Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
2017-2018 Term of Office: actions and reflections
Norma Rubini; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 387-389
DOI: 10.5935/2526-5393.20180051
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In vivo tests in hypersensitivity drug reactions - Part I: skin tests
Marcelo Vivolo Aun; Maria Fernanda Malaman; Mara Morelo Rocha Felix; Ullissis Pádua Menezes; Gladys Reis e Silva de Queiroz; Adriana Teixeira Rodrigues; Carolina Sanchez Aranda; Inês Cristina Camelo-Nunes; Dirceu Solé; Norma de Paula M. Rubini
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 390-398
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180052
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As reações de hipersensibilidade a medicamentos são frequentes na prática clínica e são consideradas problema de saúde pública. O diagnóstico inclui, após detalhada história clínica, a realização de testes in vivo: cutâneos ou de provocação. Recentemente, estes testes foram aprovados pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira para inclusão tanto no SUS, como na Saúde Suplementar, o que facilitará o acesso dos pacientes a estas ferramentas. Nesta revisão, abordaremos com mais detalhes as indicações, técnica e impacto da utilização dos testes cutâneos com fármacos na prática clínica.
Descritores: Alergia a medicamentos, hipersensibilidade, diagnóstico, testes cutâneos.
Laboratory screening tests for allergic diseases: do they still have a role in clinical practice?
Felipe Faria Pierotti; Carolina Sanchez Aranda; Renata Rodrigues Cocco; Márcia Carvalho Mallozi; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 399-404
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180053
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Nas últimas décadas tem se observado aumento da prevalência das doenças alérgicas em todo o mundo. Embora a história clínica seja considerada de grande importância na suspeita de uma doença alérgica, resultados falso-positivos podem ser observados quando se utiliza apenas dados da anamnese. Com isso, indicadores mensuráveis utilizados para examinar quaisquer aspectos da doença tornam-se essenciais. A dosagem de imunoglobulina E total (TIgE), assim como painéis que contemplam alérgenos de maior prevalência na população estudada, podem funcionar como testes de triagem e facilitar o futuro diagnóstico de uma doença alérgica, ou na exclusão deste. Nesta revisão, são abordados os diferentes testes de triagem para doenças alérgicas (PhadiatopEuropa®, PhadiatopInfant ®, PhadiatopUSA®) na avaliação de crianças e adolescentes com história médica de alergia. Os testes de triagem não diagnosticam doenças alérgicas. Uma vez positivo, o encaminhamento ao especialista deve ser realizado.
Descritores: Criança, hipersensibilidade, imunoglobulina E, alérgenos.
Biomarkers and immunobiological agents in asthma
Ataualpa Pereira dos Reis; Jose Augusto Nogueira Machado
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 405-415
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180054
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A maioria dos asmáticos é bem controlada com o uso de corticosteroides inalados e beta-agonistas de ação prolongada; contudo, uma proporção de pacientes não responde a esta terapia, e mantém controle limitado da doença. Este grupo experimenta exacerbações frequentes, e requer admissão hospitalar. O desenvolvimento de novos agentes biológicos e biomarcadores da doença abre novas avenidas para o tratamento. Nós revisamos as últimas informações pertinentes aos biomarcadores e agentes biológicos, e demonstramos como os pacientes podem ser identificados e se beneficiar destes tratamentos. As fontes de dados incluíram artigos originais, revisões e publicações indexados nos bancos de dados PubMed, MEDLINE, LILACS, SciELO e publicações on-line, nos últimos 15 anos. As informações mais recentes da medicina personalizada com análise genética e biomarcadores da inflamação Th2 permitiram identificar fenótipos de asma que incluem um fenótipo T2 alto. Estudos recentes dirigidos para IgE, IL-5, IL-13, IL-17 e para os receptores de cadeias alfa de IL-4 mostraram alguma eficácia em alguns pacientes fenotipados. Para aqueles sem evidência de inflamação Th2, nenhuma terapia específica foi identificada. A disponibilidade de biomarcadores e agentes bioterapêuticos que são dirigidos para IgE, interleucinas IL-5, IL-4, IL-13 e IL-17, são uma excitante modalidade de medicina molecular. Contudo, estes agentes bioterapêuticos somente são efetivos quando dirigidos para pacientes com fenótipos de asma específicos.
