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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Abril-Junho 2021 - Volume 5  - Número 2

Vol. 5 - Nº 2


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Editoriais

1 - Integrar é preciso

Integration is needed

Emanuel Sarinho; Eduardo Magalhães de Souza Lima

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 109-110

DOI: 10.5935/2526-5393.20210035

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2 - Holofotes e microfones estão voltados para a Imunologia

Spotlights and microphones are turned on Immunology

Fernando M. Aarestrup

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 111-112

DOI: 10.5935/2526-5393.20210018

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ARTIGOS ESPECIAIS

3 - Vacinas COVID-19 e outros imunobiológicos - intervalos preconizados

COVID-19 vaccines and other immunobiological drugs - recommended intervals

Ekaterini Goudouris; Lorena de Castro Diniz; Ana Karolina Barreto Berselli Marinho; Dewton de Moraes Vasconcelos; Carolina Prando; Norma de Paula Motta Rubini; Emanuel Sarinho; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 113-114

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210019

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Com o início do programa de vacinação contra a COVID-19 no Brasil, surgiu uma série de questionamentos relacionados ao uso dos imunizantes. Neste documento, o grupo de estudo da COVID-19 da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) avalia as evidências científicas e se posiciona em relação aos intervalos preconizados entre a administração das vacinas contra o SARS-CoV-2 e dos imunobiológicos.

Descritores: Vacina contra COVID-19, imunobiológicos, infecções por SARS-CoV-2, vacinas de produtos inativados.

4 - Vacina COVID-19 em pacientes com urticária - Posicionamento do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

COVID-19 vaccine in patients with urticaria - Position statement of the Scientific Department of Urticaria of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)

Gabriela Andrade Coelho Dias; Leila Vieira Borges Trancoso Neves; Fernanda Lugão Campinhos; Daniela Farah Teixeira Raeder; Larissa Silva Brandão; Régis Albuquerque Campos; Alfeu Tavares França; Rozana F. Gonçalves; Eli Mansour; Janaina Michele Lima Melo; Dirlene Brandão de Almeida Salvador; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Carolina Tavares de Alcântara; Rosana Câmara Agondi; Luis Felipe Ensina

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 115-119

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210020

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Com o início do programa de vacinação contra a COVID-19 no Brasil, surgiu uma série de questionamentos relacionados ao uso dos imunizantes em pacientes com doenças imunoalérgicas. Neste documento, o Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) se posiciona revisando as principais dúvidas relacionadas à imunização para COVID-19 em pacientes com urticária.

Descritores: Urticária, omalizumabe, ciclosporina, COVID-19.

5 - Urticária e a COVID-19

Urticaria and COVID-19

Larissa Silva Brandão; Régis Albuquerque Campos; Alfeu Tavares França; Rozana F. Gonçalves; Eli Mansour; Janaina Michele Lima Melo; Dirlene Brandão de Almeida Salvador; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Carolina Tavares de Alcântara; Daniela Farah Teixeira Raeder; Fernanda Lugão Campinhos; Gabriela Andrade Coelho Dias; Leila Vieira Borges Trancoso Neves; Rosana Câmara Agondi; Luis Felipe Ensina

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 120-125

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210021

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A pandemia de COVID-19 afetou drasticamente a vida de todos ao redor do planeta, interferindo também na forma de atuarmos como médicos e especialistas. Neste artigo revisamos aspectos importantes da infecção pelo novo coronavírus e sua relação com a urticária.

Descritores: Urticária aguda, urticária crônica, COVID-19.

6 - Vacinas COVID-19 e imunobiológicos

COVID-19 vaccines and immunobiological drugs

Faradiba Sarquis Serpa; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci; Filipe W. Sarinho; Eduardo Costa Silva; Nelson Augusto Rosario-Filho; João Negreiros Tebyriça; Norma de Paula M. Rubini; Aldo José Fernandes Costa; Régis de Albuquerque Campos

