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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Julho-Setembro 2021 - Volume 5  - Número 3

Vol. 5 - Nº 3


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Editorial

1 - Posicionamento da ASBAI sobre dose adicional e intercambialidade de vacinas contra a COVID-19

ASBAI position statement on additional dose and interchangeability of COVID-19 vaccines

Pedro Giavina-Bianchi; Lorena de Castro Diniz; Ekaterini Goudouris; Ana Karolina Barreto Berselli Marinho; Dewton de Moraes Vasconcelos; Norma de Paula Motta Rubini; Emanuel Sarinho

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 211-212

DOI: 10.5935/2526-5393.20210035

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Artigos de Revisão

2 - Eficacia y seguridad de la combinación de fexofenadina con montelukast en el tratamiento de la rinitis alérgica

Efficacy and safety of combined therapy of fexofenadine and montelukast for the treatment of allergic rhinitis

Patricia O´farrill-Romanillos; Magda Luz Atrián-Salazar; Leonel González-González; Diana Molina-Vélez; Elizabeth Meda-Monzón; Concepción García-Morales; Vanessa Cohen-Muñoz; Gabriela Sánchez-Casado

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 213-222

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210036

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El propósito de este trabajo fue revisar la literatura científica que evalúa la eficacia y seguridad de las monoterapias de fexofenadina y montelukast, la terapia combinada (fija o en asociación) de montelukast - fexofenadina, así como de montelukast con otros antihistamínicos de segunda generación en el tratamiento de la rinitis alérgica. Se realizó una estrategia de búsqueda bibliográfica de múltiples etapas, en donde se identificaron estudios basados en ensayos clínicos y estudios no aleatorizados (ensayo controlado no aleatorizado, controlado antes-después, de series de tiempo interrumpidas, con controles históricos, de cohorte, de casos y controles, estudio transversal, y series de casos) en pacientes con rinitis alérgica, en las bases de datos MEDLINE/PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Cochrane, Redalyc y Colección BVS y debido a la cantidad de resultados obtenidos se incluyó la búsqueda en Hinari. Con base en esta revisión se concluye que las combinaciones de antihistamínicos de segunda generación y antagonistas de leucotrienos y, en particular, la combinación fija de fexofenadina - montelukast es eficaz, segura y favorece la adherencia al tratamiento, y a largo plazo también ayuda a alcanzar el objetivo terapéutico.

Descritores: Rinitis alérgica estacional, rinitis alérgica perenne, antagonistas de los receptores histamínicos, eficacia, seguridad.

3 - Tratamento da UCE refratária aos anti-histamínicos e na impossibilidade do omalizumabe, nos adultos

Treatment of CSU refractory to antihistamines and in the impossibility of omalizumab therapy in adults

Bruna Gehlen; Mariana Mousinho-Fernandes; Paula Natassya Argolo; Grazielly de Fátima Pereira; Jorge Kalil; Antônio Abilio Motta; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 223-231

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210037

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Há o empenho contínuo de especialistas no desenvolvimento de tratamentos resolutivos ou eficazes nos controles das doenças, no entanto, a entidade urticária crônica espontânea (UCE), quando refratária à primeira linha de tratamento, os anti-histamínicos, apresenta um prognóstico desfavorável. Existe um arsenal de medicamentos biológicos disponíveis já consolidados como eficazes e seguros, porém eventualmente nos defrontamos com a inacessibilidade a estes medicamentos, devido aos custos dos mesmos e aos trâmites necessários para dar início ao tratamento. Tais fatos fundamentam a discussão sobre terapias alternativas com outros fármacos, visando manter o manejo adequado da doença e a qualidade de vida dos pacientes.

Descritores: Urticária, imunossupressores, ciclosporina.

