriais, GeneXpert para COVID-19 e punção do líquido sinovial. Observou-se GeneXpert positivo para COVID-19, aumento nos marcadores inflamatórios, marcadores sorológicos de autoimunidade não reagentes e cultura negativa no líquido sinovial. Esses resultados descartam artrite séptica, bem como artrite reumatoide, passando a ser considerado o quadro de artrite pós-infecciosa decorrente do SARS-CoV-2.
Descritores: Artrite reativa, COVID-19, autoimunidade.
Hemophagocytosis in peripheral blood culture preceding hemophagocytosis in bone marrow biopsy in secondary hemophagocytic syndrome
Bruno Macedo Pinto; Cristina Han Hue Lin; Tainá Mosca; Ademir Veras da Silva; Gustavo Nunes Wakim; Wilma Carvalho Neves Forte
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):118-122
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A síndrome hemofagocítica é determinada por desregulação do sistema imunológico, caracterizada por ativação excessiva de macrófagos, resultando em fagocitose de células sanguíneas normais no fígado, baço e medula óssea. Pode ser primária (genética) ou secundária (adquirida). Em adultos quase sempre é secundária, tendo infecções, neoplasias e doenças autoimunes como frequentes desencadeadores. Entre as principais manifestações da síndrome estão febre prolongada e hepatoesplenomegalia. O diagnóstico até o momento é confirmado pelo achado de hemofagocitose em biópsia de medula óssea. Entretanto, é descrito que a biópsia de medula óssea é normal nos primeiros dias de manifestações da síndrome. O presente relato tem como objetivo mostrar a observação de hemofagocitose em cultura de células de sangue periférico de paciente de 29 anos precedendo a hemofagocitose em biópsia de medula óssea. A paciente apresentava diferentes infecções, com grave comprometimento do estado geral e sem melhora com o tratamento das infecções. O achado laboratorial permitiu o tratamento precoce da síndrome hemofagocítica e a melhora da paciente. No presente relato a técnica utilizada está descrita detalhadamente para que possa ser reproduzida, além de ser apresentada uma revisão não sistemática da literatura sobre a síndrome.
Descritores: Linfo-histiocitose hemofagocítica, hiperferritinemia, infecção persistente.
Myasthenia gravis in the complex scenario of LRBA-related immune dysregulation
Marcela Santarelli Casella; Roberta Ismael Lacerda Machado; Igor Braga Farias; Bruno de Mattos Lombardi Badia; Paulo de Lima Serrano; José Marcos Vieira de Albuquerque-Filho; Glenda Barbosa Barros; Hélvia Bertoldo de Oliveira; Samia Rogatis Calil; Isabela Danziato Fernandes; Roberta Correa Ribeiro; Wladimir Bocca Vieira de Rezende Pinto; Paulo Victor Sgobbi de Souza; Acary Souza Bulle Oliveira
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):123-126
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Doenças autoimunes foram progressivamente reconhecidas como complicações potenciais das imunodeficiências primárias, especialmente para alguns subtipos genéticos das imunodeficiências comuns variáveis. Embora se associe comumente a outras doenças autoimunes, a Miastenia gravis autoimune adquirida foi raramente associada como complicação neuromuscular de imunodeficiências primárias. É descrito neste artigo o caso de paciente brasileira do sexo feminino com diagnóstico de Imunodeficiência Comum Variável tipo 8 por variante no gene LRBA, na qual foi identificada Miastenia gravis em associação a anticorpos antirreceptor de acetilcolina. Ela evoluiu com marcante melhora clínica após a introdução de terapêutica com imunoglobulina endovenosa.
Descritores: Miastenia gravis, imunodeficiência de variável comum, doenças do sistema imunitário, doenças autoimunes.
The forbidden fruit, a case of oral allergy
Inês Falcão; Leonor Cunha
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):127-129
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Trinta a 60% das alergias alimentares em adolescentes e adultos são associadas à alergia ao pólen e estão incluídas na síndrome pólen-frutas (SPF). Esta síndrome é caracterizada por sintomas alérgicos provocados pela ingestão de frutas ou vegetais frescos em pacientes com rinite/rinoconjuntivite alérgica sazonal. Os autores apresentam o caso clínico de um adolescente que após sensibilização primária através de pólens de gramíneas e oliveira manifestou posteriormente, por reatividade cruzada, sintomas de alergia oral com a ingestão de frutas frescas. Após recurso ao método de diagnóstico Immuno-Solid-Phase Allergen Chip (ISAC) verificou-se que as profilinas foram as proteínas responsáveis pela reatividade cruzada.
Descritores: Síndrome, pólen, frutas, adolescente, profilina.
Proficiency testing for the skin prick test: the pressing need for quality certification among ASBAI specialists
Herberto José Chong-Neto
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(1):130-131
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Action of immunobiologics in asthma remission
Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):133-135
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Climate change and its impact on human health in South America
Marilyn Urrutia-Pereira; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):136-142
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Nas últimas duas décadas as mudanças climáticas têm se intensificado, causado danos ao meio ambiente e aos indivíduos que nele habitam. Várias ações do ser humano têm contribuído para que cada vez mais essas mudanças climáticas sejam mais presentes e intensas. O aumento das desigualdades e vulnerabilidades sociais, o desmatamento, os incêndios florestais voluntários, a degradação do solo e a poluição ambiental aliados à variabilidade climática global da temperatura da água do mar podem potencialmente levar a eventos climáticos extremos, potencializando os efeitos negativos sobre a saúde. Neste trabalho é apresentado um resumo do relatório do Lancet Countdown South America, fruto da colaboração acadêmica multidisciplinar de instituições de ensino e agências sul-americanas de saúde de 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e Suriname) publicado por Hartinger e cols. (2023). Este estudo é uma alerta, pois nele são publicados os resultados do levantamento sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre a saúde humana no continente sul-americano. Conhecê-las é o primeiro passo para que políticas de saúde pública sejam instituídas, e, preferencialmente, de modo preventivo.
Descritores: Mudanças climáticas, saúde humana, desmatamento, incêndios florestais.
Aligning Specialized Care with Primary Health Care: in search of comprehensive care for asthma patients in Brazil
Luane Marques Mello; Álvaro Augusto Cruz
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):143-153
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A ocorrência de doenças alérgicas e asma ainda cresce em muitos países. Dados mostram que aproximadamente um quarto dos habitantes de países industrializados apresenta algum tipo de alergia, e nos países em desenvolvimento estas doenças podem alcançar proporções ainda maiores da população. No Brasil, embora não exista até o momento uma agenda política nacional de atenção à saúde dos pacientes com alergias e asma, iniciativas individuais em diferentes regiões têm beneficiado milhares de pacientes ao longo das últimas décadas. Estes programas têm como principais objetivos qualificar o cuidado em saúde, melhorar a qualidade de vida (especialmente dos pacientes com asma e rinite alérgica) e reduzir os indicadores de morbimortalidade relacionados às doenças. Com essa finalidade, os programas vêm se ocupando de diversas ações de educação em saúde, capacitação profissional, busca ativa para garantir diagnóstico e tratamento oportuno, e proporcionar acesso a medicamentos de forma gratuita e continuada. Entretanto, a falta de um caráter institucional que garanta o acesso universal a ações cientificamente fundamentadas, impede a equidade e a continuidade do cuidado, além de dificultar a atenção integral em asma e em outras doenças alérgicas.
Descritores: Asma, atenção primária à saúde, atenção à saúde, assistência integral à saúde, alergia e imunologia.
