Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
The 2023 Nobel Prize and vaccine hesitancy
Fabio Chigres Kuschnir
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 323-324
DOI: 10.5935/2526-5393.20230051
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The past and future of vaccines - Reflections for discussion
Jorge Kalil
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 325-330
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230052
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Neste artigo de opinião, apresento uma breve história do desenvolvimento de vacinas, comentando sobre as formas clássicas de produção de vacinas utilizando o próprio agente infeccioso. Em seguida, abordo as vacinas virais, discutindo seus benefícios e dificuldades e a questão dos sorotipos virais, bem como as vacinas bacterianas e seu relativo sucesso. Apresento nossos estudos sobre doença cardíaca reumática e o desenvolvimento de uma vacina contra infecções estreptocócicas. Também discuto plataformas vacinais, especialmente os sucessos alcançados com vacinas de vetores virais não replicantes e, acima de tudo, o grande êxito das vacinas de RNA mensageiro (mRNA). As vacinas de mRNA tornaram-se possíveis somente após os avanços obtidos com a substituição de nucleotídeos que reduziam a ação da imunidade inata. Serão todas as vacinas desenvolvidas a partir de mRNA no futuro? Em seguida, abordo a questão das vias de administração de vacinas, seja por via subcutânea, intradérmica, intramuscular ou nasal. Exponho dados do meu laboratório sobre o desenvolvimento de uma vacina de instilação nasal que induziu uma resposta de proteção da mucosa, prevenindo a infecção e, consequentemente, a transmissão do SARS-CoV-2. Posteriormente, discuto quais vacinas futuras poderiam ser desenvolvidas para além das doenças infecciosas agudas. Por fim, discuto as vantagens do desenvolvimento de vacinas seguras, eficazes e de uso múltiplo, bem como a forma de torná-las acessíveis à população mundial, promovendo a equidade em saúde.
Descritores: Vacina, vacinas virais, agente infeccioso, vacinas bacterianas, vacinas mRNA.
Starting a practice in Allergy & Immunology: what do I need?
Eduardo Magalhães de Souza Lima; Adriana Aragão Craveiro Leite; Celso Taques Saldanha; Fátima Rodrigues Fernandes; Gustavo Falbo Wandalsen; Luís Felipe Chiaverini Ensina; Fábio Chigres Kuschnir; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 331-338
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230053
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O que é preciso para abrir o consultório do especialista em Alergia e Imunologia? Esta é uma preocupação frequente dos jovens especialistas, que muitas vezes fica sem resposta. A Comissão de Estatuto, Regulamentos e Normas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (CERN-ASBAI) propõe a publicação de uma série de artigos com o objetivo de orientar sobre os passos essenciais para o estabelecimento de boas práticas no atendimento clínico de pacientes alérgicos.
Descritores: Alergia, imunologia, boas práticas.
Practical guide for the use of immunobiologic agents in allergic diseases - ASBAI
Filipe Wanick Sarinho; Norma de Paula Motta Rubini; Aldo José Fernandes Costa; Eduardo Costa de Freitas Silva; Fabrício Prado Monteiro; Faradiba Sarquis Serpa; Marta de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci; Martti Anton Antila; Nelson Guilherme Bastos Cordeiro; Rosana Câmara Agondi; Sérgio Duarte Dortas Júnior; Régis de Albuquerque Campos; Ekaterini Simões Goudouris; Fábio Chigres Kuschnir; João Negreiros Tebyriçá; Nelson Augusto Rosário Filho
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 339-366
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230054
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Os anticorpos monoclonais são uma nova classe de medicamentos que representa um marco na evolução da terapia de doenças alérgicas graves. Além de possibilitar uma terapia imunológica alvo específico, proporciona maior controle de sintomas, redução de exacerbações, melhoria da qualidade de vida e da segurança. A eficácia e a segurança dos anticorpos monoclonais no tratamento de doenças alérgicas estão bem documentadas nos estudos clínicos pivotais, de extensão e de vida real. No Brasil, estão licenciados atualmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) imunobiológicos para asma, dermatite atópica (DA), esofagite eosinofílica (EoE), granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA), rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN), síndromes hipereosinofílicas (SHE) e urticária crônica espontânea (UCE). Com a incorporação do uso dessas novas terapias no dia a dia do médico alergologista e imunologista, naturalmente emergem aspectos práticos que exigem orientações práticas perante as evidências científicas mais atuais, a fim de se manter a boa prática médica, com uso criterioso e consciente pelo especialista capacitado. Assim, nesse guia prático, abordaremos os imunobiológicos aprovados até o momento para doenças alérgicas graves, com objetivo de auxiliar o especialista em Alergia e Imunologia na prescrição e manejo dessas medicações, incluindo indicações, contraindicações, monitoramento da eficácia e segurança, notificação de eventos adversos, bem como aspectos associados aos cuidados com vacinas, populações especiais, acesso, transporte, armazenamento e aplicação domiciliar.
