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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

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A especialidade de Alergia e Imunologia Clínica no Brasil: como começamos a segunda década do século XXI?

The specialty of Allergy and Clinical Immunology in Brazil: how do we start the second decade of the 21st century?

Luane Marques de Mello1; Faradiba Sarquis Serpa2; Álvaro Augusto Cruz3; Eduardo Costa Silva4; Eliane Miranda da Silva5; José Luiz Magalhães Rios6; Marilyn Urrutia-Pereira7; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci9; Phelipe dos Santos Souza9; Yara Arruda Marques Mello10; Emanuel Sarinho11; Norma de Paula M. Rubini12; Joseane Chiabai13; Dirceu Solé14

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(4):395-408

Resumo PDF Português PDF Inglês

INTRODUÇÃO: É necessário conhecer a situação de alergistas/imunologistas nos diferentes cenários de atuação, identificando perfis e eventuais dificuldades. O conhecimento destes dados poderá servir de subsídio para fomentar a implementação de políticas que garantam a integralidade na atenção à saúde do paciente com doenças alérgicas e erros inatos da imunidade (EII).
OBJETIVO: Verificar o perfil dos especialistas em Alergia e imunologia no Brasil, em relação ao local de atuação, acesso a exames, terapias e o impacto da pandemia COVID-19 sobre o seu exercício profissional.
MÉTODOS: Estudo descritivo-exploratório, com dados coletados por inquérito on-line, utilizando-se a ferramenta Google Forms. Todos os associados adimplentes da ASBAI foram convidados a participar. O questionário abordou aspectos sociodemográficos e profissionais. As informações foram analisadas no programa SPSS versão 20.0.
RESULTADOS: Quatrocentos e sessenta associados responderam ao questionário. Observou-se predomínio de mulheres (73%), com mediana de idade de 47 anos. A maioria dos participantes atua no setor privado (95%), e 47% no setor público. Aproximadamente 80% dos que atendem no setor público referiram ter acesso a algum exame diagnóstico para doenças alérgicas e EII. Apenas 35% dos especialistas do sistema público têm acesso a imunoterapia alérgeno específica, contra 96% dos que atuam no setor privado. Já aos medicamentos imunobiológicos, 53% e 72% dos especialistas que atuam no serviço público e privado, respectivamente, referiram acesso. Mais de 60% dos associados participantes da pesquisa tiveram redução no número de consultas em pelo menos 50%, e 56% tem realizado atendimento por teleconsulta durante a pandemia de COVID-19.
CONCLUSÃO: Os associados da ASBAI têm incorporado na sua prática clínica os avanços na terapia das doenças imunoalérgicas, mas vários métodos diagnósticos ainda são pouco acessíveis. A presença do especialista em Alergia e Imunologia no SUS, também precisa ser ampliada. A pandemia do coronavírus trouxe a discussão da telemedicina como um método de atendimento clínico em nossa especialidade.

Descritores: Alergia e Imunologia, assistência integral à saúde, telemedicina.

Abordagem das reações de hipersensibilidade perioperatória: Orientações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - Parte II: etiologia e diagnóstico

Approach to perioperative hypersensitivity reactions: Guidelines from the Brazilian Society of Anesthesiology and the Brazilian Association of Allergy and Immunology - Part II: etiology and diagnosis

Dirceu Solé1; Maria Anita C. Spindola2; Marcelo Vivolo Aun1; Liana Araujo Azi2; Luiz Antonio G. Bernd1; Daniela Bianchi2; Albertina V. Capelo1; Débora Cumino2; Alex E. Lacerda1; Luciana C. Lima2; Edelton Morato3; Rogean R. Nunes2; Norma de Paula M. Rubini1; Jane Silva1; Maria Angela Tardelli2; Alexandra S. Watanabe1; Erick F. Curi2; Flávio Sano1

Braz J Allergy Immunol. 2020;4(3):247-272

Resumo PDF Português

A anafilaxia perioperatória é manifestação importante no contexto de eventos adversos relacionados à cirurgia. Embora frequentemente relacionada à indução anestésica, pode ocorrer por outros agentes administrados por outras vias. A anafilaxia pode se apresentar como colapso cardiovascular, obstrução da via aérea e/ou insuficiência respiratória com ou sem manifestação cutânea, com consequências fatais em muito casos.Apesar de considerada inevitável em alguns casos, a sua incidência poderia (e deveria) ser reduzida através da busca por fármacos mais seguros. A avaliação abrangente de um episódio é um dos elementos primordiais para tornar a exposição subsequente mais segura, com orientações derivadas dessa investigação. Entretanto, representa um desafio estatístico por ser reação rara, randômica e muitas vezes independente de exposições sucessivas dos pacientes a procedimentos de baixo risco. Neste documento são revisados os mecanismos fisiopatológicos, agentes desencadeantes (adultos e crianças), assim como a abordagem diagnóstica durante a crise e após o episódio. Uma avaliação abrangente, a identificação das medicações, antissépticos e outras substâncias usadas em cada região, registros detalhados e nomenclatura padronizada são pontos fundamentais para a obtenção de dados epidemiológicos mais fidedignos sobre a anafilaxia perioperatória.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade a medicamentos, adrenalina, bloqueadores neuromusculares, testes cutâneos, anestesia, anafilaxia perioperatória, triptase.