Olfactory dysfunction: a narrative review from diagnosis to treatment
Laís Lourenção Garcia da Cunha; Sarah Aguiar Nunes; Adriana Pitchon; Andressa Mariane da Silva; Jorge Kalil; Clóvis Eduardo Santos Galvão; Fábio Fernandes Morato Castro
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):154-162
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Os distúrbios do olfato (DO) impactam de forma significativa na qualidade de vida dos indivíduos, e o conhecimento teórico a respeito do assunto deve ser de domínio dos alergologistas e imunologistas clínicos, possibilitando, assim, o seu diagnóstico e implementação de intervenções. Suas causas podem ser variadas, entre elas estão: rinite alérgica, rinossinusite crônica com ou sem pólipos, infecções de vias aéreas superiores, exposição a substâncias químicas, doenças neurológicas, drogas, traumas e o próprio envelhecimento. O olfato pode ser avaliado e mensurado através de testes com metodologias diferentes, cujo objetivo é avaliar parâmetros como a identificação de odores, limiar e discriminação olfativa. Esses testes são de fundamental importância para caracterizar objetivamente a queixa do paciente, como também avaliar o olfato antes e após determinada aplicação terapêutica. O tratamento das desordens olfativas é baseado em sua etiologia, portanto determinar a sua causa é indispensável para uma melhor eficácia no manejo. Entre as principais opções estão os corticoides tópicos, com impacto significativo nos pacientes com doença sinusal associada, treinamento olfatório e outras intervenções como ômega 3, vitamina A intranasal, e terapias que ainda requerem mais estudos.
Descritores: Rinite, transtornos do olfato, sinusite, anosmia, COVID-19.
Drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms (DRESS): a diagnostic and treatment challenge
Dina Larissa Capelasso da Costa; Débora Mutti de Almeida Monteiro; Thabata Chiconini Faria; Ana Flavia Faria de Camargos; Veridiana Aun Rufino Pereira; Maria Elisa Bertocco Andrade; Fátima Rodrigues Fernandes
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):163-170
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INTRODUÇÃO: A reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) trata-se de uma doença grave, sendo sua gravidade relacionada ao grau de acometimento visceral, e sua taxa de mortalidade de cerca de 10%. Seu diagnóstico é desafiador, e a utilização do escore RegiSCAR como ferramenta facilita a formação deste diagnóstico.
OBJETIVO: Analisar os aspectos clínicos, laboratoriais, evolução e classificação dos casos segundo o RegiSCAR dos pacientes internados no serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, com o diagnóstico de DRESS.
MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos no período entre janeiro de 2006 a janeiro de 2020
RESULTADOS: Neste estudo verificou-se maior prevalência do sexo feminino, e a DRESS acometeu principalmente adultos e idosos, tendo como comorbidades mais frequentes as doenças cardiovasculares. Dos sintomas clínicos, 69,2% dos pacientes apresentava febre, e a alteração laboratorial mais encontrada foi a presença de eosinofilia. A lesão cutânea mais frequente foi o exantema maculopapular, e os medicamentos, os anticonvulsivantes. O tempo prévio de uso do medicamento foi de 2,1 semanas, e todos os pacientes receberam corticoide sistêmico como tratamento principal, e 3 pacientes fizeram uso da imunoglubulina humana como tratamento adicional.A mortalidade foi de 7% na fase aguda, e 14% por causas secundárias.
CONCLUSÃO: A DRESS é uma síndrome complexa grave e potencialmente fatal, cujo diagnóstico é desafiador. O uso do escore preconizado pelo RegiSCAR demonstrou ser importante auxílio na confirmação do diagnóstico e na diferenciação de outras doenças. A mortalidade encontrada destaca a gravidade da doença. Reconhecer e excluir a droga implicada e iniciar um tratamento precoce permite maior chance de sobrevida para estes pacientes.
Descritores: Eosinofilia, anticonvulsivantes, hipersensibilidade a drogas, síndrome de hipersensibilidade a medicamentos.
Oral food challenge: a Brazilian panorama
Lucila Camargo Lopes de Oliveira; Jackeline Motta Franco; Ana Carolina Rozalem Reali; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Ariana Campos Yang; Bárbara Luiza de Britto Cançado; Fabiane Pomiecinski Frota; Germana Pimentel Stefani; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima; José Carlison Santos de-Oliveira; José Luiz Magalhães Rios; Nathalia Barroso Acatauassú Ferreira; Renata Rodrigues-Cocco; Valéria Botan-Gonçalves; Norma de Paula M. Rubini; Emanuel Sarinho; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):171-180
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INTRODUÇÃO: O teste de provocação oral (TPO) com alimentos é o padrão ouro para avaliação diagnóstica e de aquisição de tolerância em pacientes com alergia alimentar (AA). Exige, no entanto, equipe especializada e local apropriado para execução, uma vez que reações alérgicas, incluindo anafilaxia, podem acontecer. Foi recém-incorporado como procedimento reconhecido pelo Sistema Único de Saúde e pela Agência Nacional de Saúde, mas apenas no contexto da alergia ao leite de vaca para pacientes com até 24 meses de vida.Pouco se sabe sobre sua disponibilidade/execução no território brasileiro.
OBJETIVOS: Explorar o perfil de realização de TPO com alimentos em âmbito nacional, bem como as limitações para a sua não realização.
MÉTODOS: Inquérito virtual foi disponibilizado por e-mail aos 2.500 sócios cadastrados na Associação Brasileira de Alergia e Imunologia questionando sobre a prática de TPO, formação do profissional, limitações para sua não realização e possíveis soluções para sua execução
RESULTADOS: Foram obtidas 290 respostas (11,6% dos associados), sendo a maioria deles proveniente da Região Sudeste (56,1%). Realizam TPO 54,5% (158/290) dos associados, 62% destes mais de 5 TPOs/mês, principalmente para leite e ovo. A execução de TPO na atualidade, majoritariamente na rede privada, esteve associada à prática do procedimento durante a especialização. Falta de recurso e ambiente apropriados são as maiores limitações para a não realização do TPO.
CONCLUSÕES: Apesar do viés de seleção inerente à metodologia empregada do estudo, este inquérito pioneiro em território nacional tem importância por esclarecer e discutir a realização do TPO no âmbito do Brasil. Certamente este procedimento ainda é insuficientemente realizado no Brasil.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, diagnóstico, prognóstico, alimentos.
Allergic rhinitis among medical students: perceptions about diagnosis, symptom control, and quality of life
Phelipe dos Santos Souza; Henrique de Rocco Echeverria; Ana Alice Broering Eller; Gabriel de Araujo Granado
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):181-188
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INTRODUÇÃO: A rinite alérgica (RA) é uma doença com sintomas nasais, como rinorreia, espirros e congestão nasal, causada pela inflamação da mucosa após a exposição do indivíduo a um agente alérgeno. A sintomatologia da doença causa consequências na qualidade de vida do paciente, que frequentemente possui problemas de sono, irritabilidade e fadiga. Estudantes podem ter seu desempenho acadêmico afetado de modo negativo pela doença.
OBJETIVO: Tendo em vista a problemática que a doença causa na performance de estudantes, esse estudo pretende analisar a prevalência da RA nos discentes da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), com a finalidade de identificar o grau de comprometimento na qualidade de vida dos estudantes com a doença e relacionar com o seu grau de controle dos sintomas da rinite alérgica.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo observacional, a partir de dados coletados de estudantes de Medicina, através de questionários específicos para avaliação do controle dos sintomas e impacto na qualidade de vida, sendo eles: o Rhinitis Control Assessment Test e o Sino-Nasal Outcome Test
RESULTADOS: 88 estudantes de Medicina foram avaliados neste estudo, a prevalência da RA foi de 69%. A maioria dos estudantes possui a doença controlada, o que caracteriza menor impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes. Entre eles, os sintomas de maior impacto são: espirros, obstrução nasal e lacrimejamento ocular. Houve correlação estatística entre o controle dos sintomas e o impacto dos mesmos na qualidade de vida, avaliado pelos questionários RCAT e SNOT-22 (r = -0,4277; p < 0,001).
CONCLUSÃO: O conhecimento disseminado entre estudantes de Medicina sobre rinite alérgica, diferentemente do resto da população, permite que os mesmos tenham maior conscientização, aderência aos tratamentos e percepção do quadro. Por isso, a educação da população se faz essencial e útil para controle dos sintomas e garantia da qualidade de vida coletiva.
