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Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

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Características demográficas e clínicas de pacientes com alergia ocular em ambulatório de hospital universitário em São Paulo

Demographic and clinical characteristics of patients with ocular allergy in an outpatient clinic of a university hospital in São Paulo, southeastern Brazil

Clóvis E. S. Galvão1; Ricardo Guimaraes Marim1; Giovanna Hernandes Battagello2; Rosana Camara Agondi1; Fábio Fernandes Morato Castro3; Jorge Kalil3; Cynthia Mafra Fonseca de Lima4,5

Braz J Allergy Immunol. 2025;9(1):106-114

Resumo PDF Português

INTRODUÇÃO: A alergia ocular (AO) engloba um conjunto de doenças que podem ser classificadas em diferentes fenótipos. Apesar de sua prevalência, existem poucos dados sobre AO no Brasil. Este estudo teve como objetivo descrever as características demográficas e clínicas de pacientes diagnosticados com AO.
MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de pacientes com AO atendidos entre 2002 e 2022 em um ambulatório de hospital universitário. Foram investigadas variáveis como idade, sexo, manifestações clínicas, doenças atópicas associadas, início dos sintomas e tipo de tratamento. A análise estatística foi conduzida utilizando o software STATA, adotando um nível de significância de 5%.
RESULTADOS: O estudo incluiu 100 pacientes, sendo 57% do sexo masculino, com idades variando entre 5 e 66 anos. Oito em cada dez pacientes relataram início dos sintomas na infância. A conjuntivite alérgica perene foi a forma mais comum da doença, e os sintomas mais frequentes foram prurido e hiperemia. A rinite alérgica foi a comorbidade mais associada à AO. O tratamento mais frequentemente utilizado foi a combinação de colírios de olopatadina e lágrimas artificiais. Além disso, 61% dos pacientes foram submetidos à imunoterapia. Complicações oftalmológicas, como ceratocone e úlcera de córnea, foram observadas em 26% dos casos, e 7% dos pacientes necessitaram de intervenção cirúrgica. Não foi encontrada correlação entre as variáveis estudadas e as complicações oftalmológicas.
CONCLUSÕES: A AO foi mais prevalente no sexo masculino e teve início na infância, com a rinite alérgica sendo a comorbidade atópica mais comum. O tratamento mais utilizado foi a combinação de lágrimas artificiais e colírios de múltipla ação. Embora mais de um quarto dos pacientes tenha apresentado complicações oftalmológicas, não houve correlação significativa entre as variáveis e essas complicações.

Descritores: Conjuntivite alérgica, rinite alérgica, fenótipo, imunoterapia, demografia.

Vasculite urticariforme e exantema: uma reação de hipersensibilidade tardia mista a dimenidrinato - relato de caso

Urticarial vasculitis and rash: a mixed delayed hypersensitivity reaction to dimenhydrinate - case report

Larissa Prando Cau; Danilo Gois Gonçalves; Rosana Camara Agondi; Pedro Giavina-Bianchi

Braz J Allergy Immunol. 2018;2(2):270-274

Resumo PDF Português

Dimenidrinato é um anti-histamínico H1 do grupo das etanolaminas, com importantes propriedades anticolinérgicas, antisserotoninérgicas e sedativas. Relatamos um caso de uma mulher que após 14 dias de ter usado dimenidrinato, iniciou quadro de exantema e vasculite urticariforme, além de sintomas constitucionais. Avaliaçao laboratorial sem alteraçoes. Biopsia de pele evidenciou dermatite de interface do tipo vacuolar e púrpura com leucocitoclasia e derrame pigmentar. Imunofluorescência positiva para IgG, com presença de fluorescência dos núcleos dos queratinócitos da epiderme. Tratada com corticoide oral por 2 meses até remissao completa do quadro, e posterior realizaçao de teste intradérmico, que foi positivo na leitura de 48h. A reaçao de hipersensibilidade tardia observada foi relacionada a mecanismo misto de Gell e Coombs (III e IV), com positividade no teste cutâneo intradérmico de leitura tardia em 48h (reaçao tipo IV) e biópsia compatível com vasculite cutânea (reaçao tipo III); lesoes exantemáticas (reaçao tipo IV) e urticária vasculítica (reaçao tipo III). O teste cutâneo com dimenidrinato positivo reforça o diagnóstico de reaçao de hipersensibilidade.

Descritores: Vasculite, reaçao de hipersensibilidade tardia, dimenidrinato.

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