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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Janeiro-Março 2020 - Volume 4  - Número 1

Vol. 4 - Nº 1


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Editorial

1 - Sobrevivendo à COVID-19

Surviving COVID

Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 1-2

DOI: 10.5935/2526-5393.20200001

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ARTIGOS ESPECIAIS

2 - Guia prático de abordagem da criança e do adolescente com asma grave: Documento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria

Practical guide to approaching children and adolescents with severe asthma: a joint document of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics

Herberto J. Chong-Neto, Gustavo F. Wandalsen, Antonio C. Pastorino, Caroline Dela Bianca, Débora C. Chong-Silva, Carlos A. Riedi, José Dirceu Ribeiro, Nelson A. Rosário, Fábio C. Kuschnir, Emanuel C. Sarinho, Neusa F. Wandalsen, Fernanda C. Lanza, Adriana A. Antunes, Maria de Fátima P. March, Renato Kfouri, Luciana R. Silva, Flávio Sano, Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 3-34

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200002

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Asma grave é a asma que requer tratamento com altas doses de corticosteroide inalado associado a um segundo medicamento de controle (e/ou corticosteroide sistêmico) para impedir que se torne "descontrolada" ou permaneça "descontrolada" apesar do tratamento. Asma grave é considerada um subtipo de asma de difícil tratamento. A prevalência em crianças evidenciada pelo International Study of Asthma and Allergies in Childhood variou entre 3,8% e 6,9%. Existem diversos instrumentos para avaliação subjetiva, como diários de sintomas e questionários, bem como para avaliação objetiva com função pulmonar e avaliação da inflamação por escarro induzido, ou óxido nítrico exalado. A abordagem terapêutica varia desde doses altas de corticosteroide inalado e/ou oral, broncodilatadores de longa duração, antaganonistas de receptores muscarínicos, até os mais recentes imunobiológicos que bloqueiam a IgE ou IL-5.

Descritores: Criança, asma grave, imunobiológicos.

3 - Atualização sobre reações de hipersensibilidade perioperatória: Documento conjunto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - Parte II: etiologia e diagnóstico

Update on perioperative hypersensitivity reactions: Joint document from the Brazilian Society of Anesthesiology and Brazilian Association of Allergy and Immunology - Part II: Etiology and diagnosis

Dirceu Solé, Maria Anita C. Spindola, Marcelo Vivolo Aun, Liana Araujo Azi, Luiz Antonio G. Bernd, Daniela Bianchi, Albertina V. Capelo, Débora Cumino, Alex E. Lacerda, Luciana C. Lima, Edelton Morato, Rogean R. Nunes, Norma de Paula M. Rubini, Jane Silva, Maria Angela Tardelli, Alexandra S. Watanabe, Erick F. Curi, Flávio Sano

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 35-60

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200003

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A anafilaxia perioperatória é manifestação importante no contexto de eventos adversos relacionados à cirurgia. Embora frequentemente relacionada à indução anestésica, pode ocorrer por outros agentes administrados por outras vias. A anafilaxia pode se apresentar como colapso cardiovascular, obstrução da via aérea e/ou insuficiência respiratória com ou sem manifestação cutânea, com consequências fatais em muito casos.Apesar de considerada inevitável em alguns casos, a sua incidência poderia (e deveria) ser reduzida através da busca por fármacos mais seguros. A avaliação abrangente de um episódio é um dos elementos primordiais para tornar a exposição subsequente mais segura, com orientações derivadas dessa investigação. Entretanto, representa um desafio estatístico por ser reação rara, randômica e muitas vezes independente de exposições sucessivas dos pacientes a procedimentos de baixo risco. Neste documento são revisados os mecanismos fisiopatológicos, agentes desencadeantes (adultos e crianças), assim como a abordagem diagnóstica durante a crise e após o episódio. Uma avaliação abrangente, a identificação das medicações, antissépticos e outras substâncias usadas em cada região, registros detalhados e nomenclatura padronizada são pontos fundamentais para a obtenção de dados epidemiológicos mais fidedignos sobre a anafilaxia perioperatória.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade a medicamentos, adrenalina, bloqueadores neuromusculares, testes cutâneos, anestesia, anafilaxia perioperatória, triptase.

