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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Abril-Junho 2017 - Volume 1  - Número 2

Editoriais

1 - Dermatite atópica: novos desafios

Atopic dermatitis: new challenges

Régis A. Campos

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 123-127

DOI: 10.5935/2526-5393.20170016

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2 - Urticária: fenótipos e opções terapêuticas

Urticaria: phenotypes and treatment options

Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 128

DOI: 10.5935/2526-5393.20170017

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3 - Anafilaxia e adrenalina no Brasil: vai, vai, vai..., mas não vai!

Anaphylaxis and adrenaline in Brazil: almost there but not quite

Herberto José Chong-Neto

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 129-130

DOI: 10.5935/2526-5393.20170018

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ARTIGOS ESPECIAIS

4 - Guia prático de atualização em dermatite atópica - Parte I: etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Posicionamento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria

Updated practical guide on atopic dermatitis - Part I: etiopathogenesis, clinical features, and diagnosis. Joint position paper of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics

Adriana A. Antunes; Dirceu Solé; Vânia O. Carvalho; Ana E. Kiszewski Bau; Fábio C. Kuschnir; Márcia C. Mallozi; Jandrei R. Markus; Maria G. Nascimento e Silva; Mário C. Pires; Marice E. El Achkar Mello; Nelson A. Rosário Filho; Emanuel S. Cavalcanti Sarinho; Herberto J. Chong-Neto; Norma P. M. Rubini; Luciana R. Silva

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 131-156

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170019

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A dermatite atópica (DA) é uma doença crônica e recidivante que acomete principalmente pacientes da faixa etária pediátrica. A fisiopatologia inclui fatores genéticos, alteraçoes na barreira cutânea e imunológicas. A prevalência da DA no Brasil, entre adolescentes, oscila entre 7,1% e 12,5%, com tendência à estabilizaçao. O diagnóstico é clínico, e exames complementares auxiliam na determinaçao dos fatores desencadeantes. A identificaçao dos fatores irritantes e/ou desencadeantes envolvidos permite melhor controle das crises. Entre os fatores desencadeantes destacam-se os agentes infecciosos, alérgenos alimentares e aeroalérgenos. Tomando-se como ponto de partida o "Guia Prático para o Manejo da Dermatite Atópica - opiniao conjunta de especialistas em alergologia da Associaçao Brasileira de Alergia e Imunopatologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria" publicado em 2006, foi realizada revisao e atualizaçao dos conceitos apresentados por grupo de alergologistas, dermatologistas e pediatras especializados no tratamento de pacientes com DA. O objetivo desta revisao foi elaborar um documento prático e que auxilie na compreensao dos mecanismos envolvidos na DA, assim como dos possíveis fatores de risco associados a sua apresentaçao, bem como sobre a avaliaçao subsidiária disponível para a identificaçao dos fatores associados à DA.

Descritores: Dermatite atópica, fatores de risco, diagnóstico clínico, Staphylococcus aureus, IgE específica, teste cutâneo, alergia alimentar.

5 - Guia prático de atualização em dermatite atópica - Parte II: abordagem terapêutica. Posicionamento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria

Updated practical guide on atopic dermatitis - Part II: treatment approach. Joint position paper of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics

Vânia O. Carvalho; Dirceu Solé; Adriana A. Antunes; Ana E. Kiszewski Bau; Fábio C. Kuschnir; Márcia C. Mallozi; Jandrei R. Markus; Maria G. Nascimento e Silva; Mário C. Pires; Marice E. El Achkar Mello; Nelson A. Rosário Filho; Emanuel S. Cavalcanti Sarinho; Herberto J. Chong-Neto; Luciana R. Silva; Norma P. M. Rubini

