Revista oficial da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
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Gut microbiota and its interface with the immune system
Herberto J. Chong-Neto1,10; Antonio Carlos Pastorino2,10; Ana C. C. Della Bianca Melo3,10; Décio Medeiros3,10; Fábio Chigres Kuschnir4,10; Maria Luiza Oliva Alonso5,10; Neusa Falbo Wandalsen6,10; Cristine Secco Rosário7,10; Dirceu Solé8; Bruno A. Paes Barreto9,10
Braz J Allergy Immunol. 2019;3(4):406-420
Resumo PDF Português
A microbiota intestinal humana influencia diversos sistemas orgânicos e há evidências de sua ação sobre o sistema imunológico. O objetivo desta revisão foi verificar a influência da microbiota intestinal humana e sua interface com o sistema imunológico. A partir das palavras-chaves gut (intestino) e microbiota (microbiota), e utilizando o operador boleano AND para correlacionar a palavra-chave com os diversos temas propostos para o artigo de revisão, como por exemplo, gut microbiota AND delivery ou gut microbiota AND mode of delivery, foram selecionados artigos obtidos da busca na base PubMed, sobretudo nos últimos 10 anos (2009-2019). Há evidências de que a janela de oportunidade para intervenção e prevenção primária das doenças alérgicas começa antes do nascimento e provavelmente dentro do período fetal, estendendo-se ao tipo de parto, alimentação nos primeiros meses de vida, fatores ambientais e uso de antibióticos. Compreender esta complexa interface que envolve, por um lado a microbiota (microrganismos e seus subprodutos) e, por outro, receptores e células especializadas, é fundamental para o entendimento dos mecanismos de tolerância ou desequilíbrio imunológico, os quais estão respectivamente ligados ao estado fisiológico de saúde ou aos processos patofisiológicos de diversas doenças, sobretudo aquelas de contexto imunomediado.
Descritores: Microbiota, sistema imunológico, aleitamento materno.
Severe mixed-endotype asthma responsive to tezepelumab: a case report of an adolescent
Gabriela Spessatto1; Aline Didoni Fajardo2; Juliana Gonçalves Primon2; Thalita Gonçalves Picciani2; Guilherme da Silva Martins1; Bruno Hernandes David João1; Larissa Machado Carvalho2; Angelica Fonseca Noriega2; Maitê Milagres Saab1; Tayna Padilha Miranda1; Cristine Secco Rosário3; Laura Maria Lacerda Araujo4; Carlos Antônio Riedi7; Roberta Corrêa da Cunha5; Denise Eli6; Débora Carla Chong Silva7; Herberto J. Chong-Neto7; Nelson Augusto Rosário Filho8
Braz J Allergy Immunol. 2024;8(2):156-161
Resumo PDF Português
A maioria das crianças e adolescentes com asma grave apresenta fenótipo de inflamação eosinofílica, com risco de exacerbações, uso de corticosteroides sistêmicos e redução na qualidade de vida. Crianças com inflamação tipo 2 respondem bem aos tratamentos convencionais, no entanto, há um grupo pequeno que falha na resposta terapêutica habitual e necessita medicamentos adicionais, como imunobiológicos, para o controle da doença. O conhecimento da fisiopatologia da inflamação brônquica e a avaliação de seus biomarcadores é fundamental para escolha adequada do imunobiológico. Relatamos o caso de um paciente de 13 anos, com asma grave do tipo 2 alérgico, sem indicação de omalizumabe, e que em uso de mepolizumabe não apresentou controle da doença depois de 12 meses de tratamento. A avaliação do endótipo com citologia de escarro identificou fenótipo inflamatório misto, direcionando a substituição por outro imunobiológico, o tezepelumabe, atingindo o controle das exacerbações, por provável redução da hiper-responsividade brônquica. A avaliação do endótipo da asma com os biomaracadores disponíveis permitiu um tratamento preciso e individualizado para o paciente.
Descritores: Asma grave, hiper-responsividade brônquica, Inflamação tipo 2, linfopoietina do estroma tímico.