Assistência a pacientes com doenças imunoalérgicas no Sistema Único de Saúde brasileiro - Carta de São Paulo

Treating patients with allergic diseases in the Brazilian Unified Health System - Letter from São Paulo

Faradiba Sarquis Serpa1; Luane Marques de Mello2; Phelipe dos Santos Souza3; Joseane Chiabai4; Eduardo Costa Silva5; Yara Arruda Marques Mello6; José Luiz Magalhães Rios7; Marilyn Urrutia-Pereira8; Eliane Miranda da Silva9; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci10; Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho11; Norma de Paula M. Rubini12; Dirceu Solé13

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(4):427-431

Resumo PDF Português PDF Inglês

O Sistema Único de Saúde (SUS) abrange todos os níveis de atenção à saúde e garante acesso integral, universal e gratuito para toda a população brasileira. As transições demográfica e epidemiológica observadas nas últimas décadas trouxeram um cenário de maior prevalência das doenças imunoalérgicas. Nesse contexto, a implementação de políticas de saúde voltadas à assistência à saúde dessa população tornou-se um desafio. Com o objetivo de discutir a atenção à saúde dos pacientes com doenças alérgicas e imunológicas no Brasil, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) realizou em 26 de agosto de 2022, na cidade de São Paulo, o Fórum sobre a Assistência a Pacientes com Doenças Imunoalérgicas no SUS.O evento foi estruturado no formato de painéis e contou com a participação de membros da ASBAI e representantes da gestão pública federal, do Ministério Público, de sociedade de pacientes e profissionais de saúde de diversos serviços com experiência em programas e projetos bem sucedidos na assistência a pacientes com doenças imunoalérgicas. Após a discussão, concluiu-se que ainda existem muitas necessidades não atendidas em relação à atenção à saúde da população com doenças alérgicas e imunológicas no Brasil. A ASBAI tem trabalhado no sentido de contribuir para organizar, implantar e manter a assistência a estes pacientes no âmbito do SUS.

Descritores: Alergia, imunologia, sistema único de saúde, gestão, saúde pública.

Atualização sobre reações de hipersensibilidade perioperatória: Documento conjunto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - Parte II: etiologia e diagnóstico

Update on perioperative hypersensitivity reactions: Joint document from the Brazilian Society of Anesthesiology and Brazilian Association of Allergy and Immunology - Part II: Etiology and diagnosis

Dirceu Solé1, Maria Anita C. Spindola2, Marcelo Vivolo Aun1, Liana Araujo Azi2, Luiz Antonio G. Bernd1, Daniela Bianchi2, Albertina V. Capelo1, Débora Cumino2, Alex E. Lacerda1, Luciana C. Lima2, Edelton Morato3, Rogean R. Nunes2, Norma de Paula M. Rubini1, Jane Silva1, Maria Angela Tardelli2, Alexandra S. Watanabe1, Erick F. Curi2, Flávio Sano1

Braz J Allergy Immunol. 2020;4(1):35-60

Resumo PDF Português

A anafilaxia perioperatória é manifestação importante no contexto de eventos adversos relacionados à cirurgia. Embora frequentemente relacionada à indução anestésica, pode ocorrer por outros agentes administrados por outras vias. A anafilaxia pode se apresentar como colapso cardiovascular, obstrução da via aérea e/ou insuficiência respiratória com ou sem manifestação cutânea, com consequências fatais em muito casos.Apesar de considerada inevitável em alguns casos, a sua incidência poderia (e deveria) ser reduzida através da busca por fármacos mais seguros. A avaliação abrangente de um episódio é um dos elementos primordiais para tornar a exposição subsequente mais segura, com orientações derivadas dessa investigação. Entretanto, representa um desafio estatístico por ser reação rara, randômica e muitas vezes independente de exposições sucessivas dos pacientes a procedimentos de baixo risco. Neste documento são revisados os mecanismos fisiopatológicos, agentes desencadeantes (adultos e crianças), assim como a abordagem diagnóstica durante a crise e após o episódio. Uma avaliação abrangente, a identificação das medicações, antissépticos e outras substâncias usadas em cada região, registros detalhados e nomenclatura padronizada são pontos fundamentais para a obtenção de dados epidemiológicos mais fidedignos sobre a anafilaxia perioperatória.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade a medicamentos, adrenalina, bloqueadores neuromusculares, testes cutâneos, anestesia, anafilaxia perioperatória, triptase.

Conhecimentos e práticas sobre telemedicina entre alergistas e imunologistas brasileiros

Telemedicine knowledge and practices among Brazilian allergists and immunologists

Renan Augusto Pereira1; Paula de Sá Barreto1; Ana Carolina da Matta Ain1,7;Juliano Coelho Philippi1, Anna Clara Rabha1, Valéria Soraya de Farias Sales2; Norma de Paula M. Rubini3; Dirceu Solé4; Emanuel Sarinho5; Herberto Jose Chong-Neto1,6

