Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
Decipher me or I will devour you - Unraveling the enigma of chronic urticaria
Fábio Chigres Kuschnir
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 147-8
DOI: 10.5935/2526-5393.20220017
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The new hereditary angioedema guidelines: what is its role?
Anete Sevciovic Grumach
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 149-50
DOI: 10.5935/2526-5393.20220018
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2022 Brazilian guidelines for hereditary angioedema - Part 1: definition, classification, and diagnosis
Régis A. Campos; Faradiba Sarquis Serpa; Eli Mansour; Maria Luiza Oliva Alonso; Luisa Karla Arruda; Marcelo Vivolo Aun; Maine Luellah Demaret Bardou; Ana Flávia Bernardes; Fernanda Lugão Campinhos; Herberto Jose Chong-Neto; Rosemeire Navickas Constantino-Silva; Jane da Silva; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Mariana Paes Leme Ferriani; Joanemile Pacheco de Figueiredo; Pedro Giavina-Bianchi; Lais Souza Gomes; Ekaterini Goudouris; Anete Sevciovic Grumach; Marina Teixeira Henriques; Antônio Abilio Motta; Therezinha Ribeiro Moyses; Fernanda Leonel Nunes; Jorge A. Pinto; Nelson Augusto Rosario-Filho; Norma de Paula M. Rubini; Almerinda Maria do Rêgo Silva; Dirceu Solé; Ana Julia Ribeiro Teixeira; Eliana Toledo; Camila Lopes Veronez; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 151-169
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220019
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O angioedema hereditário é uma doença autossômica dominante caracterizada por crises recorrentes de edema que acometem o tecido subcutâneo e o submucoso, com envolvimento de diversos órgãos. Os principais locais afetados são face, membros superiores e inferiores, as alças intestinais e as vias respiratórias superiores. Em decorrência da falta de conhecimento dessa condição por profissionais de saúde, ocorre atraso importante no seu diagnóstico, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Além disso, o retardo no diagnóstico pode resultar em aumento da mortalidade por asfixia devido ao edema de laringe. A natureza errática das crises com variação do quadro clínico e gravidade dos sintomas entre diferentes pacientes, e no mesmo paciente ao longo da vida, se constitui em desafio no cuidado dos doentes que têm angioedema hereditário. O principal tipo de angioedema hereditário é resultante de mais de 700 variantes patogênicas do gene SERPING1 com deficiência funcional ou quantitativa da proteína inibidor de C1, porém nos últimos anos outras mutações foram descritas em seis outros genes. Ocorreram avanços importantes na fisiopatologia da doença e novas drogas para o tratamento do angioedema hereditário foram desenvolvidas. Nesse contexto, o Grupo de Estudos Brasileiro em Angioedema Hereditário (GEBRAEH) em conjunto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) atualizou as diretrizes brasileiras do angioedema hereditário. O maior conhecimento dos diversos aspectos resultou na divisão das diretrizes em duas partes, sendo nessa primeira parte abordados a definição, a classificação e o diagnóstico.
Descritores: Angioedema, angioedema hereditário, diagnóstico, classificação, diagnóstico diferencial.
2022 Brazilian guidelines for hereditary angioedema - Part 2: therapy
Régis A. Campos; Faradiba Sarquis Serpa; Eli Mansour; Maria Luiza Oliva Alonso; Luisa Karla Arruda; Marcelo Vivolo Aun; Maine Luellah Demaret Bardou; Ana Flávia Bernardes; Fernanda Lugão Campinhos; Herberto Jose Chong-Neto; Rosemeire Navickas Constantino-Silva; Jane da Silva; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Mariana Paes Leme Ferriani; Joanemile Pacheco de Figueiredo; Pedro Giavina-Bianchi; Lais Souza Gomes; Ekaterini Goudouris; Anete Sevciovic Grumach; Marina Teixeira Henriques; Antônio Abilio Motta; Therezinha Ribeiro Moyses; Fernanda Leonel Nunes; Jorge A. Pinto; Nelson Augusto Rosario-Filho; Norma de Paula M. Rubini; Almerinda Maria do Rêgo Silva; Dirceu Solé; Ana Júlia Ribeiro Teixeira; Eliana Toledo; Camila Lopes Veronez; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 170-196
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220020
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O tratamento do angioedema hereditário tem início com a educação dos pacientes e familiares sobre a doença, pois é fundamental o conhecimento da imprevisibilidade das crises, assim como os seus fatores desencadeantes. O tratamento medicamentoso se divide em terapia das crises e profilaxia das manifestações clínicas. As crises devem ser tratadas o mais precocemente possível com o uso do antagonista do receptor de bradicinina, o icatibanto ou o concentrado de C1-inibidor. É necessário estabeler um plano de ação em caso de crises para todos os pacientes. A profilaxia de longo prazo dos sintomas deve ser realizada preferencialmente com medicamentos de primeira linha, como concentrado do C1-inibidor ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína, lanadelumabe. Como segunda linha de tratamento temos os andrógenos atenuados. Na profilaxia de curto prazo, antes de procedimentos que podem desencadear crises, o uso do concentrado de C1-inibidor é preconizado. Existem algumas restrições para uso desses tratamentos em crianças e gestantes que devem ser consideradas. Novos medicamentos baseados nos avanços do conhecimento da fisiopatologia do angioedema hereditário estão em desenvolvimento, devendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O uso de ferramentas padronizadas para monitorização da qualidade de vida, do controle e da atividade da doença são fundamentais no acompanhamento destes pacientes. A criação de associações de pacientes e familiares de pacientes com angioedema hereditário tem desempenhado um papel muito importante no cuidado destes pacientes no nosso país.