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 157-182

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170020

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Nas últimas décadas o conhecimento sobre a etiopatogenia da dermatite atópica (DA) avançou muito. Além da identificaçao dos principais agentes desencadeantes e/ou agravantes envolvidos na expressao clínica da DA, verificou-se ser a integridade da barreira cutânea um dos pontos fundamentais para a manutençao da homeostase da pele. Assim, no tratamento do paciente com DA, além da evitaçao dos agentes desencadeantes e/ou irritantes, o uso de hidratantes é parte fundamental, e acredita-se que tenha açao preventiva de surtos agudos. Além disso, a aquisiçao de agentes anti-inflamatórios de uso tópico tem permitido o controle de pacientes com formas leves a moderadas da DA. Embora tenham uso mais restrito, os agentes imunossupressores sistêmicos também têm sido empregados no tratamento de pacientes com DA grave ou refratária aos procedimentos habituais. Comenta-se também a imunoterapia alérgeno-específica como tratamento adjuvante da DA para alguns pacientes, sobretudo alérgicos aos ácaros e com manifestaçoes respiratórias associadas. A aquisiçao de novos agentes, os imunobiológicos, também sao apresentados à luz das evidências científicas e clínicas atuais. O presente guia prático de atualizaçao em dermatite atópica - abordagem terapêutica teve por objetivo rever os esquemas de tratamento disponíveis e empregados no acompanhamento de pacientes com DA, além de apresentar terapêuticas futuras, como os agentes imunobiológicos que em breve estarao à disposiçao para o tratamento de formas mais graves e/ou refratárias da DA.

Descritores: Dermatite atópica, hidrataçao da pele, corticosteroides tópicos, inibidores da calcineurina, ciclosporina, imunobiológico, imunoterapia.

Artigos de Revisão

6 - O papel da IgG4 na fisiopatogenia da nefropatia membranosa idiopática: estado da arte

The role of IgG4 in the physiopathology of idiopathic membranous nephropathy: state of the art

Denise Maria do Nascimento Costa; Lucila Maria Valente; Gisélia Alves Pontes da Silva; Emanuel Sarinho

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 183-188

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170021

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Nefropatia membranosa idiopática é uma causa de síndrome nefrótica cuja etiopatogenia nao está completamente esclarecida. Trata-se de uma doença imunologicamente mediada, na qual a deposiçao de imunocomplexos decorre da reaçao antígenoanticorpo in situ, na regiao subepitelial glomerular. A maioria dos antígenos envolvidos identificados sao alvos da IgG4, subclasse predominante em imunofluorescências renais na nefropatia membranosa idiopática, em contraste com as formas secundárias da doença, nas quais IgG1, IgG2 e IgG3 prevalecem. Apesar da IgG4 ser um subtipo de imunoglobulina com baixa capacidade de ativaçao do complemento, há várias evidências deste envolvimento na glomerulopatia (GMP). Esses dados, em conjunto com achados de depósitos glomerulares de lectina ligadora de manose, um dos principais componentes da via das lectinas do complemento, podem sugerir que tanto a via da lectina como a IgG4 estao envolvidas nesta patologia. Os motivos que desencadeiam a formaçao dos imunocomplexos e a ativaçao das vias do complemento nesta doença sao incertos. A hipótese mais aceita é a de que a nefropatia membranosa idiopática resulte do conjunto de três condiçoes: presença de proteínas com conformaçoes alteradas que passam a atuar como autoantígenos, anticorpos do tipo IgG4 contra estes antígenos, e susceptibilidade genética. O objetivo foi verificar o possível papel da IgG4 na etiopatogenia da nefropatia membranosa primária segundo o que foi publicado até o momento na base de dados MEDLINE/PubMed, a partir de uma revisao narrativa.

Descritores: Glomerulonefrite membranosa, imunoglobulina G, ativaçao do complemento, etiologia.