Descritores: Anticorpos monoclonais, asma, urticária, dermatite atópica, esofagite eosinofílica, pólipos nasais.
Cutaneous hypersensitivity to quinolones and associated factors
Wandilson Xavier Alves Junior, Marisa Ribeiro, Marcelo Vivolo Aun, Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 367-375
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230055
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INTRODUÇÃO: As quinolonas, amplamente usadas na prática clínica, correspondem à segunda causa de reações de hipersensibilidade aos antibióticos. Reações às quinolonas (RQ) são um desafio para o alergista, pois ocorrem por mecanismos IgE mediados, mas também por uma via não imunológica, o receptor MRGPRX2.
OBJETIVO: Este trabalho avalia a reatividade cutânea de pessoas sem alergia ao ciprofloxacino em diversas concentrações.
METODOLOGIA: Foram realizados prick tests (PT) e testes intradérmicos de leitura imediata (ID) com ciprofloxacino em voluntários atendidos em um ambulatório de serviço terciário. No PT, foram usadas concentrações de 2 mg/mL (solução mãe), 1:10 e 1:50. No ID, 1:10, 1:50, 1:100 e 1:500.
RESULTADOS: Foram incluídos 31 indivíduos sem histórico de RQ. A média de idade foi de 40,5 anos, sendo 74,1% do gênero feminino. Doenças atópicas foram encontradas em 48,4% dos participantes, 100% destes com rinite alérgica, 20% com conjuntivite alérgica, 13,3% com asma, e 13,3% com dermatite atópica. Uso prévio de quinolonas foi relatado por 45,2% dos indivíduos. O PT puro e 1:10 foi positivo em 25,8% e 6,5%, respectivamente; na concentração 1:50 não mostrou positividade. O ID 1:10, 1:50 e 1:100 foi positivo em 96,8%, 45,2% e 6,5%, respectivamente, mas foi negativo na diluição 1:500. Nos que já usaram quinolonas, o PT puro e 1:50 foram positivos em 28,6% e 14,3% dos participantes, respectivamente, versus 25% e 0% nos que não usaram. O ID entre os indivíduos que já usaram foi positivo em 100% na diluição 1:10, 57,1% na 1:50, e 14,3% na 1:100. Entre os que não usaram, 93,7% na diluição 1:10, 37,6% na 1:50, e 0% na 1:100. Nos atópicos, o PT foi positivo em 26,7% e 13,3% na concentração mãe e 1:10; e negativo em 1:50. Nos participantes não atópicos, observou-se positividade de 25% no PT com a solução mãe e testes negativos nas demais diluições. O ID com as soluções 1:10, 1:50 e 1:100 foi positivo em 100%, 46,7% e 6,7% dos atópicos, e 93,7%, 43,7%, 6,3% nos não atópicos, respectivamente.
CONCLUSÃO: O ciprofloxacino apresenta reatividade cutânea através de vias imunológicas e pelo MRGPRX2, sendo recomendada a realização de testes cutâneos em concentrações igual ou menores de 0,02 mg/mL para investigação de reações de hipersensibilidade imediata, pois essas concentrações apresentam boa especificidade.
Descritores: Alergia a quinolonas, testes cutâneos, teste de puntura, testes intradérmicos, ciprofloxacino.