4 - Eficácia e segurança do dupilumabe no tratamento da rinossinusite crônica com polipose nasal

Efficacy and safety of dupilumab in the treatment of chronic rhinosinusitis with nasal polyposis

Juliana F. Bianchini Garcia; Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 232-236

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210038

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A rinossinusite crônica (RSC) é uma síndrome caracterizada pela inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais por pelo menos 12 semanas, acometendo de 5% a 12% da população geral. A síndrome é associada a alta morbidade e considerada um grande problema de saúde pública devido a sua prevalência, seu custo para a sociedade e ao impacto que acarreta na qualidade de vida dos pacientes e em seu desempenho escolar ou profissional. Ademais, a RSC está associada a diversas comorbidades, como dermatite atópica, distúrbios respiratórios do sono, conjuntivite, otite média, asma e problemas emocionais. O dupilumabe é eficaz e seguro no tratamento da RSC com polipose nasal. A eficácia é progressiva no primeiro ano de tratamento, e a posologia de 300 mg a cada duas semanas é superior em relação à de cada quatro semanas. A interrupção do tratamento com 24 semanas acarreta a perda parcial de seus efeitos benéficos. O imunobiológico também é eficaz no controle da asma nos pacientes que apresentam essa doença como comorbidade. Alguns pacientes podem apesentar aumento transitório de eosinófilos sanguíneos, e 2,7% desenvolveram conjuntivite como reação adversa nos estudos SINUS-24 e SINUS-52. O dupilumabe é uma excelente opção terapêutica no tratamento concomitante de múltiplas doenças caracterizadas pela inflamação de tipo II.

Descritores: Rinite, sinusite, pólipos nasais, células Th2, anticorpos monoclonais.

5 - Papel do genoma e do microbioma na patogenia e abordagem terapêutica da asma

Role of the genome and microbiome in the pathogenesis and treatment of asthma

Hisbello da Silva Campos

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 237-245

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210039

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Asma é uma denominação única para um conjunto de disfunções respiratórias que se expressam, clinicamente, por episódios repetidos, com intensidade variável de dispneia, sibilos, tosse e opressão torácica. A variação entre suas formas clínicas é resultante da participação e interação entre fatores genéticos, microbiômicos e ambientais. O progresso na área médica, ao incorporar novos recursos tecnológicos da biociência e bioinformática, vem desvendando a intimidade dos processos genéticos e moleculares envolvidos nos diferentes mecanismos patogênicos presentes na asma. Isso vem levando à identificação de novos alvos terapêuticos e à pesquisa de novos agentes medicamentosos. Ao mesmo tempo, a perspectiva de inserção paulatina desses recursos no cotidiano médico tem promovido mudanças na prática médica, que vem adotando os princípios da medicina de precisão. Possivelmente, estas mudanças melhorarão o horizonte dos asmáticos, uma população ainda desprovida de instrumentos terapêuticos totalmente efetivos.

Descritores: Asma, genética, microbiota, medicina de precisão.

6 - O estado da arte das síndromes autoinflamatórias associadas à criopirina

The state of the art of cryopyrin-associated periodic syndromes

Katharina Ruth Pagotto Betzler; Victor Chiosini; Alex Isidório Prado; Bruna Gehlen; Fabio Fernandes Morato Castro; Myrthes Toledo Barros; Jorge Kalil; Leonardo Oliveira Mendonça

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 246-254

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210040

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As síndromes autoinflamatórias associadas à criopirina (CAPS) compreendem um grupo espectral de doenças raras autoinflamatórias. Todas estas doenças estão relacionadas ao inflamassoma NLRP3, sendo que de 50-60% dos pacientes apresentam mutações ao longo do gene NLRP3. Clinicamente, febre recorrente associada à urticária neutrofílica e outros sintomas sistêmicos são o grande marco clínico, comum a todo o espectro. O bloqueio da interleucina-1 trouxe grande alívio ao tratamento destas desordens, mas variações na resposta clínica podem ser observadas, principalmente nos espectros mais graves. Neste trabalho os autores trazem uma revisão do estado da arte das doenças autoinflamatórias CAPS. Foi realizado levantamento de literatura e, ao final, 49 artigos restaram como base para construção do texto final. O trabalho traz de forma narrativa os principais pontos relacionados a imunofisiopatologia, manifestação clínica, diagnóstico, tratamento, complicações e novas armas diagnósticas, e terapia gênica.

Descritores: Doenças hereditárias autoinflamatórias, síndromes periódicas associadas à criopirina, doenças genéticas inatas.