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 126-134

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210022

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Os medicamentos imunobiológicos têm sido frequentemente utilizados no tratamento das doenças alérgicas e de natureza imunológica. Esses agentes regulam a resposta imunológica do tipo 2 nas doenças alérgicas ou atuam em diversas vias de ativação alteradas nos erros inatos da imunidade. Com o surgimento da pandemia COVID-19 um crescente número de pacientes em uso de imunobiológicos para essas condições deverão ser vacinados contra o vírus SARS-CoV-2.Dessa forma, existe a necessidade de avaliar a segurança e eficácia destas vacinas nos pacientes em uso de imunobiológicos para asma, dermatite atópica, rinossinusite crônica com pólipos nasais, urticária crônica e erros inatos da imunidade.Foi realizada uma busca de literatura recente relevante sobre imunobiológicos e vacinas COVID-19 no PubMed.Existe um consenso de manutenção desses agentes durante a pandemia COVID-19, embora nas doenças alérgicas os mesmos devam ser suspensos durante a infecção ativa. Por outro lado, dados disponíveis em relação à segurança e eficácia das vacinas contra a COVID-19 nesse grupo de pacientes são escassos. Existem relatos do uso de outras vacinas inativadas em associação com alguns imunobiológicos demonstrando serem eficazes e seguras. Portanto, considerando o risco potencial da infecção COVID-19, especialmente nos pacientes portadores de erros inatos da imunidade, recomendamos que as vacinas contra a COVID-19 sejam utilizadas nos pacientes em uso de imunobiológicos. Desta forma, existe uma necessidade de estudos que avaliem estas questões haja vista que a terapia com diversos imunobiológicos tem sido amplamente utilizada nos pacientes com doenças alérgicas e de natureza imunológica.

Descritores: Produtos biológicos, anticorpos monoclonais, infecções por coronavírus, vacinação, COVID-19.

Artigo de Revisão

7 - Esofagite eosinofílica: uma revisão narrativa

Eosinophilic esophagitis: a narrative review

Letícia Dall'Agnol; Phelipe dos Santos Souza; Claudia Bernhardt; Fangio Ferrari

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 135-141

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210023

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A esofagite eosinofílica (EoE) é uma doença inflamatória, crônica e recidivante do esôfago, caracterizada por inflamação com predomínio de eosinófilos e sintomas de disfunção esofágica. A doença, que representa a principal causa de disfagia crônica em crianças, jovens e adultos, compartilha intrínseca correlação com alergias, tanto em sua fisiopatologia, quanto em dados epidemiológicos e, recentemente, foi considerada uma manifestação tardia da marcha atópica em alguns indivíduos. O presente trabalho objetiva ampliar o conhecimento acerca da doença, visto que a EoE é uma patologia relativamente nova na história da medicina, e seu diagnóstico depende de elevada suspeição clínica. Além disso, por ser uma entidade com elevado potencial de causar impacto na qualidade de vida e repercussões fisiológicas, psicológicas e sociais para os pacientes, a suspeição e reconhecimento precoce da doença é essencial para que se institua a terapêutica adequada e obtenha-se controle sobre a progressão da doença.

Descritores: Esofagite eosinofílica, gastroenterologia, hipersensibilidade.

Artigos Originais

8 - Reações cutâneas graves em crianças: como se comportam?

Severe cutaneous adverse reactions in children: how do they behave?

Débora Mutti de Almeida Monteiro; Dina Larissa Capelasso da-Costa; Chayanne Andrade de Araujo; Maria Elisa Bertocco Andrade; Fátima Rodrigues Fernandes

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 142-150

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210024

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INTRODUÇÃO: As reações cutâneas graves a medicamentos (RCGM) compreendem um grupo de doenças caracterizadas por hipersensibilidade tardia a um ou vários tipos de fármacos. Por ser uma doença potencialmente fatal, o diagnóstico precoce, bem como o início do tratamento, são de suma importância.
OBJETIVO: Analisar a evolução das RCGM em pacientes pediátricos acompanhados em dois hospitais da cidade de São Paulo, SP.
MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos no período de 2002 a 2018 em dois hospitais da capital paulista.
RESULTADOS: Não houve diferença entre os sexos, prevaleceu a faixa etária dos adolescentes, e os medicamentos mais implicados com o desenvolvimento das lesões cutâneas foram os anticonvulsivantes, sendo os principais a carbamazepina e fenitoína, sem diferença entre eles, seguidos dos antibióticos betalactâmicos. No tratamento, todos os pacientes fizeram uso de corticoides sistêmicos e anti-histamínicos, sendo que oito pacientes também receberam imunoglobulina intravenosa e um recebeu ciclosporina. A taxa de mortalidade foi baixa e, em relação às complicações e sequelas, a autoimunidade foi a mais encontrada.
CONCLUSÃO: Os casos de RCGM são eventos raros na faixa etária pediátrica, todavia de alta morbimortalidade e risco de sequelas. O diagnóstico e tratamento precoces contribuem para um melhor prognóstico, sendo de suma importância a identificação da medicação associada, bem como a retirada da mesma.