Descritores: Medicina de precisão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, biomarcadores.
Asthma treatment, today and tomorrow
Hisbello S. Campos
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 416-422
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180055
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A incorporação progressiva de novos conhecimentos na etiopatogenia da asma vem sendo útil para compreender os fundamentos da grande diversidade observada nas apresentações clínicas e desfechos terapêuticos. A compreensão crescente dos diferentes mecanismos envolvidos na alteração do comportamento celular no trato respiratório deixa claro que a abordagem atual, com padronização diagnóstica e terapêutica, é inadequada. Os complexos e imbricados mecanismos genéticos e ambientais envolvidos fazem de cada asmático um paciente único. Gradativamente, o modelo clássico de atenção médica vem sendo substituído pela Medicina de Precisão, na qual dados genéticos, ambientais e de estilo de vida são empregados no diagnóstico e definição terapêutica. No campo da asma, possivelmente, essa transição significará a incorporação de novos elementos diagnósticos capazes de diferenciar o endotipo vigente e o(s) alvo(s) terapêutico(s) necessário(s) em cada momento, assim como permitirá colocar o agente terapêutico diretamente sobre seu alvo. As Ciências Ômicas serão fundamentais na identificação dos biomarcadores efetivos. Possivelmente, usaremos biomarcadores que identifiquem a variação genética, o mecanismo determinante e o alvo terapêutico. No tratamento, usaremos biológicos, antagonizando ações moleculares prejudiciais, microRNAs para reverter a disfunção celular presente, e suplementos alimentares que corrijam a disbiose corresponsável pela disfunção presente. Com a ajuda da teranóstica, desenvolveremos microvesículas capazes de inserir o agente terapêutico diretamente no seu alvo. Aí, então, poderemos ser capazes de curar a asma.
Descritores: Asma, genética, biológicos, microRNA, ciências ômicas, microbioma.
MRGPRX2 receptor in non-allergic anaphylaxis
Danilo Gois Gonçalves; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 423-426
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180056
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A identificação e descrição das propriedades do receptor MrgprX2 possibilitou maior compreensão das funções dos mastócitos nas reações de hipersensibilidade não alérgicas, assim como em processos inflamatórios e infecciosos. Neste artigo revisamos brevemente as principais funções deste receptor, enfatizando seu papel nas reações de hipersensibilidade a medicamentos, promovendo a desgranulação direta de mastócitos.
Descritores: Receptor MrgprX2, anafilaxias não alérgicas, reações de hipersensibilidade a medicamentos.
Air pollution: our daily cigarette
Marilyn Urrutia-Pereira; Laura Simon; Pietro Rinelli; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 427-433
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180057
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O objetivo deste artigo foi avaliar a relação entre poluição atmosférica e a saúde das crianças. Foi realizada pesquisa na base de dados do MEDLINE, nos últimos 10 anos, empregando os seguintes termos: “air pollution”, ou “household air pollution” ou “primary traffic pollutants” ou “environmental burden” AND “child health” ou “lung function” ou “acute respiratory infections” ou “pregnancy”. Os artigos identificados foram selecionados após leitura dos títulos, e os considerados de importância foram lidos na íntegra e incluídos nessa revisão. Além desses, referências por eles citadas e dados de agências oficiais, considerados de relevância, também foram incluídos. Estudos documentam associação positiva entre exposição de crianças à poluição do ar e maior morbimortalidade de afecções respiratórias, incluindo a asma. Quanto mais precoce for essa exposição, maiores serão os seus efeitos.
Descritores: Poluição ambiental, material particulado, testes de função respiratória, pneumonia, saúde da criança.
Clinical features and autoimmunity in patients with dermographic urticaria
Rafaella Amorim Gaia Duarte; Raisa Borges de Castro; Franciane Bruschi Almonfrey; Jorge Kalil; Antônio Abilio Motta; Rosana Câmara Agondi
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 434-440
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180058
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INTRODUÇÃO: A urticária dermográfica (UD) é a forma de urticária induzida mais comum, com uma prevalência geral de até 5%. Na urticária demográfica, o estímulo físico é decorrente de trauma ou fricção, seja ela por roupa, ou arranhões. A urtica pruriginosa aparece cerca de 10 minutos após o estímulo, e desaparece em 1 a 2 horas. Os anti-histamínicos (AH1) são a primeira opção de tratamento para controle da doença, e não se conhece a etiologia dessa entidade clínica.
