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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Outubro-Dezembro 2019 - Volume 3  - Número 4

Editorial

1 - Melhora na assistência aos pacientes com asma grave

Improved care for patients with severe asthma

Marcelo Vivolo Aun; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 355-356

DOI: 10.5935/2526-5393.20190049

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ARTIGOS ESPECIAIS

2 - Guia para o manejo da asma grave 2019 – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Guide to the management of severe asthma 2019 – Brazilian Association of Allergy and Immunology

Gustavo F. Wandalsen; Flávio Sano; Ana Carla A. M. Falcão; Adelmir S. Machado; Faradiba S. Serpa; José Ângelo Rizzo; José Elabras Filho; Pedro Giavina-Bianchi; Tessa R. T. Gonçalves; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 337-362

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190050

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Antes de rotular um paciente como tendo asma grave, é crucial confirmar o diagnóstico da doença e de sua gravidade, além de excluir diagnósticos diferenciais de condições que podem se assemelhar ou se confundir com a asma, tais como: tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica, disfunção de corda vocal, apneia do sono, bronquiectasia, entre outras. Neste guia são abordados, além dos diagnósticos diferenciais, dados de história clínica e exames laboratoriais que permitem classificar o paciente com relação à evolução da doença (controlado ou não controlado) e, assim, possibilitar a instituição do esquema terapêutico mais apropriado. São apresentadas alternativas terapêuticas disponíveis para a abordagem clínica desses pacientes, incluindo os imunobiológicos.

Descritores: Asma grave, controle da asma, corticosteroide inalado, imunobiológicos, qualidade de vida, anticorpos monoclonais.

3 - Atualização sobre reações de hipersensibilidade perioperatória: Documento conjunto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Parte I: Tratamento e orientação pós-crise

Update on perioperative hypersensitivity reactions: Joint document from the Brazilian Society of Anesthesiology and Brazilian Association of Allergy and Immunology - Part I: Post-event management and guidance

Maria Anita C. Spindola; Dirceu Solé; Marcelo Aun; Liana Maria Tôrres de Araújo Azi; Luiz A. G. Bernd; Daniela Bianchi; Albertina V. Capelo; Debora Cumino; Alex E. Lacerda; Luciana Lima; Edelton F. Morato; Rogean Nunes; Norma P. M. Rubini; Jane da Silva; Maria Angela Tardelli; Alessandra S. Watanabe; Erick Curi; Flávio Sano

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 363-381

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190051

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Especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), interessados no tema anafilaxia perioperatória, reuniram-se com o objetivo de intensificar a colaboração entre as duas sociedades no estudo desse tema e elaborar um documento conjunto que possa guiar ambos os especialistas. O objetivo desta série de dois artigos foi mostrar as evidências mais recentes alicerçadas na visão colaborativa entre as sociedades. Este primeiro artigo versará sobre as definições mais atuais, formas de tratamento e as orientações após a crise no perioperatório. No próximo artigo serão discutidos os principais agentes causais e a condução da investigação com testes apropriados.

Descritores: Alergia e imunologia, hipersensibilidade, anafilaxia, período perioperatório.

4 - Guia prático da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia para o diagnóstico e tratamento das urticárias baseado em diretrizes internacionais

A practical guide of the Brazilian Association of Allergy and Immunology to the diagnosis and treatment of urticaria based on international guidelines

Luis Felipe Ensina; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Régis Albuquerque Campos; Rosana Agondi; Paulo Criado; Roberta Buense Bedrikow; Joachim W. Fluhr; Dirceu Solé; Torsten Zuberbier

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 382-392

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190052

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A urticária crônica espontânea afeta mais de um milhão de brasileiros e impacta significativamente em sua qualidade de vida. Para atualizar as recomendações quanto ao seu diagnóstico e tratamento, especialistas de todo o mundo reúnem-se a cada quatro anos em Berlim e revisam todas as novas evidências que justifiquem modificações na diretriz internacional. Este artigo discute as principais recomendações propostas na versão atual da diretriz.

Descritores: Urticária, angioedema, diagnóstico, tratamento.