Descritores: Síndrome de Stevens-Johnson, síndrome de hipersensibilidade a medicamentos, pustulose exantematosa aguda generalizada.

9 - Fatores relacionados a múltiplas consultas de urgência e internação hospitalar devido à descompensação asmática em pacientes adultos

Factors related to multiple urgent consultations and hospitalization due to asthmatic decompensation in adult patients

Roberta Roldi; Natália Cristina Borges; Sofia Silveira Souza Leão; Thamiris Santos Mendes; Fátima Rodrigues Fernandes; Maria Elisa Bertocco Andrade

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 151-159

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210025

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INTRODUÇÃO: A asma é caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Exacerbações são episódios de aumento de sintomas e deterioração da função pulmonar.
OBJETIVO: Avaliar fatores relacionados a múltiplas idas à emergência e internação por exacerbação asmática.
MÉTODOS: Estudo transversal, retrospectivo e analítico. Analisamos prontuários de pacientes adultos que foram atendidos no pronto-socorro (PS) por duas ou mais vezes em 2019 e receberam diagnóstico de asma. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com o número de idas a emergência: 2 ou 3 vezes (grupo A), e mais de 4 vezes (grupo B). Posteriormente foram divididos nos grupos Internação Hospitalar (IH) e Não Internação Hospitalar (NIH).
RESULTADOS: Gênero feminino correspondeu a 74% dos pacientes, e infecção bacteriana foi o fator desencadeante mais relatado. No grupo A, 67% não fazia acompanhamento ambulatorial regular; e no grupo B, 75% não o fazia. No grupo A, 37% usava corticoide inalatório em dose alta versus 75% do grupo B. Corticoide inalatório em dose alta foi associado ao risco de quatro ou mais idas ao PS. Foram internados 19% dos pacientes (grupo IH). Procuraram quatro vezes ou mais o PS por asma 29% dos pacientes IH, e 7% dos NIH. Usavam corticoide inalatório em altas doses 86% dos pacientes IH, e 31% dos NIH. No grupo IH, 50% apresentava distúrbio ventilatório obstrutivo moderado, contra apenas 8% do NIH. Múltiplas idas ao PS, CI dose alta e distúrbio ventilatório moderado foram associados à internação hospitalar.
CONCLUSÃO: Múltiplas idas ao PS por asma em pacientes adultos tiveram correlação com a falta de acompanhamento ambulatorial, infecções bacterianas e uso de medicações em altas doses. Foram fatores de risco para a internação hospitalar: quatro ou mais idas ao PS e asma grave.

Descritores: Asma, emergências, hospitalização, adulto.

10 - Preferência por comportamentos favoráveis à prática de atividade física em crianças com sintomas de asma e/ou rinite

Preference for behavior conducive to physical activity in children with symptoms of asthma and/or rhinitis

Aline Piovezan; Karoliny dos-Santos; Bruna Becker da-Silva; Jefferson Traebert; Aline Daiane Schlindwein