Descritores: Rinite alérgica, estudantes de Medicina, qualidade de vida.
Characteristics of patients with hypersensitivity reactions to chemotherapeutic and biological agents and desensitization behavior
Juan Camilo Ardila; Diana Maria Martinez Castillo; Ana Maria Calle; Carlos Chinchilla
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):189-200
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INTRODUÇÃO: A hipersensibilidade aos agentes quimioterápicos e biológicos aumentou nos últimos anos devido ao seu uso frequente. Evitar tem sido a primeira linha de ação, levando à diminuição da eficácia do tratamento e ao aumento de eventos adversos.
OBJETIVOS: Caracterizar os aspectos sociodemográficos e clínicos de pacientes com reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos submetidos a dessensibilização e procedimentos biológicos em uma cidade colombiana.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, retrospectivo e multicêntrico em pacientes com reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos e biológicos submetidos à dessensibilização
RESULTADOS: Foram incluídos 45 procedimentos de dessensibilização em 14 pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos e biológicos (57,1% mulheres, com mediana de idade de 42,5 anos). O medicamento mais relatado foi o rituximabe (57%). O envolvimento cutâneo foi o mais frequente (78,6%) e os corticosteroides sistêmicos foram o tratamento mais utilizado (78,6%). As reações ocorreram em 31,1% e apenas a pré-medicação com corticosteroides foi associada a uma menor gravidade destas. Todos os casos de dessensibilização foram bem-sucedidos.
CONCLUSÕES: A dessensibilização a agentes quimioterápicos e biológicos provou ser uma ferramenta útil e segura em uma população colombiana.
Descritores: Hipersensibilidade, agentes antineoplásicos, terapia biológica, dessensibilização.
COVID-19 vaccination safety in patients with hymenoptera venom allergy referred by primary health care
Ricardo José Brás; Joana Cosme; Rita Brás; Elisa Pedro; Amélia Spínola Santos
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):201-208
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INTRODUÇÃO: As reações de hipersensibilidade após vacinação contra a COVID-19 têm vindo a ser descritas, embora a anafilaxia seja rara. A hipersensibilidade ao veneno de himenópteros constitui a terceira causa mais frequente de anafilaxia em Portugal, embora não pareça aumentar o risco de anafilaxia à vacinação contra a COVID-19.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da vacinação contra a COVID-19 em doentes com história de alergia ao veneno de himenópteros referenciados dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo com inclusão dos doentes com alergia ao veneno de himenópteros referenciados pelos CSP ao serviço de Imunoalergologia, para estratificação do risco de reações de hipersensibilidade à vacina contra o SARS-CoV-2, entre janeiro e dezembro de 2021
RESULTADOS: No total, incluíram-se 18 doentes, 72% do sexo feminino, média de idades de 61±18 [21-89] anos. Na caracterização do tipo da reação ao veneno de himenópteros, as reações locais exuberantes corresponderam a 33% de todas as reações referidas. Quanto a sintomas sistêmicos de anafilaxia, foram referidos sintomas mucocutâneos (33%), respiratórios (28%), cardiovasculares (33%) e gastrointestinais (11%). A abelha foi o inseto mais frequentemente implicado (61%). Relativamente aos valores de triptase basal, 3 doentes apresentaram níveis acima do cut-off estabelecido de 11,4 ng/mL, tendo indicação formal para iniciar esquema de vacinação em meio hospitalar. Durante o processo vacinal registrou-se um total de 46 administrações em 18 doentes, todas sem intercorrências. Apenas 5 doentes foram vacinados em meio hospitalar, tendo sido os restantes encaminhados para os CSP. Os doentes com mastocitose confirmada ou suspeita foram submetidos à pré-medicação com anti-histamínico anti-H1 e antiH2, bem como montelucaste, na véspera e no dia da vacinação.
CONCLUSÕES: A vacinação contra a COVID-19 é segura em doentes com reação de hipersensibilidade ao veneno de himenópteros. O protocolo utilizado mostrou ser eficaz na segregação de doentes entre CSP e cuidados secundários/terciários.
Descritores: Alergia, anafilaxia, hipersensibilidade ao veneno de himenópteros, triptase, vacinação COVID-19.
Coexisting autoimmune diseases: an opportunity to associate immunobiologicals?
Isaac Teodoro Souza-e-Silva; Pablo Waldeck Gonçalves-de-Souza; Rossy Moreira Bastos-Junior; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):209-212
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O tratamento das doenças autoimunes com imunobiológicos é uma opção segura na prática clínica. A simultaneidade na ocorrência de doenças imunomediadas em um mesmo indivíduo pode determinar a necessidade da associação dos imunobiológicos para controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida dos doentes. Relatamos o caso de uma paciente com artrite reumatoide em uso de etanercepte, que necessitou da associação de omalizumabe para o tratamento de urticária crônica espontânea.
Descritores: Urticária, angioedema, omalizumabe, etanercepte, terapia biológica.
Omalizumab as urticaria treatment in the context of the COVID-19 pandemic
Luis Felipe Ensina; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Rosana Câmara Agondi; Faradiba Sarquis Serpa; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Roberta Fachini Jardim Criado; Joanemile Pacheco de-Figueiredo; Juliano Coelho Philippi; Fernanda Lugão Campinhos; Chayanne Andrade de-Araújo; Luisa Karla Arruda
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):213-218
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O início da pandemia de COVID-19 foi marcado por incertezas diante do desconhecimento sobre a doença.Uma série de dúvidas relacionadas ao uso de imunobiológicos no contexto da pandemia foi levantada, inclusive em relação ao tratamento com omalizumabe em pacientes com urticária crônica (UC). Este estudo teve como objetivo analisar os dados relacionados à gravidade da COVID-19 e a evolução da urticária em pacientes em terapia com omalizumabe acompanhados por especialistas no Brasil. Foi realizada análise retrospectiva de dados de pacientes com UC tratados com omalizumabe entre julho/2020 e junho/2021 que apresentaram COVID-19. Foram avaliados dados relacionados às características clínicas dos pacientes e evolução da urticária durante a infecção pelo SARS-CoV2. Foram incluídos 28 pacientes em tratamento com omalizumabe, sendo 27 com urticária crônica espontânea (UCE), dos quais 25% tinham alguma urticária induzida associada. A maior parte dos pacientes (71%) estavam utilizando doses quadruplicadas de anti-histamínicos modernos de 2ª geração associados ao omalizumabe. Todos os pacientes estavam com os sintomas controlados. Entre os sintomas apresentados durante a COVID-19, os mais frequentes foram: febre (43%), cefaleia (36%), mal-estar (32%), hipo/anosmia (29%) e tosse (21%). Quatro pacientes foram hospitalizados, um deles em unidade de terapia intensiva. Um paciente relatou piora dos sintomas da UC durante a COVID-19. Cinco (18%) pacientes apresentaram piora dos sintomas da UC após a resolução da COVID-19. Todos os pacientes se recuperaram da COVID-19 sem sequelas graves. O OMA não pareceu aumentar o risco de COVID-19 grave e poderia ser usado com segurança em pacientes com UC.
Descritores: Urticária, omalizumab, COVID-19.
Anaphylaxis and systemic mastocytosis caused by Solenopsis invicta stings
Mario Geller; Phillip Scheinberg; Mariana C. Castells
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):219-221
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A mastocitose sistêmica indolente é uma doença rara caracterizada por um número aumentado de mastócitos na medula óssea e em outros tecidos, como fígado, baço, linfonodos e pele.Pacientes com mastocitose sistêmica indolente e altos níveis séricos de triptase correm risco de anafilaxia induzida pelo veneno dos Hymenoptera. A imunoterapia com veneno de himenópteros em pacientes com IgE específica é segura e eficaz. Embora alguns pacientes possam receber imunoterapia com veneno ultrarrápido com efeitos colaterais mínimos, o omalizumabe protegeu efetivamente contra a anafilaxia durante a fase de acúmulo.
