Logo ASBAI

Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Resultado da Busca

A busca para o autor ou co-autor encontrou: 6 resultado(s)


Characterization of the sensitization profile of bee venom allergic patients - Association with the severity of reaction?

Caracterização do perfil de sensibilização molecular de doentes alérgicos à picada de abelha - Associação com a gravidade da reação?

Catarina Coutinho1; Fernando Pineda2; Miriam Castillo2; Elisa Pedro1; Maria Conceição Pereira-Santos3,4

Braz J Allergy Immunol. 2020;4(4):464-70

Resumo PDF Português

INTRODUÇÃO: A alergia ao veneno de abelha (VA) é uma causa frequente de anafilaxia em adultos e está muitas vezes associada a reações graves. O diagnóstico por componentes moleculares (CRD) contribui para uma melhor caracterização desta alergia.
OBJETIVOS: Caracterização do perfil de sensibilização molecular de doentes alérgicos ao veneno de abelha e possível correlação com a gravidade da reação.
MATERIAL E MÉTODOS: Selecionaram-se doentes com história de alergia a VA, testes cutâneos e IgE específica (sIgE) positivos para VA. Avaliou-se o perfil alergênico por CRD e por Western Blot, utilizando extrato de VA bem caracterizado.
RESULTADOS: 44 doentes, 30 (68,2%) sexo masculino. Média de idades 48,9 ± 17,9 anos, 11 (25%) com reacções locais exuberantes e 33 (75%) com reações sistêmicas à picada (SSR). Um doente tinha sIgE negativa para VA, mas Api m 1, Api m 5 e Api m 10 positivas. A frequência de sensibilização para VA, Api m 1, Api m 2, Api m 3, Api m 5 e Api m 10 foi 97,7%; 75%; 47,7%; 20,5%; 40,9% e 61,4%, respectivamente. Cinco (11,4%) doentes estavam sensibilizados a todos os componentes. Por associação de CRD, detectaram-se 5 (11,4%) doentes sensibilizados apenas a Api m 1, 8 (18,2%) a Api m 1/Api m 3/Api m 10, e 16 (36,6%) a Api m 1/Api m 10. Vinte e oito (84,8%) doentes com SSR tinham Api m 1 positiva e 20 (60,6%) tinham Api m 1/Api m 10 simultaneamente positivas. Observou-se uma diferença estatisticamente significativa para a Api m 1 entre doentes com reações locais exuberantes e sistêmicas (p = 0,0104). Os perfis detectados por Western Blot foram semelhantes, de referir, à detecção de Api m 6 em 28 (64%) e Api m 4 em 16 (36%) dos doentes.
CONCLUSÃO: A análise do perfil de sensibilização através de CRD e a sua associação aumentam a precisão do diagnóstico de alergia a VA. Sensibilização simultânea a Api m 1 e Api m 10 identificados tanto por CRD como por perfil eletroforético, pode estar associada à ocorrência de SSR. Destaca-se a sensibilização a Api m 6 em > 50% dos doentes, podendo ser considerado um alergênio major, e a Api m 4, possivelmente associado a reações durante a imunoterapia com VA.

Descritores: Alergia, veneno de abelha, reação local exuberante, reação sistêmica à picada, diagnóstico molecular, Western Blot.

Contribuição do diagnóstico molecular em doentes alérgicos ao veneno de abelha com reações sistêmicas durante o ultra-rush

Contribution of molecular diagnosis to bee venom allergic patients with systemic reactions during the build-up phase of bee venom immunotherapy

Tatiana Lourenço1,2; Mara Fernandes1,3; Anabela Lopes1; Elisa Pedro1; Manuel Pereira Barbosa1,4; M. Conceição Pereira Santos2,4

Braz J Allergy Immunol. 2019;3(4):-

Resumo PDF Inglês

INTRODUÇÃO: A alergia ao veneno de abelha (VA) é uma das causas mais comuns de anafilaxia grave. A imunoterapia com veneno de abelha (VIT) é considerada o tratamento mais eficaz, mas reações sistêmicas podem ocorrer. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil de sensibilização por componentes moleculares de doentes com anafilaxia a VA e avaliar se reações sistêmicas durante o ultra-rush estão relacionadas com diferentes padrões de sensibilização.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo incluindo 30 doentes submetidos a VIT durante 1 ano. Considerou-se dois grupos: grupo de doentes que reagiu durante o ultra-rush (Grupo A), que foi comparado com o grupo sem reação (Grupo B). Foram avaliadas as IgE (sIgE) e IgG4 (sIgG4) específicas para VA(i1) e componentes moleculares: rApi m1, rApi m2, rApi m3, rApi m5 e rApi m10 antes e 1 ano após VIT. Os testes estatísticos foram realizados com Graph-PadPrism v5.01.
RESULTADOS: 80% sexo masculino, média de idade 47 anos (14-74). Grupo A com 10 doentes, Grupo B com 20 doentes. Previamente à VIT, sIgE para rApi m1 foi detectada em 86,7%; rApi m2 em 46,7%; rApi m3 em 16,7%; rApi m5 em 43,3%; e rApi m10 em 70%. Resultados positivos para pelo menos um alergênio de VA foram detectados em 100%. 73% dos doentes eram sensibilizados a mais de um alergênio, e 13,3% a todos os alergênios. Não houve diferenças estatisticamente significativas no perfil dos dois grupos antes da VIT, porém verificou-se uma diminuição significativa: p = 0,045; p = 0,017 e p = 0,021 de i1, rApi m3 e rApi m10, respectivamente, no grupo B um ano após VIT. Relativamente à sIgG4, observou-se um aumento significativo de rApi m1, não observado nos restantes alergênios como rApi m3 e rApi m10.
CONCLUSÃO: A análise de um painel de recombinantes de VA pode melhorar a sensibilidade diagnóstica, quando comparado com rApi m1 isolado. Não se verificou associação entre a ocorrência de reações sistêmicas durante o ultra-rush e o perfil de sensibilização molecular. No entanto, é importante para estudar um maior número de doentes.