Etiology, sociodemographic profile, and outcomes of patients with asthma hospitalized for severe acute respiratory illness (SARI) in Brazil from 2020 to 2022: an analysis of 83,452 hospitalizations Braian
Braian Lucas Aguiar Sousa; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Alexandre Achanjo Ferraro; Rosana Câmara Agondi; Pedro Giavina-Bianchi; Antonio Carlos Pastorino
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 376-384
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230056
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INTRODUÇÃO: A asma é uma das doenças crônicas mais frequentes na população brasileira. O objetivo deste estudo foi determinar as etiologias, o perfil sociodemográfico e os fatores de risco para óbito entre pacientes com asma internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil entre 2020 e 2022.
MÉTODOS: A partir do banco de dados SIVEP-Gripe, incluímos todos os pacientes com idade maior que 5 anos registrados no banco de 01/01/2020 até 21/07/2022, hospitalizados por SRAG, com antecedente de asma e com desfechos conhecidos. Como exposições, foram estudadas a idade, sexo, região de moradia, etnia e agentes etiológicos virais isolados. Os desfechos foram internação em unidade de terapia intensiva, necessidade de ventilação mecânica e óbito. Para calcular a razão de chances entre exposição e desfechos, utilizamos modelos lineares generalizados mistos multinível.
RESULTADOS: Foram incluídas na análise 83.452 internações, sendo 14.062 crianças e adolescentes, e 69.390 adultos. A mortalidade aumentou com a idade, indo de 0,6% entre 5-10 anos para 33% nos maiores que 60 anos. Na população pediátrica, morar na região Norte e Nordeste e ter entre 10-20 anos foram associados a maior mortalidade (OR 2,14 IC95% 1,41-3,24 e OR 3,73 IC95% 2,65-5,26 respectivamente). Quanto aos agentes etiológicos, apenas o SARS-CoV-2 conferiu maior risco de óbito (OR 5,18 IC95% 3,62-7,42). Entre adultos, sexo feminino e etnias não brancas foram protetoras (OR 0,87 IC95% 0,83-0,9 e OR 0,90; IC95% 0,85-0,94 respectivamente) para óbito. Faixas etárias mais avançadas, morar nas regiões Norte e Nordeste e o diagnóstico de COVID-19 foram associados a maior mortalidade.
CONCLUSÕES: Há importantes vulnerabilidades sociodemográficas nos desfechos das internações de pacientes com asma por SRAG, com maior mortalidade nas regiões Norte-Nordeste, entre adolescentes na faixa etária pediátrica e entre idosos nos adultos. Além disso, destaca-se o protagonismo da COVID-19 entre as infecções associadas a maior mortalidade.
Descritores: Asma, COVID-19, síndrome respiratória aguda grave, epidemiologia.
Main sensitizing agents involved in allergic contact dermatitis in patients of a hospital in western Santa Catarina, Brazil
Leda das Neves Almeida Sandrin; Alana Olga De Avila; Renata Ferronato Conrado; Samuel Spiegelberg Züge
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 385-394
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230057
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INTRODUÇÃO: A dermatite de contato alérgica (DCA) corresponde a 20% dos casos de dermatite de contato, sendo recorrente em doenças ocupacionais e causa frequente de procura por profissionais dermatologistas e alergistas.
OBJETIVO: Identificar os principais agentes sensibilizantes na dermatite de contato alérgica em um centro especializado em alergia do oeste de Santa Catarina.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo retrospectivo, descritivo, quantitativo e observacional, no qual se realizou a análise por meio de prontuários médicos de 394 pacientes que realizaram o teste de contato por dermatite de contato alérgica no período de 2018 a julho de 2020 no serviço de referência do oeste de Santa Catarina. Os agentes sensibilizantes avaliados no teste de contato foram conforme as baterias padrão (bateria padrão brasileira, bateria de cosméticos e higiene e bateria regional da América Latina). Foram realizadas análises de frequência para as variáveis qualitativas e avaliação da prevalência dos principais agentes sensibilizantes. Além disso, foram relacionados os principais agentes com as variáveis sexo e idade por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson.
