Revista oficial da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
A busca para o autor ou co-autor encontrou: 5 resultado(s)
Corticosteroid contact dermatitis in patients with atopic dermatitis
Vanessa Bosi Bissi Denadai; Lara Tawil; Marina França de Paula Santos; Ana Flávia Faria de-Camargos; Ana Luísa Barbosa Belarmino; Paula Savioli Silveira; Veridiana Aun Rufino Pereira; Fátima Rodrigues Fernandes
Braz J Allergy Immunol. 2019;3(1):70-76
Resumo PDF Português
OBJETIVO: Avaliar a sensibilização a corticoides tópicos e substâncias do teste de contato padrão e cosméticos em pacientes com dermatite atópica (DA) no Serviço de Alergia e Imunologia do HSPE-SP.
MÉTODO: Estudo retrospectivo com análise de prontuário de pacientes com DA, classificados de acordo com o SCORing Atopic Dermatitis (SCORAD) em leve, moderada e grave, que foram atendidos no ambulatório de Alergia e Imunologia do HSPE-SP, submetidos a teste de contato com baterias padrão, cosméticos, corticoides, incluindo furoato de mometasona.
RESULTADOS: Após análise estatística dos dados de 51 pacientes portadores de DA, foi identificada maior prevalência no gênero feminino (73%). Pacientes com DA moderada/grave apresentaram maior positividade (62%) para pelo menos uma substância. Foram mais propensos a positivar para teste de contato, pacientes maiores de 18 anos. As substâncias que foram mais positivas na bateria padrão foram: sulfato de níquel (33%), neomicina (10%), e bicromato de potássio e cloreto de cobalto (8% cada). O sulfato de níquel foi mais positivo no gênero feminino. Três (5,9%) pacientes apresentaram positividade para teste de contato com bateria de corticoides, sendo positivas substâncias betametasona 1%, budesonida 0,01% e butirato de hidrocortisona 1%, e todos eram portadores de DA leve. Foi identificada relação entre positividade para bateria de corticoides e sulfato de níquel.
CONCLUSÃO: Os testes de contato foram mais positivos em adultos. Houve maior sensibilidade para o sulfato de níquel no gênero feminino. Sensibilidade importante à neomicina na DA moderada/grave. Pacientes com alergia de contato por corticoides podem apresentar alergia a sulfato de níquel. Esse trabalho chama atenção para a porcentagem importante de pacientes com DA acometidos por alergia de contato por corticoides, sendo esse tipo alergia um problema emergente e que tem sido cada vez mais relatado na última década; porém, ainda são escassos os estudos envolvendo esse assunto.
Descritores: Dermatite atópica, dermatite de contato, corticosteroides.
Nelson Augusto Rosario Filho; José Luiz de Magalhães Rios; José Laerte Boechat Morandi; João Negreiros Tebyriçá; Geórgia Véras de Araújo Gueiros Lira; Martti A. Antila; Veridiana Aun Rufino Pereira; Filipe Wanick Sarinho; Norma de Paula Motta Rubini
Braz J Allergy Immunol. 2020;4(2):238-238
PDF Português
Mechanisms of allergen-specific immunotherapy
Veridiana Aun Rufino Pereira1; Wilson C. Tartuci Aun2; Joao Ferreira de Mello3
Braz J Allergy Immunol. 2017;1(3):257-262
Resumo PDF Português
A imunoterapia alérgeno-específica tem sido usada há mais de 100 anos como um tratamento de dessensibilizaçao para doenças alérgicas, representando um método potencialmente curativo e específico. O presente estudo tem como objetivo revisar os mecanismos da imunoterapia alérgeno-específica, através de revisao bibliográfica com base em artigos publicados entre 1998 e 2016, disponíveis no banco de dados PubMed. Os mecanismos de açao da imunoterapia incluem modulaçao de linfócitos T e B, produçao de IgG4 alérgeno-específica e reduçao de IgE alérgenoespecífica, migraçao de eosinófilos, basófilos e mastócitos nos tecidos, bem como a liberaçao de seus mediadores. As células T reguladoras (Treg) suprimem as células dendríticas responsáveis pela geraçao de células T efetoras, inibindo TH1, TH2 e TH17. As células Treg foram identificadas como peças-chave no processo de induçao de tolerância periférica aos alérgenos.
