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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

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Alergia inalatória a insetos

Inhalant allergy to insects

Laura Maria Lacerda Araujo; Nelson Augusto Rosário-Filho

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(3):297-301

Resumo PDF Português

Asma e rinoconjuntivite alérgicas são doenças que apresentam alta prevalência mundial. Os aeroalérgenos estão entre os principais fatores desencadeantes de sintomas em indivíduos sensibilizados. Há centenas de alérgenos inalantes envolvidos neste processo; porém, os provenientes de insetos, embora frequentes, têm sido pouco valorizados na prática clínica. Esta revisão busca demonstrar, a partir de estudos relevantes, a importância deste tema.

Descritores: Alérgenos, insetos, asma, rinite alérgica.

Asma grave de endótipo misto com resposta a tezepelumabe: relato de caso de um adolescente

Severe mixed-endotype asthma responsive to tezepelumab: a case report of an adolescent

Gabriela Spessatto1; Aline Didoni Fajardo2; Juliana Gonçalves Primon2; Thalita Gonçalves Picciani2; Guilherme da Silva Martins1; Bruno Hernandes David João1; Larissa Machado Carvalho2; Angelica Fonseca Noriega2; Maitê Milagres Saab1; Tayna Padilha Miranda1; Cristine Secco Rosário3; Laura Maria Lacerda Araujo4; Carlos Antônio Riedi7; Roberta Corrêa da Cunha5; Denise Eli6; Débora Carla Chong Silva7; Herberto J. Chong-Neto7; Nelson Augusto Rosário Filho8

Braz J Allergy Immunol. 2024;8(2):156-161

Resumo PDF Português

A maioria das crianças e adolescentes com asma grave apresenta fenótipo de inflamação eosinofílica, com risco de exacerbações, uso de corticosteroides sistêmicos e redução na qualidade de vida. Crianças com inflamação tipo 2 respondem bem aos tratamentos convencionais, no entanto, há um grupo pequeno que falha na resposta terapêutica habitual e necessita medicamentos adicionais, como imunobiológicos, para o controle da doença. O conhecimento da fisiopatologia da inflamação brônquica e a avaliação de seus biomarcadores é fundamental para escolha adequada do imunobiológico. Relatamos o caso de um paciente de 13 anos, com asma grave do tipo 2 alérgico, sem indicação de omalizumabe, e que em uso de mepolizumabe não apresentou controle da doença depois de 12 meses de tratamento. A avaliação do endótipo com citologia de escarro identificou fenótipo inflamatório misto, direcionando a substituição por outro imunobiológico, o tezepelumabe, atingindo o controle das exacerbações, por provável redução da hiper-responsividade brônquica. A avaliação do endótipo da asma com os biomaracadores disponíveis permitiu um tratamento preciso e individualizado para o paciente.

Descritores: Asma grave, hiper-responsividade brônquica, Inflamação tipo 2, linfopoietina do estroma tímico.

Determinação de IgE a alérgenos alimentares por microarray (ImmunoCAP-ISAC) em pacientes com rinite alérgica

Evaluation of IgE antibodies to food allergens in patients with allergic rhinitis using microarray analysis (ImmunoCAP ISAC)

Laura Maria Lacerda Araujo1; Nelson Augusto Rosário Filho2

Braz J Allergy Immunol. 2013;1(4):219-222

Resumo PDF Português

OBJETIVO: Determinar a frequência de anticorpos IgE a alérgenos alimentares em pacientes com doenças alérgicas respiratórias por análise molecular.
MÉTODO: Este estudo transversal incluiu 101 participantes, com idades entre 6-18 anos, com diagnóstico de rinite alérgica (89,1% com asma associada), sem história de alergia alimentar. Foi realizada análise de IgE sérica específica por ImmunoCAP ISAC, método que emprega biologia molecular para detecçao de IgE a componentes alergênicos, sendo 42 alimentares e provenientes das seguintes fontes: abacaxi, aipo, amendoim, avela, bacalhau, camarao, carpa, castanha de caju, castanha do Pará, cenoura, gergelim, kiwi, leite de vaca, maça, ovo, pêssego, soja e trigo. Valores > 0,3 ISU (unidades padronizadas do ISAC) foram considerados positivos. Utilizou-se análise estatística descritiva.
RESULTADOS: Vinte e sete (26,7%) pacientes apresentaram IgE específica a pelo menos um dos alérgenos alimentares analisados. Entre os 42 componentes alergênicos testados, 20 (47,6%) foram associados a resposta IgE em pelo menos um dos pacientes. Alérgenos com maior frequência de reatividade IgE foram: camarao (Pen a 1 15,8%, Pen i 1 16,8%, Pen m 1 16,8%) e pêssego (Pru p 3 5,9%).
CONCLUSOES: Este estudo demonstrou que a avaliaçao de alergia alimentar baseada em análise molecular deve considerar vários elementos, particularmente a correlaçao com os sintomas clínicos, e o conhecimento sobre reatividade cruzada IgE entre alérgenos das mais variadas fontes. Presença de IgE específica a determinado componente alergênico significa sensibilizaçao, e nao necessariamente alergia. Diagnóstico incorreto de alergia alimentar pode levar a tratamento inadequado, com dietas restritivas desnecessárias e prejuízo nutricional para os pacientes.