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 160-168

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210026

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INTRODUÇÃO: A asma e a rinite parecem influenciar de diversas for-mas aspectos da vida das crianças, incluindo o comprometimento do nível de atividade física.
OBJETIVO: Analisar a preferência por comportamentos favoráveis à prática de atividade física e o nível de atividade física de crianças de 6 a 7 anos com sintomas de asma e/ou rinite em uma cidade do Sul do Brasil.
MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal, que estimou a presença de sintomas de asma e de rinite através do questionário International Study of Asthma and Allergy in Childhood e sua relação com a preferência por comportamentos favoráveis à prática de atividade física e com o nível de atividade física avaliados com o Netherlands Physical Activity Questionnaire. O teste t de Student foi utilizado para verificar a associação entre as variáveis independentes e os comportamentos favoráveis à prática de atividade física e o nível de atividade física. ANOVA uma via, seguida do teste post hoc de Tukey foram utilizados para comparar os comportamentos favoráveis à prática de atividade física e o nível de atividade física entre grupos.
RESULTADOS: Participaram do estudo 282 crianças, nestas os sintomas de rinite foram os mais prevalentes, presentes em 20,2% das crianças. A associação de sintomas de asma e rinite foi constatada em 17,7% das crianças, e a presença isolada de sintomas de asma em 12,1%. Em relação ao nível de atividade física, os meninos obtiveram pontuação significativamente maior em relação à preferência por brincadeiras agitadas (p = 0,02) e prática de esportes (p = 0,01), o mesmo para crianças com sintomas de asma ou rinite.
CONCLUSÃO: Não foi detectada relação entre o nível de atividade física e os sintomas de asma e rinite entre os participantes.

Descritores: Asma, rinite, exercício físico, criança.

11 - Diagnóstico molecular e seleção de imunoterapia numa população portuguesa sensibilizada ao pólen de gramíneas e de oliveira

Molecular diagnosis and immunotherapy selection in a Portuguese population sensitized to grass and olive pollens

Joana Cosme; Amélia Spínola Santos; Manuel Branco Ferreira; Manuel Pereira Barbosa; Maria Conceição Pereira Santos

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 169-178

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210027

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INTRODUÇÃO: Os polens de Phleum pratense (Phl p) e de Olea europaea (Ole e) são fontes alergênicas comuns.
OBJETIVOS: Descrever os padrões de sensibilização aos alergênios destes dois polens num subconjunto de pacientes com rinite alérgica polínica e comparar a escolha de imunoterapia, antes e depois da determinação de alergênios moleculares para Phl p e Ole e.
MÉTODOS: Foram recrutados candidatos para imunoterapia com polens, com testes cutâneos positivos para Phl p e Ole e. Todos realizaram um painel de testes em picada a aeroalergênios e determinação de IgE séricas específicas para Phl p, Ole e, rPhl p1, rPhl p5, rPhl p7, rPhl p 12, rOle e 1, nOle e 7, rBet v2.
RESULTADOS: Foram incluídos 40 adultos. Em relação à sIgE para Phl p e Ole e, 83% e 65% dos pacientes apresentaram positividade para ambos, usando o cut-off de 0,35 kUA/L e 0,70 kUA/L, respectivamente. A positividade para Phl p1 e/ou Phl p 5 foi encontrada em 42,5%, para Ole e 1 apenas em 2,5%, enquanto 47,5% apresentaram sIgE positivo para ambos (cut-off corte de 0,35 kUA/L). Aumentando o cut-off para 0,7 kUA/L, 55% foram sensibilizados para Phl p1 e/ou Phl p5, nenhum paciente foi sensibilizado apenas para Ole e 1. Após a determinação dos alergênios para os componentes moleculares, a escolha de imunoterapia foi alterada em 15 (37,5%) pacientes, com uma diminuição no número de vacinas para Phleum + Olea e apenas para Olea e um aumento na prescrição de vacinas para Phleum.
CONCLUSÃO: A sensibilização genuína do Olea europaea foi reduzida e os padrões de sensibilização foram heterogêneos. O conhecimento da sensibilização aos componentes moleculares dos alergênios mudou a prescrição de imunoterapia em mais de um terço dos pacientes.

Descritores: Rinite alérgica, diagnóstico por componentes moleculares, pólen de gramíneas, imunoterapia, pólen de oliveira.