Artigos de Revisão

5 - Controle ambiental: prevenção e manejo das doenças atópicas

Environmental control: prevention and management of atopic diseases

Bárbara Souza; Pedro Giavina-Bianchi; Jorge Kalil; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 393-400

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190053

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A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, sendo que 50% a 80% dos pacientes apresentam o fenótipo alérgico. A asma resulta da interação entre predisposição genética e exposição ambiental. Os aeroalérgenos perenes, especialmente os ácaros da poeira doméstica, são considerados um dos responsáveis pelo aumento da prevalência da asma em todo mundo. O controle ambiental é uma das medidas necessárias para o tratamento e controle da asma.

Descritores: Asma, doenças atópicas, alergia, controle ambiental.

6 - Uma visão atualizada da anafilaxia idiopática: a ausência de evidência não é a evidência de ausência

An updated view of idiopathic anaphylaxis: absence of evidence is not evidence of absence

Mario Geller

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 401-405

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190054

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A anafilaxia idiopática não apresenta etiologia conhecida. A sua prevalência é estimada entre 10-35% de todas as modalidades de anafilaxia. A sintomatologia apresentada é a mesma de qualquer outra anafilaxia: urticária, angioedema, ruborização, prurido, hipotensão arterial, taquicardia, manifestações gastrointestinais (disfagia, náusea, vômitos, cólicas abdominais, diarreia), asma, edema laríngeo, tontura e síncope. A mortalidade é rara. Não há transmissão genética, mas 40% dos pacientes são atópicos. É mais frequente nos adultos do que nas crianças, e principalmente em mulheres. É um diagnóstico de exclusão. Ocorre ativação mastocitária com desgranulação citoplasmática dos mediadores de anafilaxia (triptase, histamina, entre outros). É uma anafilaxia com boa resposta aos corticoides, e, portanto, caso não haja resposta adequada a doses eficazes de prednisona/prednisolona, o seu diagnóstico deve ser revisto. O diagnóstico diferencial da anafilaxia idiopática inclui: a mastocitose sistêmica indolente, síndromes de ativação mastocitária monoclonais, alergia à galactose-alfa-1,3 galactose, anafilaxia induzida por exercícios (com e sem dependência alimentar e medicamentosa), angioedema hereditário (congênito e adquirido), feocromocitoma, síndrome carcinoide, anafilaxia oral acarina, alergia ao Anisakis simplex, disfunção das cordas vocais, síndrome escombroide, alergia ao sêmen, alergia ao látex, manifestações psicossomáticas (síndrome do pânico, globus hystericus e a síndrome de Münchausen), bem como as tradicionais e mais frequentes modalidades de anafilaxia (alergia a alimentos, medicamentos e insetos). O tratamento na crise aguda da anafilaxia idiopática é o mesmo do que nas demais anafilaxias, incluindo a administração intramuscular imediata de epinefrina. Deve haver uma generosa e prolongada prescrição de corticoterapia oral, e também a instituição de medicação preventiva (anti-histamínicos anti-H1 e anti-H2, cetotifeno, albuterol oral, montelucaste, cromoglicato de sódio, e por último o omalizumabe). Os pacientes devem portar epinefrina autoinjetora e ser instruídos sobre como agir em caso de um episódio anafilático. Eles respondem bem à administração de epinefrina. A corticoterapia oral, por 4-6 semanas, pode induzir uma remissão completa.

Descritores: Anafilaxia, anafilaxia idiopática, mastocitose sistêmica, doenças de ativação mastocitária, galactose-alfa-1,3-galactose, angioedema hereditário, omalizumabe.

7 - A microbiota intestinal e sua interface com o sistema imunológico

Gut microbiota and its interface with the immune system

Herberto J. Chong-Neto; Antonio Carlos Pastorino; Ana C. C. Della Bianca Melo; Décio Medeiros; Fábio Chigres Kuschnir; Maria Luiza Oliva Alonso; Neusa Falbo Wandalsen; Cristine Secco Rosário; Dirceu Solé; Bruno A. Paes Barreto

