Logo ASBAI

Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Resultado da Busca

A busca para o autor ou co-autor encontrou: 5 resultado(s)


Anafilaxia durante o primeiro ano de vida em pacientes com alergia à proteína do leite de vaca

Anaphylaxis during the first year of life of infants with cow's milk protein allergy

Giovanna Hernandes y Hernandes1; Larissa Marinovich2; Rosane Vieira2; Cynthia Mafra Fonseca de Lima3; Cleonir de Morais Lui Beck4; Antonio Carlos Pastorino4; Ana Paula Beltran Moschione Castro4

Braz J Allergy Immunol. 2022;6(3):369-375

Resumo PDF Português PDF Inglês

OBJETIVO: Descrever as manifestações de anafilaxia precoce em lactentes com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e descrever as condutas terapêuticas utilizadas.
MÉTODO: Estudo observacional transversal retrospectivo que analisou pacientes com APLV atendidos no Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da FMUSP, entre 1990-2015, que apresentaram sintomas de alergia no primeiro ano de vida, com diagnóstico de anafilaxia, comparados a pacientes alérgicos sem anafilaxia desencadeada por ingestão de leite de vaca. Os pacientes foram caracterizados de maneira epidemiológica, tipo de sintoma apresentado e tratamento realizado. Os dados foram analisados no programa estatístico GraphPad software Inc. Para avaliar a associação entre categorias, foi utilizado o Teste Exato de Fisher, e para comparações entre grupos, o Teste de Mann Whitney. Os resultados de p < 0,05 foram considerados significativos.
RESULTADOS: De um total de 120 crianças avaliadas (68 M:52 F), 85 (70,83%) lactentes preencheram os critérios da World Allergy Organization (WAO) para anafilaxia. As manifestações de alergia IgE mediada foram prioritariamente cutâneas [102 (85%)]. Nos pacientes com diagnóstico de anafilaxia, as principais manifestações foram urticária [39 (45,8%)], vômito [36 (42,3%)] e dispneia [19 (22,3%)]. A recorrência do episódio de anafilaxia ocorreu em 41 (34,16%) pacientes. A adrenalina (45%) e o anti-histamínico (63,3%) foram os medicamentos mais utilizados. Observa-se também que 6 (7%) pacientes com diagnóstico de anafilaxia não receberam nenhum tratamento.
CONCLUSÃO: Anafilaxia no primeiro ano de idade apresenta quadro clínico semelhante aos pacientes mais velhos, mas ainda há elevada taxa de recorrência de episódios e subtratamento. Mais estratégias de educação precisam ser desenvolvidas.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade ao leite, hipersensibilidade alimentar.

Determinação de IgE específica <i>in vivo</i> e <i>in vitro</i> após a imunoterapia específica com veneno de himenópteros: é parâmetro para avaliação do sucesso do tratamento?

In vivo and in vitro specific IgE determination after specific immunotherapy with Hymenoptera venom: parameter to evaluate treatment success?

Cynthia Mafra Fonseca de Lima1; Alexandra Sayuri Watanabe2; Jorge Kalil3; Fábio Fernandes Morato Castro3; Clóvis Eduardo Santos Galvao3

Braz J Allergy Immunol. 2013;1(1):51-55

Resumo PDF Português

OBJETIVO: Comparar os níveis séricos de anticorpos IgE veneno-específicos e a reatividade em testes cutâneos antes e após 3 anos de imunoterapia específica com veneno de himenópteros.
MÉTODO: Pacientes foram selecionados para imunoterapia de acordo com a história clínica e pesquisa de anticorpos IgE veneno-específicos (ImmunoCap, Phadia, Brasil) e testes cutâneos (prick test e intradérmico). Após 3 anos de imunoterapia, os pacientes foram avaliados sobre ferroadas acidentais e foram repetidos a IgE sérica e o teste cutâneo.
RESULTADOS: Trinta e cinco pacientes foram avaliados. Dos que fizeram imunoterapia com veneno de abelha, 56% tiveram diminuiçao dos níveis de IgE por ImmunoCap, 71% permaneceram com teste cutâneo positivo, e 5% apresentaram sensibilizaçao ao veneno de vespa, que nao havia sido detectada na avaliaçao inicial. Para os que fizeram imunoterapia com veneno de vespa, 80% tiveram diminuiçao no nível de IgE sérica, 88% apresentaram teste cutâneo negativo, e 5% apresentaram sensibilizaçao ao veneno de abelha. Dos que fizeram imunoterapia com veneno de formiga, 92% tiveram diminuiçao dos níveis de IgE sérica específica, 78% permaneceram com teste cutâneo positivo, e 10%, apresentaram sensibilizaçao para abelha e vespa. Nao houve reaçao sistêmica dos pacientes que apresentaram ferroadas acidentais (86% dos pacientes alérgicos a abelha, 75% a vespa e 82% a formiga).
CONCLUSAO: A imunoterapia por pelo menos 3 anos foi efetiva, pois todos os pacientes que foram ferroados acidentalmente nao apresentaram reaçoes sistêmicas. Nossos resultados também demonstraram que tanto a IgE sérica específica assim como os testes cutâneos nao servem como parâmetros de sucesso no tratamento, pois a maioria permanece com positividade, no entanto sem reatividade clínica.