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(2):262-70

Resumo PDF Português PDF Inglês

INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar as características das práticas de telemedicina (TM) entre médicos alergistas/imunologistas (A/I) brasileiros e avaliar seu conhecimento sobre as recomendações regulatórias.
MÉTODOS: Uma pesquisa eletrônica autorreferida foi enviada por e-mail uma vez por semana entre agosto e outubro/2021 a 2.600 médicos A/I brasileiros.
RESULTADOS: 205 (7,9%) participantes preencheram os formulários. 143 (70,2%) médicos usaram TM em sua prática clínica, e 184 (89,9%) nunca o usaram antes da pandemia de COVID-19. Dentre os médicos, 192 (93,8%) utilizaram a TM para consultas de acompanhamento, 186 (91%) para verificação de exames complementares e 136 (66,7%) nas primeiras consultas. Cento e quarenta e três médicos A/I (70,2%) sentiram-se seguros em seu diagnóstico por meio da TM, e 7 (3,5%) responderam que não conseguiram encontrar um diagnóstico correto usando a TM. Os principais benefícios da TM relatados foram: maior acessibilidade, principalmente em áreas mais distantes 159 (77,6%), redução dos custos de deslocamento 158 (77,1%) e segurança quanto à transmissão do COVID-19 145 (71,2%). Por outro lado, algumas desvantagens da TM foram listadas pelos participantes: ausência de exame físico 183 (89,7%), relação médico-paciente fragilizada 59 (28,8%) e problemas de Internet 45 (22%). Em relação ao campo jurídico/ético, 105 (51,4%) dos especialistas aplicaram o termo de consentimento e 34 (16,7%) registraram a teleconsulta, ambas as etapas exigidas em uma consulta de TM, conforme recomendações regulatórias locais. Além disso, plataformas online inadequadas para TM, como aplicativos de mídia social e programas de reuniões online não específicos, foram relatadas como sendo usadas por 131 (64,1%) dos participantes. Oitenta (40%) não leram as declarações e recomendações oficiais que regulamentam a prática da TM no Brasil.
CONCLUSÕES: Observou-se um uso crescente de TM no Brasil, influenciado principalmente pela pandemia de COVID-19. Apesar de ser ferramenta útil na pandemia, com vantagens e desvantagens, há necessidade de conhecer as recomendações regulatórias.

Descritores: Telemedicina, consulta remota, alergia e imunologia.

Desafios e propostas para a assistência aos pacientes com doenças imunoalérgicas no Sistema Único de Saúde brasileiro - Carta de Maceió

Challenges and proposals for the care of patients with immune and allergic diseases within the Brazilian Unified Health System: The Maceió Charter

Faradiba Sarquis Serpa1; Joseane Chiabai2; Luane Marques de Mello3; Eduardo Costa Silva4; Eliane Miranda da Silva5; José Luiz Magalhães Rios6; Marilyn Urrutia-Pereira7; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci8; Norma de Paula M. Rubini9; Phelipe dos Santos Souza11; Yara Arruda Marques Mello11; Fabio Chigres Kuschnir12

Braz J Allergy Immunol. 2024;8(1):3-9

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A Carta de Maceió foi elaborada com base nas discussões do 3º Fórum SUS da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). O documento destaca os desafios e propostas para aprimorar a assistência a pacientes com doenças imunoalérgicas no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Tais condições, frequentemente crônicas e debilitantes, afetam milhões de brasileiros e exigem uma abordagem integrada, desde a atenção primária à saúde até a atenção especializada. Foram discutidos a necessidade de aprimorar a gestão de referência e contrarreferência, a urgência na superação da carência de especialistas e o desafio representado pelo limitado acesso tanto a diagnóstico quanto a tratamento adequados. As doenças raras, incluindo os erros inatos da imunidade (EII), apresentam um desafio adicional, exigindo acesso a tecnologias de alto custo para diagnóstico e tratamento e cuidado multidisciplinar. Do fórum emergiram propostas como o financiamento adequado da saúde, o fortalecimento do diagnóstico precoce, a gestão integrada de cuidados, a educação continuada dos profissionais de saúde e a implementação de telemedicina. Essas ações visam um sistema de saúde mais inclusivo, eficiente e humanizado, atendendo às necessidades dos pacientes com doenças imunoalérgicas.

Descritores: Alergia e imunologia, Sistema Único de Saúde, política de saúde, doenças raras.

Diretrizes brasileiras de angioedema hereditário 2022 - Parte 2: terapêutica

2022 Brazilian guidelines for hereditary angioedema - Part 2: therapy

Régis A. Campos1; Faradiba Sarquis Serpa2; Eli Mansour3; Maria Luiza Oliva Alonso4; Luisa Karla Arruda5; Marcelo Vivolo Aun6,7; Maine Luellah Demaret Bardou8; Ana Flávia Bernardes3; Fernanda Lugão Campinhos2; Herberto Jose Chong-Neto9; Rosemeire Navickas Constantino-Silva10; Jane da Silva11; Sérgio Duarte Dortas-Junior4; Mariana Paes Leme Ferriani5; Joanemile Pacheco de Figueiredo12; Pedro Giavina-Bianchi6; Lais Souza Gomes6; Ekaterini Goudouris13; Anete Sevciovic Grumach8; Marina Teixeira Henriques8; Antônio Abilio Motta6; Therezinha Ribeiro Moyses2; Fernanda Leonel Nunes5; Jorge A. Pinto14; Nelson Augusto Rosario-Filho9; Norma de Paula M. Rubini15; Almerinda Maria do Rêgo Silva16; Dirceu Solé17; Ana Júlia Ribeiro Teixeira6; Eliana Toledo18; Camila Lopes Veronez19; Solange Oliveira Rodrigues Valle4

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(2):170-196

Resumo PDF Português PDF Inglês

O tratamento do angioedema hereditário tem início com a educação dos pacientes e familiares sobre a doença, pois é fundamental o conhecimento da imprevisibilidade das crises, assim como os seus fatores desencadeantes. O tratamento medicamentoso se divide em terapia das crises e profilaxia das manifestações clínicas. As crises devem ser tratadas o mais precocemente possível com o uso do antagonista do receptor de bradicinina, o icatibanto ou o concentrado de C1-inibidor. É necessário estabeler um plano de ação em caso de crises para todos os pacientes. A profilaxia de longo prazo dos sintomas deve ser realizada preferencialmente com medicamentos de primeira linha, como concentrado do C1-inibidor ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína, lanadelumabe. Como segunda linha de tratamento temos os andrógenos atenuados. Na profilaxia de curto prazo, antes de procedimentos que podem desencadear crises, o uso do concentrado de C1-inibidor é preconizado. Existem algumas restrições para uso desses tratamentos em crianças e gestantes que devem ser consideradas. Novos medicamentos baseados nos avanços do conhecimento da fisiopatologia do angioedema hereditário estão em desenvolvimento, devendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O uso de ferramentas padronizadas para monitorização da qualidade de vida, do controle e da atividade da doença são fundamentais no acompanhamento destes pacientes. A criação de associações de pacientes e familiares de pacientes com angioedema hereditário tem desempenhado um papel muito importante no cuidado destes pacientes no nosso país.