Brazilian guidelines for the diagnosis and treatment of hereditary angioedema - 2017
Pedro Giavina-Bianchi1; L. Karla Arruda2; Marcelo V. Aun1; Regis A. Campos3; Herberto J. Chong-Neto4; Rosemeire N. Constantino-Silva5; Fátima F. Fernandes6; Maria F. Ferraro2; Mariana P. L. Ferriani2; Alfeu T. França7; Gustavo Fusaro8; Juliana F. B. Garcia1; Shirley Komninakis5; Luana S. M. Maia2; Eli Mansour9; Adriana S. Moreno2; Antonio A. Motta1; Joao Bosco Pesquero10; Nathalia Portilho1; Nelson A. Rosário4; Faradiba S. Serpa11; Dirceu Solé12; Eliana Toledo13; Solange O. R. Valle7; Camila Lopes Veronez10; Anete S. Grumach5
Braz J Allergy Immunol. 2017;1(1):23-48
Resumo PDF Português
O angioedema hereditário é uma doença autossômica dominante caracterizada por crises de edema com o envolvimento de múltiplos órgaos. A doença é desconhecida por muitos profissionais da área da saúde e, portanto, subdiagnosticada. Os pacientes que nao sao diagnosticados e tratados adequadamente têm uma mortalidade estimada de 25% a 40%, devido ao angioedema da laringe, resultando em asfixia. O angioedema de alças intestinais é outra manifestaçao importante e incapacitante, que pode ser a principal ou a única durante uma crise da doença. Neste cenário, um grupo de especialistas da Associaçao Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e do Grupo Brasileiro de Estudos sobre Angioedema Hereditário (GEBRAEH) atualizou as diretrizes para o diagnóstico e terapia do angioedema hereditário.
Descritores: Angioedema, angioedema hereditário, diagnóstico, tratamento.
Efficacy and safety of house dust mite sublingual immunotherapy in children and adolescents with allergic rhinitis
Aline Didoni Fajardo1; Juliana Gonçalves Primon1; Thalita Gonçalves Picciani1; Gabriela Spessatto2; Guilherme da Silva Martins2; Bruno Hernandes David João2; Larissa Machado Carvalho1; Angelica Fonseca Noriega1; Maitê Milagres Saab2; Tayna Padilha Miranda2; Cristine Secco Rosário3; Laura Maria Lacerda Araujo4; Carlos Antônio Riedi5; Débora Carla Chong Silva5; Renata Calixto6; Ruppert Hahnstadt6; Herberto J. Chong-Neto5; Nelson Augusto Rosário Filho7
Braz J Allergy Immunol. 2024;8(2):129-138
Resumo PDF Português
OBJETIVO: Descrever a eficácia e segurança da imunoterapia com alérgenos sublingual (SLIT) com ácaros em pacientes com rinite alérgica durante um período de 12 meses.
MÉTODOS: Estudo experimental aberto, prospectivo que envolveu crianças e adolescentes de 4 a 18 anos com rinite alérgica/asma segundo as diretrizes Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA), acompanhados nos ambulatórios do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Todos os pacientes receberam gotas (750 UBE/dia) de SLIT para Dermatophagoides pteronyssinus (DP) e Blomia tropicalis (BLO) na concentração de 5.000 UBE/mL durante 12 meses. Foram aplicados escores de medicação (RTSS), testes cutâneos para aeroalérgenos entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023.
RESULTADOS: Vinte participantes com pelo menos 4 (variação de 2 a 10) anos de diagnóstico de RA. A adesão média à SLIT foi de 89%. Houve redução no diâmetro médio da pápula DP de 7 ± 2,9 mm para 4,2 ± 2,1 mm após 12 meses (p = 0,0002), bem como na mediana do diâmetro médio da pápula BLO de 3,7 mm a 3 mm (p = 0,0001). Os pacientes apresentaram redução no consumo de medicamentos de resgate, no escore de sintomas e no escore combinado de sintomas e medicamentos (p < 0,05). A pontuação da escala visual analógica reduziu de 9,3 ± 0,7 para 5,2 ± 1,4 ao final do estudo (p < 0,05). Não houve diferença no controle da asma (p = 0,16). A taxa de efeitos adversos leves foi baixa e não diferiu ao longo do estudo (p = 0,62), e não houve reações anafiláticas.
CONCLUSÃO: A SLIT pode trazer benefícios em curto prazo em pacientes com RA, reduzindo a necessidade de medicação e melhorando os sintomas nasais. Foi bem tolerada e segura, sem eventos adversos graves.
Descritores: Imunoterapia alérgeno-específica, imunoterapia sublingual, rinite alérgica.