Descritores: Imunoterapia com veneno, ferroada de inseto, Hymenoptera, anafilaxia, IgE específica.

Dieta de restrição à proteína do leite de vaca: aderência e rotulagem dos alérgenos

Cow's milk protein elimination diet: adherence and allergen labeling

Alyne Doriguello Brisotti1; Cynthia Mafra Fonseca de Lima2; Giovanna Hernandes y Hernandes1; Lene Garcia Barbosa1; Maria Cecília Cury Chaddad3; Ariana Campos Yang2

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(4):441-446

Resumo PDF Português

INTRODUÇÃO: Alergia alimentar é uma grande preocupação de saúde pública, pois afeta 3-5% dos adultos e 8% das crianças mundialmente. Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum em crianças. Reações alérgicas graves e fatais podem ocorrer em qualquer idade, e o tratamento consiste em remover o leite de vaca e seus derivados da dieta. A rotulagem adequada dos alimentos fornece informações sobre os ingredientes alergênicos.
OBJETIVOS: Avaliar a eficácia da dieta de eliminação em pacientes com APLV IgE-mediada e características dos sintomas após exposição acidental.
MÉTODO: Estudo prospectivo com portadores de APLV IgE-mediada atendidos no Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HC-FMUSP, sob dieta de restrição à proteína do leite de vaca. Os pacientes foram avaliados inicialmente através de entrevista oral e por contato telefônico, após 6 meses. Este estudo foi realizado antes que os atuais regulamentos brasileiros de rotulagem de alimentos entrassem em vigor.
RESULTADOS: Foram incluídos 23 pacientes. A idade média foi de 10,1 anos, e 14 (60,8%) eram do sexo masculino. Após 6 meses, 7 apresentaram reação alérgica após exposição acidental. Destes, 2 apresentaram reações graves após contato com baixos níveis de proteínas do leite. Os cuidadores de todos os pacientes confirmaram fazer leitura regular dos rótulos. No primeiro contato, 14 pacientes estavam sob restrição de alimentos com a informação “pode conter traços de leite” nos rótulos. Após 6 meses, apenas 7 ainda estavam mantendo esta restrição.
CONCLUSÃO: Um grupo de pacientes permaneceu com dieta de restrição, inclusive a traços de leite, reiterando a importância da padronização e transparência em relação aos ingredientes alergênicos nos rótulos. Algumas reações ocorreram após a ingestão de alimentos derivados do leite, enfatizando a necessidade de reforço periódico da adesão à dieta de restrição e da prevenção em situações de risco, como festas e escola.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, rotulagem de alimentos, hipersensibilidade a leite.

Perfil clínico da rinite alérgica no idoso

Clinical profile of elderly patients with allergic rhinitis

Bruna Beatriz Correa Barbosa1; Cássio Caetano Macedo Mendes1; Jorge Kalil2; Fabio F. Morato Castro2; Clóvis Eduardo Santos Galvao2; Cynthia Mafra Fonseca de Lima1,2