12 - Perfil de sensibilização molecular de doentes com síndrome de proteínas de transferência lipídica e associação com características clínicas

Molecular sensitization profile of patients with lipid transfer protein syndrome and associated clinical characteristics

Marisa Paulino; Célia Costa; Elisa Pedro; Maria Conceição Pereira-Santos

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 179-185

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210028

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INTRODUÇÃO: As proteínas de transferência lipídicas (LTP) são causa de uma variedade de fenótipos de alergia alimentar globalmente definidos como síndrome LTP. Objetivo: O nosso objetivo é caracterizar o perfil molecular destes doentes e avaliar associação com os fenótipos clínicos.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo em que foram selecionados doentes com síndrome de LTP e sensibilização ao alergênio molecular pru p 3 em ImmunoCAP ISAC® (Phadia, Thermo Fisher Scientific, Suécia) realizados de abril de 2011 a abril de 2019. A análise estatística foi realizada através do software IBM SPSS® v20.
RESULTADOS: Cem doentes, 64% do sexo feminino, com média de idades à data do exame de 27,2±11,8 anos (idade pediátrica - 15%). A média de idades da primeira reação foi de 19,9±10 anos. Foram constituídos dois grupos com base na apresentação clínica à data da realização do exame: local (LR) n = 28; sistêmica (SR) n = 72. Os seguintes parâmetros foram avaliados em relação ao grupo SR: perfil de sensibilização a LTP, co-sensibilização com profilinas ou PR-10, presença de atopia e gênero.Na análise univariada foi encontrada associação positiva com grupo SR para sexo feminino (Odds ratio (OR) 2,8, p = 0,02) e presença de Jug r 3 (OR 2,60, p = 0,03). Associaram-se negativamente à doença sistêmica a presença de Par j 2 (OR 0,16, p < 0,01) e de profilinas (OR 0,11, p < 0,01). Na análise multivariada apenas manteve significado estatístico a presença de par j 2 (OR 0,023, p < 0,01).
CONCLUSÕES: A caracterização do perfil molecular pode ser útil como preditos da expressão da doença, sendo uma importante ferramenta no seguimento destes doentes. A presença de Par j 2 parece ser fator protetor de reação grave.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, rosaceae, alérgenos.

13 - Deve um doente com mastocitose sistêmica ser vacinado contra a COVID-19?

Should a patient with systemic mastocytosis be vaccinated against COVID-19?

Márcio Mesquita; Ana Rita Presa; Mariana Ribas Laranjeira; Maria João Sousa; Sofia Ramalheira; Ana Reis Ferreira; Susana Cadinha

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 186-188

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210029

PDF Inglês

Mulher de 26 anos enviada à consulta de imunoalergologia após dois episódios de anafilaxia no contexto de ingestão de antiinflamatórios. Em ambos os episódios foi observada no Serviço de Urgência. Os valores de triptase nos episódios foram 141 ug/L e 117 ug/L, respetivamente. A triptase basal 92 ug/L. Realizou biópsia de medula óssea, mielograma e estudo imunofenotípico que confirmaram mastocitose sistêmica.Nos doentes com doença mastocitária, o risco de anafilaxia após administração de vacinas mRNA contra a COVID-19 tem sido debatido. Considerando o risco de exposição à COVID-19, o risco de anafilaxia após administração da vacina foi discutido com a doente e, após consentimento, a vacina Pfizer/BioNTech® BNT162B2 foi administrada sob vigilância de um alergologista. Não foi administrada pré-medicação, e a doente recebeu as duas doses da vacina sem evidenciar sintomatologia relacionada com ativação mastocitária.

Descritores: Mastocitose sistêmica, vacinação, infecções por coronavírus.

14 - Síndrome de enterocolite induzida por proteína alimentar como diagnóstico diferencial das alergias alimentares: relato de caso

Food protein-induced enterocolitis syndrome as a differential diagnosis for food allergies: a case report

Haroldo Teófilo de-Carvalho; Daniela Mitsue Suzuki; Patrícia Golgato Aguiar; Paula Ravanelli Rossi; Cristiane Felipe Toniolo; Deborah Carvalho Cavalcanti