7 - Anafilaxia no primeiro ano de vida: como diagnosticar

Anaphylaxis in the first year of life: how to diagnose

Isabella Burla Manhães; Carolina Sanchez Aranda; Lucila de Camargo Oliveira; Márcia Carvalho Mallozi; Gustavo Falbo Wandalsen; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 255-266

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210041

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A anafilaxia é uma reação alérgica mais grave e potencialmente fatal. Apresenta-se quase sempre com manifestações cutâneas, acompanhadas por acometimento dos sistemas respiratório, gastrointestinal, nervoso e cardiovascular. Indivíduos de todas as faixas etárias podem manifestar anafilaxia, e seu diagnóstico no primeiro ano de vida é difícil por ser o lactente incapaz de expressar de modo claro as sensações vividas durante o episódio agudo. Nessa faixa etária os alimentos são os agentes desencadeantes mais envolvidos, embora medicamentos e veneno de himenópteros também o sejam. Em pacientes submetidos a várias cirurgias e procedimentos médicos a alergia ao látex pode ocorrer. A adrenalina intramuscular é a primeira linha de tratamento da anafilaxia na fase inicial, mas continua sendo subutilizada. Além disso, medidas de suporte, tais como decúbito supino, reposição de fluidos, vias aéreas pérvias e oxigenação, devem ser instituídas. Após a alta, o paciente deve ser encaminhado à avaliação e seguimento por especialista visando à identificação do agente desencadeante, assim como educar responsáveis/cuidadores destes pacientes sobre a prevenção de novos episódios. É importante que esse paciente tenha consigo algum tipo de identificação que o aponte como tendo tido episódio de anafilaxia, sobretudo se tiver sido recorrente. A oferta de um plano escrito de como proceder diante de um novo episódio é fundamental.

Descritores: Anafilaxia, alimentos, medicamentos, veneno de insetos, epinefrina.

Artigos Originais

8 - Exposição à poluição do ar interno/poluição do ar externo: os assassinos silenciosos - Estudo piloto

Exposure to indoor air pollution/outdoor air pollution: the silent killers - A pilot study

Marilyn Urrutia-Pereira; Herberto Chong-Neto; Jennifer Avila; Natividad L. Vivas; Verónica Riquelme Martinez; William López Róndon; Leticia Auth Rockenbach; Leticia Beal Dill; Maiara Rubim Xavier; Nathaly Ellen Bonow; Pietro Nunes Rinelli; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 267-273

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210042

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OBJETIVO: Identificar possíveis fatores de risco da exposição à poluição intradomiciliar (PID) e extradomiciliar (PED) e sua relação com doenças não transmissíveis (DNT) em homens e mulheres tratados por médicos de atenção primária.
MÉTODO: Quinhentos e cinquenta e um pacientes (382 mulheres) atendidos em três unidades básicas de saúde em Uruguaiana, Brasil, por queixas diversas, responderam a um questionário sobre os fatores de risco para exposição à PID/PED.
RESULTADOS: As mulheres foram significantemente mais expostas aos poluentes da queima de lenha (79,6% vs. 52,7%, p < 0,0001) por terem mais atividades domésticas; os homens praticaram mais atividades ao ar livre e passaram longos períodos no trânsito (47,3% vs. 18,8%, p < 0,0001). Hipertensão arterial (HA) / Doença respiratória crônica (DRC) foram mais frequentes entre as mulheres. Pacientes com HA/DRC foram mais expostos à PED devido ao trabalho (18,1% vs. 11%, p = 0,02), ou por viver perto de uma fonte de poluição do ar (45,6% vs. 29,6%, p = 0,0002), ou em uma rua com trânsito intenso (41,7% vs. 33%, p = 0,04). O fumo passivo, o fumo ativo, o uso de lenha ou carvão para cozinhar, aquecer ou secar ou queimar carvão em ambientes fechados não foram associados a maior prevalência de HA/DRC.
CONCLUSÃO: A exposição à PED foi associada a HA/CRD. As mulheres foram mais expostas à PID pela queima de lenha, e os homens foram mais expostos à queima de combustíveis fósseis. O conhecimento destes comportamentos deve ser direcionado aos médicos da atenção básica e a todos os profissionais da saúde, para que medidas preventivas e educacionais possam ser implementadas.

Descritores: Poluição, doenças não transmissíveis, médicos de atenção primária, profissionais de saúde.