Descritores: Angioedema hereditário, tratamento farmacológico, tratamento de emergência, qualidade de vida, tratamento biológico.

Diretrizes brasileiras do angioedema hereditário 2022 - Parte 1: definição, classificação e diagnóstico

2022 Brazilian guidelines for hereditary angioedema - Part 1: definition, classification, and diagnosis

Régis A. Campos1; Faradiba Sarquis Serpa2; Eli Mansour3; Maria Luiza Oliva Alonso4; Luisa Karla Arruda5; Marcelo Vivolo Aun6,7; Maine Luellah Demaret Bardou8; Ana Flávia Bernardes3; Fernanda Lugão Campinhos2; Herberto Jose Chong-Neto9; Rosemeire Navickas Constantino-Silva10; Jane da Silva11; Sérgio Duarte Dortas-Junior4; Mariana Paes Leme Ferriani5; Joanemile Pacheco de Figueiredo12; Pedro Giavina-Bianchi6; Lais Souza Gomes6; Ekaterini Goudouris13; Anete Sevciovic Grumach8; Marina Teixeira Henriques8; Antônio Abilio Motta6; Therezinha Ribeiro Moyses2; Fernanda Leonel Nunes5; Jorge A. Pinto14; Nelson Augusto Rosario-Filho9; Norma de Paula M. Rubini15; Almerinda Maria do Rêgo Silva16; Dirceu Solé17; Ana Julia Ribeiro Teixeira6; Eliana Toledo18; Camila Lopes Veronez19; Solange Oliveira Rodrigues Valle4

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(2):151-169

Resumo PDF Português PDF Inglês

O angioedema hereditário é uma doença autossômica dominante caracterizada por crises recorrentes de edema que acometem o tecido subcutâneo e o submucoso, com envolvimento de diversos órgãos. Os principais locais afetados são face, membros superiores e inferiores, as alças intestinais e as vias respiratórias superiores. Em decorrência da falta de conhecimento dessa condição por profissionais de saúde, ocorre atraso importante no seu diagnóstico, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Além disso, o retardo no diagnóstico pode resultar em aumento da mortalidade por asfixia devido ao edema de laringe. A natureza errática das crises com variação do quadro clínico e gravidade dos sintomas entre diferentes pacientes, e no mesmo paciente ao longo da vida, se constitui em desafio no cuidado dos doentes que têm angioedema hereditário. O principal tipo de angioedema hereditário é resultante de mais de 700 variantes patogênicas do gene SERPING1 com deficiência funcional ou quantitativa da proteína inibidor de C1, porém nos últimos anos outras mutações foram descritas em seis outros genes. Ocorreram avanços importantes na fisiopatologia da doença e novas drogas para o tratamento do angioedema hereditário foram desenvolvidas. Nesse contexto, o Grupo de Estudos Brasileiro em Angioedema Hereditário (GEBRAEH) em conjunto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) atualizou as diretrizes brasileiras do angioedema hereditário. O maior conhecimento dos diversos aspectos resultou na divisão das diretrizes em duas partes, sendo nessa primeira parte abordados a definição, a classificação e o diagnóstico.

Descritores: Angioedema, angioedema hereditário, diagnóstico, classificação, diagnóstico diferencial.

Epidemiologia da anafilaxia no Brasil: Registro Brasileiro de Anafilaxia (RBA) da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

Epidemiology of anaphylaxis in Brazil: The Brazilian Registry of Anaphylaxis (RBA) of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)

Mara Morelo Rocha Felix1,2; Dirceu Solé2,3; Herberto José Chong-Neto2,4; Ekaterini Simões Goudouris2,5; Alexandra Sayuri Watanabe2,6; Norma de Paula M. Rubini1,2; Emanuel Sarinho2,7; Fátima Rodrigues Fernandes2,8; Fábio Chigres Kuschnir2,9; Grupo Brasileiro de Interesse em Anafilaxia (GBIA)10

Braz J Allergy Immunol. 2024;8(1):35-42

Resumo PDF Português PDF Inglês

INTRODUÇÃO: A anafilaxia é uma reação alérgica multissistêmica grave, de início agudo e potencialmente fatal. Poucos são os dados sobre sua epidemiologia no Brasil. O Registro Brasileiro de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (RBAASBAI) teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre anafilaxia em indivíduos brasileiros.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal com questionário online sobre dados demográficos, desencadeantes suspeitos, manifestações clínicas, atendimento durante a reação, investigação diagnóstica e aconselhamento após a reação de pacientes que experimentaram uma reação anafilática.
RESULTADOS: Entre junho/2021 e abril/2023, foram incluídos 237 pacientes (131 femininos): 99 crianças/adolescentes; 127 adultos e 11 idosos. Houve predomínio de meninos entre crianças/adolescentes (55,5%), e de mulheres entre os adultos (64,5%), e mediana de idade de 22 anos (< 1 a 77 anos). As manifestações cutâneas (92,8%) foram as mais frequentes, seguidas pelas respiratórias (70,1%), gastrointestinais (52,3%), neurológicas (36,3%) e cardiovasculares (35,3%). Os principais desencadeantes foram: alimentos (43,0%), medicamentos (26,2%), himenópteros (21,6%) e látex (2,5%); os alimentos entre crianças (leite, ovo, amendoim/castanhas), e os fármacos (anti-inflamatórios e antibióticos) entre os adultos. Quanto ao tratamento, 61,1% recebeu adrenalina (52,7% por profissional e 8,4% via autoinjetor de adrenalina -AIA). Uma adolescente (12 anos) faleceu após picada de abelha. A maioria recebeu plano escrito de emergência (78,1%) e foi ensinada a usar o AIA (70%).
CONCLUSÃO: Os alimentos foram os desencadeantes mais comuns entre crianças/adolescentes, e os fármacos entre adultos brasileiros. A adrenalina continua sendo subutilizada, reforçando a necessidade de maior disseminação do tratamento adequado da anafilaxia.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade alimentar, hipersensibilidade a drogas, hipersensibilidade a veneno, epinefrina.

