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Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

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Fungos isolados em travesseiros de crianças e adolescentes com rinite e/ou asma

Isolated fungi on pillows of children and teenagers with rhinitis and/or asthma

Sandra Regina Leite Rosa Olbrich1; Jaime Olbrich-Neto2; Eduardo Bagagli3

Braz J Allergy Immunol. 2019;3(2):157-162

Resumo PDF Português

INTRODUÇÃO: Pouco se sabe sobre a distribuição de fungos dentro das casas e nos materiais onde ficam concentrados, como os travesseiros, objeto que passa maior tempo em contato próximo com o paciente, podendo ser um reservatório importante e facilitar a sensibilização e o desencadeamento de crises alérgicas. O conhecimento da ocorrência de fungos em locais pouco pesquisados, bem como sua taxonomia, torna-se fundamental.
OBJETIVOS: Avaliar ocorrência de fungos em travesseiros de crianças alérgicas, o ambiente e os aspectos relacionados.
MÉTODOS: Pacientes com rinite e/ou asma, e teste cutâneo positivo para fungos foram selecionados. Realizado questionário ambiental no domicílio e coletado travesseiros em uso, os quais foram aspirados na área interna e externa para obtenção de amostras de fungos. Travesseiros novos, comprados em comércio local, serviram de controle.
RESULTADOS: A prevalência de sensibilização dos pacientes a fungos foi de 5,46% (13 dos 238 avaliados). Nenhum ambiente revelou-se adequado para pacientes alérgicos. Todos os travesseiros, inclusive os controles, estavam contaminados, tanto na sua área externa como na interna; o número médio de unidades formadoras de colônias (UFC/m2) apresentou diferença significativa na parte externa, sendo maior naqueles com mais de 7 anos de uso. A diversidade e a quantidade de fungos encontrados nos travesseiros dos pacientes foi maior que nos controles. Das 39 espécies e/ou outro nível taxonômico identificados, 32 (82,0%) podem causar alergia do Tipo I - IgE mediada, e os mais frequentes foram Candida, Penicillium sp., Cladosporium sp., Mycelia sterilia, Fusarim sp., Aureobasidium pullulans e Aspergillus. Nenhum tipo de enchimento foi considerado ideal, e o que apresentou menor nível de contaminação foi o de viscoelástico.
CONCLUSÃO: Travesseiros são fontes de fungos e seus alérgenos. A maioria dos fungos isolados pode causar sensibilização com resposta IgE mediada. O painel utilizado mostrou-se insuficiente para identificar sensibilização aos fungos isolados.

Descritores: Fungos, rinite alérgica, antígenos de fungos.

Soluções salinas em diferentes temperaturas e concentrações melhoram o pico de fluxo inspiratório nasal em escolares?

Do saline solutions at different temperatures and concentrations improve peak nasal inspiratory flow in students?

Jaime Olbrich-Neto1; Sandra Regina Leite Rosa Olbrich2; Natalia Leite Rosa Mori2; José Eduardo Corrente3

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(4):452-457

Resumo PDF Português

INTRODUÇÃO: A higiene nasal com solução salina mostrou aliviar a congestão, manter a cavidade nasal limpa e úmida e reduzir o espessamento do muco. Evidências que apoiam solução salina aquecida ou solução salina à temperatura ambiente, em diferentes concentrações, são controversas.
OBJETIVO: Avaliar se soluções salinas aquecidas, em diferentes concentrações, são melhores que soluções salinas em temperatura ambiente para aumentar o fluxo inspiratório nasal em crianças saudáveis.
MÉTODOS: Estudantes entre 8 e 12 anos de idade foram submetidos a quatro procedimentos com soluções salinas em diferentes concentrações e temperaturas. O pico de fluxo inspiratório nasal foi medido antes e 30 minutos após cada procedimento. A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student, considerando p < 0,05.
RESULTADOS: Avaliamos 46 crianças em todas as etapas, cada criança foi controle de si mesma. Solução salina a 3% apresentou melhores resultados, mas não houve diferença significativa no pico de fluxo inspiratório nasal quando comparadas solução salina a 0,9% e solução salina a 3%, aquecida ou em temperatura ambiente. Quando perguntado, as crianças prefeririam solução salina a 0,9% e aquecida.
CONCLUSÃO: A solução salina a 3% apresentou maiores médias de pico de fluxo inspiratório nasal, mas não foi significativamente superior à solução salina a 0,9%. A solução salina aquecida não foi superior à solução salina em temperatura ambiente. É importante oferecer várias opções aos pacientes.

Descritores: Estudantes, lavagem nasal, solução salina hipertônica.

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