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 189-194

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210030

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A síndrome da enteropatia induzida por proteína alimentar, aguda ou crônica, é um tipo de alergia alimentar não mediada por IgE, que surge entre os 5 e 9 meses de idade, e é caracterizada por episódios de vômitos que começam aproximadamente 1 a 4 horas após a ingestão do alérgeno, algumas vezes acompanhados de letargia, palidez cutânea e diarreia com sangue, resultando em instabilidade hemodinâmica e choque em 15% dos casos. Sua epidemiologia em larga escala é desconhecida, assim como o mecanismo imunopatológico, no entanto, sugere-se um papel importante das células T no processo inflamatório.As manifestações e a gravidade dependem da frequência e da dose do alimento desencadeante, bem como do fenótipo e da idade de cada paciente. A suspeita se dá com base principalmente na história clínica e nos sintomas característicos da doença, que tendem a melhorar após a retirada do alimento suspeito. O teste de provocação oral é o padrão ouro para o diagnóstico, mas deve ser reservado para os casos em que a história é confusa e a hipótese incerta. A abordagem de primeira linha no tratamento visa corrigir a desidratação ou estabilizar o choque quando presente, e interromper imediatamente a oferta de alimentos com potencial indutor de reação alérgica. Relatamos o caso de uma lactente de 2 meses de idade com diagnóstico da síndrome, cujo objetivo é atentar o leitor quanto as suas particularidades, auxiliando-o no diagnóstico precoce e adequado a fim de evitar a depleção progressiva e a evolução para sua forma potencialmente grave.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, enterocolite, desidratação, pediatria.

15 - Dupilumabe na urticária crônica espontânea refratária ao omalizumabe

Dupilumab in chronic spontaneous urticaria refractory to omalizumab

Giane Hayasaki Vieira; Laura Siqueira Faria-de-Sá; Arthur de Souza Siqueira; Marwan Elias Youssef-Junior; Herberto Jose Chong-Neto; Daniel Strozzi

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 195-198

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210031

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A urticária é uma lesão cutânea eritematosa, edematosa e pruriginosa, mais prevalente em mulheres entre 30 a 50 anos de idade, sendo classificada em aguda ou crônica. O quadro clínico da urticária crônica espontânea é desencadeado independentemente de estímulos exógenos, podendo ser acompanhado de angioedema em 40% dos casos. O diagnóstico é clínico e a doença pode ser monitorada com escores. O tratamento da urticária crônica espontânea é baseado em anti-histamínicos H1 de segunda geração como primeira linha. A segunda linha se baseia no aumento da dose de anti-histamínicos H1 em até quatro vezes a dose habitual, a terceira linha consiste na associação de imunobiológicos como o omalizumabe, e a quarta linha no uso de ciclosporina. Este relato de caso teve como objetivo analisar a eficácia e segurança do tratamento com dupilumabe na urticária crônica espontânea refratária ao omalizumabe, utilizando os escores de atividade da urticária e o questionário de qualidade de vida em dermatologia. A partir dos resultados obtidos, verificou-se sucesso terapêutico com dupilumabe, que se manteve mesmo após suspensão do medicamento. O uso off label do dupilumabe justificou-se pelo seu mecanismo de ação na fisiopatologia da doença. Este é o primeiro relato de caso brasileiro do uso de dupilumabe para urticária crônica espontânea refratária ao omalizumabe.

Descritores: Urticária, imunobiológicos, índice de gravidade de doença, dupilumabe.

16 - Dermatite fotoalérgica ao pigmento azul de tatuagens: relato de um caso e breve revisão da literatura

Photoallergic dermatitis due to the blue pigment in tattoos: a case report and brief literature review

Fábio Augusto Peroni Garcia; Aline Centenaro Cintra; Flávia Garcia MIchalichen; Flávia Regina Ferreira

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 199-202

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210032

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A prática de tatuagens é muito antiga e atualmente tornou-se extremamente popular, porém traz consigo riscos que não podem ser ignorados. As tintas utilizadas nas tatuagens são um fator importante para o aparecimento de reações adversas. A reação de hipersensibilidade aos pigmentos das tintas é uma das mais comuns. Entre elas, encontram-se reações alérgicas tipo dermatites de contato ou reações de fotossensibilidade, sendo esta última o motivo deste relato. O tratamento indicado é o uso de corticoides e a fotoproteção. Neste artigo, discorreremos especificamente sobre a reação de fotossensibilidade ao pigmento azul, com o relato de um caso e breve revisão da literatura.

Descritores: Tatuagem, pigmentação, cobalto, dermatite fotoalérgica.