Descritores: Anafilaxia, mastocitose sistêmica indolente, urticária pigmentosa, formiga-de-fogo importada, Solenopsis invicta, imunoterapia com veneno de himenópteros, alfa triptasemia hereditária.
Anaphylaxis associated with intracavernous penile injection of prostaglandin E1 in combination with papaverine and phentolamine
Mario Geller
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):222-224
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A prostatectomia radical total para câncer de próstata avançado pode levar à impotência sexual, associada a uma disfunção erétil grave. Um tratamento amplamente recomendado para esta condição incapacitante é a injeção intracavernosa no pênis de uma mistura de prostaglandina E1, papaverina e fentolamina. Até onde sabemos, estamos apresentando o primeiro caso de anafilaxia associada à injeção intracavernosa peniana de prostaglandina E1 em combinação com papaverina e fentolamina.
Descritores: Anafilaxia,papaverina, fentolamina,prostaglandina E1, efeitos adversos, tratamento com medicamentos combinados.
Desensitization immunotherapy for Malassezia spp.: experimental case report
Raphael Coelho Figueiredo; Caroline Braga Barroso; Livio Melo Barbosa; Márcia Gabrielly Teles de-Macedo; Peniel Leite Rocha; Andréa Maria de Araújo Mendes; Lara Milena Santos Silva; Elaine de Lima de-Almeida
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):225-230
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A pitiríase versicolor (PV) consiste em uma infecção fúngica ocasionada por leveduras de Malassezia spp., que apesar de manejo simples, é uma doença com elevadas chances de recidiva e cronificação, além da pouca variedade de terapias efetivas para tratar cepas resistentes. Existem relatos na literatura sobre utilização de dessensibilização para Malassezia spp., mas para o tratamento de dermatite atópica e não PV, conferindo caráter inovador ao relato em questão. O caso apresentado consiste em um paciente de 28 anos, do sexo masculino, com manifestações típicas de PV em região de face, cervical, dorsal e axilar, há 4 anos, com resistência aos esquemas terapêuticos tópicos e sistêmicos. Uma vez identificada a ineficácia das terapias tradicionais, foi iniciado o tratamento com dessensiblização para Malassezia spp., em aplicações semanais, com aumento progressivo da dosagem e posterior aumento no intervalo das aplicações. Após onze meses de realização do novo tratamento, o paciente evoluiu com melhora completa das lesões. Conclui-se que a utilização de técnicas imunoterápicas para o tratamento de PV foi considerado eficaz no caso relatado, apesar de ainda não haver evidências que amparem sua utilização em maior escala.
Descritores: Malassezia, tinha versicolor, dessensibilização imunológica, relatos de casos.
Limpet anaphylaxis: a rare case
Filipa Rodrigues-dos-Santos; Inês Falcão; Maria Angeles Lopes-Mata; Leonor Cunha
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):231-234
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A lapa (Patella vulgata) é um molusco frequentemente encontrado em regiões costeiras com clima quente. A alergia alimentar à lapa é muito rara, com poucos casos descritos na literatura. Os autores descrevem um caso de anafilaxia à lapa, com evidência de reação de hipersensibilidade do tipo I, através de IgE específica positiva à lapa, tanto com métodos in vivo, como in vitro.
Descritores: Alergia alimentar, anafilaxia, lapa, hipersensibilidade a frutos do mar.
Delayed laryngeal edema after administration of the SARS-CoV-2 bivalent messenger RNA vaccine
Mario Geller
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):235
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Acute stress disorder and asthma: where would it be in the emergency room?
Francisco Machado Vieira
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2):236-237
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Importance of IgE in chronic spontaneous urticaria
Rosana Câmara Agondi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):239-240
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Asthma in adolescents: what did ERICA study show us?
Mara Morelo Rocha Felix; Fábio Chigres Kuschnir; Érica Azevedo de Oliveira Costa Jordão; Maria Cristina Caetano Kuschnir; Katia Vergetti Bloch
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):241-248
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A asma é uma doença heterogênea caracterizada pela história de sintomas respiratórios que variam de intensidade e ao longo do tempo. Devido à sua alta prevalência, constitui um problema mundial de saúde pública, atingindo todas as faixas etárias, em especial crianças e adolescentes. O objetivo deste artigo foi analisar as produções científicas sobre asma baseadas no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Trata-se de uma revisão narrativa incluindo os artigos originais sobre asma baseados nos dados do ERICA, publicados em periódicos indexados em inglês e português. O ERICA foi um estudo multicêntrico nacional realizado em 2013 e 2014, que investigou a prevalência de asma e fatores de risco cardiovascular, incluindo obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, e a associação entre esses fatores, em adolescentes de 12 a 17 anos, estudantes de escolas públicas e privadas de municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. Nos cinco estudos selecionados, foi possível demonstrar que a prevalência de asma foi significativamente maior entre adolescentes do sexo feminino em todas as capitais e macrorregiões do Brasil, com predomínio da doença na região Sudeste do nosso país. Além disso, a asma esteve fortemente associada ao tabagismo (passivo e ativo) e foi associada à duração curta do sono. Por outro lado, não esteve associada com os níveis séricos de vitamina D. Em relação aos parâmetros metabólicos, foi observado que a síndrome metabólica e alguns de seus componentes, como a circunferência abdominal, estiveram significativamente associados à asma grave em adolescentes brasileiros.
Descritores: Asma, adolescente, tabagismo, síndrome metabólica, sono.
Biomarkers of chronic urticaria: what are their role?
Rossy Moreira Bastos-Junior; Gabriela Andrade Dias; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Fabio Chigres Kuschnir; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):249-258
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A urticária é uma doença com comprometimento universal, e debilitante para a maioria dos pacientes. Caracteriza-se pela ocorrência de episódios de urticas, angioedema ou ambos, determinados pela ativação de mastócitos e outras células inflamatórias com a liberação de vários mediadores. Apresenta etiologia complexa com fenótipos e terapias bem específicas. A urticária crônica possui evolução recorrente e imprevisível, podendo estender-se por anos. Caracteristicamente possui maior prevalência no sexo feminino, com pico de ocorrência entre 20 e 40 anos. A doença pode ser diferenciada pela gravidade, impacto na qualidade de vida do paciente e resposta terapêutica. Biomarcador é uma característica clínica ou laboratorial mensurável de algum estado ou condição biológica, o qual pode influenciar ou prever a incidência de desfecho ou doença. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão dos principais biomarcadores promissores e com melhor evidência relacionados à duração, atividade da doença e resposta terapêutica.
Descritores: Urticária crônica, angioedema, biomarcadores, autoimunidade.
Profile of patients with chronic spontaneous urticaria treated with omalizumab in Chapecó, south of Brazil
Laura Maria Girardello; Natascha Rubas Colpani; Leda das Neves Almeida Sandrin
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):259-266
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INTRODUÇÃO: A urticária crônica espontânea é caracterizada por lesões máculo-papulares eritematosas, associadas a prurido e angioedema, que não possui estímulo externo reconhecido e de difícil controle. A primeira e a segunda linha terapêutica, disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde, não apresentam resultados significativos, os quais se tornam refratários. O omalizumabe, considerado terceira linha terapêutica e que não é amplamente disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde, pode apresentar resultado significativo na interrupção dos sintomas da doença.
OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo avaliar pacientes com urticária crônica espontânea que usaram ou estão em uso de omalizumabe.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional transversal do tipo série de casos, cuja análise foi feita através dos prontuários, com população de 34 pacientes com urticária crônica espontânea submetidos ao tratamento com omalizumabe no Instituto de Olhos de Santa Catarina (IOSC).