Descritores: Imunoterapia, linfócitos T reguladores, linfócitos B reguladores.
Position statement of the Brazilian Association of Allergy and Immunology on the management of allergen-specific immunotherapy (AIT) in patients vaccinated against COVID‑19
Fernando Monteiro Aarestrup; Anna Caroline Nóbrega Machado Arruda; Clóvis Eduardo Santos Galvão; Gil Bardini Alves; Geórgia Véras de Araújo Gueiros Lira; Ernesto Akio Taketomi; Marcos Reis Gonçalves; Mariana Graça Couto Miziara; Sidney Souteban Maranhão Casado; Simone Valladão Curi; Veridiana Aun Rufino Pereira; Elaine Gagete
Braz J Allergy Immunol. 2021;5(1):25-29
Resumo PDF Português PDF Inglês
A pandemia de COVID-19 representa um grande desafio para todas as especialidades médicas. A imunoterapia com alérgenos (ITA) é considerada o único procedimento terapêutico capaz de modificar a história natural das doenças alérgicas, e caracteriza o estado da arte na área de Alergia e Imunologia. Esta estratégia terapêutica de imunomodulação é capaz de promover a remissão e controle das doenças alérgicas por períodos prolongados, mesmo após o seu término. Existem poucos dados em relação ao emprego da ITA em pacientes vacinados contra COVID-19, e até o momento não há um posicionamento oficial das sociedades internacionais da área de Alergia e Imunologia Clínica. Este documento tem como objetivo estabelecer recomendações práticas para o manejo da ITA em pacientes que receberam a vacina contra COVID-19. Os fenômenos imunológicos envolvidos na imunoprofilaxia vacinal e no mecanismo de ação da ITA foram comparados, proporcionando o estabelecimento de recomendações precisas.
Descritores: Imunoterapia com alérgenos, dessensibilização imunológica, COVID-19.
Drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms (DRESS): a diagnostic and treatment challenge
Dina Larissa Capelasso da Costa; Débora Mutti de Almeida Monteiro; Thabata Chiconini Faria; Ana Flavia Faria de Camargos; Veridiana Aun Rufino Pereira; Maria Elisa Bertocco Andrade; Fátima Rodrigues Fernandes
Braz J Allergy Immunol. 2023;7(2):163-170
Resumo PDF Português PDF Inglês
INTRODUÇÃO: A reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) trata-se de uma doença grave, sendo sua gravidade relacionada ao grau de acometimento visceral, e sua taxa de mortalidade de cerca de 10%. Seu diagnóstico é desafiador, e a utilização do escore RegiSCAR como ferramenta facilita a formação deste diagnóstico.
OBJETIVO: Analisar os aspectos clínicos, laboratoriais, evolução e classificação dos casos segundo o RegiSCAR dos pacientes internados no serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, com o diagnóstico de DRESS.
MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos no período entre janeiro de 2006 a janeiro de 2020
RESULTADOS: Neste estudo verificou-se maior prevalência do sexo feminino, e a DRESS acometeu principalmente adultos e idosos, tendo como comorbidades mais frequentes as doenças cardiovasculares. Dos sintomas clínicos, 69,2% dos pacientes apresentava febre, e a alteração laboratorial mais encontrada foi a presença de eosinofilia. A lesão cutânea mais frequente foi o exantema maculopapular, e os medicamentos, os anticonvulsivantes. O tempo prévio de uso do medicamento foi de 2,1 semanas, e todos os pacientes receberam corticoide sistêmico como tratamento principal, e 3 pacientes fizeram uso da imunoglubulina humana como tratamento adicional.A mortalidade foi de 7% na fase aguda, e 14% por causas secundárias.
CONCLUSÃO: A DRESS é uma síndrome complexa grave e potencialmente fatal, cujo diagnóstico é desafiador. O uso do escore preconizado pelo RegiSCAR demonstrou ser importante auxílio na confirmação do diagnóstico e na diferenciação de outras doenças. A mortalidade encontrada destaca a gravidade da doença. Reconhecer e excluir a droga implicada e iniciar um tratamento precoce permite maior chance de sobrevida para estes pacientes.
Descritores: Eosinofilia, anticonvulsivantes, hipersensibilidade a drogas, síndrome de hipersensibilidade a medicamentos.