17 - Identificação de uma proteína semelhante à taumatina como um novo alérgeno no caqui (Diospyros kaki) com reatividade cruzada com a banana (Musa acuminata)

Identification of a thaumatin-like protein as a new allergen in persimmon (Diospyros kaki) with cross-reactivity with banana (Musa acuminata)

Leonor Esteves-Caldeira; Marta Neto; Moises Labrador-Horrillo; Elisa Pedro

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 203-207

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210033

PDF Inglês

A alergia ao caqui (Diospyros kaki ) tem sido raramente documentada, não sendo a composição antigênica da fruta totalmente conhecida. Proteínas semelhantes à taumatina (TLPs) foram descritas como alergênicos em pólens e várias frutas, como no kiwi e banana, mas não no caqui. Apresenta-se o caso de um doente de 22 anos, com rinite alérgica persistente moderadagrave, sensibilizado a ácaros do pó doméstico. O doente refere episódio de prurido na mucosa oral e canal auditivo, seguido de urticária generalizada, que rapidamente evoluiu para disfonia, dispneia e tontura, após ingestão de caqui. Poucos meses depois, desenvolveu sintomas cutâneos semelhantes, acompanhados de náuseas, vómitos, cólica abdominal e hipotensão imediatamente após ingestão de uma banana. O teste cutâneo por picada com caqui e banana em natureza foram positivos, bem como o doseamento de IgE específica. O teste ImmunoCAP ISAC_112i identificou a presença de IgE específica para Act d 2 (taumatina do kiwi), homóloga da TLP da banana (Mus a 4). O estudo de inibição ImmunoCAP ISAC com "esponja" de Diospyros kaki (f301) produziu uma inibição parcial (40%) da ligação de IgE a Act d 2, permitindo presumir que uma proteína semelhante à taumatina é, pelo menos, parcialmente responsável pela referida sensibilização. Este doente encontra-se sensibilizado a Diospyros kaki e Musa acuminata. Uma anafilaxia ao caqui ingerido, presumivelmente resultante de reatividade cruzada com a taumatina da banana foi diagnosticada. Não estão descritas na literatura TLPs como alergênicos do caqui com reatividade cruzada com a banana e com Act d 2 in vitro (TLP do kiwi).

Descritores: Anafilaxia, diospyros, hipersensibilidade alimentar, musa, reações cruzadas.

Imagens em Alergia e Imunologia

18 - Angioedema hereditário inaugural na idade pediátrica

Hereditary angioedema in a child with no family history of disease

Marisa Paulino; Célia Costa

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(2): 208-210

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210034

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O angioedema hereditário por défice de C1-inibidor é uma doença rara autossômica dominante com uma prevalência estimada em 1:50.000. Habitualmente a história familiar aponta para este diagnóstico. No entanto, a apresentação atípica com história familiar negativa pode atrasar o diagnóstico de meses a anos. Os autores apresentam o caso de uma criança de 6 anos sem antecedentes pessoais ou familiares relevantes que recorreu ao Serviço de Urgência pediátrico por edema, calor e rubor do cotovelo, joelho e maléolos direitos com 12h de evolução, sem fatores associados. Ao exame objetivo: edema do cotovelo, joelho e maléolos direitos, exantema não pruriginoso maleolar homolateral com discreto desconforto à palpação. Sem elevação dos parâmetros infeciosos ou inflamatórios. Foi iniciada corticoterapia sistêmica, com melhoria lenta do quadro. Teve alta, referenciada à consulta de Imunoalergologia. Na anamnese foram apurados quatro episódios de edema periarticular nos doze meses prévios. A avaliação analítica da criança revelou C1 inibidor 62 mg/dL, C1 inibidor funcional 29%, confirmada em duas determinações, e a dos pais e dos dois irmãos foi normal. No estudo genético não foram identificadas mutações nos genes SERPING. O angioedema hereditário por défice de função do C1-inibidor -tipo II -representa 15 a 20% dos casos. Embora a história familiar seja o maior sinal de alerta para o diagnóstico desta patologia, em 20-25% dos casos ocorre mutação espontânea. Nestes casos um elevado grau de suspeição é necessário e um atraso no diagnóstico pode levar a consequências graves. As opções terapêuticas em crianças menores de 12 anos são ainda limitadas.

Descritores: Angioedema, angioedema hereditário tipos I e II, diagnóstico, pediatria.

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