Errata em: Atualização sobre reações de hipersensibilidade perioperatória: Documento conjunto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - Parte II: etiologia e diagnóstico

Erratum on: Update on perioperative hypersensitivity reactions: Joint document from the Brazilian Society of Anesthesiology and Brazilian Association of Allergy and Immunology - Part II: Etiology and diagnosis

Dirceu Solé1; Maria Anita C. Spindola2; Marcelo Vivolo Aun1; Liana Araujo Azi2; Luiz Antonio G. Bernd1; Daniela Bianchi2; Albertina V. Capelo1; Débora Cumino2; Alex E. Lacerda1; Luciana C. Lima2; Edelton Morato3; Rogean R. Nunes2; Norma de Paula M. Rubini1; Jane Silva1; Maria Angela Tardelli2; Alexandra S. Watanabe1; Erick F. Curi2; Flávio Sano1

Braz J Allergy Immunol. 2020;4(3):-

PDF Português

Guia Prático de Atualização no tratamento da exacerbação de asma na criança e no adolescente - Posicionamento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria

Practical Update Guide on the treatment of asthma exacerbation in children and adolescents - Joint position of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics

Antonio Carlos Pastorino1,2; Joseane Chiabai1; Débora Carla Chong-Silva3; Fabio Chigres Kuschnir4,5; Adriana Azoubel-Antunes4,5; Cristine Secco Rosário1; Marisa Lages Ribeiro1,2; Carlos Antônio Riedi3; Patrícia Gomes de Matos Bezerra3; Herberto Jose Chong-Neto4,5; Gustavo Falbo Wandalsen2,4; Maria de Fátima Pombo Sant'Anna3; Emanuel Sarinho2,5; Luciana R. Silva2; Norma de Paula M. Rubini2,5; Dirceu Solé5

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(4):322-345

Resumo PDF Português PDF Inglês

Exacerbação aguda de asma é uma condição frequente na criança e no adolescente e uma das causas mais comuns de procura aos pronto atendimentos e de internações. Pode ocorrer em pacientes que ainda não foram diagnosticados como asmáticos, e mesmo naqueles cujo controle da doença não se encontre adequado. Reconhecer a exacerbação e iniciar seu tratamento desde o domicílio até o adequado manejo inicial em ambiente hospitalar é fundamental para evitar sua evolução para complicações que coloquem o paciente em risco de vida. O tratamento compreende o reconhecimento e tratamento da hipoxemia, da obstrução e do processo inflamatório, além de fornecer orientações na alta hospitalar e encaminhamentos para continuidade do tratamento.

Descritores: Asma aguda, exacerbação da asma, criança, adolescente, tratamento.

Guia prático sobre controle ambiental para pacientes com rinite alérgica

Practical guide to environmental control for patients with allergic rhinitis

Norma de Paula M. Rubini1; Gustavo F. Wandalsen2; Maria Cândida V. Rizzo3; Marcelo V. Aun4; Herberto José Chong Neto5; Dirceu Solé6

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(1):7-22

Resumo PDF Português

A asma e a rinite alérgica sao doenças frequentes e acometem parcela significativa da populaçao, sobretudo crianças. Frequentemente a asma e a rinite coexistem e tem sido documentado que a presença de rinite potencialmente aumenta a gravidade da asma e impacta negativamente na qualidade de vida. Entre os agentes desencadeantes/agravantes dessas doenças sao apontados: aeroalérgenos (ácaros do pó domiciliar, fungos, alérgenos de baratas, epitélio de animais, polens e ocupacionais), poluentes intradomiciliares e extradomiciliares (fumaça de tabaco, material particulado liberado pela cocçao/aquecimento - gás de cozinha, fogao a lenha) e irritantes (odores fortes, ar-condicionado). O objetivo desse estudo foi identificar as medidas recomendadas para reduzir a exposiçao de pacientes sensíveis a esses agentes. Realizou-se busca em base de dados MEDLINE, SciELO e LILACS empregando-se os descritores: environmental control, mite, cockroach, fungi, furry pets, pollen, irritants, smoking, indoor pollution, cooking. Foram revisados os principais estudos e elaborou-se um documento em que sao discutidas as relaçoes entre exposiçao e aparecimento de sintomas, assim como as medidas apontadas como tendo potencial para evitar a exacerbaçao/agravamento das doenças alérgicas respiratórias.

Descritores: Acaros, barata, animais de pelo, fungos, polens, controle ambiental.

Introdução dos alimentos no primeiro ano de vida e prevenção da alergia alimentar: quais as evidências?

Introduction of food in the first year of life and food allergy prevention: what is the evidence?