Descritores: Sensibilizaçao, alérgenos alimentares, alergia respiratória, IgE.

Efeitos do isolamento social pela pandemia por COVID-19 na rinite infantil

Effects of social distancing during the COVID-19 pandemic on childhood rhinitis

Giovanna Zatelli Schreiner; Julie Sarandy Nascimento; Laura Maria Lacerda Araujo

Braz J Allergy Immunol. 2023;7(3):273-283

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INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Devido à pandemia do novo coronavírus, as crianças passaram a ficar mais tempo em casa, e essa mudança implicou diretamente nas manifestações de diversas doenças, inclusive da rinite. A rinite é a inflamação da mucosa causada, principalmente, por alérgenos, ocasionando sintomas como rinorreia, espirros, obstrução nasal, hiperemia conjuntival, prurido nasal e ocular. O objetivo deste estudo é avaliar as consequências do isolamento social nas crianças com rinite, a fim de compreender a modificação da doença nesse período.
MÉTODOS: O estudo é observacional transversal, com dados obtidos através de um questionário eletrônico, para pais e/ou responsáveis de crianças entre 5 e 12 anos.
RESULTADOS: No total de 116 respostas, 51,7% das crianças eram do sexo masculino, e a mediana de idade foi de 8,5 anos. Em relação à rinite, em 81% dos casos foi relatado melhora ou manutenção do quadro durante o período de isolamento social. Em um quarto da amostra houve piora na qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas com maior piora foram espirros e prurido nasal, e o sintoma com maior melhora foi a rinorreia. Os desencadeantes de sintomas mais frequentes foram animais domésticos, tapetes e perfumes. O uso de medicamentos foi relatado em 59,4% dos casos, sendo que em 32,7% não houve prescrição médica.
CONCLUSÃO: Os resultados encontrados evidenciaram que o isolamento social teve um impacto positivo em relação às manifestações clínicas da rinite na população estudada.

Descritores: Rinite alérgica, isolamento social, qualidade de vida, pediatria, criança.

Eficácia e segurança da imunoterapia sublingual para ácaros em crianças e adolescentes com rinite alérgica

Efficacy and safety of house dust mite sublingual immunotherapy in children and adolescents with allergic rhinitis

Aline Didoni Fajardo1; Juliana Gonçalves Primon1; Thalita Gonçalves Picciani1; Gabriela Spessatto2; Guilherme da Silva Martins2; Bruno Hernandes David João2; Larissa Machado Carvalho1; Angelica Fonseca Noriega1; Maitê Milagres Saab2; Tayna Padilha Miranda2; Cristine Secco Rosário3; Laura Maria Lacerda Araujo4; Carlos Antônio Riedi5; Débora Carla Chong Silva5; Renata Calixto6; Ruppert Hahnstadt6; Herberto J. Chong-Neto5; Nelson Augusto Rosário Filho7

Braz J Allergy Immunol. 2024;8(2):129-138

Resumo PDF Português

OBJETIVO: Descrever a eficácia e segurança da imunoterapia com alérgenos sublingual (SLIT) com ácaros em pacientes com rinite alérgica durante um período de 12 meses.
MÉTODOS: Estudo experimental aberto, prospectivo que envolveu crianças e adolescentes de 4 a 18 anos com rinite alérgica/asma segundo as diretrizes Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA), acompanhados nos ambulatórios do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Todos os pacientes receberam gotas (750 UBE/dia) de SLIT para Dermatophagoides pteronyssinus (DP) e Blomia tropicalis (BLO) na concentração de 5.000 UBE/mL durante 12 meses. Foram aplicados escores de medicação (RTSS), testes cutâneos para aeroalérgenos entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023.
RESULTADOS: Vinte participantes com pelo menos 4 (variação de 2 a 10) anos de diagnóstico de RA. A adesão média à SLIT foi de 89%. Houve redução no diâmetro médio da pápula DP de 7 ± 2,9 mm para 4,2 ± 2,1 mm após 12 meses (p = 0,0002), bem como na mediana do diâmetro médio da pápula BLO de 3,7 mm a 3 mm (p = 0,0001). Os pacientes apresentaram redução no consumo de medicamentos de resgate, no escore de sintomas e no escore combinado de sintomas e medicamentos (p < 0,05). A pontuação da escala visual analógica reduziu de 9,3 ± 0,7 para 5,2 ± 1,4 ao final do estudo (p < 0,05). Não houve diferença no controle da asma (p = 0,16). A taxa de efeitos adversos leves foi baixa e não diferiu ao longo do estudo (p = 0,62), e não houve reações anafiláticas.
CONCLUSÃO: A SLIT pode trazer benefícios em curto prazo em pacientes com RA, reduzindo a necessidade de medicação e melhorando os sintomas nasais. Foi bem tolerada e segura, sem eventos adversos graves.

Descritores: Imunoterapia alérgeno-específica, imunoterapia sublingual, rinite alérgica.

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