Descritores: Angioedema hereditário, tratamento farmacológico, tratamento de emergência, qualidade de vida, tratamento biológico.
Practical guide to urticaria for special patient groups
Larissa Silva Brandão; Janaina Michelle Lima Melo; Gabriela Andrade Dias; Eli Mansour; Rozana de Fátima Gonçalves; Carolina Tavares De-Alcântara; Fernanda Lugao Campinhos; Daniela Farah Teixeira Raeder; Leila Vieira Borges Trancoso-Neves; Régis de Albuquerque Campos; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Rosana Câmara Agondi; Alfeu Tavares Franca; Luis Felipe Chiaverini Ensina
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 197-213
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220021
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A urticária crônica é uma condição que afeta mais de um milhão de brasileiros, com grande impacto na qualidade de vida. Mesmo com diretrizes bem difundidas para o seu diagnóstico e tratamento, seu manejo pode ser desafiador em pacientes pediátricos, idosos e gestantes. Para auxiliar o médico especialista nestes casos, o Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia elaborou esta revisão com as principais dúvidas e dificuldades referentes ao tema nestes grupos de pacientes.
Descritores: Urticária crônica, criança, idoso, gravidez, lactação.
Practical guide to acute urticaria
Carolina Tavares de Alcântara; Daniela Farah Teixeira Raeder; Fernanda Lugao Campinhos; Larissa Silva Brandão; Régis de Albuquerque Campos; Alfeu Tavares Franca; Rozana de Fátima Gonçalves; Eli Mansour; Janaina Michelle Lima Melo; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Gabriela Andrade Dias; Leila Vieira Borges Trancoso-Neves, Rosana Câmara Agondi; Luis Felipe Chiaverini Ensina
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 214-24
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220022
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A urticária aguda é uma causa frequente de consulta com alergistas, caracterizada por urticas e/ou angioedema. Embora autolimitada e benigna, pode causar desconforto significativo e raramente representar uma doença sistêmica grave ou reação alérgica com risco de vida. Nesta revisão, elaborada pelo Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, foram abordadas as principais questões referentes ao tema para auxiliar o médico especialista e generalista.
Descritores: Urticária, angioedema, diagnóstico, terapêutica.
Non-IgE mediated food allergy: food protein-induced allergic proctocolitis - An update
José Luiz Magalhães Rios; Sandra Maria Epifânio Bastos Pinto; Liziane Nunes de Castilho Santos; Eliane Miranda da Silva; Natalia Rocha do Amaral Estanislau; Maria Fernanda Andrade Melo e Araujo Motta; Flavia de Carvalho Loyola
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 225-38
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220023
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Nas últimas décadas observa-se aumento na prevalência mundial de alergia alimentar, que já acomete aproximadamente 6% das crianças, atribuído à interação entre fatores genéticos, ambientais e alterações na resposta imunológica e pode envolver reações mediadas por IgE, não mediadas e mistas. As formas não IgE mediadas decorrem de reação de hipersensibilidade tardia, mediada por linfócitos T e afetam prioritariamente o trato gastrointestinal, como a Síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar (FPIES), Síndrome da proctocolite alérgica induzida por proteína alimentar (FPIAP), Síndrome da enteropatia induzida por proteína alimentar (FPE) e doença celíaca. As características destas reações podem ser diferenciadas por sua apresentação clínica, gravidade, idade de início e história natural. Entre as reações alérgicas aos alimentos não IgE mediadas, a proctocolite alérgica é a mais frequente. Geralmente ocorre no primeiro ano de vida e apresenta excelente prognóstico. Embora costume ter um curso benigno, traz grande preocupação aos cuidadores por frequentemente cursar com quadro de hematoquezia exigindo diagnóstico diferencial adequado. O conhecimento e manejo da proctocolite alérgica é de suma importância para a prática médica em Alergia e Imunologia. Seu diagnóstico é baseado na história clínica seguindo-se dieta de exclusão, especialmente do leite de vaca, com subsequente provocação oral, que geralmente pode ser realizada no domicílio. O diagnóstico preciso é importante, para se evitar dietas de exclusão desnecessárias. Nesta revisão foram utilizados artigos publicados nos últimos anos, com busca realizada através da base PubMed envolvendo revisões, diagnóstico e tratamento de alergias não IgE mediadas, com foco em proctocolite alérgica.