Jackeline Motta Franco1; Lucila Camargo Lopes de-Oliveira1; Ana Paula Beltran Moschione Castro1; Fabiane Pomiecinski1; Ana Carolina Rozalem Reali1; Ariana Campos Yang1; Bárbara Luiza de Britto Cançado1; Germana Pimentel Stefani1; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima1; José Carlison Santos de-Oliveira1; José Luiz Magalhães Rios1; Nathalia Barroso Acatauassú Ferreira1; Renata Rodrigues Cocco1; Valéria Botan Gonçalves1; Norma de Paula M. Rubini2; Emanuel Sarinho3

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(1):49-57

Resumo PDF Português PDF Inglês

OBJETIVO: A incidência das doenças alérgicas cresceu nas últimas décadas. Na tentativa de conter o aumento da alergia alimentar (AA) ao longo dos anos, estratégias de prevenção vêm sendo implementadas. Para promover um melhor entendimento dos dilemas que permeiam a introdução alimentar no primeiro ano de vida, esse artigo trata de uma revisão bibliográfica narrativa sobre a introdução dos alimentos complementares no primeiro ano de vida e possíveis associações com a prevenção primária da alergia alimentar.
FONTE DOS DADOS: Publicações relevantes foram pesquisadas nas bases de dados Cochrane Library, MEDLINE, PubMed, Guidelines International Network, National Guidelines Clearinghouse e revisadas recomendações do guia e do consenso nacional de alergia alimentar.
RESULTADOS: Estudos observacionais diversos e ensaios clínicos randomizados estão disponíveis, bem como recomendações publicadas por organizações científicas; no entanto, de qualidade variável. Foram consideradas as recomendações de diretrizes de prática clínica classificadas como de alta qualidade e publicações recentes ainda não categorizadas de forma sistemática em sua qualidade, mas internacionalmente reconhecidas como relevantes para a atenção primária.
CONCLUSÃO: Até o momento, não há evidências consistentes de que a introdução precoce, antes dos 6 meses, dos alimentos alergênicos, contribua para a prevenção de alergia a alimentos na população geral.

Descritores: Prevenção primária; hipersensibilidade alimentar; alimentos infantis; desenvolvimento infantil; ingestão de alimentos.

O atendimento médico de pacientes com doenças imunoalérgicas no Brasil: reflexoes e propostas para a melhoria - Carta de Belo Horizonte

Caring for patients with immunoallergic diseases in Brazil: reflections and proposals for improvement - The Belo Horizonte Charter

Faradiba S. Serpa1; Alvaro A. S. Cruz1; Antonio Condino Neto1; Eduardo Costa F. Silva1; Jackeline Motta Franco1; Janaína M. Lima Mello1; Marilyn Urrutia-Pereira1; Marta de Fátima Guidacci1; Regina S. W. Di Gesu1; Norma de Paula M. Rubini2; Dirceu Solé3

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(4):327-334

Resumo PDF Português

Apesar do aumento na prevalência e gravidade das doenças imunoalérgicas no Brasil, como em todo o mundo, o acesso a atendimento especializado, exames complementares e terapias que possibilitam o controle adequado delas, especialmente as com potencial fatal, é restrito a poucos centros no Brasil, e muitas dessas condiçoes e terapias nao estao contempladas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. No presente trabalho, analisamos a realidade atual e carências na assistência a pacientes com doenças alérgicas como anafilaxia, alergia ao leite de vaca, asma, dermatite atópica e urticária crônica e com imunodeficiências primárias. Sao apresentadas, também, propostas de açoes em que a Associaçao Brasileira de Alergia e Imunologia poderia trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde para reduzir o impacto médico, social e financeiro dessas doenças.

Descritores: Alergia, atendimento especializado, urticaria crônica, asma, dermatite atópica.

O futuro da especialidade de Alergia e Imunologia

The future of the specialty of Allergy and Immunology

Norma de Paula M. Rubini

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(1):3-4

PDF Português

Reações adversas aos anticorpos monoclonais para doenças alérgicas

Adverse reactions to monoclonal antibodies in allergic diseases

Sérgio Duarte Dortas-Junior1,2; Aldo José Fernandes Costa3; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci4; Filipe W. Sarinho5,6; Faradiba Sarquis Serpa7; Eduardo Costa Silva8,9; João Negreiros Tebyriça10; Nelson Augusto Rosario-Filho11; Norma de Paula M. Rubini10; Régis de Albuquerque Campos12

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(3):318-324

Resumo PDF Português PDF Inglês

A utilização de agentes imunobiológicos em alergia e imunologia tem sido cada vez mais frequente nos últimos anos, emergindo como potencialmente eficazes para o tratamento de doenças alérgicas e de hipersensibilidade. O uso de imunobiológicos em doenças alérgicas está recomendado nas formas graves onde a eficácia, segurança e custo-efetividade estão comprovados. O objetivo deste artigo é sintetizar os efeitos adversos mais comuns ou significativos, incluindo as reações de hipersensibilidade aos principais anticorpos monoclonais aprovados para o tratamento de doenças alérgicas licenciados e comercializados no Brasil até o momento.

Descritores: Anticorpos monoclonais, asma, efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos, dermatite atópica, urticária.