OBJETIVO: Avaliar as características clínicas de pacientes com urticária dermográfica ou dermografismo sintomático.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo de prontuário eletrônico de pacientes com UD, atendidos em um hospital terciário. Foram avaliados o tempo de doença, associação com urticária crônica espontânea (UCE), o tipo de tratamento, e a frequência de doença autoimune e/ou autoanticorpos.
RESULTADOS: Foram avaliados 161 pacientes com UD em seguimento há mais de seis meses. Cento e trinta e nove pacientes (85,7%) eram do sexo feminino, com média de idade de 48,6 anos e tempo de doença de 10,1 anos. A maioria respondeu ao AH1. Ao longo do seguimento, o AH1 de segunda geração foi utilizado em 73,5% dos pacientes, e o de primeira geração adicionado ao de segunda geração ou isolado em 50% dos pacientes. Quinze pacientes (9,3%) haviam feito uso de corticoide oral para controle dos sintomas. A associação com UCE estava presente em 44,1% dos pacientes. Alguma doença autoimune estava presente em 6,3% dos pacientes com UD associados à UCE, e em 14,5% naqueles com diagnóstico isolado de UD. Autoanticorpos estavam presentes em 34,9% dos pacientes com UD associada à UCE, e em 32,7% naqueles com UD isolada.
CONCLUSÕES: A prevalência de autoimunidade e/ou autoanticorpos foi elevada, independentemente da associação da UD com UCE.
Descritores: Urticária, autoanticorpos, autoimunidade, doenças da glândula tireoide.
Cow's milk protein elimination diet: adherence and allergen labeling
Alyne Doriguello Brisotti; Cynthia Mafra Fonseca de Lima; Giovanna Hernandes y Hernandes; Lene Garcia Barbosa; Maria Cecília Cury Chaddad; Ariana Campos Yang
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 441-446
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180059
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INTRODUÇÃO: Alergia alimentar é uma grande preocupação de saúde pública, pois afeta 3-5% dos adultos e 8% das crianças mundialmente. Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum em crianças. Reações alérgicas graves e fatais podem ocorrer em qualquer idade, e o tratamento consiste em remover o leite de vaca e seus derivados da dieta. A rotulagem adequada dos alimentos fornece informações sobre os ingredientes alergênicos.
OBJETIVOS: Avaliar a eficácia da dieta de eliminação em pacientes com APLV IgE-mediada e características dos sintomas após exposição acidental.
MÉTODO: Estudo prospectivo com portadores de APLV IgE-mediada atendidos no Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HC-FMUSP, sob dieta de restrição à proteína do leite de vaca. Os pacientes foram avaliados inicialmente através de entrevista oral e por contato telefônico, após 6 meses. Este estudo foi realizado antes que os atuais regulamentos brasileiros de rotulagem de alimentos entrassem em vigor.
RESULTADOS: Foram incluídos 23 pacientes. A idade média foi de 10,1 anos, e 14 (60,8%) eram do sexo masculino. Após 6 meses, 7 apresentaram reação alérgica após exposição acidental. Destes, 2 apresentaram reações graves após contato com baixos níveis de proteínas do leite. Os cuidadores de todos os pacientes confirmaram fazer leitura regular dos rótulos. No primeiro contato, 14 pacientes estavam sob restrição de alimentos com a informação “pode conter traços de leite” nos rótulos. Após 6 meses, apenas 7 ainda estavam mantendo esta restrição.
CONCLUSÃO: Um grupo de pacientes permaneceu com dieta de restrição, inclusive a traços de leite, reiterando a importância da padronização e transparência em relação aos ingredientes alergênicos nos rótulos. Algumas reações ocorreram após a ingestão de alimentos derivados do leite, enfatizando a necessidade de reforço periódico da adesão à dieta de restrição e da prevenção em situações de risco, como festas e escola.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, rotulagem de alimentos, hipersensibilidade a leite.