7 - Síndrome de sobreposição asma e DPOC

Asthma-COPD overlap syndrome

Ataualpa Pereira dos Reis; Roberto Stirbulov

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 189-194

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170022

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Asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) sao doenças crônicas altamente prevalentes na populaçao geral. Ambas sao caracterizadas por inflamaçao crônica heterogênea e obstruçao das vias aéreas. Em ambas as condiçoes, a inflamaçao crônica afeta todo o trato respiratório das grandes e pequenas vias aéreas, com recrutamento de diferentes células e com diferentes mediadores produzidos. A obstruçao das vias aéreas é tipicamente intermitente e reversível na asma, mas é progressiva e frequentemente irreversível na DPOC. Quando asma e DPOC ocorrem juntas, o termo síndrome de sobreposiçao asma e DPOC tem sido usado. Realizou-se revisao de artigos originais, revisoes e publicaçoes indexadas nos bancos de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e SciELO nos últimos 20 anos. Uma forma prática de diagnóstico da Síndrome de sobreposiçao asma e DPOC é incluir pacientes com diagnóstico de DPOC pelo critério do GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) e da Asma pelo critério do GINA (Global Initiative for Asthma). Assim, a síndrome inclui pacientes que preenchem os critérios de DPOC (obstruçao fixa das vias aéreas) e que também têm típicos achados de asma (sibilância, atopia, eosinofilia e resposta positiva a broncodilatador). A presença de diferentes fenótipos ou componentes das doenças aéreas obstrutivas crônicas necessita ser analisada para individualizar e otimizar o tratamento para se alcançar os melhores resultados. Embora intervençoes específicas variem conforme a doença, o objetivo do tratamento para as doenças obstrutivas respiratórias é semelhante e dirigido primariamente para a necessidade de controlar os sintomas, otimizar a saúde geral, e prevenir exacerbaçoes.

Descritores: Asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, diagnóstico, terapêutica, Síndrome de sobreposiçao asma e DPOC.

Artigos Originais

8 - Perfil clínico da rinite alérgica no idoso

Clinical profile of elderly patients with allergic rhinitis

Bruna Beatriz Correa Barbosa; Cássio Caetano Macedo Mendes; Jorge Kalil; Fabio F. Morato Castro; Clóvis Eduardo Santos Galvao; Cynthia Mafra Fonseca de Lima

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 195-200

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170023

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INTRODUÇAO: A rinite alérgica é uma doença de grande prevalência em todo o mundo, acometendo 15 a 42% da populaçao geral, e 3 a 12% dos idosos. Acredita-se ser uma doença subdiagnosticada nesta populaçao, porque algumas doenças frequentes nos idosos podem confundir o diagnóstico de doenças alérgicas.
OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico dos idosos com rinite alérgica atendidos no serviço de imunologia clínica e alergia de um hospital terciário de Sao Paulo. Avaliar também a sensibilizaçao a aeroalérgenos, presença de asma alérgica e outras comorbidades.
MÉTODOS: Foram selecionados 104 pacientes maiores de 60 anos, diagnosticados com rinite alérgica e nao alérgica. Esses pacientes foram comparados quanto à presença de asma e outras doenças concomitantes, sensibilizaçao a aeroalérgenos e uso de medicamentos.
RESULTADOS: Dentre os pacientes com rinite alérgica, identificamos predomínio de rinite persistente moderada, sendo a asma o principal diagnóstico associado à rinite. Dentre as demais comorbidades observadas, os idosos tinham doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), hipertensao arterial sistêmica e diabetes, mas nao foram encontradas associaçoes significativas entre a presença destas comorbidades e a rinite. Detectamos 71,9% de sensibilidade entre os idosos com rinite alérgica, e verificamos associaçao significativa com relaçao a IgE específica in vitro e ocorrência de sintomas.
CONCLUSAO: Estudos com a populaçao idosa sao necessários para melhor conhecimento da rinite nesta populaçao, suas necessidades e possíveis açoes preventivas.

Descritores: Rinite alérgica, idoso, asma, alérgenos.

9 - Perfil dos pacientes com urticária e angioedema por anti-inflamatórios não esteroidais do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo

Profile of patients with urticaria and angioedema caused by nonsteroidal anti-inflammatory drugs in the Allergy and Immunology Division of Hospital do Servidor Público Estadual de Sao Paulo

Priscila Bechaalani; Veridiana Aun-Pereira; Andrea Pescadinha de Carvalho; Wilson Tartuce Aun; Joao Ferreira de Mello