Erratum on: "Practical update guide: biological drugs in the treatment of asthma, allergic diseases and immunodeficiencies"
Dirceu Solé1; Flávio Sano2; Nelson A. Rosário3; Martti A. Antila4; Carolina S. Aranda1; Herberto J. Chong-Neto3; Renata R. Cocco5; Antonio Condino-Neto6; Regis A. Costa7; Luis F. Ensina1; Pedro Giavina-Bianchi8; Ekaterini S. Goudouris9; Marcia C. Mallozi1;10; José L. B. Morandi11; Sandro F. Perazzio1; Ana Carolina R. Reali1; José Luis M. Rios12; Cristine S. Rosário3; Gesmar R. S. Segundo13; Faradiba S. Serpa14; Gustavo F. Wandalsen1; Norma P. M. Rubini15; Solange O. R. Valle16
Braz J Allergy Immunol. 2019;3(4):472-472
PDF Português
Practical guide to approaching children and adolescents with severe asthma: a joint document of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics
Herberto J. Chong-Neto1,2,3, Gustavo F. Wandalsen1,2,4, Antonio C. Pastorino1,2,5, Caroline Dela Bianca2,6, Débora C. Chong-Silva1,3, Carlos A. Riedi1,3, José Dirceu Ribeiro1,7, Nelson A. Rosário1,2,3, Fábio C. Kuschnir1,2,8, Emanuel C. Sarinho1,2,6, Neusa F. Wandalsen2,9, Fernanda C. Lanza2,10, Adriana A. Antunes1,2,6, Maria de Fátima P. March1,11, Renato Kfouri1,12, Luciana R. Silva1,13, Flávio Sano2, Dirceu Solé1,2,4
Braz J Allergy Immunol. 2020;4(1):3-34
Resumo PDF Português
Asma grave é a asma que requer tratamento com altas doses de corticosteroide inalado associado a um segundo medicamento de controle (e/ou corticosteroide sistêmico) para impedir que se torne "descontrolada" ou permaneça "descontrolada" apesar do tratamento. Asma grave é considerada um subtipo de asma de difícil tratamento. A prevalência em crianças evidenciada pelo International Study of Asthma and Allergies in Childhood variou entre 3,8% e 6,9%. Existem diversos instrumentos para avaliação subjetiva, como diários de sintomas e questionários, bem como para avaliação objetiva com função pulmonar e avaliação da inflamação por escarro induzido, ou óxido nítrico exalado. A abordagem terapêutica varia desde doses altas de corticosteroide inalado e/ou oral, broncodilatadores de longa duração, antaganonistas de receptores muscarínicos, até os mais recentes imunobiológicos que bloqueiam a IgE ou IL-5.
Descritores: Criança, asma grave, imunobiológicos.
Updated practical guide on atopic dermatitis - Part I: etiopathogenesis, clinical features, and diagnosis. Joint position paper of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics
Adriana A. Antunes1,16; Dirceu Solé2,18,19; Vânia O. Carvalho3,17; Ana E. Kiszewski Bau4,17; Fábio C. Kuschnir5,16; Márcia C. Mallozi6,18; Jandrei R. Markus7,17; Maria G. Nascimento e Silva8,16; Mário C. Pires9,18; Marice E. El Achkar Mello10,17; Nelson A. Rosário Filho11,18,19; Emanuel S. Cavalcanti Sarinho12,17,19; Herberto J. Chong-Neto13,17,18; Norma P. M. Rubini14,18; Luciana R. Silva15,19
Braz J Allergy Immunol. 2017;1(2):131-156
Resumo PDF Português
A dermatite atópica (DA) é uma doença crônica e recidivante que acomete principalmente pacientes da faixa etária pediátrica. A fisiopatologia inclui fatores genéticos, alteraçoes na barreira cutânea e imunológicas. A prevalência da DA no Brasil, entre adolescentes, oscila entre 7,1% e 12,5%, com tendência à estabilizaçao. O diagnóstico é clínico, e exames complementares auxiliam na determinaçao dos fatores desencadeantes. A identificaçao dos fatores irritantes e/ou desencadeantes envolvidos permite melhor controle das crises. Entre os fatores desencadeantes destacam-se os agentes infecciosos, alérgenos alimentares e aeroalérgenos. Tomando-se como ponto de partida o "Guia Prático para o Manejo da Dermatite Atópica - opiniao conjunta de especialistas em alergologia da Associaçao Brasileira de Alergia e Imunopatologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria" publicado em 2006, foi realizada revisao e atualizaçao dos conceitos apresentados por grupo de alergologistas, dermatologistas e pediatras especializados no tratamento de pacientes com DA. O objetivo desta revisao foi elaborar um documento prático e que auxilie na compreensao dos mecanismos envolvidos na DA, assim como dos possíveis fatores de risco associados a sua apresentaçao, bem como sobre a avaliaçao subsidiária disponível para a identificaçao dos fatores associados à DA.