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 406-420

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190055

PDF Português

A microbiota intestinal humana influencia diversos sistemas orgânicos e há evidências de sua ação sobre o sistema imunológico. O objetivo desta revisão foi verificar a influência da microbiota intestinal humana e sua interface com o sistema imunológico. A partir das palavras-chaves gut (intestino) e microbiota (microbiota), e utilizando o operador boleano AND para correlacionar a palavra-chave com os diversos temas propostos para o artigo de revisão, como por exemplo, gut microbiota AND delivery ou gut microbiota AND mode of delivery, foram selecionados artigos obtidos da busca na base PubMed, sobretudo nos últimos 10 anos (2009-2019). Há evidências de que a janela de oportunidade para intervenção e prevenção primária das doenças alérgicas começa antes do nascimento e provavelmente dentro do período fetal, estendendo-se ao tipo de parto, alimentação nos primeiros meses de vida, fatores ambientais e uso de antibióticos. Compreender esta complexa interface que envolve, por um lado a microbiota (microrganismos e seus subprodutos) e, por outro, receptores e células especializadas, é fundamental para o entendimento dos mecanismos de tolerância ou desequilíbrio imunológico, os quais estão respectivamente ligados ao estado fisiológico de saúde ou aos processos patofisiológicos de diversas doenças, sobretudo aquelas de contexto imunomediado.

Descritores: Microbiota, sistema imunológico, aleitamento materno.

8 - Abordagem da conjuntivite em paciente com dermatite atópica em uso de dupilumabe

Management of conjunctivitis in patients with atopic dermatitis using dupilumab

Mara Giavina-Bianchi; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 421-426

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190056

PDF Português

O dupilumabe foi aprovado para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave em adultos e adolescentes no Brasil. Ensaios clínicos e estudos de vida real mostraram alta eficácia e segurança deste imunobiológico, porém a frequência de conjuntivite no grupo de pacientes com dermatite atópica tratado com esse medicamento foi mais alta do que no grupo controle. A conjuntivite é mais frequente em pacientes com dermatite atópica do que na população geral, e foi o efeito adverso mais frequente nos pacientes com dermatite atópica em uso do dupilumabe. A maioria dos casos apresentou quadro leve, sem necessidade de suspender a medicação. Apresentamos uma sugestão de algoritmo para a abordagem da conjuntivite nos pacientes em uso do dupilumabe para tratamento da dermatite atópica.

Descritores: Dermatite atópica, dupilumabe, conjuntivite, efeito adverso.

Artigos Originais

9 - Perfil dos portadores de urticária crônica do hospital universitário de Salvador-BA

Profile of patients with chronic urticaria at the University Hospital of Salvador-BA

Generson Alves da-Silva; Régis de Albuquerque Campos

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 427-435

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190057

PDF Português

INTRODUÇÃO: A urticária crônica é caracterizada pela presença de placas eritematosas cutâneas com prurido por mais de 6 semanas, com ou sem angioedema. Estudos indicam que essa afecção afeta cerca de 1% da população mundial, sendo que a maior parte desses casos de causas idiopáticas. A qualidade de vida em pacientes com urticária pode ser gravemente prejudicada. Os objetivos desse estudo são caracterizar o perfil epidemiológico da urticária crônica dentro de um serviço especializado público no estado da Bahia, bem como avaliar a influência dessa disfunção na qualidade de vida desses pacientes.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo observacional a partir de informações extraídas dos prontuários de 135 pacientes atendidos no serviço de Alergia e Imunologia do Ambulatório Magalhães Neto, pertencente ao Complexo do Hospital Universitário Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia.
RESULTADOS: Indivíduos do sexo feminino representam 80,0% do número total de participantes desse estudo; 71 indivíduos (52,6%) têm mais de 45 anos de idade; foi verificada a presença de angioedema associado à urticária em 52,0% dos participantes. O tempo médio do início dos sintomas associados à doença foi de 7,3 anos, e o tempo médio de diagnóstico da doença foi de 4,4 anos. Com relação à presença de comorbidades, a mais prevalente foi a rinite alérgica (27,0%). O fármaco mais utilizado no tratamento desses participantes foi a Cetirizina, que foi prescrita em 36,0% dos casos. Para 31% a urticária crônica espontânea afeta muito a sua qualidade de vida.
CONCLUSÕES: O perfil dos participantes desse estudo se assemelha ao de outros em estudos realizados no mundo. A urticária crônica impacta predominantemente de forma moderada a qualidade de vida, e mais fortemente as dimensões sono/estado mental e alimentação.

Descritores: Urticária, qualidade de vida, alergia e imunologia.