RESULTADOS: Os agentes sensibilizantes mais prevalentes foram: níquel (33,5%), PPD mix (23,2%), perfume mix (22,4%), fragrância mix (22,0%) e cobalto (18,9%). As substâncias mais prevalentes foram o níquel e o PPD mix, que são agentes sensibilizantes usados amplamente no cotidiano dos pacientes.
CONCLUSÃO: A identificação dos alérgenos através do patch test possibilita aos pacientes a oportunidade de amenizarem a DCA provocada pelos agentes sensibilizantes encontrados.
Descritores: Alérgeno, alergia e imunologia, eczema, hipersensibilidade.
Environmental exposure and health risks in Brazil
Marilyn Urrutia-Pereira; Raquel Prudente Baldaçara; Adelmir Souza Machado; Raphael Coelho Figueredo; Lucas Pitrez Mocelin; Paulo Oliveira Lima; Herberto Jose Chong-Neto; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 395-404
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230058
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OBJETIVO: Identificar possíveis fatores sociodemográficos, econômicos, de saúde, ambientais e de hábitos de vida associados a efeitos adversos sobre a saúde de moradores em três cidades brasileiras.
MÉTODO: Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado nas cidades de Imperatriz (Maranhão), Palmas (Tocantins) e Salvador (Bahia). Participaram 975 pacientes (18 a 75 anos) atendidos em unidades básicas de saúde no período de junho de 2021 a junho de 2022. Esses indivíduos foram selecionados aleatoriamente (amostra de conveniência). Foi aplicado o questionário padronizado sobre fatores sociodemográficos e exposição a fatores ambientais, assim como o de hábitos de vida. Empregou-se a situação de saúde (excelente/boa x regular/má/péssima) como desfecho, foi realizada análise multivariada seguida por regressão logística respeitando-se cada município individualmente e o seu coletivo. Os dados foram apresentados como odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%).
RESULTADOS: Em todas as cidades houve predomínio de pacientes do sexo feminino: 58,3% em Imperatriz, 67,5% em Tocantins e 65,4% em Salvador. A prevalência de tabagismo (presente e/ou passado) foi significantemente mais elevada em Salvador, assim como a de consumo de álcool. Houve maior referência de saúde regular/má/péssima entre os moradores de Imperatriz, apesar de em Salvador haver o maior relato de comorbidades. Os fatores ambientais associados à condição precária de saúde, em ambos os modelos de análise, foram: ter sido exposto durante a infância a fogão a lenha/carvão/querosene/outro; passar mais de duas horas na cozinha, com fogão em funcionamento; e residir próximo a uma fonte poluidora. Morar em Imperatriz revelou chance 1,8 vezes maior de ter saúde debilitada quando comparado aos moradores de Salvador, e de 1,7 vezes para os de Palmas.
CONCLUSÕES: Profissionais de saúde deverão orientar a população quanto as questões socioambientais que interferem nos índices de saúde. Os dados demográficos, ambientais e econômicos podem interferir nas condições de saúde.
Descritores: Exposição ambiental, poluição ambiental, hipersensibilidade.
The 2023 South America report of The Lancet Countdown on health and climate change: trust the science. Now that we know, we must act
Marilyn Urrutia-Pereira; Herberto José Chong-Neto; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 405-409
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230059
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O Relatório Lancet Countdown tem feito importantes contribuições ao denunciar os principais agravos à saúde ambiental, graças à ação antropogênica, cada vez mais intensa. O desflorestamento, os incêndios florestais, cada vez mais incontroláveis, a seca, o consumo de combustíveis fósseis, o uso de energia não renovável, propiciam o aparecimento de alterações climáticas caracterizadas por ondas de calor, tempestades cada vez mais intensas, inundações e o consequente comprometimento da saúde dos humanos. A versão Lancet Countdown South America apresenta de forma clara e chocante as alterações no continente e faz chamamento para que essas alterações sejam bloqueadas, pois ainda há tempo.
Descritores: Poluição, ondas de calor, saúde humana, enchentes, alterações climáticas.
