Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
Science and innovation at the service of specialty
Fátima Rodrigues Fernandes
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 1-2
DOI: 10.5935/2526-5393.20250001
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Food allergy: a gold standard guide
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 3-4
DOI: 10.5935/2526-5393.2025002
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Food Allergy Update 2025: joint position statement of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics
Lucila Camargo Lopes de Oliveira; Luciana Rodrigues Silva; Jackeline Motta Franco; Alexandra Sayuri Watanabe; Abelardo Bastos Pinto Júnior; Albertina Capelo; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Antônio Carlos Pastorino; Ariana Campos Yang; Bruno A. Paes Barreto; Cristina Targa Ferreira; Ekaterini Simões Goudouris; Elisa de Carvalho; Elza Daniel de Melo; Fabiane Pomiecinski Frota; Germana Pimentel Stefani; Gustavo Falbo Wandalsen; Hélcio Maranhão; Herberto José Chong Neto; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima; Jocemara Gurmini; José Carlison Santos de Oliveira; José Luiz Magalhães Rios; Mauro Batista de Moraes; Natália Rocha do Amaral Estanislau; Renata Rodrigues Cocco; Rossiclei Pinheiro; Valéria Botan Gonçalves; Clóvis Francisco Constantino; Fátima Rodrigues Fernandes; Fábio Chigres Kuschnir; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 5-96
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20250003
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A prevalência da alergia alimentar (AA) tem aumentado em todo o mundo, o que a torna um problema de saúde pública. Responde por parte das reações adversas a alimentos, tem início geralmente precoce e suas manifestações clínicas variadas dependem dos mecanismos imunológicos envolvidos (IgE, não IgE ou misto). A identificação das variadas formas clínicas de apresentação, aliada à aquisição de novos métodos laboratoriais, possibilitaram a realização do diagnóstico etiológico de modo mais preciso, sobretudo quanto à reatividade cruzada entre alimentos e mesmo na identificação de marcadores indicativos de formas clínicas transitórias, persistentes e quadros mais graves. A padronização dos testes de provocação oral permitiu a sua realização de forma mais segura e possibilitou a sua inclusão entre as ferramentas disponíveis para confirmação etiológica da AA, assim como a melhor caracterização da Síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar e da Esofagite eosinofílica. Apesar da identificação de novos fatores de risco e de novos alérgenos alimentares, a exclusão do alimento responsável pelas manifestações clínicas continua sendo a principal conduta terapêutica. Entre os pacientes alérgicos às proteínas do leite de vaca, a disponibilidade de fórmulas especiais tem facilitado o tratamento substitutivo do leite de vaca para esses pacientes. A abordagem atual da anafilaxia (forma mais grave de AA mediada por IgE) é revisada, uma vez que os alimentos são os principais agentes etiológicos em crianças. Avanços na conduta de algumas manifestações gastrintestinais também são abordados. Na atualidade, a imunoterapia oral tem sido cada vez mais utilizada, e os imunobiológicos também são apresentados à luz das evidências científicas e clínicas atuais, assim como considerações sobre história natural da AA e formas de prevenção da AA. Este documento, baseado no Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar de 2018, reuniu especialistas no tratamento da AA (alergologistas, gastroenterologistas, nutrólogos e pediatras) que revisaram e atualizaram os métodos diagnósticos e esquemas de tratamento disponíveis e empregados no acompanhamento de pacientes com AA, visando a melhor abordagem terapêutica desses pacientes.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, fatores de risco, anafilaxia, testes cutâneos, IgE sérica específica, diagnóstico, imunoterapia, fórmulas hipoalergênicas.
Climate change, air quality and their impact on the academic performance of children and adolescents: what does 2024 have in store for us?