10 - Contribuição do diagnóstico molecular em doentes alérgicos ao veneno de abelha com reações sistêmicas durante o ultra-rush

Contribution of molecular diagnosis to bee venom allergic patients with systemic reactions during the build-up phase of bee venom immunotherapy

Tatiana Lourenço; Mara Fernandes; Anabela Lopes; Elisa Pedro; Manuel Pereira Barbosa; M. Conceição Pereira Santos

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4)

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190058

PDF Inglês

INTRODUÇÃO: A alergia ao veneno de abelha (VA) é uma das causas mais comuns de anafilaxia grave. A imunoterapia com veneno de abelha (VIT) é considerada o tratamento mais eficaz, mas reações sistêmicas podem ocorrer. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil de sensibilização por componentes moleculares de doentes com anafilaxia a VA e avaliar se reações sistêmicas durante o ultra-rush estão relacionadas com diferentes padrões de sensibilização.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo incluindo 30 doentes submetidos a VIT durante 1 ano. Considerou-se dois grupos: grupo de doentes que reagiu durante o ultra-rush (Grupo A), que foi comparado com o grupo sem reação (Grupo B). Foram avaliadas as IgE (sIgE) e IgG4 (sIgG4) específicas para VA(i1) e componentes moleculares: rApi m1, rApi m2, rApi m3, rApi m5 e rApi m10 antes e 1 ano após VIT. Os testes estatísticos foram realizados com Graph-PadPrism v5.01.
RESULTADOS: 80% sexo masculino, média de idade 47 anos (14-74). Grupo A com 10 doentes, Grupo B com 20 doentes. Previamente à VIT, sIgE para rApi m1 foi detectada em 86,7%; rApi m2 em 46,7%; rApi m3 em 16,7%; rApi m5 em 43,3%; e rApi m10 em 70%. Resultados positivos para pelo menos um alergênio de VA foram detectados em 100%. 73% dos doentes eram sensibilizados a mais de um alergênio, e 13,3% a todos os alergênios. Não houve diferenças estatisticamente significativas no perfil dos dois grupos antes da VIT, porém verificou-se uma diminuição significativa: p = 0,045; p = 0,017 e p = 0,021 de i1, rApi m3 e rApi m10, respectivamente, no grupo B um ano após VIT. Relativamente à sIgG4, observou-se um aumento significativo de rApi m1, não observado nos restantes alergênios como rApi m3 e rApi m10.
CONCLUSÃO: A análise de um painel de recombinantes de VA pode melhorar a sensibilidade diagnóstica, quando comparado com rApi m1 isolado. Não se verificou associação entre a ocorrência de reações sistêmicas durante o ultra-rush e o perfil de sensibilização molecular. No entanto, é importante para estudar um maior número de doentes.

Descritores: Veneno de abelha, anafilaxia, imunoterapia.

11 - Avaliação da relação neutrófilo/linfócito como indicador prognóstico em pacientes sépticos de unidades de terapia intensiva de Recife-PE

Evaluation of neutrophil-to-lymphocyte ratio as a prognostic indicator in septic patients in intensive care units in Recife-PE

Filipe Jonas Federico da-Cruz; Filipe Prohaska Batista; Renata Barretto Coutinho Bezerra e Silva

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 445-452

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190059

PDF Português

INTRODUÇÃO: Sepse é uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica associada a foco infeccioso e às disfunções orgânicas. Sabe-se que, no processo infeccioso, a resposta do hospedeiro consiste no aumento do número de neutrófilos e na redução do número total de linfócitos. O índice neutrófilo/linfócito (N/L) é uma ferramenta facilmente calculável a partir do hemograma, e tem sido utilizada como indicador prognóstico em diversas condições patológicas. Esta pesquisa visa avaliar o valor prognóstico das médias da relação neutrófilo-linfócito em pacientes sépticos em unidades de terapia intensiva de Recife-PE, Brasil.
METODOLOGIA: Foram coletados de registros em prontuário eletrônico os hemogramas de admissão, do segundo dia (D2) e sétimo (D7) dias após internamento em unidades de terapia intensiva (UTI). A relação neutrófilo/linfócito foi calculada pela divisão entre os valores absolutos das contagens celulares. As médias encontradas foram comparadas com: dias de internamento em UTI, tempo de ventilação mecânica, tempo de droga vasoativa e mortalidade em 28 dias.
RESULTADOS: O valor médio da relação N/L que teve correlação com mortalidade em 28 dias foi de 14,2 no D1 (p = 0,011) e 15,9 no D7 (p < 0,001). Ao avaliar-se o risco relativo de mortalidade em 28 dias quando os subgrupos foram reunidos em pacientes sem infecção (N/L < 5) e com infecção (N/L = 5), o oddsratio em D1 foi de 12,0; e em D7 foi de 15,8.
CONCLUSÃO: O valor da relação N/L na avaliação de pacientes sépticos guarda correlação com mortalidade em 28 dias, e valor médio acima de 14 aumenta consideravelmente este risco.