9 - Avaliação do emprego da imunoglobulina humana endovenosa sobre a densidade de infecções em pacientes com mieloma múltiplo

Evaluation of the use of human intravenous immunoglobulin on the incidence density of infections in patients with multiple myeloma

Elisângela Aparecida Galdino Menezes; Guilherme Moreira Borges Araújo; Isadora Andrade Rabelo; Beatriz Julião Vieira Aarestrup; Paula Fonseca Aarestrup; Edir Paula Cordeiro Cheloni; Matheus Fonseca Aarestrup; Fernando Monteiro Aarestrup

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 274-278

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210043

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INTRODUÇÃO: O mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia hematológica que cursa com hipogamaglobulinemia e consequente imunodeficiência secundária. Uma das principais causas de morbimortalidade desses pacientes são infecções. Objetivou-se com esse estudo avaliar o impacto da reposição de imunoglobulina endovenosa (IgIV) na taxa de infecções em pacientes portadores de MM.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo de análise documental, com variáveis qualitativas e quantitativas, com objetivo de realizar análise retrospectiva dos prontuários de pacientes com MM que receberam tratamento com imunoglobulina humana endovenosa em um hospital privado na cidade de Patos de Minas, MG, Brasil, no período de 01/05/2016 a 31/12/2020. Foram coletados dados epidemiológicos, resultados de exames, episódios de infecções, eventos adversos da medicação e desfecho dos pacientes nos prontuários analisados.
RESULTADOS: Foram identificados 10 pacientes com diagnóstico de MM, todos receberam IgIV na dose de 300 a 400 mg/kg/mês. Nenhuma reação adversa relacionada ao uso da IgIV foi registrada nos prontuários. Foram identificados seis quadros infecciosos que ocorreram em quatro pacientes. Nenhum diagnóstico de sepse foi registrado. A densidade de incidência de infecções foi de 0,28 episódios/pacientes-ano.
CONCLUSÃO: A densidade de incidência de infecções observada no presente estudo foi significativamente menor em comparação ao que se tem registro na literatura, sugerindo importante papel da IgIV na prevenção de infecções em pacientes com MM.

Descritores: Idiótipos de imunoglobulina, síndromes de imunodeficiência, mieloma múltiplo.

10 - Anafilaxia em estudantes acima de sete anos nas escolas públicas de Imperatriz do Maranhão - MA

Anaphylaxis in public school students aged 7 years or older in Imperatriz do Maranhão, MA, Brazil

Cayo Fernando de-Araújo-Sousa; Marcos da Silva Oliveira; Antonio Francisco e-Silva-Junior; Raphael Coelho Figueredo; Elaine Gagete

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 279-290

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210044

PDF Português

INTRODUÇÃO: Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade aguda, grave, potencialmente fatal, causada por mecanismos de hipersensibilidade. A prevalência da anafilaxia está crescendo, entretanto, pesquisas epidemiológicas sobre esta doença ainda são escassas no Brasil, o que motivou o presente estudo.
MÉTODOS: A pesquisa é observacional e com delineamento do tipo transversal, baseada na aplicação de questionário validado que sugere o diagnóstico de anafilaxia em crianças e adolescentes entre 7 a 18 anos em escolas públicas da cidade de Imperatriz, Maranhão, Brasil. Simultaneamente, outro questionário correlacionando características socioeconômicas e de saúde geral também foi aplicado. Foram sorteadas 30 escolas, e em cada uma delas foram sorteados 24 estudantes. Os questionários devolvidos foram processados, sendo que escores iguais ou acima de 28 foram identificados como sugestivos de anafilaxia. Dois grupos, sem e com anafilaxia, (respectivamente, A e B) foram comparados.
RESULTADOS: Dos 720 questionários entregues, 380 foram devolvidos e, destes, 294 foram considerados válidos e analisados. Destes 294, 144 (49%) alegaram já ter tido pelo menos uma crise de alergia e tiveram seus questionários tabulados. Dezessete entrevistados (5,78% dos 294) apresentaram escores iguais ou superiores a 28, o que sugere anafilaxia. Com relação ao segundo questionário, os grupos A e B apresentaram diferenças estatisticamente significativas quanto ao gênero, renda familiar, presença de tabagismo passivo e vacinação, sendo que o grupo B apresentou, respectivamente, predomínio do gênero feminino, maior renda familiar, maior índice de tabagismo passivo e vacinação completa.
CONCLUSÕES: As taxas de prevalência de anafilaxia em pessoas suspeitas dessa doença em Imperatriz do Maranhão mostram-se significativas e comparáveis a outros locais já estudados no Brasil e no mundo. Mais estudos epidemiológicos são necessários para se ampliar o conhecimento dessa prevalência no país e sua correlação com dados socioeconômicos e de saúde geral.