Clóvis Francisco Constantino; Marilyn Urrutia-Pereira; Raquel Prudente de Carvalho Baldaçara; Marcelo de Paula Corrêa; Maria Isabel Amando de Barros; Evangelina da Mota Pacheco Alves de Araújo; Luciana Rizzo; Carlos Augusto de Mello; Fátima Rodrigues Fernandes; Gustavo Falbo Wandalsen; Luciana Rodrigues Silva; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 97-105
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20250004
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As alterações climáticas têm gerado para o planeta e para os seres vivos uma série de consequências que comprometem a existência de algumas espécies e afetado a qualidade de vida de todos. Neste artigo apresentamos o resumo de três importantes documentos mundiais que estudaram a qualidade do ar: "Relatório Mundial sobre a Qualidade do Ar - IQAir 2024", "Estado Global do Clima 2024" (Organização Mundial de Meteorologia), e o Relatório UNICEF "Aprendizagem interrompida: panorama global das interrupções escolares relacionadas ao clima em 2024". Estas publicações apontam dados alarmantes sobre as condições ambientais a que a população, em diferentes partes do mundo, está exposta, e a repercussão destas condições sobre a educação das crianças. Tais informações merecem ampla divulgação para que, pelo conhecimento e conscientização da população e de autoridades, possamos minimizar os efeitos adversos e encontrar formas mais adequadas de adaptação às mudanças do clima.
Descritores: Mudança climática, poluição, aprendizado, crianças, adolescentes.
Demographic and clinical characteristics of patients with ocular allergy in an outpatient clinic of a university hospital in São Paulo, southeastern Brazil
Clóvis E. S. Galvão; Ricardo Guimaraes Marim; Giovanna Hernandes Battagello; Rosana Camara Agondi; Fábio Fernandes Morato Castro; Jorge Kalil; Cynthia Mafra Fonseca de Lima
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 106-114
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20250005
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INTRODUÇÃO: A alergia ocular (AO) engloba um conjunto de doenças que podem ser classificadas em diferentes fenótipos. Apesar de sua prevalência, existem poucos dados sobre AO no Brasil. Este estudo teve como objetivo descrever as características demográficas e clínicas de pacientes diagnosticados com AO.
MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de pacientes com AO atendidos entre 2002 e 2022 em um ambulatório de hospital universitário. Foram investigadas variáveis como idade, sexo, manifestações clínicas, doenças atópicas associadas, início dos sintomas e tipo de tratamento. A análise estatística foi conduzida utilizando o software STATA, adotando um nível de significância de 5%.
RESULTADOS: O estudo incluiu 100 pacientes, sendo 57% do sexo masculino, com idades variando entre 5 e 66 anos. Oito em cada dez pacientes relataram início dos sintomas na infância. A conjuntivite alérgica perene foi a forma mais comum da doença, e os sintomas mais frequentes foram prurido e hiperemia. A rinite alérgica foi a comorbidade mais associada à AO. O tratamento mais frequentemente utilizado foi a combinação de colírios de olopatadina e lágrimas artificiais. Além disso, 61% dos pacientes foram submetidos à imunoterapia. Complicações oftalmológicas, como ceratocone e úlcera de córnea, foram observadas em 26% dos casos, e 7% dos pacientes necessitaram de intervenção cirúrgica. Não foi encontrada correlação entre as variáveis estudadas e as complicações oftalmológicas.
CONCLUSÕES: A AO foi mais prevalente no sexo masculino e teve início na infância, com a rinite alérgica sendo a comorbidade atópica mais comum. O tratamento mais utilizado foi a combinação de lágrimas artificiais e colírios de múltipla ação. Embora mais de um quarto dos pacientes tenha apresentado complicações oftalmológicas, não houve correlação significativa entre as variáveis e essas complicações.
Descritores: Conjuntivite alérgica, rinite alérgica, fenótipo, imunoterapia, demografia.
Short-term prophylactic use of C1 inhibitor and C4 normalization in a patient with hereditary angioedema: a case report
Stéphanie Kim Azevedo de Almeida; Gabriela Barbosa Bisson; Flávio Wellington da Silva Ferraz; Marcelo Vivolo Aun; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2025;9(1): 115-118
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20250006
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O angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética rara, caracterizada por episódios recorrentes de edema subcutâneo ou submucoso, frequentemente incapacitantes. As crises de AEH são geralmente imprevisíveis, embora possam ser desencadeadas por fatores como procedimentos dentários ou médicos (incluindo cirurgias), traumas ou estresse. Neste relato, descrevemos o caso de uma paciente com AEH tipo 1 que necessitou de exodontia dos terceiros molares. Foi administrado o inibidor de C1 derivado de plasma humano duas horas antes do procedimento, prevenindo o surgimento de crises de angioedema durante e após a extração. Além disso, observou-se a normalização dos níveis de C4 após a aplicação da medicação.
Descritores: Angioedema hereditário, complemento C4, extração dentária, proteína inibidora do complemento C1.