Descritores: Hipersensibilidade alimentar, diarreia infantil, hemorragia gastrointestinal, hipersensibilidade ao leite, aleitamento materno.
Tuberculosis immunology: a narrative literature review
Ana Cristina Favre Paes Barreto Alves; Alex Isidoro Ferreira Prado; Iukary Takenami
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 239-50
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220024
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A resposta imune desenvolvida pelo hospedeiro contra o Mycobacterium tuberculosis é considerada de natureza complexa e multifacetada. Esta interação bacilo-hospedeiro resulta, na maioria das vezes, em uma infecção latente assintomática, podendo ou não evoluir para a forma ativa da tuberculose (TB). O presente estudo objetivou atualizar e sumarizar o conhecimento científico acerca dos mecanismos imunológicos associados à infecção e sua progressão para a TB ativa. Trata-se de uma revisão narrativa, realizada a partir do levantamento bibliográfico de artigos científicos indexados nas bases de dados PubMed/MEDLINE e SciELO, nos últimos 20 anos. Nas últimas décadas, a caracterização de linfócitos Tγδ, MAIT, iNKT e outra células T CD1 restritas proporcionaram um maior entendimento do papel da imunidade inata na infecção pelo bacilo. A migração de linfócitos T CD4+ produtores de IFN-g, TNF-α e de outras moléculas solúveis, promove o recrutamento e formação do granuloma, estrutura que beneficia tanto o hospedeiro quanto o bacilo. Eventualmente, um desequilíbrio nesta complexa rede de interação, resulta em uma resposta inflamatória exacerbada que contribui para o desenvolvimento de um granuloma necrótico. Por fim, a exaustão da resposta imune local frente à contínua exposição ao bacilo, associada ao perfil anti-inflamatório dos linfócitos Th2 e linfócitos Treg, favorecem a inativação funcional e, consequentemente, o desenvolvimento da doença ativa. A resposta imunológica é crucial para o desenvolvimento da infecção por M. tuberculosis. Portanto, estudos que possibilitem uma maior compreensão sobre a interação bacilo-hospedeiro podem viabilizar o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos, estratégias terapêuticas e, sobretudo, avanços no desenvolvimento de imunobiológicos.
Descritores: Tuberculose, Mycobacterium tuberculosis, imunidade, granuloma.
Vaccination and exercise: immunology in action in pandemic times
Sérgio Duarte Dortas-Junior; Guilherme Gomes Azizi; Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 251-5
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220025
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A COVID-19 é a enfermidade causada pelo SARS-CoV-2, descrita em 2019, em Wuhan. Desde então, causou a morte de milhões de pessoas. A doença caracteriza-se entre sintomas gripais e gastrointestinais, podendo evoluir com gravidade. A importância de compreender como melhorar a eficácia da vacinação levou à investigação de fatores que podem influenciar a resposta imune. A prática de exercícios foi identificada como um fator que pode melhorar a função imunológica e, portanto, ser um potencial adjuvante para respostas imunes. O treinamento crônico, ou altos níveis de atividade física durante um período prolongado (mês/anos) e, separadamente, o exercício agudo - a realização de uma única sessão de exercício (minutos/horas), são dois segmentos relacionados à resposta imunológica ao exercício físico. O exercício agudo é conhecido por gerar efeitos de curto prazo sobre o sistema imune, mas parecem existir efeitos contrastantes entre sessões de exercícios moderados e exercícios prolongados. Na ausência de uma medicação profilática ou tratamento efetivo, a existência de vacinas e associação com a prática de exercícios, particularmente em populações em risco de disfunção imunológica, como idosos, deve ser estimulada. Assim, nesta revisão os autores buscam dissertar e hipotetizar sobre os efeitos do exercício nas respostas à vacinação. Enfim, a prática de exercícios se apresenta como adjuvante dos efeitos imunológicos sobre a vacinação, todavia, com o andamento da vacinação global para SARS-CoV-2, serão necessários estudos com acompanhamento regular para que possamos avaliar a correlação entre a atividade física e a resposta imunológica a estes imunizantes.