Artigos de Revisão

4 - Alérgenos do gato nas alergias respiratórias: situação atual e novas perspectivas

Cat allergens in respiratory allergy: current status and new perspectives

Gustavo Falbo Wandalsen; Flavio Sano; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 61-71

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200004

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O gato é uma das principais fontes de alérgenos intradomiciliares. Evidências mostram que o contato com o gato em residências no Brasil é frequente, e está aumentando. No nosso meio, dados sobre a prevalência de sensibilização ao gato são escassos. Entre os oito alérgenos já identificados do gato, Fel d 1 é o principal, e responde por 60 a 90% de toda a reatividade IgE mediada ao animal. Fel d 1 é uma uteroglobulina sintetizada pelas glândulas salivares e sebáceas dos gatos, espalhada e aderida ao pelo do animal pelo hábito de se lamber. O diagnóstico de alergia ao gato é feito pela história de sintomas após exposição e pela presença de IgE específica. Medidas para redução do contato com os alérgenos dos gatos são difíceis de se implementar, principalmente se envolverem a remoção do animal, e não garantem benefício clínico. O tratamento farmacológico é feito com corticosteroides tópicos e sintomáticos. Imunoterapia subcutânea e sublingual têm demonstrado melhora dos sintomas nasais, oculares e brônquicos. Recentemente, foi desenvolvida uma ração para gatos suplementada com anticorpos neutralizantes IgY anti-Fel d 1 extraídos da gema do ovo de galinhas. Estudo com a ração suplementada observou redução significante nos níveis de Fel d 1 ativo no pelo dos gatos a partir da terceira semana, e redução média de 47% ao final de 10 semanas. Estudos complementares ainda são necessários para documentar a ação dessa ração nos sintomas respiratórios de pacientes alérgicos, mas inquestionavelmente abre-se uma nova perspectiva para o manejo da alergia a gato.

Descritores: Alergia e imunologia, gatos, rinite alérgica.

5 - Imunoterapia no câncer - inibidores do checkpoint imunológico

Immunotherapy and immune checkpoint inhibitors in cancer

Ataualpa Pereira dos Reis; José Augusto Nogueira Machado

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 72-77

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200005

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O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão atual do tratamento de alguns tipos de câncer com imunoterapia e inibidores do checkpoint imunológico. As fontes de dados incluíram artigos originais, revisões e publicações indexados nos bancos de dados PubMed, MEDLINE, LILACS, SciELO e publicações online nos últimos 20 anos. Os checkpoints imunológicos normalmente impedem o organismo de montar uma resposta imune contra células normais. Alguns tipos de câncer podem adquirir estes checkpoints de tal forma que estas células tumorais não são reconhecidas pelo sistema imune, e isto impede que ele seja ativado. A inibição dos checkpoints imunológicos pode melhorar a sobrevida de pacientes com malignidades avançadas. Isto inclui melanoma maligno, carcinoma renal, linfoma e câncer pulmonar de células não pequenas. Uma extraordinária quantidade de investigações pré-clínicas e clínicas estão explorando o potencial terapêutico das moléculas coestimulatórias positivas e negativas. Aqui, nós revisamos o estado atual do nosso conhecimento dos mecanismos co-estimulatórios da célula T e a inibição dos checkpoints, primariamente do CTLA-4 e do PD-1.

Descritores: Imunoterapia ativa, imunomodulação, neoplasias.

