Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
Early introduction of foods in infancy: what is the best recommendation?
L. Karla Arruda
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 47-49
DOI: 10.5935/2318-5015.20140008
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Feeding in the first year of life and prevention of allergic diseases: current evidence
Marina Neto Rafael; Heloiza C. T. Esteves; Glauce Hiromi Yonamine
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 50-55
ResumoDOI: 10.5935/2318-5015.20140009
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A prevalência de doenças alérgicas aumentou significantemente nos últimos anos. Devido a este rápido aumento, surgiu o interesse em se identificar estratégias de prevençao ou reduçao do risco de se desenvolver alergia. Acredita-se que esta alta prevalência seja consequência de mudanças ambientais modernas, como o desenvolvimento industrial, mudanças climáticas e de hábitos alimentares que poderiam afetar a funçao imunológica, independente do seu caráter genético. O presente estudo tem como objetivo discutir o papel da alimentaçao no primeiro ano de vida sobre a prevençao de doenças alérgicas, através de revisao bibliográfica com base em artigos publicados entre 2003 e abril de 2014, disponíveis nos bancos de dados PubMed, SciELO e LILACS. Com relaçao ao aleitamento materno, existem poucas evidências do seu efeito protetor para o desenvolvimento de alergia. A recomendaçao de manter o aleitamento materno exclusivo por período de 4 a 6 meses deve-se a outros benefícios associados a esta prática. Há dados suficientes para a indicaçao da utilizaçao de fórmulas parcialmente ou extensamente hidrolisadas, com alergenicidade reduzida comprovada, para aqueles com alto risco de desenvolvimento de atopia, quando a amamentaçao exclusiva nao for possível. O início da alimentaçao complementar é recomendado após 4-6 meses, com atençao à variedade dos alimentos. A alimentaçao no primeiro ano de vida parece ser importante para a modulaçao do desenvolvimento do sistema imunológico e prevençao de alergias.
Descritores: Hipersensibilidade, aleitamento materno, alimentaçao mista, prevençao primária.
Severe combined immunodeficiency: review of the literature
Juliana Cantagalli Pfisterer; Sabrina Vargas Martini; Paolo Ruggero Errante; Josias Brito Frazao
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 56-65
ResumoDOI: 10.5935/2318-5015.20140010
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A imunodeficiência combinada grave (SCID) é uma condiçao clínica caracterizada por marcante comprometimento da resposta imune envolvendo linfócitos T e/ou B e/ou células NK, que conduz a aumento da susceptibilidade a infecçoes e alta taxa de mortalidade em crianças acometidas. Dificuldades na interpretaçao dos sintomas clínicos e na identificaçao de mutaçoes genéticas, devido à ampla variedade fenotípica e genotípica da doença, representam obstáculos para o diagnóstico. Por outro lado, o tratamento é realizado de forma independente da identificaçao de mutaçao genética. O objetivo do presente trabalho foi revisar aspectos fisiopatológicos, métodos diagnósticos e tratamentos utilizados em pacientes com SCID. A revisao foi realizada com base em levantamento bibliográfico de banco de dados indexados disponíveis na Internet incluindo LILACS, MEDLINE, PubMed, SciELO Brasil, periódicos CAPES e Cochrane, e foi conduzida com os seguintes critérios de inclusao: artigos científicos publicados nos idiomas português e inglês, dentro do período de 1963 a 2014 e que possuíam as palavras-chave "Imunodeficiência Combinada Grave", "SCID", "Leucopenia", "Diagnóstico", "Tratamento" e "Transplante de medula óssea". O levantamento bibliográfico revelou dificuldades no diagnóstico clínico, laboratorial e genético-molecular, e ressaltou a importância do diagnóstico precoce conduzindo ao tratamento adequado. O diagnóstico precoce da SCID tem papel crucial na melhora da qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes, além de favorecer intervençoes terapêuticas que previnem o surgimento de infecçoes e complicaçoes clínicas subsequentes.
Descritores: Imunodeficiência combinada grave, SCID, leucopenia, diagnóstico, tratamento, transplante de medula óssea.