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 201-205

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170024

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OBJETIVOS: Identificar pacientes com história de urticária e angioedema desencadeados por anti-inflamatórios nao esteroidais (AINEs), no Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de Sao Paulo, classificá-los como seletivos e nao seletivos e avaliar a tolerabilidade ao inibidor de COX-2 (etoricoxib 90 mg).
MÉTODOS: Os indivíduos com múltiplas reaçoes desencadeadas por AINE, de grupos diferentes, foram submetidos a teste de provocaçao oral com Etoricoxib 90 mg. Pacientes com história de urticária e/ou angioedema a um único grupo de AINE, ou com primeiro episódio, realizaram testes de provocaçao oral com outro grupo de AINE, para classificá-los em seletivo ou nao.
RESULTADOS: Estudou-se 43 pacientes, com idade entre 18 e 71 anos, predomínio do sexo feminino (77%). A maioria dos pacientes apresentavam reaçoes a múltiplos AINE (nao seletivos) e 2 (5%) a um único AINEs (seletivos). Observou-se sintomas alérgicos em 53%, com predomínio da rinite (61%). Os fármacos mais implicados foram: dipirona (39%), diclofenaco (18%) e AAS (14%). Todos os pacientes apresentaram teste com etoricoxib 90 mg negativo.
CONCLUSAO: A maioria dos pacientes apresentou reaçao nao seletiva, e todos os pacientes apresentaram teste com etoricoxib 90 mg negativo, demonstrando segurança e ser uma boa opçao terapêutica.

Descritores: Reaçao a anti-inflamatórios nao esteroidais, inibidor da COX-2, angioedema e urticária.

10 - Urticária crônica exacerbada por anti-inflamatórios não esteroidais e resposta aos antileucotrienos

Nonsteroidal anti-inflammatory drug-exacerbated chronic urticaria and response to antileukotrienes

Mariele Morandi Lopes; Pâmela Diogo-Salles; Paula Dantas; Jorge Kalil; Antonio Abílio Motta; Rosana Câmara Agondi

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 206-211

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170025

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INTRODUÇAO: Pacientes com urticária crônica espontânea (UCE) frequentemente exacerbam com o uso de anti-inflamatórios nao esteroidais (AINEs), que sao medicamentos que inibem a ciclooxigenase 1 (COX-1) e levam a um desvio para produçao de leucotrienos. Os antileucotrienos seriam uma opçao terapêutica para aqueles que nao respondam aos anti-histamínicos (AH1).
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia dos antileucotrienos nos pacientes com UCE exacerbada ou nao pelos AINEs que nao responderam apenas aos AH1.
MÉTODO: Estudo retrospectivo com análise de prontuários eletrônicos de pacientes com UCE em seguimento ambulatorial. Todos os pacientes foram interrogados sobre a história de exacerbaçao ou nao da UCE por AINEs. Além dos AH1, o montelucaste foi introduzido para todos os pacientes, em algum momento do acompanhamento. Foram avaliadas a resposta ao antileucotrieno e a presença da associaçao desta resposta à história de exacerbaçao com AINE.
RESULTADOS: Sessenta e dois pacientes participaram do estudo. A média de idade foi de 48,4 anos, sendo 82,3% do sexo feminino. Destes, 35 pacientes (56,5%) referiam piora da urticária com uso de AINEs, e, destes, 77,1% responderam ao antileucotrieno associado ao AH1. Dentre os 27 pacientes que nao apresentavam UCE exacerbada por AINE, 48,1% obtiveram boa resposta ao uso de antileucotrieno associado ao AH1.
CONCLUSAO: A resposta ao antileucotrieno foi superior e estatisticamente significante (p = 0,031) no grupo de pacientes com UCE exacerbada por AINE. Portanto, a associaçao dos antileucotrienos aos AH1 seria uma opçao eficaz e segura, sendo que essa associaçao se torna ainda mais relevante em pacientes que UC exacerbada por AINEs.

Descritores: Urticária, anti-inflamatórios nao esteroidais, antileucotrieno.

11 - Urticária crônica espontânea refratária aos anti-histamínicos: opção por ciclosporina

Antihistamine-refractory chronic spontaneous urticaria: opting for cyclosporine

Rosana Câmara Agondi; Lorena Crispim; Franciane B. Almonfrey; Jorge Kalil; Antônio Abilio Motta