Descritores: Imunologia, exercício físico, vacinação.
The COVID-19 pandemic and its impact on planetary health
Raphael Coelho Figueredo; Marilyn Urrutia-Pereira; Dirceu Solé
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 256-61
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220026
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A pandemia de COVID-19 deu ao mundo uma imagem clara do que é uma crise multidimensional em escala planetária, revelando o papel central que ocupa o setor de saúde e as profundas desigualdades no acesso aos cuidados em saúde que existem entre os diferentes países, e dentro de cada um deles. Melhorar os efeitos ambientais do setor e reduzir as emissões de gases de efeito estufa pode não apenas melhorar a saúde de todos, mas também reduzir os custos com os cuidados em saúde. O setor de saúde de cada país libera direta e indiretamente gases de efeito estufa ao fornecer seus serviços e ao comprar produtos, serviços e tecnologias em uma cadeia de fornecimento de carbono intensivo. Educar os profissionais de saúde mais profundamente sobre os efeitos das mudanças climáticas pode levar a práticas clínicas mais sustentáveis, melhorando os resultados para os pacientes e fornecendo um impulso substancial para aumentar os esforços para reduzir as emissões de carbono. O setor da saúde deve assumir a responsabilidade por sua pegada climática respondendo à crescente emergência climática, não apenas prestando assistência aos doentes, feridos ou moribundos como resultado da crise climática e suas causas, mas também fazendo a prevenção primária e reduzindo drasticamente suas próprias emissões.
Descritores: Pandemia, emissões de carbono, saúde planetária.
Telemedicine knowledge and practices among Brazilian allergists and immunologists
Renan Augusto Pereira; Paula de Sá Barreto; Ana Carolina da Matta Ain;Juliano Coelho Philippi, Anna Clara Rabha, Valéria Soraya de Farias Sales; Norma de Paula M. Rubini; Dirceu Solé; Emanuel Sarinho; Herberto Jose Chong-Neto
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 262-70
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220027
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INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar as características das práticas de telemedicina (TM) entre médicos alergistas/imunologistas (A/I) brasileiros e avaliar seu conhecimento sobre as recomendações regulatórias.
MÉTODOS: Uma pesquisa eletrônica autorreferida foi enviada por e-mail uma vez por semana entre agosto e outubro/2021 a 2.600 médicos A/I brasileiros.
RESULTADOS: 205 (7,9%) participantes preencheram os formulários. 143 (70,2%) médicos usaram TM em sua prática clínica, e 184 (89,9%) nunca o usaram antes da pandemia de COVID-19. Dentre os médicos, 192 (93,8%) utilizaram a TM para consultas de acompanhamento, 186 (91%) para verificação de exames complementares e 136 (66,7%) nas primeiras consultas. Cento e quarenta e três médicos A/I (70,2%) sentiram-se seguros em seu diagnóstico por meio da TM, e 7 (3,5%) responderam que não conseguiram encontrar um diagnóstico correto usando a TM. Os principais benefícios da TM relatados foram: maior acessibilidade, principalmente em áreas mais distantes 159 (77,6%), redução dos custos de deslocamento 158 (77,1%) e segurança quanto à transmissão do COVID-19 145 (71,2%). Por outro lado, algumas desvantagens da TM foram listadas pelos participantes: ausência de exame físico 183 (89,7%), relação médico-paciente fragilizada 59 (28,8%) e problemas de Internet 45 (22%). Em relação ao campo jurídico/ético, 105 (51,4%) dos especialistas aplicaram o termo de consentimento e 34 (16,7%) registraram a teleconsulta, ambas as etapas exigidas em uma consulta de TM, conforme recomendações regulatórias locais. Além disso, plataformas online inadequadas para TM, como aplicativos de mídia social e programas de reuniões online não específicos, foram relatadas como sendo usadas por 131 (64,1%) dos participantes. Oitenta (40%) não leram as declarações e recomendações oficiais que regulamentam a prática da TM no Brasil.
CONCLUSÕES: Observou-se um uso crescente de TM no Brasil, influenciado principalmente pela pandemia de COVID-19. Apesar de ser ferramenta útil na pandemia, com vantagens e desvantagens, há necessidade de conhecer as recomendações regulatórias.
Descritores: Telemedicina, consulta remota, alergia e imunologia.