Teste de provocação oral com alimentos: o panorama brasileiro

Oral food challenge: a Brazilian panorama

Lucila Camargo Lopes de Oliveira1,2; Jackeline Motta Franco3,4; Ana Carolina Rozalem Reali1; Ana Paula Beltran Moschione Castro1,5; Ariana Campos Yang1,6,7; Bárbara Luiza de Britto Cançado1; Fabiane Pomiecinski Frota1; Germana Pimentel Stefani1; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima1; José Carlison Santos de-Oliveira1; José Luiz Magalhães Rios1; Nathalia Barroso Acatauassú Ferreira1; Renata Rodrigues-Cocco1,8; Valéria Botan-Gonçalves1; Norma de Paula M. Rubini9; Emanuel Sarinho10; Dirceu Solé2,11

Braz J Allergy Immunol. 2023;7(2):171-180

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INTRODUÇÃO: O teste de provocação oral (TPO) com alimentos é o padrão ouro para avaliação diagnóstica e de aquisição de tolerância em pacientes com alergia alimentar (AA). Exige, no entanto, equipe especializada e local apropriado para execução, uma vez que reações alérgicas, incluindo anafilaxia, podem acontecer. Foi recém-incorporado como procedimento reconhecido pelo Sistema Único de Saúde e pela Agência Nacional de Saúde, mas apenas no contexto da alergia ao leite de vaca para pacientes com até 24 meses de vida.Pouco se sabe sobre sua disponibilidade/execução no território brasileiro.
OBJETIVOS: Explorar o perfil de realização de TPO com alimentos em âmbito nacional, bem como as limitações para a sua não realização.
MÉTODOS: Inquérito virtual foi disponibilizado por e-mail aos 2.500 sócios cadastrados na Associação Brasileira de Alergia e Imunologia questionando sobre a prática de TPO, formação do profissional, limitações para sua não realização e possíveis soluções para sua execução
RESULTADOS: Foram obtidas 290 respostas (11,6% dos associados), sendo a maioria deles proveniente da Região Sudeste (56,1%). Realizam TPO 54,5% (158/290) dos associados, 62% destes mais de 5 TPOs/mês, principalmente para leite e ovo. A execução de TPO na atualidade, majoritariamente na rede privada, esteve associada à prática do procedimento durante a especialização. Falta de recurso e ambiente apropriados são as maiores limitações para a não realização do TPO.
CONCLUSÕES: Apesar do viés de seleção inerente à metodologia empregada do estudo, este inquérito pioneiro em território nacional tem importância por esclarecer e discutir a realização do TPO no âmbito do Brasil. Certamente este procedimento ainda é insuficientemente realizado no Brasil.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, diagnóstico, prognóstico, alimentos.

Testes <i>in vivo</i> nas reações de hipersensibilidade a medicamentos - Parte I: testes cutâneos

In vivo tests in hypersensitivity drug reactions - Part I: skin tests

Marcelo Vivolo Aun1,2; Maria Fernanda Malaman3; Mara Morelo Rocha Felix4,5; Ullissis Pádua Menezes6; Gladys Reis e Silva de Queiroz7; Adriana Teixeira Rodrigues8; Carolina Sanchez Aranda9,10; Inês Cristina Camelo-Nunes9; Dirceu Solé9; Norma de Paula M. Rubini11

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(4):390-398

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As reações de hipersensibilidade a medicamentos são frequentes na prática clínica e são consideradas problema de saúde pública. O diagnóstico inclui, após detalhada história clínica, a realização de testes in vivo: cutâneos ou de provocação. Recentemente, estes testes foram aprovados pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira para inclusão tanto no SUS, como na Saúde Suplementar, o que facilitará o acesso dos pacientes a estas ferramentas. Nesta revisão, abordaremos com mais detalhes as indicações, técnica e impacto da utilização dos testes cutâneos com fármacos na prática clínica.

Descritores: Alergia a medicamentos, hipersensibilidade, diagnóstico, testes cutâneos.

Testes <i>in vivo</i> nas reações de hipersensibilidade a medicamentos - Parte II: testes de provocação

<i>In vivo</i> tests in hypersensitivity drug reactions - Part II: provocation tests

Marcelo Vivolo Aun1,2; Maria Fernanda Malaman3; Mara Morelo Rocha Felix4,5; Ullissis Pádua Menezes6, Gladys Queiroz7; Adriana Teixeira Rodrigues8; Carolina Sanchez Aranda9,10; Inês Cristina Camelo-Nunes9; Dirceu Solé9; Norma de Paula M. Rubini11

Braz J Allergy Immunol. 2019;3(1):7-12

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O diagnóstico das reações de hipersensibilidade a medicamentos é baseado na história clínica, seguida pela realização de testes in vivo, que podem ser cutâneos ou de provocação. Os testes de provocação são considerados o padrão-ouro no diagnóstico, sendo importantes tanto para a confirmação diagnóstica como para o encontro de opções terapêuticas seguras. Recentemente, assim como os testes cutâneos, as provocações com medicamentos foram aprovadas pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira para uso no diagnóstico das reações a drogas. Nesta revisão, nosso foco serão as indicações, contraindicações e método dos testes de provocação com medicamentos.

Descritores: Hipersensibilidade a drogas, diagnóstico, alergia e imunologia.

Vacina contra a febre amarela: reações adversas e populações de risco

Yellow fever vaccine: adverse reactions and at-risk populations

Ana Karolina Barreto Berselli Marinho1,11; Aluce Loureiro Ouricuri2,11; Cláudia França Cavalcante Valente3,11; Fátima Rodrigues Fernandes4,11; Gilberto Saciloto5,11; Lorena de Castro Diniz6,11; Mônica de Araújo Alvares da Silva7,11; Antonio Condino Neto8; Norma de Paula M. Rubini9; Dirceu Solé10