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 212-216

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170026

PDF Português

INTRODUÇAO: Anti-histamínico de segunda geraçao (AH1 2ªG) é o tratamento de escolha para pacientes com urticária crônica espontânea (UCE). Porém, cerca de 50% dos pacientes nao responde a este tratamento. A ciclosporina é uma opçao para os quadros mais graves. A ciclosporina tem propriedades imunossupressoras potentes, mas, apesar de sua eficácia, seu uso é limitado devido a diversos efeitos colaterais importantes.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta à ciclosporina em pacientes com UCE refratária aos anti-histamínicos.
MÉTODO: Estudo retrospectivo baseado no prontuário eletrônico de pacientes com UCE refratária aos AH1 2ªG e que nao responderam à introduçao de outros medicamentos para controle da urticária. A ciclosporina foi indicada para todos os pacientes. A dosagem de D-dímero foi realizada em alguns pacientes.
RESULTADOS: Trinta pacientes participaram do estudo. Desses pacientes, 80% eram do sexo feminino, e a média de idade era de 42,8 anos. Previamente à introduçao da ciclosporina, todos estavam em uso de AH1, 60% de AH2, 67% de montelucaste, 33,3% de hidroxicloroquina, e 56,7% de corticoide oral. A mediana de tempo de uso da ciclosporina foi de 11,5 meses. Em relaçao à eficácia, 40% dos pacientes apresentaram melhora dos sintomas, 40% nao responderam ao tratamento, e em 20% dos pacientes a resposta nao foi avaliada por suspensao da ciclosporina devido a efeitos colaterais, ou nao foi introduzida devido a alteraçoes clínicas ou laboratoriais prévias. Houve aumento dos níveis pressóricos em 9 pacientes (30%), e nefrotoxicidade em 5 pacientes (16,7%).
CONCLUSOES: Embora a ciclosporina seja uma boa opçao terapêutica para pacientes com UCE refratária aos AH1, os efeitos colaterais sao frequentes e devem ser monitorados.

Descritores: Urticária, urticária crônica espontânea, urticária refratária aos anti-histamínicos, ciclosporina.

12 - Anafilaxia na sala de emergência: tao longe do desejado!

Anaphylaxis in the emergency room: still a long way to go

Maria Luiza Kraft Köhler Ribeiro; Ana Carolina Barcellos; Hannah Gabrielle Ferreira Silva; Luís Henrique Mattei Carletto; Marcela Carolina Bet; Nathalia Zorze Rossetto; Nelson Augusto Rosário; Herberto José Chong-Neto

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 217-225

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170027

PDF Português

OBJETIVO: Anafilaxia é a mais dramática condiçao clínica da emergência em alergia. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento de médicos em serviços de urgência e emergência sobre o manejo da anafilaxia.
MÉTODOS: Estudo transversal, onde foi aplicado questionário escrito para 119 médicos em oito hospitais (grupo Hospital) e 210 médicos de nove Unidades de Pronto Atendimento/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (grupo UPA/SAMU) entre abril e setembro/2016.
RESULTADOS: Entre os convidados, responderam ao questionário 79 (66,4%) médicos que atuavam em Hospital, e 78 (37,1%) em UPA/SAMU. Cento e vinte e dois participantes (78,7%) se formaram há até 10 anos. Sessenta e nove médicos (43,9%) acertaram o diagnóstico de anafilaxia, e apenas 29 (18,5%) identificaram os sistemas que podem ser acometidos na reaçao anafilática. A adrenalina intramuscular foi referida como primeira opçao de tratamento da anafilaxia por 64 (40,7%), e o glucagon foi escolhido como opçao em pacientes que utilizam β-bloqueadores por 19 (12,1%) dos médicos. A orientaçao quanto aos autoinjetores foi referida por 71 (45,3%) dos médicos.
CONCLUSAO: O nível de conhecimento médico em serviços de urgência e emergência sobre o manejo da anafilaxia é baixo.As diretrizes nao sao seguidas e podem resultar em desfecho desfavorável ao paciente com reaçao anafilática.

Descritores: Anafilaxia, adrenalina, conhecimento, serviços médicos de emergência.