6 - Entendendo a alergia ocular

Understanding eye allergy

Cristine Secco Rosário; Cristina Alves Cardozo; Herberto Jose Chong-Neto; Débora Carla Chong-Silva; Carlos Antônio Riedi; Nelson Augusto Rosario-Filho

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 78-84

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200006

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A associação entre sintomas de asma, rinoconjuntivite (RCA) e conjuntivite alérgica (CA) é frequente, e sintomas oculares podem afetar 75% dos pacientes com rinite, e 20% dos asmáticos. Embora asma e RCA sejam comumente associadas, a prevalência desta em crianças e os fatores de risco para seu desenvolvimento têm sido estudados com menor frequência. A CA é um espectro de condições clínicas que varia de formas agudas a formas crônicas e graves. A CA é frequentemente subdiagnosticada em pacientes com RA e asma, pois os sintomas são pouco valorizados. O desenvolvimento de RCA depende de fatores genéticos e ambientais, e estudos indicam que sexo, história familiar de atopia, sensibilização precoce, alergia alimentar e dermatite atópica são fatores de risco. Existem seis formas clínicas de alergia ocular: conjuntivite alérgica sazonal, conjuntivite alérgica perene, ceratoconjuntivite vernal, conjuntivite papilar gigante, ceratoconjuntivite atópica e blefaroconjuntivite de contato. As diferentes formas clínicas envolvem diferentes mecanismos imunológicos, principalmente reações de hipersensibilidade Tipo 1 e Tipo 4. Os principais sintomas são prurido ocular, hiperemia conjuntival, secreção ocular e lacrimejamento, sendo o prurido o sintoma cardinal. A avaliação do especialista em alergia é importante para a identificação de possíveis agentes desencadeantes, e do oftalmologista para avaliar possíveis complicações. A maioria dos pacientes com alergia ocular inicia o tratamento com automedicação, geralmente com colírios não específicos. Anti-histamínicos são os principais medicamentos utilizados. Corticoides tópicos são reservados para casos graves. Imunomoduladores podem beneficiar esses pacientes, bem como imunoterapia. Imunobiológicos têm sido estudados para casos refratários.

Descritores: Conjuntivite alérgica, prurido, rinite alérgica.

Artigos Originais

7 - Fatores associados aos sintomas de doenças atópicas em crianças de 6-7 anos em um município da Região Sul do Brasil

Factors associated with the symptoms of atopic diseases in children aged 6-7 years in a municipality in southern Brazil

Julia Carvalho Kozelinski; Karoliny dos-Santos; Bruna Becker da-Silva; Jefferson Traebert; Aline Daiane Schlindwein

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 85-92

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200007

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INTRODUÇÃO: Considerando que os mecanismos pelos quais as doenças atópicas têm aumentado em frequência e gravidade não são inteiramente conhecidos, o presente estudo tem por objetivo analisar os fatores associados aos sintomas das doenças atópicas em crianças de 6-7 anos.
MÉTODO: Estudo observacional do tipo caso-controle realizado com crianças de 6-7 anos em uma cidade do Sul do Brasil. Questionários foram aplicados às mães das crianças, e os sintomas de doenças atópicas foram triados pelo questionário do International Study of Asthma and Allergy in Childhood (ISAAC).
RESULTADOS: Participaram do estudo 255 crianças (85 casos e 170 controles). Os fatores associados às doenças atópicas foram: história familiar de asma (OR: 4,61; IC95% 2,63-0,73), rinite (OR: 3,46; IC95% 1,90-3,26) e eczema (OR: 3,42; IC95% 1,91-6,14), corrimento vaginal na gestação (OR: 4,25; IC95% 2,31-7,84), icterícia neonatal (OR: 2,38; IC95% 1,21-4,68), infecções respiratórias dos tratos superior e inferior (OR: 3,75; IC95% 2,13-3,62; OR: 3,68; IC95% 2,00-6,76, respectivamente), refluxo gastroesofágico (OR: 3,83; IC95% 1,87-7,82), além do tabagismo domiciliar (OR: 2,00; IC95% 1,10-3,64), mofo/umidade no quarto (OR = 3,34; IC95% 1,82-6,12) e animais em casa (OR: 1,77 IC95% 1,04-3,02).
CONCLUSÃO: Casos de atopia estão associados a história familiar, infecções gestacionais maternas e neonatal, além de variáveis ambientais como o tabagismo e mofo.