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(2):195-200

Resumo PDF Português

INTRODUÇAO: A rinite alérgica é uma doença de grande prevalência em todo o mundo, acometendo 15 a 42% da populaçao geral, e 3 a 12% dos idosos. Acredita-se ser uma doença subdiagnosticada nesta populaçao, porque algumas doenças frequentes nos idosos podem confundir o diagnóstico de doenças alérgicas.
OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico dos idosos com rinite alérgica atendidos no serviço de imunologia clínica e alergia de um hospital terciário de Sao Paulo. Avaliar também a sensibilizaçao a aeroalérgenos, presença de asma alérgica e outras comorbidades.
MÉTODOS: Foram selecionados 104 pacientes maiores de 60 anos, diagnosticados com rinite alérgica e nao alérgica. Esses pacientes foram comparados quanto à presença de asma e outras doenças concomitantes, sensibilizaçao a aeroalérgenos e uso de medicamentos.
RESULTADOS: Dentre os pacientes com rinite alérgica, identificamos predomínio de rinite persistente moderada, sendo a asma o principal diagnóstico associado à rinite. Dentre as demais comorbidades observadas, os idosos tinham doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), hipertensao arterial sistêmica e diabetes, mas nao foram encontradas associaçoes significativas entre a presença destas comorbidades e a rinite. Detectamos 71,9% de sensibilidade entre os idosos com rinite alérgica, e verificamos associaçao significativa com relaçao a IgE específica in vitro e ocorrência de sintomas.
CONCLUSAO: Estudos com a populaçao idosa sao necessários para melhor conhecimento da rinite nesta populaçao, suas necessidades e possíveis açoes preventivas.

Descritores: Rinite alérgica, idoso, asma, alérgenos.

Reações adversas locais e sistêmicas à imunoterapia alérgeno-específica para ácaros em pacientes de ambulatório especializado de Hospital Universitário em são Paulo

Local and systemic adverse reactions to allergen-specific immunotherapy for mites among patients seen at a university hospital's specialty outpatient clinic in Sao Paulo

Cynthia Mafra Fonseca de Lima1; Alessandra Morais da Silva1; Giovanna Hernandes y Hernandes1; Adriana Teixeira Rodrigues2; Jorge Kalil2; Clóvis E. S. Galvao2

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(3):287-292

Resumo PDF Português

OBJETIVO: Relatar e classificar as reaçoes adversas à imunoterapia subcutânea (ITSC) com extratos de ácaros no tratamento de alergias.
MÉTODO: Foram incluídos 38 pacientes que receberam ITSC com extratos de Dermatophagoides pteronyssinus (Der p) isolado ou associado a Blomia tropicalis (Blo t). As reaçoes adversas sistêmicas que ocorreram durante o tratamento foram registradas e classificadas de acordo com a WAO - World Allergy Organization. Também foram registrados o tratamento instituído e a evoluçao do quadro.
RESULTADOS: A média de idade dos pacientes do estudo foi 36 anos. Foram administradas 1.127 doses de ITSC com extrato de Der p. Destas, 87,3% (984) provocaram reaçao. De acordo com a classificaçao proposta pela WAO, 35,49% das reaçoes foram Grau 1; 46,85% Grau 2; e 17,6% Grau 3. O tratamento utilizado foi: anti-histamínico em 81,3% das reaçoes, corticosteroide em 81,3%, e beta-agonista inalatório em 70% dos casos. A adrenalina foi administrada em 41% das reaçoes. No grupo que recebeu extrato associado de Der p e Blo t foram administradas 435 doses, das quais 155 (37,47%) resultaram em reaçoes, sendo 78% de Grau 1, e 21,9% de Grau 2. O tratamento utilizado foi: anti-histamínico em 77,2% das reaçoes, corticosteroide em 77,2% e beta-agonista inalatório em 58% dos casos.
CONCLUSAO: Na populaçao estudada, as reaçoes sistêmicas para Der p de acordo com a classificaçao da WAO, foram na sua maioria reaçoes Grau 2. Já na imunoterapia para Der p e Blo t associados, as reaçoes de Grau 1 prevaleceram. Embora seja um tratamento seguro, a imunoterapia pode levar ao aparecimento de reaçoes sistêmicas, e deve ser realizada pelo médico especialista, em ambiente adequado e equipado para tratamento de reaçoes sistêmicas.

Descritores: Alergia e imunologia, ácaros, imunoterapia, reaçoes adversas.

2024 Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Rua Domingos de Morais, 2187 - 3° andar - Salas 315-317 - Vila Mariana - CEP 04035-000 - São Paulo, SP - Brasil - Fone: (11) 5575.6888

GN1 - Sistemas e Publicações