Descritores: Sepse, choque séptico, prognóstico.

12 - Concentrações de vitamina D em lactentes sibilantes e crianças asmáticas: relação com a condição nutricional e o controle da doença

Vitamin D concentrations in wheezing infants and asthmatic children: relationship with nutritional status and disease control

Mirella Regina Cimino Scaff; Fabíola Isabel Suano De-Souza; Roseli Oselka Saccardo Sarni; Igor Luiz Argani; Neusa Falbo Wandalsen

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 453-458

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190060

PDF Português

INTRODUÇÃO: Deficiência de vitamina D e obesidade foram associadas a um pior controle da asma em países desenvolvidos, embora essa relação ainda não esteja devidamente estabelecida. Assim, o presente estudo visa avaliar a relação entre deficiência de vitamina D, controle da asma e a condição nutricional em crianças menores de 10 anos.
MÉTODOS: 46 crianças asmáticas menores de 10 anos foram recrutadas para esse estudo observacional transversal, realizado entre outubro de 2016 e julho de 2018. O controle da asma foi verificado de acordo com o GINA 2016. A condição nutricional foi considerada como eutrófica (Z escore -2 a +1) ou sobrepeso/obesidade (Z score > +1), de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde. Valores de vitamina D < 20 ng/mL foram considerados deficiência. A análise laboratorial foi realizada pelo laboratório de análises clínicas da Faculdade de Medicina do ABC.
RESULTADOS: Não foi encontrada relação estatisticamente significante entre controle da asma e condição nutricional (p = 0,766), controle da asma e níveis de vitamina D (p = 0,880), ou níveis de vitamina D e condição nutricional (p = 0,610). Deficiência de vitamina D foi encontrada em 21,8% das crianças incluídas; 63,5% apresentavam asma não controlada; e 41,3% apresentavam sobrepeso/obesidade.
CONCLUSÕES: O presente estudo não encontrou associação entre controle da asma, níveis de vitamina D e condição nutricional, questionando a importância dessa relação em crianças com menos de 10 anos.

Descritores: Vitamina D, asma, obesidade.

13 - A influência do tratamento do Helicobacter pylori no paciente com urticária crônica espontânea

The influence of Helicobacter pylori treatment on patients with chronic spontaneous urticaria

Larissa Queiroz Mamede; Laís Souza Gomes; Grazielly Fátima Pereira; Allyne Moura Fé e Sousa Araújo; Amanda Brolio de Souza; Iandra Leite Perez; Luana Pereira Maia; Jorge Kalil; Antônio Abílio Motta; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 459-464

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190061

PDF Português

INTRODUÇÃO: A urticária crônica espontânea (UCE) é considerada atualmente uma condição autoimune, onde o mastócito é a célula central e sua ativação envolve a participação de autoanticorpos IgG e/ou IgE. Entretanto, várias outras condições podem estar associadas ao não controle da UCE, como a infecção pelo Helicobacter pylori (Hp), embora os dados na literatura sejam controversos. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do tratamento do Hp no controle clínico da UCE.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo de prontuários eletrônicos de pacientes com UCE que foram submetidos à pesquisa de Hp devido a sintomas gastroesofágicos. Foram avaliados os dados demográficos e a refratariedade aos anti-histamínicos destes pacientes. Posteriormente, a positividade ao Hp e a influência do tratamento do Hp sobre o controle clínico da UCE também foram avaliados. A UCE foi considerada controlada quando o UAS7 < 6, juntamente com a redução do uso de medicamentos para UCE.
RESULTADOS: Foram incluídos 50 pacientes, a maioria do sexo feminino (84%), e com idade média de 56,0 anos. A positividade para o Hp foi observada em 18 pacientes (36%), porém, o tratamento para erradicação do Hp foi realizado em apenas 13 pacientes, e, destes, 9 (69,2%) apresentaram melhora dos sintomas da UCE, avaliados em média 5,6 meses após este tratamento. Não houve associação da infecção pelo Hp com a gravidade da UCE e nem com o tempo de doença.
CONCLUSÕES: Embora a UCE tenha a autoimunidade como a principal hipótese para ativação do mastócito, outras situações estão associadas ao não controle da UCE, como a infecção pelo Hp. Este estudo encontrou que a frequência de positividade do Hp nos pacientes com UCE foi mais baixa do que a encontrada na literatura, porém, cerca de 70% dos pacientes tratados para erradicação do Hp apresentaram melhora clínica da UCE.