Descritores: Fator de risco, asma, rinite alérgica, dermatite atópica.

8 - Erros inatos de imunidade: tempo de diagnóstico e episódios infecciosos em pacientes ambulatoriais

Inborn errors of immunity: time to diagnosis and infections in outpatients

Naiara de Oliveira Pazian; Laura Lúcia Cogo; Denise Eli; Carlos Antônio Riedi; Herberto Jose Chong-Neto; Nelson Augusto Rosario-Filho

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 93-98

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200008

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INTRODUÇÃO: Os erros inatos de imunidade (EII) são distúrbios que ocasionam danos no desenvolvimento e/ou função do sistema imunológico. O diagnóstico muitas vezes não é realizado de imediato devido ao pouco conhecimento sobre as doenças, que leva a complicações graves e diminui a sobrevida e qualidade de vida desses pacientes. O objetivo desse estudo foi avaliar o tempo para o diagnóstico e as ocorrências infecciosas que acometeram pacientes com EII no decorrer de sua vida até o momento do diagnóstico.
MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, em pacientes atendidos pelo serviço de Alergia, Imunologia e Pneumologia do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), no período de junho de 1993 a março de 2019. Foram excluídos pacientes sem história prévia ao diagnóstico e com diagnóstico não confirmado de EII ou indefinido.
RESULTADOS: Dos 57 pacientes incluídos no estudo, a maioria (n = 34) era do sexo masculino. A idade ao diagnóstico variou de 2 até 38 anos, sendo a média 9 anos. Dentre as imunodeficiências, 43 (75,4%) tinham deficiência de anticorpos, 10 (17,5%) deficiência combinada, 3 (5,3%) deficiência de fagócitos e 1 (1,8%) deficiência de complemento. Em relação às infecções, os pacientes apresentaram mais de um episódio infeccioso, e também sofreram acometimento em mais de um sítio anatômico. As infecções mais frequentes foram as do trato respiratório inferior (80,7%), seguido das infecções do trato respiratório superior (50,9%). Foi encontrado um atraso médio de diagnóstico de 66,1 meses, sendo que 10,5% dos pacientes foram a óbito.
CONCLUSÃO: Apesar de já serem bem caracterizados, os EII ainda possuem diagnóstico tardio, levando os pacientes a complicações graves, e até à morte.

Descritores: Imunidade, infecção, diagnóstico.

9 - Efeitos adversos do uso de ciclosporina em pacientes com dermatite atópica grave

Adverse effects of using cyclosporine in patients with severe atopic dermatitis

Giovanna Lucy Cortez Aliaga; Claudia Leiko Yonekura Anagusko; Laís Souza Gomes; Larissa de Queiroz Mamede; Priscila Moraes; Patrícia Salles Cunha; Fábio Morato Castro; Ariana Campos Yang