RESULTADOS: Constatou-se no estudo que a maioria dos pacientes com urticária crônica espontânea em uso de omalizumabe é constituída do sexo feminino (76,5%) e idade média de 41 anos. A doença mais associada à urticária crônica espontânea foi depressão (38,2%). O sucesso do tratamento com omalizumabe é medido pelo questionário UAS7 (Urticaria Activity Score), o qual, segundo os dados dos prontuários, todos os pacientes apresentavam resultado maior que 35 pontos antes do uso da medicação, e 32 conseguiram alcançar um índice de 0 após o uso do omalizumabe, variando apenas no tempo de tratamento.
CONCLUSÃO: A urticária crônica espontânea é uma doença que não tem cura e possui alta refratariedade, mas pode ter seus sintomas reduzidos, principalmente com o uso do omalizumabe, que se mostrou eficiente nos casos analisados.
Descritores: Urticária crônica, omalizumabe, anticorpo monoclonal.
Chronic granulomatous disease: clinical characteristics, follow-up, and therapy of 5 pediatric patients
Karina Mescouto de Melo; Ludmila Gonçalves Ribeiro; Claudia França Cavalcante Valente; Carmem Maria Sales Bonfim; Antonio Condino-Neto; Shirley Claudino Pereira Couto; Maria Imaculada Muniz-Junqueira; Simone Castro Resende Franco; Thalita Dias; Fabíola Scancetti Tavares
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):267-272
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INTRODUÇÃO: A doença granulomatosa crônica (DGC) é caracterizada por um defeito na capacidade microbicida das células fagocíticas (monócitos e neutrófilos), com alta mortalidade se não diagnosticada precocemente. Os pacientes apresentam infecções recorrentes ou graves, suscetibilidade a granulomas em órgãos profundos, doenças autoimunes e doença inflamatória intestinal.
OBJETIVO E MÉTODO: Relato de aspectos clínicos e do tratamento de cinco pacientes com doença granulomatosa crônica.
RESULTADOS: Cinco pacientes, três meninos, medianas de idade no início dos sintomas e diagnóstico de 8 meses e 48 meses, respectivamente, foram estudados por um período de 10 anos. Pneumonia (5/5) e doença micobacteriana (3/5) foram as manifestações iniciais mais comuns. Alterações pulmonares foram observadas em todos os casos. Mutações nos genes CYBB e NCF1 foram identificadas em três casos. Antibioticoprofilaxia foi instituída em todos os pacientes e três foram submetidos ao transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCH), aos 7, 18 e 19 anos e com sobrevida atual entre 4 a 5 anos.
CONCLUSÃO: O monitoramento cuidadoso de infecções graves com tratamento imediato foi crucial para a sobrevivência. O TCH, mesmo ao final da adolescência, promoveu a cura da DGC em três pacientes.
Descritores: Doença granulomatosa crônica, fagócitos, NADPH oxidases, transplante de medula óssea
Effects of social distancing during the COVID-19 pandemic on childhood rhinitis
Giovanna Zatelli Schreiner; Julie Sarandy Nascimento; Laura Maria Lacerda Araujo
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):273-283
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INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Devido à pandemia do novo coronavírus, as crianças passaram a ficar mais tempo em casa, e essa mudança implicou diretamente nas manifestações de diversas doenças, inclusive da rinite. A rinite é a inflamação da mucosa causada, principalmente, por alérgenos, ocasionando sintomas como rinorreia, espirros, obstrução nasal, hiperemia conjuntival, prurido nasal e ocular. O objetivo deste estudo é avaliar as consequências do isolamento social nas crianças com rinite, a fim de compreender a modificação da doença nesse período.
MÉTODOS: O estudo é observacional transversal, com dados obtidos através de um questionário eletrônico, para pais e/ou responsáveis de crianças entre 5 e 12 anos.
RESULTADOS: No total de 116 respostas, 51,7% das crianças eram do sexo masculino, e a mediana de idade foi de 8,5 anos. Em relação à rinite, em 81% dos casos foi relatado melhora ou manutenção do quadro durante o período de isolamento social. Em um quarto da amostra houve piora na qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas com maior piora foram espirros e prurido nasal, e o sintoma com maior melhora foi a rinorreia. Os desencadeantes de sintomas mais frequentes foram animais domésticos, tapetes e perfumes. O uso de medicamentos foi relatado em 59,4% dos casos, sendo que em 32,7% não houve prescrição médica.
CONCLUSÃO: Os resultados encontrados evidenciaram que o isolamento social teve um impacto positivo em relação às manifestações clínicas da rinite na população estudada.
Descritores: Rinite alérgica, isolamento social, qualidade de vida, pediatria, criança.
Hypogammaglobulinemia and rituximab: case reports
Márcio Niemeyer Souza; Luciana Costa Ribeiro; Raisa Gusso Ulaf; Thyago Alves Nunes; Eli Mansour
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):284-291
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As imunodeficiências secundárias podem ser uma consequência de neoplasias, infecções ou tratamentos imunossupressores. O rituximabe (RTX) é um anticorpo anti-CD20 que depleta os linfócitos B e pode induzir uma hipogamaglobulinemia sintomática. Aqui, relatamos três casos de hipogamaglobulinemia sintomática associada ao uso de RTX. Na primeira paciente com artrite reumatoide, o RTX induziu a baixos níveis de imunoglobulinas associadas a infecções de vias aéreas de repetição. Após a suspensão do RTX, houve normalização da resposta imune humoral. Os outros dois casos, com o uso de RTX para tratamento de linfoma não-Hodgkin e lúpus eritematoso sistêmico, respectivamente, as pacientes evoluíram com hipogamaglobulinemia secundária persistente, com necessidade de reposição de imunoglobulina por vários anos. Pacientes tratados com RTX podem apresentar, após a sua suspensão, uma recuperação rápida da função humoral ou permanecerem com baixos níveis séricos de imunoglobulinas por longos períodos. Com o crescente uso dos tratamentos direcionados para componentes do sistema imunológico, um alto grau de suspeição clínica para o aparecimento de imunodeficiências secundárias pode minimizar a morbimortalidade associada a estes tratamentos.
Descritores: Rituximab, artrite reumatoide, antibioticoprofilaxia.
Oral mite anaphylaxis (pancake syndrome) in Peru: an underestimated problem?
Erika de Arruda-Chaves; Yolanda Scavino Levy; Enrique Fernandez-Caldas; Mario Sánchez Borges
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):292-297
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Sabe-se que a urticária e o angioedema apresentam diferentes etiologias, pois podem ser de natureza alérgica, infecciosa, autoimune ou espontânea. Em episódios únicos ou recorrentes, deve-se considerar um alérgeno desencadeante oculto, como os ácaros de poeira doméstica (APDs). Vários relatos demonstraram que farinhas contaminadas com APDs podem causar urticária e angioedema, incluindo reações alérgicas graves com risco de vida quando ingeridos em grandes quantidades provenientes de farinha de trigo armazenada. Neste estudo, relatamos os achados clínicos de 31 pacientes, incluindo casos de anafilaxia após ingestão de farinha contaminada com ácaros. Também encontramos uma relação entre uma história clínica de hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroides e síndrome de anafilaxia por ingesta de ácaros em pacientes atópicos, consistente com a teoria de uma “nova tríade do ácido acetilsalicílico”, conforme publicado anteriormente, e agora sendo descrito pela primeira vez no Peru.
Descritores: Urticária, angioedema, ácaros, anafilaxia, farinha.
Pigmented cosmetic contact dermatitis
Fernanda Magalhães de Moraes Lopes; Luciana Shiota Cunha; Sabrina Bortoletto Gomes de Aquino; Marcia Lanzoni de Alvarenga Lira; Flávia Regina Ferreira
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):298-301
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A dermatite de contato pigmentada se destaca por sua raridade, sendo associada a inúmeros alérgenos cosméticos e têxteis. Acomete predominantemente mulheres de meia idade e fototipos altos. O teste de contato é imprescindível para a identificação do agente causal. O tratamento indicado consiste no afastamento do agente causal, no uso de fotoprotetores, clareadores tópicos e, por vezes, procedimentos dermatológicos abrasivos. Relatamos um caso de dermatite de contato pigmentada por cosmético motivado pela exuberância clínica e desfecho satisfatório, ressaltando a importância da suspeição diagnóstica e do manejo adequado impactando neste desfecho.