Food and dust mite allergy in children with atopic dermatitis
Simone Nabuco Senna; Livia Isabela Oliveira; Luiza Delfim; Marlecy Will; Wilson Rocha Filho
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 447-451
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180060
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OBJETIVO: Avaliar a incidência de alergia alimentar e a ácaros em crianças com dermatite atópica acompanhadas no ambulatório de alergia alimentar, em um hospital público de Belo Horizonte.
MÉTODOS: Foram selecionadas, prospectivamente, crianças com dermatite atópica acompanhadas no nosso serviço e que preenchiam os critérios diagnósticos de Hanifin e Lobtiz, independente da sua gravidade. Pacientes foram submetidos a teste alérgico por punctura para alimentos, D. farinae, D. pteronyssinus e B. tropicalis. Crianças com teste alérgico positivo para um ou mais alimentos foram submetidas a teste de provocação duplo-cego placebo controlado para o alimento suspeito, seguindo critérios previamente estabelecidos pela American Academy of Allergy, Asthma and Immunology (AAAAI).
RESULTADOS: Um total de 56 crianças foram avaliadas com idade média de 5 anos; 27 (48,2%) do sexo masculino, e 29 (51,8%) do sexo feminino. Teste alérgico para alimentos foi positivo em 33 pacientes (58,9%), e, destes, 8 (24,2%) tiveram o teste de provocação duplo-cego placebo controlado positivo para o alimento suspeito. A incidência de alergia alimentar na população estudada foi de 14,3%. Teste alérgico positivo para ácaros ocorreu em 30 pacientes, que corresponde a 53,6% da população estudada.
CONCLUSÃO: Segundo o nosso estudo, a incidência de alergia alimentar nas crianças com dermatite atópica foi de 14,3%. Leite e ovo foram os únicos alimentos relacionados com dermatite atópica neste estudo. Teste alérgico para inalantes foi positivo para Dermatofagoide em 53,6% destes pacientes.
Descritores: Dermatite atópica, hipersensibilidade alimentar, ácaros, pediatria.
Do saline solutions at different temperatures and concentrations improve peak nasal inspiratory flow in students?
Jaime Olbrich-Neto; Sandra Regina Leite Rosa Olbrich; Natalia Leite Rosa Mori; José Eduardo Corrente
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 452-457
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180061
PDF Português
INTRODUÇÃO: A higiene nasal com solução salina mostrou aliviar a congestão, manter a cavidade nasal limpa e úmida e reduzir o espessamento do muco. Evidências que apoiam solução salina aquecida ou solução salina à temperatura ambiente, em diferentes concentrações, são controversas.
OBJETIVO: Avaliar se soluções salinas aquecidas, em diferentes concentrações, são melhores que soluções salinas em temperatura ambiente para aumentar o fluxo inspiratório nasal em crianças saudáveis.
MÉTODOS: Estudantes entre 8 e 12 anos de idade foram submetidos a quatro procedimentos com soluções salinas em diferentes concentrações e temperaturas. O pico de fluxo inspiratório nasal foi medido antes e 30 minutos após cada procedimento. A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student, considerando p < 0,05.
RESULTADOS: Avaliamos 46 crianças em todas as etapas, cada criança foi controle de si mesma. Solução salina a 3% apresentou melhores resultados, mas não houve diferença significativa no pico de fluxo inspiratório nasal quando comparadas solução salina a 0,9% e solução salina a 3%, aquecida ou em temperatura ambiente. Quando perguntado, as crianças prefeririam solução salina a 0,9% e aquecida.
CONCLUSÃO: A solução salina a 3% apresentou maiores médias de pico de fluxo inspiratório nasal, mas não foi significativamente superior à solução salina a 0,9%. A solução salina aquecida não foi superior à solução salina em temperatura ambiente. É importante oferecer várias opções aos pacientes.
Descritores: Estudantes, lavagem nasal, solução salina hipertônica.