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 99-102

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200009

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INTRODUÇÃO: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele, multifatorial, crônica e recorrente, caracterizada por lesões eczematosas e prurido intenso. Nos casos graves refratários aos tratamentos tópicos, tem se utilizado imunossupressão sistêmica para o controle da doença, sendo a ciclosporina considerada por muitos como terapia de escolha. Este estudo visa avaliar a incidência e gravidade dos eventos adversos relacionados ao uso de ciclosporina em pacientes com DA grave.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional com análise de prontuários de pacientes com dermatite atópica grave em uso de ciclosporina atendidos em hospital terciário no período de 3 anos.
RESULTADOS: Avaliados 80 pacientes com dermatite atópica grave usando ciclosporina, com média de idade de 25,5 anos e 41 do sexo feminino (51,3%). Foram relatados eventos adversos em 25 pacientes. O tempo médio de uso de ciclosporina no grupo com eventos adversos foi de 29,3 meses. Os eventos de maior gravidade foram alteração da função renal e hipertensão, sendo mais observados nos casos de doença mais refratária, quando o uso de ciclosporina foi muito prolongado, superior a 60 meses. As reações evidenciadas foram: hipertensão arterial 40%, alteração renal 20%, náuseas/vômitos 16%, cefaleia 12%, herpes de repetição 12% e outros 4%. Os eventos adversos normalizaram após suspensão da ciclosporina.
CONCLUSÃO: Pacientes com dermatite atópica grave que usaram ciclosporina por tempo prolongado tiveram maior frequência de eventos adversos potencialmente graves. Todos os efeitos adversos normalizaram após a suspensão de medicação.

Descritores: Dermatite atópica grave, ciclosporina, eventos adversos.

10 - Dermatite atópica em adultos: além da pele

Atopic dermatitis in adults: beyond the skin

Dirceu Solé; Marcia Carvalho Mallozi; Flávio Sano

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 103-120

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200010

PDF Português

INTRODUÇÃO: A dermatite atópica (DA) é doença inflamatória da pele, recidivante e que acomete crianças e adultos e compromete a qualidade de vida destes doentes.
OBJETIVOS: Avaliar o impacto da DA moderada a grave na vida social e na qualidade de vida de pacientes adultos, assim como as suas expectativas quanto à evolução da doença e do seu tratamento.
MÉTODOS: Duzentos adultos (18 a 65 anos) com diagnóstico médico de DA moderada a grave responderam por via telefônica questionário com perguntas sobre a sua doença, interferência com o seu dia a dia, a atividade laboral, medicação em uso, assim como as suas expectativas com relação a novos tratamentos.
RESULTADOS: Na população avaliada houve predomínio de mulheres, média de idade de 37 anos, com nível elevado de escolaridade, e na sua maioria pertencentes às classes sociais A e B (68%). O tempo médio para obtenção do diagnóstico foi de 15 meses a partir dos primeiros sintomas. Lesões em dobras e pescoço, eritema, prurido e xerose foram os sinais/sintomas mais frequentes. As formas mais graves acompanharam-se por maior impacto no trabalho, autoestima e qualidade de vida. Setenta por cento procurou tratamento psicoterápico. Apesar de estarem em tratamento regular, um terço apresenta exacerbações da DA. Hidratantes e corticosteroides tópicos têm sido os mais utilizados. Em busca de cura, 90% abriria mão de objetos de desejo para iniciar tratamento de alto custo, desde que fosse eficaz.
CONCLUSÕES: A DA compromete a qualidade de vida dos pacientes que buscam por soluções terapêuticas mais definitivas.

Descritores: Dermatite atópica, adultos, qualidade de vida, autoestima, tratamento.

11 - Avaliação da ação de agentes precipitantes na obtenção de proteínas alergênicas presentes em extratos brutos de ácaros

Evaluation of the action of precipitating agents to obtain allergenic proteins from crude mite extracts

Francisca das Chagas Sobral Silva, Daniel Vasconcelos Silva, Anderson Bruno Matos, Andrea Medeiros Salgado, Maria Queiroz da Cruz