Induced sputum cytology in asthmatics infected with Schistosoma mansoni
Givaneide S. Lima; Maria Ilma Araújo; Maria Cecília F. Almeida; Alvaro A. Cruz; Luciana S. Cardoso
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 66-74
ResumoDOI: 10.5935/2318-5015.20140011
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INTRODUÇAO: A infecçao pelo Schistosoma mansoni inibe manifestaçao da asma. A avaliaçao do escarro induzido em pacientes infectados pelo parasita pode trazer informaçoes importantes sobre a relaçao entre doenças alérgicas e parasitoses.
OBJETIVO: Avaliar a celularidade do escarro em asmáticos em uma área endêmica em esquistossomose na Bahia.
MÉTODOS: Estudo randomizado, duplo cego, controlado com placebo, incluindo asmáticos infectados pelo S. mansoni e um grupo de asmáticos nao infectados. Foi utilizada a celularidade do escarro induzido, em contagens sequenciais pré (D0) e pós-tratamento (D7, D60 e D90), para avaliar os efeitos do tratamento da parasitose com praziquantel sobre a asma.
RESULTADOS: Avaliados 22 indivíduos asmáticos infectados pelo S. mansoni e grupo controle adicional composto por oito asmáticos nao infectados. O grupo que usou praziquantel nao diferiu do grupo placebo quando comparada a celularidade do escarro. Houve aumento no número de eosinófilos nos D7, D60 e D90 no grupo placebo, quando comparados ao basal, e no D60 no grupo praziquantel. O número total de células aumentou em relaçao ao basal no D7 e no D90 para o grupo placebo, e no D90 para o grupo praziquantel. O grupo que usou praziquantel apresentou uma reduçao do volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1) no D7, D60 e D90. Nao houve associaçao entre a eosinofilia e a gravidade da asma.
CONCLUSAO: No presente estudo nao foi encontrada correlaçao entre os tipos celulares encontrados e a gravidade da asma, nem houve variaçao significativa do percentual de eosinófilos em resposta ao tratamento da esquistossomose.
Descritores: Escarro, asma, eosinófilos, eosinofilia, esquistossomose.
A comparative study of the prevalence of allergies in elderly and non-elderly patients
Lílian Dias dos Santos Alves; Andrea Bronhara Pelá Calamita; Zamir Calamita
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 75-80
ResumoDOI: 10.5935/2318-5015.20140012
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OBJETIVO: Doenças alérgicas também estao presentes no idoso e apesar do impacto em sua qualidade de vida, podem ser subdiagnosticadas ou desvalorizadas pela concomitância de outras doenças consideradas de maior gravidade e de risco à vida. Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência de doenças alérgicas observadas em idosos com 60 anos ou mais, comparando-se com a de nao idosos, atendidos em clínica especializada em alergia.
MÉTODOS: Realizou-se uma análise retrospectiva de prontuários de uma clínica particular, supervisionada pela Disciplina de Alergia da Faculdade de Medicina de Marília.
RESULTADOS: Dentre os 398 prontuários analisados, 51 (12,8%) eram de pacientes com 60 anos ou mais, com os seguintes diagnósticos de doenças alérgicas ou de hipersensibilidade: 31,4% dermatite de contato; 15,7% urticária crônica; 13,7% reaçao adversa a fármaco(s) (RAF); 11,8% rinite; 7,8% asma; 7,8% prurido; e 3,9% tosse. Os demais 347 pacientes tinham menos que 60 anos, com os seguintes diagnósticos de doenças alérgicas ou de hipersensibilidade: 24,2% urticária crônica; 23,6% rinite; 21,6% dermatite de contato; 11,5% asma; 4,3% RAF; 3,4% urticária aguda; 2,6% conjuntivite alérgica; 1,4% tosse; 1,1% dermatite atópica; 1,1% prurido. Houve prevalência significantemente maior de RAF e de prurido no grupo dos idosos.
CONCLUSOES: Conclui-se que os idosos apresentaram prevalências semelhantes para as diversas doenças alérgicas ou de hipersensibilidade em relaçao aos nao idosos, exceto para RAF e prurido, os quais predominaram na populaçao idosa.
Descritores: Alergia, epidemiologia, hipersensibilidade, idoso.
Francisco M. Vieira
Braz J Allergy Immunol. 2014;2(2): 81-82
DOI: 10.5935/2318-5015.20140013
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