Comunicações Clínicas e Experimentais

13 - Doença sistêmica relacionada à IgG4 com linfopenia: relato de caso e breve revisão de literatura

IgG4-related systemic disease associated with lymphopenia: case report and brief literature review

Leonardo Oliveira Mendonça; Julia Biegelmeyer; Joao Paulo de Assis; Larissa Costa Amorim; Mauricio Levy-Neto; Jorge Kalil; Milton de Arruda Martins; Fabio Morato Castro; Myrthes Toledo de Barros

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 226-230

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170028

PDF Português

A doença sistêmica relacionada à IgG4 é uma doença emergente, recentemente descrita, caracterizada clinicamente por aumento parcial ou total de um órgao, e, por isso, com amplo espectro de manifestaçoes clínicas. Esta é uma doença sistêmica fibroinflamatória, patologicamente provocada pela infiltraçao de plasmoblastos IgG4 positivos que levam à inflamaçao eosinofílica do tecido e, consequentemente, fibrose estoriforme. Quando o diagnóstico é precoce, a melhora clínica e resposta sustentada com corticosteroides sistêmicos é impressionante. O diagnóstico é baseado em critérios patológicos, mas, recentemente, alguns trabalhos têm descrito que plasmoblastos no soro podem servir como um fator independente para auxiliar no diagnóstico da doença. Este artigo descreve uma apresentaçao atípica da doença relacionada à IgG4, em um paciente linfopênico com mediçao inconclusiva de plasmoblastos no soro.

Descritores: Imunoglobulina G, eosinófilos, hipergamaglobulinemia, imunoglobulinas, serosite, IgG4, doença sistêmica relacionada à IgG4.

14 - Persistência de teste cutâneo positivo 25 anos após anafilaxia por penicilina

Persistence of positive skin test 25 years after penicillin-induced anaphylaxis

Ana Carolina D'Onofrio-Silva; Eduardo Longen; Antonio Abílio Motta; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi; Marcelo Vivolo Aun

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2): 231-234

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20170029

PDF Português

Os testes cutâneos sao importantes na investigaçao das reaçoes de hipersensibilidade a betalactâmicos, mas a sensibilidade diminui com o tempo, ficando negativos, em geral, em até 5 anos após a reaçao índice. Descrevemos um caso de persistência do teste cutâneo positivo 25 anos após uma reaçao anafilática induzida por penicilina. Mulher de 39 anos encaminhada ao serviço de alergia por quadro de sífilis gestacional e antecedente de anafilaxia induzida por penicilina, de modo a avaliar a possibilidade de realizar dessensibilizaçao. A paciente havia apresentado duas reaçoes de hipersensibilidade há 25 anos, sendo a primeira uma urticária imediata após penicilina benzatina, e uma reaçao anafilática na semana seguinte após receber outra dose da medicaçao. Nao voltou a tomar antibióticos betalactâmicos, mas referia urticária de contato ao preparar medicaçao de uso oral para os filhos (amoxicilina). Realizado teste cutâneo com benzilpenicilina 10.000 UI/mL. O prick test foi negativo, mas o teste intradérmico foi positivo, confirmando a presença de IgE específica. Foi submetida à dessensibilizaçao, com sucesso, mas apresentou reaçao de hipersensibilidade grau I (urticária) durante procedimento. Ao final, recebeu penicilina benzatina 2.400.000 UI em 3 doses semanais, sem intercorrências. Os testes cutâneos devem ser realizados na investigaçao da alergia à penicilina, mesmo em longo período após a reaçao índice, pois permite predizer o risco de recidiva da reaçao em uma reexposiçao.

Descritores: Alergia, anafilaxia, reaçao a droga, penicilina, teste cutâneo, dessensibilizaçao.

CARTAS AO EDITOR

15 - Uso de paracetamol e incidência de asma

Paracetamol use and the incidence of asthma

Aldo José Fernandes Costa; Geórgia Véras de Araújo; Emanuel Sávio Cavalcante Sarinho

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2)

DOI: 10.5935/2526-5393.20170030

PDF Português

16 - Poluição, aquecimento global e alergia

Pollution, global warming, and allergy

Nelson Rosário Filho

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2)

DOI: 10.5935/2526-5393.20170031

PDF Português

17 - Maio é o mês do angioedema hereditário

May: the month of hereditary angioedema

Eli Mansur; Regis A. Campos; Herberto J. Chong-Neto; Pedro Giavina-Bianchi; Eliana Toledo; Solange O. R. Valle; Anete S. Grumach

Arq Asma Alerg Imunol 2017;1(2)

DOI: 10.5935/2526-5393.20170032

PDF Português

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