Usefulness of open oral food challenge in food allergy diagnosis
Lorena Bonotto Horvatich; Débora Carla Chong-Silva; Carlos Antônio Riedi; Herberto José Chong-Neto; Nelson Augusto Rosário
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 458-462
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180062
PDF Português
O objetivo do estudo foi verificar a utilidade do teste de provocação oral (TPO) aberto para alimentos. Foi realizado estudo transversal, com coleta de dados de pacientes com história sugestiva de alergia alimentar que foram avaliados para diagnóstico, ou para verificar a presença de tolerância de alergia alimentar, no período de julho de 2017 a maio de 2018. Os procedimentos foram realizados em ambiente hospitalar. O TPO foi considerado positivo quando os pacientes apresentavam sinais e sintomas de reações alérgicas, e ou quando reproduzia os sinais e sintomas referidos em consulta. Participaram crianças até 5 anos, com suspeita de alergia alimentar que realizaram teste cutâneo alérgico (TCA). Crianças com história de anafilaxia ao alimento e teste cutâneo positivo não participaram. Cinquenta crianças com história de alergia alimentar (AA) foram envolvidas, 36 (72%) meninos, mediana de idade 3,5 anos; 21 não realizaram TPO por terem história de anafilaxia. Os alimentos mais frequentes foram leite de vaca 33 (66%), e ovo 14 (28%). Vinte e nove pacientes foram submetidos a TPO, dos quais 5 TPO foram positivos (TCA positivo em 4 pacientes), e TPO foram negativos em 24 crianças, 9 (37,5%) destas com TCA positivo aos respectivos alimentos (p = 0,09). Não houve maior positividade do TCA nos pacientes com TPO positivo comparados a pacientes com TPO negativo, o que reforça a necessidade da provocação oral para o diagnóstico ou verificação da tolerância em pacientes com alergia alimentar. TPO aberto é útil em identificar alérgicos e tolerantes aos alimentos.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, criança, tolerância imunológica.
Anaphylaxis to polyethylene glycol in a parenteral diet
Amanda Rocha Firmino Pereira; Mayra Coutinho Andrade; Marcelo Vivolo Aun; Antonio Abílio Motta; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 463-466
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180063
PDF Português
Os casos de reações de hipersensibilidade à dieta parenteral são muito raros. Determinar o agente etiológico nestes casos não é uma tarefa fácil, pois são muitos os componentes que podem causar a reação, e também por não haver padronização adequada dos testes. Outro problema enfrentado é a dificuldade ao acesso aos elementos da dieta para os testes. Descrevemos um caso clínico e toda a investigação diagnóstica detalhada de anafilaxia por dieta parenteral em um paciente adulto, tendo como principal agente suspeito o polietilenoglicol (PEG). Os polietilenoglicóis, ou macrogóis, compreendem uma família de polímeros hidrofílicos amplamente utilizados em produtos industrializados farmacêuticos, alimentares e cosméticos. Nenhum estudo até agora examinou a prevalência da hipersensibilidade ao PEG, e a ocorrência é provavelmente subestimada. A suspeita de alergia ao PEG deve ser considerada em: pacientes com reações de hipersensibilidade do tipo imediata (RHI) para produtos contendo PEG, nos quais a sensibilização aos ingredientes ativos foi excluída; pacientes com RHI repetidas com medicamentos e produtos não relacionados; e em pacientes com RHI para apenas certas marcas ou doses do mesmo medicamento. RHI aos medicamentos PEGuilados estão bem estabelecidas, porém IgE específica contra o PEG ainda não foi identificada. Este relato mostra que os produtos normalmente considerados como inócuos não devem estar acima de suspeitas durante a investigação alergológica.
Descritores: Anafilaxia, polietilenoglicol, reações de hipersensibilidade à dieta parenteral.
PET-CT as a biomarker of the aggressive systemic mastocytosis
Henrikki Gomes Antila; Laís Souza Gomes; Grazielly de Fatima Pereira; Iandra Leite Perez; Danilo Gois Gonçalves; Rafael Bonamichi-Santos; Jorge Kalil; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 467-471
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180064
PDF Português
Relato de caso ilustrando como a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) pode ser um biomarcador dos casos agressivos de mastocitose.
Descritores: Tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT), mastociose sistêmica agressiva, biomarcadores.
Efficacy and safety of dupilumab in atopic dermatitis
Andressa Zanandréa; Cláudia Castilho Mouco; Mara Giavina-Bianchi; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2018;2(4): 472-473
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20180065
PDF Português
Relato de caso que ilustra a eficácia e a segurança do uso do dupilumabe na dermatite atópica. O uso de anticorpos monoclonais também possibilita o maior conhecimento sobre a fisiopatogenia da doença.
Descritores: Dupilumabe, anticorpos monoclonais, dermatite atópica.