Descritores: Veneno de abelha, anafilaxia, imunoterapia.

Identificação de uma proteína semelhante à taumatina como um novo alérgeno no caqui (<i>Diospyros kaki</i>) com reatividade cruzada com a banana (<i>Musa acuminata</i>)

Identification of a thaumatin-like protein as a new allergen in persimmon (<i>Diospyros kaki</i>) with cross-reactivity with banana (<i>Musa acuminata</i>)

Leonor Esteves-Caldeira1; Marta Neto1; Moises Labrador-Horrillo2; Elisa Pedro1

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(2):203-207

Resumo PDF Inglês

A alergia ao caqui (Diospyros kaki ) tem sido raramente documentada, não sendo a composição antigênica da fruta totalmente conhecida. Proteínas semelhantes à taumatina (TLPs) foram descritas como alergênicos em pólens e várias frutas, como no kiwi e banana, mas não no caqui. Apresenta-se o caso de um doente de 22 anos, com rinite alérgica persistente moderadagrave, sensibilizado a ácaros do pó doméstico. O doente refere episódio de prurido na mucosa oral e canal auditivo, seguido de urticária generalizada, que rapidamente evoluiu para disfonia, dispneia e tontura, após ingestão de caqui. Poucos meses depois, desenvolveu sintomas cutâneos semelhantes, acompanhados de náuseas, vómitos, cólica abdominal e hipotensão imediatamente após ingestão de uma banana. O teste cutâneo por picada com caqui e banana em natureza foram positivos, bem como o doseamento de IgE específica. O teste ImmunoCAP ISAC_112i identificou a presença de IgE específica para Act d 2 (taumatina do kiwi), homóloga da TLP da banana (Mus a 4). O estudo de inibição ImmunoCAP ISAC com "esponja" de Diospyros kaki (f301) produziu uma inibição parcial (40%) da ligação de IgE a Act d 2, permitindo presumir que uma proteína semelhante à taumatina é, pelo menos, parcialmente responsável pela referida sensibilização. Este doente encontra-se sensibilizado a Diospyros kaki e Musa acuminata. Uma anafilaxia ao caqui ingerido, presumivelmente resultante de reatividade cruzada com a taumatina da banana foi diagnosticada. Não estão descritas na literatura TLPs como alergênicos do caqui com reatividade cruzada com a banana e com Act d 2 in vitro (TLP do kiwi).

Descritores: Anafilaxia, diospyros, hipersensibilidade alimentar, musa, reações cruzadas.

Perfil de sensibilização molecular de doentes com síndrome de proteínas de transferência lipídica e associação com características clínicas

Molecular sensitization profile of patients with lipid transfer protein syndrome and associated clinical characteristics