Descritores: Anafilaxia, epidemiologia, inquéritos e questionários.

Comunicações Clínicas e Experimentais

11 - Anafilaxia ao ácido poli-L-láctico

Poly-L-lactic acid anaphylaxis

Gil Bardini-Alves; Natália Dal-Pizzol; Aline Vieira-Scarlatelli-Lima-Bardini

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 291-294

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210045

PDF Português

Paciente feminina, 47 anos, previamente hígida, apresentou reação anafilática associada ao uso do ácido poli-L-láctico (PLLA). Imediatamente após a administração do bioestimulador, a paciente referiu edema de face que evoluiu para urticária generalizada, edema em membros inferiores e tremores. Posteriormente, apresentou edema de língua e dificuldade para falar. Teste de puntura com extratos de PLLA na concentração pura 1:1 e testes intradérmicos na diluição 1:10 e 1:100 mostrou-se positivo. Paciente negou cofatores no dia do procedimento e alergias prévias. O presente artigo descreve o primeiro caso da literatura de anafilaxia ao PLLA, onde se discute aspectos da reação anafilática e exames usados para o diagnóstico.

Descritores: Anafilaxia, urticária, hipersensibilidade a drogas, angioedema, fármacos dermatológicos.

12 - Rinoconjuntivite ocupacional a cyclamen - Caso clínico

Occupational rhinoconjunctivitis to cyclamen: A case report

Cristiana Sofia Ferreira; José Ferreira; Bartolomé Borja; Arminda Guilherme

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 295-297

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210046

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O ciclame é uma planta pertencente à família Primulaceae, amplamente utilizada como planta ornamental de interior. A alergia ocupacional ao ciclame raramente foi descrita na literatura. Os autores pretendem descrever um caso e abordagem diagnóstica de uma suspeita de alergia ocupacional ao ciclame.

Descritores: Rinite, alergia, ciclame, exposição ocupacional.

13 - Mepolizumabe como terapêutica poupadora de esteroides num paciente com granulomatose eosinofílica com poliangiite

Mepolizumab as a steroid-sparing treatment option in a patient with eosinophilic granulomatosis with polyangiitis

Ana Rita Presa; Cristina Lara Valente; Maria João Sousa; Dorinda Inês Lopes

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 298-301

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210047

PDF Português

Eosinophilic granulomatosis with polyangiitis (EGPA) is a multisystem disorder characterized by asthma, peripheral blood eosinophilia, and signs of vasculitis. Glucocorticoids are considered the cornerstone of treatment, but most patients remain steroid-dependent and carry a significant burden of adverse effects. We report a case of a patient with steroid-dependent EGPA successfully treated with mepolizumab. A 36-year-old man presented with persistent rhinitis, dyspnea, wheezing, and dry cough poorly controlled with inhaled therapy. Eosinophilia in peripheral blood and bronchoalveolar lavage fluid was seen. Histological findings from nasal mucosa revealed eosinophilic microabscesses and vasculitis without granulomas compatible with EGPA diagnosis. After daily oral prednisolone (PSL) was started, symptoms and eosinophilia improved, but adverse effects emerged. Attempts at tapering off PSL resulted in worsening of symptoms. He started mepolizumab 300 mg monthly, with clinical improvement and sustained disease remission, which allowed reducing the need for PSL. We present a very disabling steroid-dependent EGPA. Mepolizumab was able to taper off PSL while maintaining symptomatic control.

Descritores: Eosinophilic granulomatosis with polyangiitis, interleukin-5, mepolizumab.