Descritores: Dermatite atópica, fatores de risco, diagnóstico clínico, Staphylococcus aureus, IgE específica, teste cutâneo, alergia alimentar.
Updated practical guide on atopic dermatitis - Part II: treatment approach. Joint position paper of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics
Vânia O. Carvalho1,17; Dirceu Solé2,18,19; Adriana A. Antunes3,16; Ana E. Kiszewski Bau4,17; Fábio C. Kuschnir5,16; Márcia C. Mallozi6,18; Jandrei R. Markus7,17; Maria G. Nascimento e Silva8,16; Mário C. Pires9,18; Marice E. El Achkar Mello10,17; Nelson A. Rosário Filho11,18,19; Emanuel S. Cavalcanti Sarinho12,16,19; Herberto J. Chong-Neto13,16,18; Luciana R. Silva14,19; Norma P. M. Rubini15,18
Braz J Allergy Immunol. 2017;1(2):157-182
Resumo PDF Português
Nas últimas décadas o conhecimento sobre a etiopatogenia da dermatite atópica (DA) avançou muito. Além da identificaçao dos principais agentes desencadeantes e/ou agravantes envolvidos na expressao clínica da DA, verificou-se ser a integridade da barreira cutânea um dos pontos fundamentais para a manutençao da homeostase da pele. Assim, no tratamento do paciente com DA, além da evitaçao dos agentes desencadeantes e/ou irritantes, o uso de hidratantes é parte fundamental, e acredita-se que tenha açao preventiva de surtos agudos. Além disso, a aquisiçao de agentes anti-inflamatórios de uso tópico tem permitido o controle de pacientes com formas leves a moderadas da DA. Embora tenham uso mais restrito, os agentes imunossupressores sistêmicos também têm sido empregados no tratamento de pacientes com DA grave ou refratária aos procedimentos habituais. Comenta-se também a imunoterapia alérgeno-específica como tratamento adjuvante da DA para alguns pacientes, sobretudo alérgicos aos ácaros e com manifestaçoes respiratórias associadas. A aquisiçao de novos agentes, os imunobiológicos, também sao apresentados à luz das evidências científicas e clínicas atuais. O presente guia prático de atualizaçao em dermatite atópica - abordagem terapêutica teve por objetivo rever os esquemas de tratamento disponíveis e empregados no acompanhamento de pacientes com DA, além de apresentar terapêuticas futuras, como os agentes imunobiológicos que em breve estarao à disposiçao para o tratamento de formas mais graves e/ou refratárias da DA.
Descritores: Dermatite atópica, hidrataçao da pele, corticosteroides tópicos, inibidores da calcineurina, ciclosporina, imunobiológico, imunoterapia.
Practical update guide: biological drugs in the treatment of asthma, allergic diseases and immunodeficiencies
Dirceu Solé1; Flávio Sano2; Nelson A. Rosário3; Martti A. Antila4; Carolina S. Aranda1; Herberto J. Chong-Neto3; Renata R. Cocco5; Antonio Condino-Neto6; Regis A. Costa7; Luis F. Ensina1; Pedro Giavina-Bianchi8; Ekaterini S. Goudouris9; Marcia C. Mallozi1,10; José L. B. Morandi11; Sandro F. Perazzio1; Ana Carolina R. Reali1; José Luis M. Rios12; Cristine S. Rosário3; Gesmar R. S. Segundo13; Faradiba S. Serpa14; Gustavo F. Wandalsen1; Norma P. M. Rubini15; Solange O. R. Valle16
Braz J Allergy Immunol. 2019;3(3):207-258
Resumo PDF Português
O presente guia apresenta revisão extensa sobre imunobiológicos utilizados, liberados e ainda sob estudo, para o tratamento da asma, doenças alérgicas e imunodeficiências. Além das características físico-químicas de alguns desses fármacos, são revisadas as indicações e os resultados de estudos clínicos realizados para avaliar eficácia e segurança. Separados por doença específica, são apresentados os principais agentes disponíveis e aprovados para utilização segundo as normas regulatórias nacionais.
Descritores: Imunobiológico, terapia imunobiológica, anticitocinas, anticorpo monoclonal, proteínas de fusão.
May: the month of hereditary angioedema
Eli Mansur1; Regis A. Campos2; Herberto J. Chong-Neto3; Pedro Giavina-Bianchi4; Eliana Toledo5; Solange O. R. Valle6; Anete S. Grumach7
Braz J Allergy Immunol. 2017;1(2):-
PDF Português