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(3):245-256

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A febre amarela é uma doença infecciosa grave causada por um arbovírus e transmitida pelos mosquitos Haemagogus (ciclo silvestre) e Aedes aegypti (ciclo urbano). Os sintomas mais comuns sao febre, calafrios, cefaleia, mialgia e náuseas. Uma parcela dos pacientes desenvolve as formas graves, que podem cursar com insuficiência hepática e renal. A partir de 2014 a febre amarela passou a ser endêmica em áreas extra-amazônicas, tornando-se um grave problema de saúde pública. Por isso, a vacinaçao contra a febre amarela é essencial para o controle da doença no Brasil, tornando-se a medida mais eficaz, com imunogenicidade superior a 95%. Em relaçao à segurança, a maioria dos eventos adversos após a vacinaçao sao locais, e os eventos adversos graves, como a encefalite pós-vacinal, sao relatados principalmente em idosos e imunossuprimidos. Por se tratar de vacina de vírus vivo atenuado, é recomendada cautela na sua indicaçao nesses indivíduos. Outra preocupaçao em relaçao à segurança se deve ao fato de que, por ser cultivada em ovos embrionados de galinha (maior quantidade de proteínas do ovo), a vacina febre amarela é contraindicada em indivíduos que apresentam história prévia de reaçao anafilática ao ovo. No entanto, diante do cenário epidemiológico atual, indivíduos com história de hipersensibilidade leve ou moderada ao ovo podem recebê-la seguindo as recomendaçoes de segurança revisadas e sugeridas neste texto. O objetivo deste documento foi revisar as indicaçoes e contraindicaçoes da vacina febre amarela e apresentar uma abordagem prática em situaçoes especiais, com a finalidade de garantir a imunizaçao à populaçao de risco.

Descritores: Vacina, febre amarela, eventos adversos, alergia, imunossuprimidos.

Vacina rotavírus: segurança e alergia alimentar - Posicionamento das Sociedades Brasileiras de Alergia e Imunologia (ASBAI), Imunizações (SBIm) e Pediatria (SBP)

Rotavirus vaccine: safety and food allergy - Position paper of the Brazilian Societies of Allergy and Immunology (ASBAI), Immunizations (SBIm), and Pediatrics (SBP)

Renato A. Kfouri1,2; Juarez Cunha2; Emanuel C. Sarinho1,3; Dirceu Solé1,3; Eduardo Jorge da Fonseca Lima1; Renata R. Cocco3; Fátima R. Fernandes3; Ana Karolina B. B. Marinho3; Luciana R. Silva1; Norma de Paula M. Rubini3

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(1):49-54

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O rotavírus continua sendo o principal agente causador de diarreia na criança, a despeito da ampla utilizaçao de vacinas nos programas públicos de vacinaçao em todo o mundo. No Brasil, a vacina monovalente foi introduzida no Programa Nacional de Imunizaçoes (PNI) em 2006, e a segurança da vacina está bem documentada em diferentes estudos pré e pós-licenciamento. Embora nao haja nenhuma associaçao entre o uso da vacina rotavírus e o desenvolvimento da alergia às proteínas do leite de vaca (APLV), existe o receio, por parte de alguns pediatras e familiares, da vacina estar relacionada ao surgimento ou desencadeamento desta reaçao de hipersensibilidade. Este artigo faz uma revisao dos dados de segurança da vacina e aborda aspectos imunológicos das reaçoes de hipersensibilidade, demonstrando nao haver nexo causal entre a vacina e a APLV, reforçando o posicionamento e recomendaçoes de organismos nacionais, internacionais e das sociedades científicas.

Descritores: Vacina, rotavírus, alergia alimentar, eventos adversos.

Vacinas COVID-19 e imunobiológicos

COVID-19 vaccines and immunobiological drugs

Faradiba Sarquis Serpa1; Sérgio Duarte Dortas-Junior2; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci3; Filipe W. Sarinho4; Eduardo Costa Silva5; Nelson Augusto Rosario-Filho6; João Negreiros Tebyriça7; Norma de Paula M. Rubini7; Aldo José Fernandes Costa8; Régis de Albuquerque Campos9

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(2):126-134

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Os medicamentos imunobiológicos têm sido frequentemente utilizados no tratamento das doenças alérgicas e de natureza imunológica. Esses agentes regulam a resposta imunológica do tipo 2 nas doenças alérgicas ou atuam em diversas vias de ativação alteradas nos erros inatos da imunidade. Com o surgimento da pandemia COVID-19 um crescente número de pacientes em uso de imunobiológicos para essas condições deverão ser vacinados contra o vírus SARS-CoV-2.Dessa forma, existe a necessidade de avaliar a segurança e eficácia destas vacinas nos pacientes em uso de imunobiológicos para asma, dermatite atópica, rinossinusite crônica com pólipos nasais, urticária crônica e erros inatos da imunidade.Foi realizada uma busca de literatura recente relevante sobre imunobiológicos e vacinas COVID-19 no PubMed.Existe um consenso de manutenção desses agentes durante a pandemia COVID-19, embora nas doenças alérgicas os mesmos devam ser suspensos durante a infecção ativa. Por outro lado, dados disponíveis em relação à segurança e eficácia das vacinas contra a COVID-19 nesse grupo de pacientes são escassos. Existem relatos do uso de outras vacinas inativadas em associação com alguns imunobiológicos demonstrando serem eficazes e seguras. Portanto, considerando o risco potencial da infecção COVID-19, especialmente nos pacientes portadores de erros inatos da imunidade, recomendamos que as vacinas contra a COVID-19 sejam utilizadas nos pacientes em uso de imunobiológicos. Desta forma, existe uma necessidade de estudos que avaliem estas questões haja vista que a terapia com diversos imunobiológicos tem sido amplamente utilizada nos pacientes com doenças alérgicas e de natureza imunológica.

Descritores: Produtos biológicos, anticorpos monoclonais, infecções por coronavírus, vacinação, COVID-19.

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