Marisa Paulino1; Célia Costa1; Elisa Pedro1; Maria Conceição Pereira-Santos2,3

Braz J Allergy Immunol. 2021;5(2):179-185

Resumo PDF Inglês

INTRODUÇÃO: As proteínas de transferência lipídicas (LTP) são causa de uma variedade de fenótipos de alergia alimentar globalmente definidos como síndrome LTP. Objetivo: O nosso objetivo é caracterizar o perfil molecular destes doentes e avaliar associação com os fenótipos clínicos.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo em que foram selecionados doentes com síndrome de LTP e sensibilização ao alergênio molecular pru p 3 em ImmunoCAP ISAC® (Phadia, Thermo Fisher Scientific, Suécia) realizados de abril de 2011 a abril de 2019. A análise estatística foi realizada através do software IBM SPSS® v20.
RESULTADOS: Cem doentes, 64% do sexo feminino, com média de idades à data do exame de 27,2±11,8 anos (idade pediátrica - 15%). A média de idades da primeira reação foi de 19,9±10 anos. Foram constituídos dois grupos com base na apresentação clínica à data da realização do exame: local (LR) n = 28; sistêmica (SR) n = 72. Os seguintes parâmetros foram avaliados em relação ao grupo SR: perfil de sensibilização a LTP, co-sensibilização com profilinas ou PR-10, presença de atopia e gênero.Na análise univariada foi encontrada associação positiva com grupo SR para sexo feminino (Odds ratio (OR) 2,8, p = 0,02) e presença de Jug r 3 (OR 2,60, p = 0,03). Associaram-se negativamente à doença sistêmica a presença de Par j 2 (OR 0,16, p < 0,01) e de profilinas (OR 0,11, p < 0,01). Na análise multivariada apenas manteve significado estatístico a presença de par j 2 (OR 0,023, p < 0,01).
CONCLUSÕES: A caracterização do perfil molecular pode ser útil como preditos da expressão da doença, sendo uma importante ferramenta no seguimento destes doentes. A presença de Par j 2 parece ser fator protetor de reação grave.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, rosaceae, alérgenos.

Segurança da vacinação contra a COVID-19 em doentes referenciados dos cuidados de saúde primários por alergia ao veneno de himenópteros

COVID-19 vaccination safety in patients with hymenoptera venom allergy referred by primary health care

Ricardo José Brás1; Joana Cosme2,3; Rita Brás2; Elisa Pedro2; Amélia Spínola Santos2,3

Braz J Allergy Immunol. 2023;7(2):201-208

Resumo PDF Português PDF Inglês

INTRODUÇÃO: As reações de hipersensibilidade após vacinação contra a COVID-19 têm vindo a ser descritas, embora a anafilaxia seja rara. A hipersensibilidade ao veneno de himenópteros constitui a terceira causa mais frequente de anafilaxia em Portugal, embora não pareça aumentar o risco de anafilaxia à vacinação contra a COVID-19.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da vacinação contra a COVID-19 em doentes com história de alergia ao veneno de himenópteros referenciados dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo com inclusão dos doentes com alergia ao veneno de himenópteros referenciados pelos CSP ao serviço de Imunoalergologia, para estratificação do risco de reações de hipersensibilidade à vacina contra o SARS-CoV-2, entre janeiro e dezembro de 2021
RESULTADOS: No total, incluíram-se 18 doentes, 72% do sexo feminino, média de idades de 61±18 [21-89] anos. Na caracterização do tipo da reação ao veneno de himenópteros, as reações locais exuberantes corresponderam a 33% de todas as reações referidas. Quanto a sintomas sistêmicos de anafilaxia, foram referidos sintomas mucocutâneos (33%), respiratórios (28%), cardiovasculares (33%) e gastrointestinais (11%). A abelha foi o inseto mais frequentemente implicado (61%). Relativamente aos valores de triptase basal, 3 doentes apresentaram níveis acima do cut-off estabelecido de 11,4 ng/mL, tendo indicação formal para iniciar esquema de vacinação em meio hospitalar. Durante o processo vacinal registrou-se um total de 46 administrações em 18 doentes, todas sem intercorrências. Apenas 5 doentes foram vacinados em meio hospitalar, tendo sido os restantes encaminhados para os CSP. Os doentes com mastocitose confirmada ou suspeita foram submetidos à pré-medicação com anti-histamínico anti-H1 e antiH2, bem como montelucaste, na véspera e no dia da vacinação.
CONCLUSÕES: A vacinação contra a COVID-19 é segura em doentes com reação de hipersensibilidade ao veneno de himenópteros. O protocolo utilizado mostrou ser eficaz na segregação de doentes entre CSP e cuidados secundários/terciários.

Descritores: Alergia, anafilaxia, hipersensibilidade ao veneno de himenópteros, triptase, vacinação COVID-19.

Sensibilização a carne de aves, peixe e coco em um jovem com alergia alimentar múltipla

Sensitization to poultry meat, fish, and coconut in a multiple food allergic young boy

Rita Brás1; Célia Costa1,2; Bartolome Borja3; Elisa Pedro1

Braz J Allergy Immunol. 2023;7(3):302-306

Resumo PDF Inglês

A alergia à carne de aves é rara e pode apresentar-se como primária ou secundária, no contexto da síndrome ovo-ave. A carne de frango é responsável pela maioria das reações. Foram descritos alergênios com reação cruzada (parvalbuminas, enolases, aldolases) entre peixe e carne de frango. A alergia ao coco também é rara. Coc n2 (globulina 7S) e Coc n4 (globulina 11S) foram implicados. Apresentamos um relato de caso complexo de alergia alimentar múltipla, onde é realizada investigação sobre alergia a peixe e carne de frango, bem como alergia ao coco.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, alimentos de coco, proteína de peixe, immunoblotting, proteína de aves domésticas.

2024 Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Rua Domingos de Morais, 2187 - 3° andar - Salas 315-317 - Vila Mariana - CEP 04035-000 - São Paulo, SP - Brasil - Fone: (11) 5575.6888

GN1 - Sistemas e Publicações