Descritores: Dermatite de contato, pigmentação, cosméticos.
Sensitization to poultry meat, fish, and coconut in a multiple food allergic young boy
Rita Brás; Célia Costa; Bartolome Borja; Elisa Pedro
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):302-306
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A alergia à carne de aves é rara e pode apresentar-se como primária ou secundária, no contexto da síndrome ovo-ave. A carne de frango é responsável pela maioria das reações. Foram descritos alergênios com reação cruzada (parvalbuminas, enolases, aldolases) entre peixe e carne de frango. A alergia ao coco também é rara. Coc n2 (globulina 7S) e Coc n4 (globulina 11S) foram implicados. Apresentamos um relato de caso complexo de alergia alimentar múltipla, onde é realizada investigação sobre alergia a peixe e carne de frango, bem como alergia ao coco.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, alimentos de coco, proteína de peixe, immunoblotting, proteína de aves domésticas.
rhinitis and asthma with concomitant wheat anaphylaxis: a rare overlap of clinical entities
Filipa Rodrigues-dos-Santos; Inês Falcão; Borja Bartolome; Leonor Cunha
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):307-310
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O trigo é uma das fontes alimentares mais importantes em todo o mundo. A asma do padeiro e a rinite ocupacional são frequentes e podem ser atribuídas à exposição a farinhas em padeiros. No entanto, a associação entre asma do padeiro e alergia alimentar ao trigo é muito rara. Os autores descrevem um caso em que um trabalhador de panificação desenvolveu asma do padeiro e rinite ocupacional após anos trabalhando em uma padaria, e posteriormente desenvolveu reações anafiláticas após a ingestão de trigo.
Descritores: Asma ocupacional, rinite, anafilaxia, hipersensibilidade alimentar.
Regression of dupilumab-induced nasal polyps
Raísa Borges de Castro; Diderot Rodrigues Parreira; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):311-312
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Relato de caso de paciente com rinossinusite crônica com polipose nasal em tratamento com dupilumabe. São descritos os aspectos clínicos e o impacto na qualidade da vida do paciente. Imagens tomográficas evidenciam a melhora do processo inflamatório e a regressão dos pólipos nasais.
Descritores: Imunobiológico, rinossinusite crônica com polipose nasal, anticorpo monoclonal, interleucina-4, interleucina-13, dupilumabe.
Brazilian Guidelines to Allergen Immunotherapy for Patients with Allergic Rhinitis: Position Statement of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)
Dirceu Solé; Fernando M. Aarestrup; Ekaterini S. Goudouris; Fábio C. Kuschnir
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):313-315
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Acute management of perioperative anaphylaxis
Priscila Geller Wolff; Mario Geller
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):316-318
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Collaboration between Allergy and Anesthesia
Mario Geller; Priscila Geller Wolff
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):319-320
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Proposed Constitutional Amendment (PEC) No. 10 of 2022: Manifestation of the Scientific Department of Inborn Errors of Immunity of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)
Anete S. Grumach; Adriana Azoubel Antunes; Antonio Condino Neto; Carolina Cardoso De Mello Prando; Carolina Sanchez Aranda; Cristina Maria Kokron; Ekaterini Simões Goudouris; Fabiola Scancetti Tavares; Fernanda Pinto Mariz; Gesmar Rodrigues Silva Segundo; Helena Fleck Velasco; Irma Cecilia Douglas Paes Barreto; Leonardo Oliveira Mendonça; Luciana Araújo Oliveira Cunha; Maria Luiza Oliva Alonso; Mariana De Gouveia Pereira Pimentel; Mayra de Barros Dorna; Wilma Carvalho Neves Forte
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(3):321-322
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The 2023 Nobel Prize and vaccine hesitancy
Fabio Chigres Kuschnir
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):323-324
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The past and future of vaccines - Reflections for discussion
Jorge Kalil
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):325-330
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Neste artigo de opinião, apresento uma breve história do desenvolvimento de vacinas, comentando sobre as formas clássicas de produção de vacinas utilizando o próprio agente infeccioso. Em seguida, abordo as vacinas virais, discutindo seus benefícios e dificuldades e a questão dos sorotipos virais, bem como as vacinas bacterianas e seu relativo sucesso. Apresento nossos estudos sobre doença cardíaca reumática e o desenvolvimento de uma vacina contra infecções estreptocócicas. Também discuto plataformas vacinais, especialmente os sucessos alcançados com vacinas de vetores virais não replicantes e, acima de tudo, o grande êxito das vacinas de RNA mensageiro (mRNA). As vacinas de mRNA tornaram-se possíveis somente após os avanços obtidos com a substituição de nucleotídeos que reduziam a ação da imunidade inata. Serão todas as vacinas desenvolvidas a partir de mRNA no futuro? Em seguida, abordo a questão das vias de administração de vacinas, seja por via subcutânea, intradérmica, intramuscular ou nasal. Exponho dados do meu laboratório sobre o desenvolvimento de uma vacina de instilação nasal que induziu uma resposta de proteção da mucosa, prevenindo a infecção e, consequentemente, a transmissão do SARS-CoV-2. Posteriormente, discuto quais vacinas futuras poderiam ser desenvolvidas para além das doenças infecciosas agudas. Por fim, discuto as vantagens do desenvolvimento de vacinas seguras, eficazes e de uso múltiplo, bem como a forma de torná-las acessíveis à população mundial, promovendo a equidade em saúde.
Descritores: Vacina, vacinas virais, agente infeccioso, vacinas bacterianas, vacinas mRNA.
Starting a practice in Allergy & Immunology: what do I need?
Eduardo Magalhães de Souza Lima; Adriana Aragão Craveiro Leite; Celso Taques Saldanha; Fátima Rodrigues Fernandes; Gustavo Falbo Wandalsen; Luís Felipe Chiaverini Ensina; Fábio Chigres Kuschnir; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):331-338
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O que é preciso para abrir o consultório do especialista em Alergia e Imunologia? Esta é uma preocupação frequente dos jovens especialistas, que muitas vezes fica sem resposta. A Comissão de Estatuto, Regulamentos e Normas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (CERN-ASBAI) propõe a publicação de uma série de artigos com o objetivo de orientar sobre os passos essenciais para o estabelecimento de boas práticas no atendimento clínico de pacientes alérgicos.
Descritores: Alergia, imunologia, boas práticas.
Practical guide for the use of immunobiologic agents in allergic diseases - ASBAI
Filipe Wanick Sarinho; Norma de Paula Motta Rubini; Aldo José Fernandes Costa; Eduardo Costa de Freitas Silva; Fabrício Prado Monteiro; Faradiba Sarquis Serpa; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci; Martti Anton Antila; Nelson Guilherme Bastos Cordeiro; Rosana Câmara Agondi; Sérgio Duarte Dortas Júnior; Régis de Albuquerque Campos; Ekaterini Simões Goudouris; Fábio Chigres Kuschnir; João Negreiros Tebyriçá; Nelson Augusto Rosário Filho
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):339-366
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Os anticorpos monoclonais são uma nova classe de medicamentos que representa um marco na evolução da terapia de doenças alérgicas graves. Além de possibilitar uma terapia imunológica alvo específico, proporciona maior controle de sintomas, redução de exacerbações, melhoria da qualidade de vida e da segurança. A eficácia e a segurança dos anticorpos monoclonais no tratamento de doenças alérgicas estão bem documentadas nos estudos clínicos pivotais, de extensão e de vida real. No Brasil, estão licenciados atualmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) imunobiológicos para asma, dermatite atópica (DA), esofagite eosinofílica (EoE), granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA), rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN), síndromes hipereosinofílicas (SHE) e urticária crônica espontânea (UCE). Com a incorporação do uso dessas novas terapias no dia a dia do médico alergologista e imunologista, naturalmente emergem aspectos práticos que exigem orientações práticas perante as evidências científicas mais atuais, a fim de se manter a boa prática médica, com uso criterioso e consciente pelo especialista capacitado. Assim, nesse guia prático, abordaremos os imunobiológicos aprovados até o momento para doenças alérgicas graves, com objetivo de auxiliar o especialista em Alergia e Imunologia na prescrição e manejo dessas medicações, incluindo indicações, contraindicações, monitoramento da eficácia e segurança, notificação de eventos adversos, bem como aspectos associados aos cuidados com vacinas, populações especiais, acesso, transporte, armazenamento e aplicação domiciliar.