14 - Anafilaxia a alfa-gal: um relato de caso paraibano

Alpha-gal anaphylaxis: a case report from Paraíba, Brazil

Renata de Cerqueira Paes Correa Lima; Constantino Giovanni Braga Cartaxo; Wanne Sabrini Silva de-Brito

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 302-305

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210048

PDF Português

O presente relato apresenta um caso de anafilaxia tardia ao carboidrato alfa-gal em um adolescente da cidade de Belém, na Paraíba, Brasil. O paciente desenvolveu reação tardia à ingesta de carne e vísceras de animais. Ele mora em fazenda e tem contato próximo com animais potencialmente contaminados por carrapatos. Essa causa de reação alérgica é nova, e estudos começaram a atribuí-la a casos antes ditos idiopáticos. A anafilaxia é uma reação potencialmente fatal, que deve ser prontamente diagnosticada e tratada. Sendo assim, a descoberta de seu fator desencadeante é um dos principais itens que direcionam o tratamento. No Brasil, nenhum caso de anafilaxia por alfa-gal foi antes descrito na literatura local.

Descritores: Anafilaxia, vísceras, carne vermelha, alergia a alfa-gal.

15 - Omalizumabe no tratamento de urticária solar refratária aos anti-histamínicos: relato de caso e revisão da literatura

Omalizumab in the treatment of solar urticaria refractory to antihistamines: a case report and literature review

Bárbara Martins de Aquino; Alex Eustáquio de Lacerda; Inês Cristina Camelo Nunes; Luis Felipe Chiaverini Ensina

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 306-311

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210049

PDF Português

A urticária solar é uma forma rara de urticária crônica induzida (UCInd). Os sintomas se iniciam minutos após a exposição ao sol e persistem por até 2 horas, interferindo nas atividades diárias do paciente, e consequentemente na sua qualidade de vida. O omalizumabe, anticorpo monoclonal anti-IgE já aprovado para o tratamento da urticária crônica espontânea, tem sido utilizado no tratamento das urticárias crônicas induzidas com boa resposta, inclusive na urticária solar. Neste artigo, relatamos um caso de urticária solar refratária aos anti-histaminicos, sua evolução após o uso do omalizumabe, e fazemos uma breve revisão da literatura sobre o tema.

Descritores: Urticária crônica, omalizumabe, dermatopatias.

CARTA AO EDITOR

16 - Conjuntivites e perda de visão: pediatras estariam na primeira linha de prevenção do ceratocone

Francisco Machado Vieira

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 312-313

DOI: 10.5935/2526-5393.20210050

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Imagens em Alergia e Imunologia

17 - Erupção pigmentar fixa à nimesulida comprovada por teste de contato

Fixed pigmented erythema from nimesulide proven by patch testing

Juliana Leocádio Martins; Tânia Maria Gonçalves Gomes; José Luiz Magalhães Rios; Marilúcia Alves Venda; Kleiser Aparecida Mendes

Arq Asma Alerg Imunol 2021;5(3): 314-317

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20210051

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A erupção pigmentar fixa (EPF) é uma reação cutânea adversa a drogas relativamente comum, envolvendo cerca de 10% de todas as reações de hipersensibilidade a medicamentos (RHM). Envolve uma reação imunológica não imediata, mediada por células T CD8+ sensibilizadas, relacionada ao mecanismo do tipo IVc na classificação de Gell e Coombs. Um dos grupos mais frequentemente implicados nesse tipo de reação é o dos anti-inflamatórios. Relatamos o caso de um homem que, 24 horas após iniciar tratamento com nimesulida para lombalgia, apresentou um quadro de lesões cutâneas tipo máculas eritemato-violáceas bem delimitadas e disseminadas pelo corpo. A nimesulida é um fármaco anti-inflamatório não esteroidal (AINE) pertencente à classe das sulfonanilidas, que atua como inibidor seletivo da enzima da síntese de prostaglandina, a ciclo-oxigenase, inibindo preferencialmente a COX-2. O diagnóstico foi comprovado pela realização do teste de contato, também conhecido como patch test, que traduziu positividade na segunda leitura realizada após 72 horas da sua colocação.

Descritores: Erupção por droga, anti-inflamatórios não esteroidais, testes do emplastro, hipersensibilidade a drogas.

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