House dust mite fauna characterization in the city of Rio de Janeiro and its importance in allergy diagnosis
Matheus S. Abreu; Anderson B. A. Matos; Francisca C. S. Silva; Yordy E. Licea; Maria Clara G. Pedrosa; Daniel V. R. Silva; Diana M. A. García
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 285-91
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220029
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INTRODUÇÃO: O ambiente domiciliar é um dos espaços favoráveis para o desenvolvimento de ácaros, tendo em vista a baixa luminosidade, umidade e temperatura, o que contribui para os crescentes casos de alergias em indivíduos atópicos.
OBJETIVO: Investigar o perfil faunístico dos ácaros na cidade do Rio de Janeiro e o potencial alergêncio para essa região.
MÉTODOS: Foram coletadas 30 amostras de poeira em residências na cidade do Rio de Janeiro, e as espécies encontradas foram classificadas quanto à morfologia, família e o gênero por chave de classificação. Para as regiões das coletas, a carga total de proteínas contendo os alérgenos foi determinada pelo método de Lowry e eletroforese em condições desnaturantes (SDS-PAGE).
RESULTADOS: Os resultados mostram a predominância de 84,9% de ácaros da família Pyroglyphidae; para os demais ácaros o percentual corresponde a 8% Tyrophagus putrescentiae, 6% Blomia tropicalis, 1% Cheyletus malaccensis, e 0,1% de Acarus siro. O conteúdo proteico alergêncio constituinte das amostras foram, grupo 1: 25 kDa (Der 1, Der p 1 e Blo t 1); grupo 2: 15 kDa (Der f 2, Der 2, Tyr p 2 e Blo t 2); e para o grupo 3: 29-30 kDa (Der f 3 e Blo t 3), o que indica uma região passível à sensibilização de indivíduos por estes ácaros.
CONCLUSÃO: O conhecimento da acarofauna nas regiões em estudo permite orientar a comunidade médica quanto à realização de testes cutâneos, além da terapêutica a partir do pool de extratos de ácaros contendo os antígenos, a fim de tornar a imunoterapia mais eficaz.
Descritores: Ácaros, identificação, alérgenos.
Pityriasis lichenoides after COVID-19 vaccination: a case report
Isabela Ceschin Maestri; Monica Preto Guimarães; Tsukiyo Kamoi; Rafaela Ceschin Fernandes, Renato Nisihara
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 292-4
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220030
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O artigo aborda o primeiro relato de caso que associa o desenvolvimento de pitiríase liquenoide com a vacinação contra a COVID-19. Em uma revisão literária foram encontrados escassos estudos que associam a pitiríase liquenoide como reação a outras vacinas. O mecanismo de desenvolvimento da doença ainda não é bem conhecido. Sabe-se apenas que se trata de uma reação inflamatória imunomediada. O diagnóstico da pitiríase liquenoide é clínico e é considerado um desafio, devido ao grande número de diagnósticos diferenciais e das diferentes formas de apresentação da doença. Desse modo, a maioria dos casos exige amparo na biópsia e em exames laboratoriais. As opções terapêuticas podem incluir o uso de antibióticos e imunossupressores. Destaca-se ainda a efetividade da fototerapia como tratamento de escolha da pitiríase liquenoide, podendo proporcionar uma resolução quase que completa das lesões e não causar efeitos sistêmicos que outras terapias poderiam trazer.
Descritores: Pitiríase liquenoide, vacinas contra COVID-19, vacinas.
Dupilumab in the treatment of chronic rhinosinusitis with nasal polyps in adolescents
Caroline Pinto Pássaro; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Nathássia da Rosa Paiva Bahiense Moreira; Fabiana Chagas da-Cruz; José Elabras-Filho; Priscila Novaes Ferraiolo , Solange Oliveira Rodrigues Valle
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 295-9
ResumoDOI: 10.5935/2526-5393.20220031
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O uso do anticorpo monoclonal dupilumabe em adultos tem possibilitado o controle da inflamação crônica, reduzindo significativamente o tamanho e a recorrência de novos pólipos, melhorando os sintomas nasais e, consequentemente, a qualidade de vida desses indivíduos. Relatamos o caso de uma adolescente que evidencia a eficácia de dupilumabe no tratamento da rinossinusite crônica com pólipo nasal.
Descritores: Sinusite, asma, anticorpo monoclonal.
The Peruvian Association of Patients with Hereditary Angioedema and COVID-19 vaccination
Oscar Manuel Calderon
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 300-1
DOI: 10.5935/2526-5393.20220032
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Differential diagnosis between exercise-induced anaphylaxis and cholinergic urticaria
Mario Geller
Arq Asma Alerg Imunol 2022;6(2): 302-3
DOI: 10.5935/2526-5393.20220033
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