Descritores: Anticorpos monoclonais, asma, urticária, dermatite atópica, esofagite eosinofílica, pólipos nasais.
Cutaneous hypersensitivity to quinolones and associated factors
Wandilson Xavier Alves Junior, Marisa Ribeiro, Marcelo Vivolo Aun, Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):367-375
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INTRODUÇÃO: As quinolonas, amplamente usadas na prática clínica, correspondem à segunda causa de reações de hipersensibilidade aos antibióticos. Reações às quinolonas (RQ) são um desafio para o alergista, pois ocorrem por mecanismos IgE mediados, mas também por uma via não imunológica, o receptor MRGPRX2.
OBJETIVO: Este trabalho avalia a reatividade cutânea de pessoas sem alergia ao ciprofloxacino em diversas concentrações.
METODOLOGIA: Foram realizados prick tests (PT) e testes intradérmicos de leitura imediata (ID) com ciprofloxacino em voluntários atendidos em um ambulatório de serviço terciário. No PT, foram usadas concentrações de 2 mg/mL (solução mãe), 1:10 e 1:50. No ID, 1:10, 1:50, 1:100 e 1:500.
RESULTADOS: Foram incluídos 31 indivíduos sem histórico de RQ. A média de idade foi de 40,5 anos, sendo 74,1% do gênero feminino. Doenças atópicas foram encontradas em 48,4% dos participantes, 100% destes com rinite alérgica, 20% com conjuntivite alérgica, 13,3% com asma, e 13,3% com dermatite atópica. Uso prévio de quinolonas foi relatado por 45,2% dos indivíduos. O PT puro e 1:10 foi positivo em 25,8% e 6,5%, respectivamente; na concentração 1:50 não mostrou positividade. O ID 1:10, 1:50 e 1:100 foi positivo em 96,8%, 45,2% e 6,5%, respectivamente, mas foi negativo na diluição 1:500. Nos que já usaram quinolonas, o PT puro e 1:50 foram positivos em 28,6% e 14,3% dos participantes, respectivamente, versus 25% e 0% nos que não usaram. O ID entre os indivíduos que já usaram foi positivo em 100% na diluição 1:10, 57,1% na 1:50, e 14,3% na 1:100. Entre os que não usaram, 93,7% na diluição 1:10, 37,6% na 1:50, e 0% na 1:100. Nos atópicos, o PT foi positivo em 26,7% e 13,3% na concentração mãe e 1:10; e negativo em 1:50. Nos participantes não atópicos, observou-se positividade de 25% no PT com a solução mãe e testes negativos nas demais diluições. O ID com as soluções 1:10, 1:50 e 1:100 foi positivo em 100%, 46,7% e 6,7% dos atópicos, e 93,7%, 43,7%, 6,3% nos não atópicos, respectivamente.
CONCLUSÃO: O ciprofloxacino apresenta reatividade cutânea através de vias imunológicas e pelo MRGPRX2, sendo recomendada a realização de testes cutâneos em concentrações igual ou menores de 0,02 mg/mL para investigação de reações de hipersensibilidade imediata, pois essas concentrações apresentam boa especificidade.
Descritores: Alergia a quinolonas, testes cutâneos, teste de puntura, testes intradérmicos, ciprofloxacino.
Etiology, sociodemographic profile, and outcomes of patients with asthma hospitalized for severe acute respiratory illness (SARI) in Brazil from 2020 to 2022: an analysis of 83,452 hospitalizations Braian
Braian Lucas Aguiar Sousa; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Alexandre Achanjo Ferraro; Rosana Câmara Agondi; Pedro Giavina-Bianchi; Antonio Carlos Pastorino
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):376-384
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INTRODUÇÃO: A asma é uma das doenças crônicas mais frequentes na população brasileira. O objetivo deste estudo foi determinar as etiologias, o perfil sociodemográfico e os fatores de risco para óbito entre pacientes com asma internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil entre 2020 e 2022.
MÉTODOS: A partir do banco de dados SIVEP-Gripe, incluímos todos os pacientes com idade maior que 5 anos registrados no banco de 01/01/2020 até 21/07/2022, hospitalizados por SRAG, com antecedente de asma e com desfechos conhecidos. Como exposições, foram estudadas a idade, sexo, região de moradia, etnia e agentes etiológicos virais isolados. Os desfechos foram internação em unidade de terapia intensiva, necessidade de ventilação mecânica e óbito. Para calcular a razão de chances entre exposição e desfechos, utilizamos modelos lineares generalizados mistos multinível.
RESULTADOS: Foram incluídas na análise 83.452 internações, sendo 14.062 crianças e adolescentes, e 69.390 adultos. A mortalidade aumentou com a idade, indo de 0,6% entre 5-10 anos para 33% nos maiores que 60 anos. Na população pediátrica, morar na região Norte e Nordeste e ter entre 10-20 anos foram associados a maior mortalidade (OR 2,14 IC95% 1,41-3,24 e OR 3,73 IC95% 2,65-5,26 respectivamente). Quanto aos agentes etiológicos, apenas o SARS-CoV-2 conferiu maior risco de óbito (OR 5,18 IC95% 3,62-7,42). Entre adultos, sexo feminino e etnias não brancas foram protetoras (OR 0,87 IC95% 0,83-0,9 e OR 0,90; IC95% 0,85-0,94 respectivamente) para óbito. Faixas etárias mais avançadas, morar nas regiões Norte e Nordeste e o diagnóstico de COVID-19 foram associados a maior mortalidade.
CONCLUSÕES: Há importantes vulnerabilidades sociodemográficas nos desfechos das internações de pacientes com asma por SRAG, com maior mortalidade nas regiões Norte-Nordeste, entre adolescentes na faixa etária pediátrica e entre idosos nos adultos. Além disso, destaca-se o protagonismo da COVID-19 entre as infecções associadas a maior mortalidade.
Descritores: Asma, COVID-19, síndrome respiratória aguda grave, epidemiologia.
Main sensitizing agents involved in allergic contact dermatitis in patients of a hospital in western Santa Catarina, Brazil
Leda das Neves Almeida Sandrin; Alana Olga De Avila; Renata Ferronato Conrado; Samuel Spiegelberg Züge
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):385-394
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INTRODUÇÃO: A dermatite de contato alérgica (DCA) corresponde a 20% dos casos de dermatite de contato, sendo recorrente em doenças ocupacionais e causa frequente de procura por profissionais dermatologistas e alergistas.
OBJETIVO: Identificar os principais agentes sensibilizantes na dermatite de contato alérgica em um centro especializado em alergia do oeste de Santa Catarina.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo retrospectivo, descritivo, quantitativo e observacional, no qual se realizou a análise por meio de prontuários médicos de 394 pacientes que realizaram o teste de contato por dermatite de contato alérgica no período de 2018 a julho de 2020 no serviço de referência do oeste de Santa Catarina. Os agentes sensibilizantes avaliados no teste de contato foram conforme as baterias padrão (bateria padrão brasileira, bateria de cosméticos e higiene e bateria regional da América Latina). Foram realizadas análises de frequência para as variáveis qualitativas e avaliação da prevalência dos principais agentes sensibilizantes. Além disso, foram relacionados os principais agentes com as variáveis sexo e idade por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson.