Hereditary angioedema with C1 inhibitor deficiency: traps in the diagnosis, treatment, and understanding
Camilla Resende da Matta Amaral Brum; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Leticiane Munhoz Socreppa; Maria Luiza Oliva Alonso; Alfeu Tavares França; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 410-414
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230060
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Angioedema hereditário (AEH) é uma condição rara, subdiagnosticada e de elevada morbimortalidade, devido ao caráter de suas manifestações clínicas. O AEH se diferencia do angioedema histaminérgico por não responder aos anti-histamínicos, corticosteroides ou epinefrina. Por esse motivo, é extremamente importante o diagnóstico dessa situação, a fim de instituir a terapia adequada. Tal afecção deve ser suspeitada a partir da história clínica de episódios imprevisíveis e recorrentes de edema que quando se manifesta sob a forma de edema laríngeo, pode levar a óbito por asfixia, se não for adequadamente tratado. Relatamos o caso de uma paciente de 18 anos que, apesar de previamente diagnosticada com AEH tipo 1, ao procurar um serviço de emergência devido a crise de angioedema, não dispunha de medicação específica nem apresentou plano de ação com as opções possíveis para crises. Este caso reforça a necessidade de maior divulgação da doença, além da conscientização de pacientes e familiares sobre a doença e eventuais crises, assim como o acesso as medicações.
Descritores: Emergência, angioedema, angioedemas hereditário, angioedema hereditário tipos I e II, insuficiência respiratória.
Anaphylactic reaction to ondansetron in a pediatric patient: a rare case report
Filipa Rodrigues dos Santos; Joana Gouveia; Eva Gomes
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 415-418
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230061-en
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Ondansetron é um medicamento antiemético amplamente utilizado, mas a hipersensibilidade ao mesmo é rara. Apresentamos um caso clínico de uma criança com anafilaxia após tomar dose única de ondansetron, via oral, onde se demonstra um mecanismo mediado por IgE através de testes intradérmicos positivos.
Descritores: Anafilaxia, relatos de casos, antieméticos, pediatria.
Rapid induction of oral tolerance to allopurinol: a case report
Caroline Rosa Emergente Coutinho; Larissa Oliveira F. Silva-Lima; Mariana S. Soares Peron; Bruna C. Valdivieso; Erika P. Souza; Eli Mansour
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 419-424
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20230062
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O alopurinol, de uso contínuo oral, é o tratamento de escolha para os distúrbios hereditários do glicogênio. Apesar de não ser comum, a reação de hipersensibilidade ao alopurinol se torna um problema quando esta é a única medicação disponível para o controle da doença de base. Nestes casos, a dessensibilização é uma alternativa viável. No presente relato, descrevemos o caso de um paciente com diagnóstico de doença de depósito de glicogênio tipo I, com exantema pruriginoso generalizado ao alopurinol, tratado com um protocolo de dessensibilização oral acelerado. Este tratamento permitiu o uso contínuo deste medicamento sem novas reações em longo prazo.
Descritores: Hipersensibilidade a drogas, dessensibilização imunológica, doença de depósito de glicogênio.
Effectiveness and safety of an algorithm for the treatment of pregnant women with syphilis and a history of penicillin allergy
Bruna Gehlen; Pedro Giavina-Bianchi
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 425-427
DOI: 10.5935/2526-5393.20230063
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Patients with chronic rhinosinusitis and serum IgE greater than 1,000 ng/mL have a higher prevalence of allergic bronchopulmonary aspergillosis (ABPA) and nonsteroidal anti-inflammatory drugs exacerbated respiratory disease
Priscila Novaes Ferraiolo; Nathalia Fernanda da Silva; Marise da Penha Costa Marques; Sergio Duarte Dortas-Junior; Cláudia Maria Valete; Fabiana Chagas da Cruz
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 428-430
DOI: 10.5935/2526-5393.20230064-en
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Perioperative anaphylaxis: beyond the operating room
Maria Anita Costa Spíndola; Maria Angela Tardelli; Jedson dos Santos Nascimento; Marcos Antonio Costa de Albuquerque; Luís Antonio dos Santos Diego; Fábio Kuschnir; Ekaterini Goudouris; Norma Rubini; Albertina Varanda Capelos; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 431-432
DOI: 10.5935/2526-5393.20230065
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Parabens for allergists
Nelson Rosário Filho
Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(4): 433-435
DOI: 10.5935/2526-5393.20230066
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