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 121-128

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200011

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INTRODUÇÃO: As proteínas alergênicas presentes nos extratos dos ácaros de poeira, tais como Dermatofagoides farinae (DF), Dermatofagoides pteronyssinus (DP) eTyrophagus putrescentiae (TP) são relevantes para estudos científicos na área de alergias e aplicação em imunoterapias. A precipitação/concentração desses extratos proteicos pode favorecer a agregação de alérgenos nos homogenatos.
OBJETIVO E MÉTODO: O trabalho investiga o processo de precipitação, submetendo os extratos brutos de ácaros de poeira a compostos como sulfato de amônio (NH4)2SO4, ácido tricloroacético (ATC) e acetona.
RESULTADOS: Os melhores resultados foram obtidos por fracionamento com (NH4)2SO4 em 80% (m/v) de saturação (~ 0°C), observando as marcações proteicas no gel de eletroforese. Os alérgenos principais foram identificados por immunoblot em 25 kDa (cisteína protease) para Der f 1 e Der p 1; e 25 kDa, 33 kDa (tropomyosin), 11 kDa para Tyr. Para esse percentual, os teores de proteína total foram de 12.83 mg mL-1 para DF; 24,78 mg mL-1 para DP; e 27,35 mg mL-1 para TP.
CONCLUSÃO: A vantagem da precipitação com (NH4)2SO4 frente à precipitação com acetona foi a possibilidade de gradativamente se obter frações proteicas, o que não acontece quando utilizado esse solvente. A adição de 80% (v/v) de acetona aos extratos de ácaros favoreceu a precipitação total de proteína nas concentrações 16,42 mg mL-1; 28,47 mg mL-1; e 13,41 mg mL-1. O uso de ATC em concentrações acima de 20% (m/v) forma peptídeos que não são retidos no gel nas condições experimentais estabelecidas, sendo eficiente soluções mais diluídas desse ácido.

Descritores: Ácaros, proteínas, alérgenos, tipos de precipitação.

Comunicação Clínica e Experimental

12 - Hemorragia digestiva alta como complicação de esofagite eosinofílica

Upper gastrointestinal bleeding as a complication of eosinophilic esophagitis

Laís Souza Gomes, Pablo Torres Cordova, Larissa de Queiroz Mamede, Grazielly de Fátima Pereira, Iandra Leite Perez, Allyne Moura Fé e Sousa Araújo, Amanda Brolio de Souza, Jessica Bonfim Mendes Consentino, Giovanna Lucy Cortez Aliaga, Jorge Kalil, Fábio Fernandes Morato Castro, Ariana Campos Yang

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 129-132

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200012

PDF Português

A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma condição médica comum, que permanece com uma taxa de mortalidade aproximadamente de 10%. Doenças alérgicas habitualmente não configuram risco para HDA. Entretanto, o aumento recente de doenças alérgicas que afetam cronicamente o trato digestório poderia mudar esse cenário. Este artigo relata um caso de HDA após hematêmese provocada por impactação alimentar. Realizada endoscopia digestiva alta (EDA) e diagnosticada esofagite eosinofílica (EoE), que após tratamento adequado, apresentou melhora dos sintomas. A EoE é uma doença inflamatória crônica esofágica emergente, com aumento do número de casos diagnosticados ao redor do mundo. Atualmente, considera-se a causa mais prevalente de disfagia e impactação alimentar em crianças e adultos jovens. Os sintomas de EoE não são específicos para cada faixa etária, e podem variar desde sintomas mais leves, como sintomas de doença do refluxo gastroesofágico, até disfagia e impactação alimentar. Existe atraso no diagnóstico e tratamento, propiciando um aumento de complicações, cujo risco mais temido seria rotura do esôfago. Revisando a literatura até o presente relato, constatamos que a EoE nunca foi descrita como uma causa de HDA. Além da apresentação incomum da HDA levando ao diagnóstico de EoE, esse caso ressalta a importância do atendimento multidisciplinar e cooperação entre especialidades. Portanto, há necessidade de diagnóstico mais precoce e preciso, buscando ampliar o conhecimento para não negligenciar características específicas da disfagia, e evitar complicações com o tratamento adequado.

Descritores: Hemorragia digestiva alta, disfagia, esofagite eosinofílica.