RESULTADOS: Os agentes sensibilizantes mais prevalentes foram: níquel (33,5%), PPD mix (23,2%), perfume mix (22,4%), fragrância mix (22,0%) e cobalto (18,9%). As substâncias mais prevalentes foram o níquel e o PPD mix, que são agentes sensibilizantes usados amplamente no cotidiano dos pacientes.
CONCLUSÃO: A identificação dos alérgenos através do patch test possibilita aos pacientes a oportunidade de amenizarem a DCA provocada pelos agentes sensibilizantes encontrados.
Descritores: Alérgeno, alergia e imunologia, eczema, hipersensibilidade.
Environmental exposure and health risks in Brazil
Marilyn Urrutia-Pereira; Raquel Prudente Baldaçara; Adelmir Souza Machado; Raphael Coelho Figueredo; Lucas Pitrez Mocelin; Paulo Oliveira Lima; Herberto Jose Chong-Neto; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):395-404
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OBJETIVO: Identificar possíveis fatores sociodemográficos, econômicos, de saúde, ambientais e de hábitos de vida associados a efeitos adversos sobre a saúde de moradores em três cidades brasileiras.
MÉTODO: Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado nas cidades de Imperatriz (Maranhão), Palmas (Tocantins) e Salvador (Bahia). Participaram 975 pacientes (18 a 75 anos) atendidos em unidades básicas de saúde no período de junho de 2021 a junho de 2022. Esses indivíduos foram selecionados aleatoriamente (amostra de conveniência). Foi aplicado o questionário padronizado sobre fatores sociodemográficos e exposição a fatores ambientais, assim como o de hábitos de vida. Empregou-se a situação de saúde (excelente/boa x regular/má/péssima) como desfecho, foi realizada análise multivariada seguida por regressão logística respeitando-se cada município individualmente e o seu coletivo. Os dados foram apresentados como odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%).
RESULTADOS: Em todas as cidades houve predomínio de pacientes do sexo feminino: 58,3% em Imperatriz, 67,5% em Tocantins e 65,4% em Salvador. A prevalência de tabagismo (presente e/ou passado) foi significantemente mais elevada em Salvador, assim como a de consumo de álcool. Houve maior referência de saúde regular/má/péssima entre os moradores de Imperatriz, apesar de em Salvador haver o maior relato de comorbidades. Os fatores ambientais associados à condição precária de saúde, em ambos os modelos de análise, foram: ter sido exposto durante a infância a fogão a lenha/carvão/querosene/outro; passar mais de duas horas na cozinha, com fogão em funcionamento; e residir próximo a uma fonte poluidora. Morar em Imperatriz revelou chance 1,8 vezes maior de ter saúde debilitada quando comparado aos moradores de Salvador, e de 1,7 vezes para os de Palmas.
CONCLUSÕES: Profissionais de saúde deverão orientar a população quanto as questões socioambientais que interferem nos índices de saúde. Os dados demográficos, ambientais e econômicos podem interferir nas condições de saúde.
Descritores: Exposição ambiental, poluição ambiental, hipersensibilidade.
The 2023 South America report of The Lancet Countdown on health and climate change: trust the science. Now that we know, we must act
Marilyn Urrutia-Pereira; Herberto José Chong-Neto; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):405-409
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O Relatório Lancet Countdown tem feito importantes contribuições ao denunciar os principais agravos à saúde ambiental, graças à ação antropogênica, cada vez mais intensa. O desflorestamento, os incêndios florestais, cada vez mais incontroláveis, a seca, o consumo de combustíveis fósseis, o uso de energia não renovável, propiciam o aparecimento de alterações climáticas caracterizadas por ondas de calor, tempestades cada vez mais intensas, inundações e o consequente comprometimento da saúde dos humanos. A versão Lancet Countdown South America apresenta de forma clara e chocante as alterações no continente e faz chamamento para que essas alterações sejam bloqueadas, pois ainda há tempo.
Descritores: Poluição, ondas de calor, saúde humana, enchentes, alterações climáticas.
Hereditary angioedema with C1 inhibitor deficiency: traps in the diagnosis, treatment, and understanding
Camilla Resende da Matta Amaral Brum; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Leticiane Munhoz Socreppa; Maria Luiza Oliva Alonso; Alfeu Tavares França; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):410-414
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Angioedema hereditário (AEH) é uma condição rara, subdiagnosticada e de elevada morbimortalidade, devido ao caráter de suas manifestações clínicas. O AEH se diferencia do angioedema histaminérgico por não responder aos anti-histamínicos, corticosteroides ou epinefrina. Por esse motivo, é extremamente importante o diagnóstico dessa situação, a fim de instituir a terapia adequada. Tal afecção deve ser suspeitada a partir da história clínica de episódios imprevisíveis e recorrentes de edema que quando se manifesta sob a forma de edema laríngeo, pode levar a óbito por asfixia, se não for adequadamente tratado. Relatamos o caso de uma paciente de 18 anos que, apesar de previamente diagnosticada com AEH tipo 1, ao procurar um serviço de emergência devido a crise de angioedema, não dispunha de medicação específica nem apresentou plano de ação com as opções possíveis para crises. Este caso reforça a necessidade de maior divulgação da doença, além da conscientização de pacientes e familiares sobre a doença e eventuais crises, assim como o acesso as medicações.
Descritores: Emergência, angioedema, angioedemas hereditário, angioedema hereditário tipos I e II, insuficiência respiratória.
Anaphylactic reaction to ondansetron in a pediatric patient: a rare case report
Filipa Rodrigues dos Santos; Joana Gouveia; Eva Gomes
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):415-418
Resumo PDF Inglês
Ondansetron é um medicamento antiemético amplamente utilizado, mas a hipersensibilidade ao mesmo é rara. Apresentamos um caso clínico de uma criança com anafilaxia após tomar dose única de ondansetron, via oral, onde se demonstra um mecanismo mediado por IgE através de testes intradérmicos positivos.
Descritores: Anafilaxia, relatos de casos, antieméticos, pediatria.
Rapid induction of oral tolerance to allopurinol: a case report
Caroline Rosa Emergente Coutinho; Larissa Oliveira F. Silva-Lima; Mariana S. Soares Peron; Bruna C. Valdivieso; Erika P. Souza; Eli Mansour
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):419-424
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O alopurinol, de uso contínuo oral, é o tratamento de escolha para os distúrbios hereditários do glicogênio. Apesar de não ser comum, a reação de hipersensibilidade ao alopurinol se torna um problema quando esta é a única medicação disponível para o controle da doença de base. Nestes casos, a dessensibilização é uma alternativa viável. No presente relato, descrevemos o caso de um paciente com diagnóstico de doença de depósito de glicogênio tipo I, com exantema pruriginoso generalizado ao alopurinol, tratado com um protocolo de dessensibilização oral acelerado. Este tratamento permitiu o uso contínuo deste medicamento sem novas reações em longo prazo.
Descritores: Hipersensibilidade a drogas, dessensibilização imunológica, doença de depósito de glicogênio.
Effectiveness and safety of an algorithm for the treatment of pregnant women with syphilis and a history of penicillin allergy
Bruna Gehlen; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):425-427
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Patients with chronic rhinosinusitis and serum IgE greater than 1,000 ng/mL have a higher prevalence of allergic bronchopulmonary aspergillosis (ABPA) and nonsteroidal anti-inflammatory drugs exacerbated respiratory disease
Priscila Novaes Ferraiolo; Nathalia Fernanda da Silva; Marise da Penha Costa Marques; Sergio Duarte Dortas-Junior; Cláudia Maria Valete; Fabiana Chagas da Cruz
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):428-430
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Perioperative anaphylaxis: beyond the operating room
Maria Anita Costa Spíndola; Maria Angela Tardelli; Jedson dos Santos Nascimento; Marcos Antonio Costa de Albuquerque; Luís Antonio dos Santos Diego; Fábio Kuschnir; Ekaterini Goudouris; Norma Rubini; Albertina Varanda Capelos; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):431-432
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Parabens for allergists
Nelson Rosário Filho
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4):433-435
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