Descritores: Helicobacter pylori, urticária crônica espontânea, tratamento.

14 - Uso de corticoide inalado e sua implicação no nível de eosinófilos periféricos

Inhaled corticosteroid use and its implications for peripheral blood eosinophil levels

Grazielly de Fatima Pereira; Priscila de Abreu Franco; Larissa de Queiroz Mamede; Lais Souza Gomes; Iandra Leite Perez; Amanda Brolio de Souza; Allyne Moura Fé E. S. Araujo; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 465-459

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20190062

PDF Português

INTRODUÇÃO: Um dos efeitos do corticoide sistêmico é a redução do número e da ação dos eosinófilos. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação do corticoide inalatório (CI) sobre os eosinófilos periféricos (EoP).
MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo de prontuários eletrônicos de pacientes adultos com asma grave, steps 4 e 5 da GINA 2019, acompanhados em um centro terciário de referência. Os pacientes em uso recente ou atual de corticoide oral foram excluídos. Foram avaliados dados demográficos, dose de budesonida inalada, sensibilização a aeroalérgenos, IgE total, cortisol sérico e EoP, no período de 2010 a 2019.
RESULTADOS: Foram avaliados 58 pacientes, sendo 81,0% do sexo feminino, com médias de idade de 61,0 anos, de início da asma aos 17,4 anos e de tempo de doença de 43,6 anos. A média de CI foi de 1682,8 µg/dia, e a média de IgE sérica total do grupo foi de 398,9 UI/mL. A IgE específica para aeroalérgenos estava positiva em 40 pacientes (69%), sendo 85% destes pacientes sensibilizados para ácaros. A média do cortisol sérico foi de 5,6 µg/dL, e dos EoP de 252,1 cel/mm3. Neste estudo não foi observada correlação entre a dose de CI e o cortisol sérico. Entretanto, 41,4% dos pacientes apresentaram EoP < 150 cel/mm3, e houve uma correlação inversa significante entre as doses de CI e os níveis de EoP, (p = 0,011 r2 = 0,11), ou seja, quanto maior a dose de CI, menor o nível de EoP.
CONCLUSÕES: A GINA 2019 recomenda o uso de anticorpos monoclonais (mAbs), no step 5, direcionados pelo fenótipo de asma. Alguns destes mAbs incluem como critério de tratamento os EoP acima de 150 ou 300 cel/mm3. Neste estudo, o CI em doses elevadas estava relacionado a níveis mais baixos de EoP, portanto, alguns pacientes em uso de doses elevadas de CI poderiam apresentar EoP reduzida pelo uso de CI, interferindo na recomendação de alguns mAbs.

Descritores: Corticoide inalado, eosinófilos periféricos, asma, cortisol sérico, anticorpos monoclonais.

CARTA AO EDITOR

15 - O papel dos alergistas brasileiros na eliminação da epidemia de febre amarela

Gustavo Silveira Graudenz

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 470-471

DOI: 10.5935/2526-5393.20190063

PDF Português

Errata

16 - Errata em: "Guia prático de atualização: medicamentos biológicos no tratamento da asma, doenças alérgicas e imunodeficiências"

Erratum on: "Practical update guide: biological drugs in the treatment of asthma, allergic diseases and immunodeficiencies"

Dirceu Solé; Flávio Sano; Nelson A. Rosário; Martti A. Antila; Carolina S. Aranda; Herberto J. Chong-Neto; Renata R. Cocco; Antonio Condino-Neto; Regis A. Costa; Luis F. Ensina; Pedro Giavina-Bianchi; Ekaterini S. Goudouris; Marcia C. Mallozi; José L. B. Morandi; Sandro F. Perazzio; Ana Carolina R. Reali; José Luis M. Rios; Cristine S. Rosário; Gesmar R. S. Segundo; Faradiba S. Serpa; Gustavo F. Wandalsen; Norma P. M. Rubini; Solange O. R. Valle

Arq Asma Alerg Imunol 2019;3(4): 472

DOI: 10.5935/2526-5393.20190064

PDF Português

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