CARTAS AO EDITOR

13 - Recomendações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia para pacientes com Asma durante a COVID-19

Recommendations of the Brazilian Association of Allergy and Immunology for patients with Asthma during the COVID-19 epidemic

Adelmir de Souza Machado; Ana Carla Augusto Moura Falcão; Faradiba Sarquis Serpa; Flávio Sano; José Ângelo Rizzo; José Elabras Filho; Pedro Francisco Giavina Bianchi Jr.; Tessa Rachel Tranquillini Gonçalves; Dirceu Solé; Gustavo Falbo Wandalsen

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 133-134

DOI: 10.5935/2526-5393.20200013

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14 - Recomendações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia para orientação dos pacientes com Imunodeficiências durante a pandemia COVID-19

Recommendations of the Brazilian Association of Allergy and Immunology to guide patients with Immunodeficiencies during the COVID-19 pandemic

Ekaterini Goudouris; Almerinda Maria Rego Silva; Anete Sevciovic Grumach; Antonio Condino Neto; Carolina Cardoso de Mello Prando; Carolina Sanchez Aranda; Cristina Maria Kokron; Fernanda Pinto Mariz; Gesmar Rodrigues Silva Segundo; Mayra de Barros Dorna; Wilma Carvalho Neves Forte; Helena Fleck Velasco

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 134-135

DOI: 10.5935/2526-5393.20200014

PDF Português

15 - Recomendações para pacientes com Angioedema Hereditário durante a pandemia COVID-19

Recommendations for patients with Hereditary Angioedema during the COVID-19 pandemic

Solange O. R. Valle; Eli Mansour; Eliana Toledo; Faradiba S. Serpa; Herberto José Chong-Neto; L. Karla Arruda; Pedro Giavina-Bianchi; Régis A. Campos; Anete S. Grumach

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 135-136

DOI: 10.5935/2526-5393.20200015

PDF Português

16 - Comunicado sobre o uso de Omalizumabe em pacientes com Urticária Crônica Espontânea e a COVID-19

Report on the use of Omalizumab in patients with Chronic Spontaneous Urticaria and COVID-19

Luís Felipe Ensina; Alfeu Tavares França; Gabriela Andrade Coelho Dias; Janaína Michelle Lima Melo; Leila Vieira B. T. Neves; Rosana Câmara Agondi; Solange O. R. Valle; Régis A. Campos; Roberta F. Criado; L. Karla Arruda; Régis A. Campos; Rosana Câmara Agondi; Solange O. R. Valle; Luís Felipe Ensina

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 136-137

DOI: 10.5935/2526-5393.20200016

PDF Português

17 - Medicações de uso contínuo na pandemia COVID-19

Continuous use drugs in the COVID-19 pandemic

Marcelo Vivolo Aun; Rosana Câmara Agondi; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 137-138

DOI: 10.5935/2526-5393.20200017

PDF Português

18 - COVID-19, enzima conversora da angiotensina 2 e hidroxicloroquina

COVID-19, angiotensin-converting enzyme 2 and hydroxychloroquine

Rosana Câmara Agondi; Marcelo Vivolo Aun; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 138-140

DOI: 10.5935/2526-5393.20200018

PDF Português

Imagens em Alergia e Imunologia

19 - Escabiose mascarada por mastocitose sistêmica

Scabies masked by systemic mastocytosis

Iandra Leite Perez; Mara Giavina-Bianchi; Larissa de Queiroz Mamede; Henrikki Gomes Antila; Grazielly de Fátima Pereira; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2020;4(1): 141-144

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20200019

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Paciente do sexo feminino, com 59 anos de idade, portadora de mastocitose sistêmica há 20 anos. A mastocitose é doença rara, caracterizada pela proliferação excessiva e o subsequente acúmulo de mastócitos em órgãos e tecidos, principalmente na medula óssea, pele e no trato gastrointestinal. Há 1 mês, relatava história de novas lesões cutâneas caracterizadas por pápulas e placas eritemato-edematosas com escoriação e intenso prurido. Feito o raspado da pele com confirmação diagnóstica de escabiose.

Descritores: Escabiose, mastocitose sistêmica agressiva, prurido.

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