Revista oficial da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai
A busca para o autor ou co-autor encontrou: 4 resultado(s)
Anaphylaxis: updating Practice Parameter 2023 recommendations
Albertina Varandas Capelo1; Alex Eustáquio de Lacerda2; Jane da Silva3; Renata Neiva Bittar4; Marisa Rosimeire Ribeiro5; Alexandra Sayuri Watanabe6; Elaine Gagete Miranda-da-Silva7; Ana Carolina D'Onofrio-Silva6; Fabiana Andrade Oliveira2; Mario Gueller8; Nathalia Coelho Portilho Kelmann6
Braz J Allergy Immunol. 2024;8(3):225-234
Resumo PDF Português
A anafilaxia é uma emergência médica potencialmente fatal que requer intervenção rápida e eficaz. Compreender e atualizar as práticas clínicas é crucial para garantir os melhores cuidados aos pacientes. Esta atualização baseada em evidências e experiência clínica de especialistas mostra uma discussão de aspectos focados em sete diferentes áreas com novas evidências e diferentes das diretrizes práticas anteriores. O texto resume desde aspectos do diagnóstico da anafilaxia, mastocitose, com destaque para o escore de indicação de biópsia de medula óssea e alfa triptasemia hereditária, investigação da anafilaxia perioperatória, influência dos betabloqueadores e inibidores da enzima de conversão da angiotensina, além das importantes indicações da prescrição dos autoinjetores de adrenalina, destacando-se aspectos práticos no manejo da autoprescrição.
Descritores: Anafilaxia, epinefrina, diagnóstico, mastocitose.
Food Allergy Update 2025: joint position statement of the Brazilian Association of Allergy and Immunology and the Brazilian Society of Pediatrics
Lucila Camargo Lopes de Oliveira; Luciana Rodrigues Silva; Jackeline Motta Franco; Alexandra Sayuri Watanabe; Abelardo Bastos Pinto Júnior; Albertina Capelo; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Antônio Carlos Pastorino; Ariana Campos Yang; Bruno A. Paes Barreto; Cristina Targa Ferreira; Ekaterini Simões Goudouris; Elisa de Carvalho; Elza Daniel de Melo; Fabiane Pomiecinski Frota; Germana Pimentel Stefani; Gustavo Falbo Wandalsen; Hélcio Maranhão; Herberto José Chong Neto; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima; Jocemara Gurmini; José Carlison Santos de Oliveira; José Luiz Magalhães Rios; Mauro Batista de Moraes; Natália Rocha do Amaral Estanislau; Renata Rodrigues Cocco; Rossiclei Pinheiro; Valéria Botan Gonçalves; Clóvis Francisco Constantino; Fátima Rodrigues Fernandes; Fábio Chigres Kuschnir; Dirceu Solé
Braz J Allergy Immunol. 2025;9(1):5-96
PDF Português
In vivo and in vitro specific IgE determination after specific immunotherapy with Hymenoptera venom: parameter to evaluate treatment success?
Cynthia Mafra Fonseca de Lima1; Alexandra Sayuri Watanabe2; Jorge Kalil3; Fábio Fernandes Morato Castro3; Clóvis Eduardo Santos Galvao3
Braz J Allergy Immunol. 2013;1(1):51-55
Resumo PDF Português
OBJETIVO: Comparar os níveis séricos de anticorpos IgE veneno-específicos e a reatividade em testes cutâneos antes e após 3 anos de imunoterapia específica com veneno de himenópteros.
MÉTODO: Pacientes foram selecionados para imunoterapia de acordo com a história clínica e pesquisa de anticorpos IgE veneno-específicos (ImmunoCap, Phadia, Brasil) e testes cutâneos (prick test e intradérmico). Após 3 anos de imunoterapia, os pacientes foram avaliados sobre ferroadas acidentais e foram repetidos a IgE sérica e o teste cutâneo.
RESULTADOS: Trinta e cinco pacientes foram avaliados. Dos que fizeram imunoterapia com veneno de abelha, 56% tiveram diminuiçao dos níveis de IgE por ImmunoCap, 71% permaneceram com teste cutâneo positivo, e 5% apresentaram sensibilizaçao ao veneno de vespa, que nao havia sido detectada na avaliaçao inicial. Para os que fizeram imunoterapia com veneno de vespa, 80% tiveram diminuiçao no nível de IgE sérica, 88% apresentaram teste cutâneo negativo, e 5% apresentaram sensibilizaçao ao veneno de abelha. Dos que fizeram imunoterapia com veneno de formiga, 92% tiveram diminuiçao dos níveis de IgE sérica específica, 78% permaneceram com teste cutâneo positivo, e 10%, apresentaram sensibilizaçao para abelha e vespa. Nao houve reaçao sistêmica dos pacientes que apresentaram ferroadas acidentais (86% dos pacientes alérgicos a abelha, 75% a vespa e 82% a formiga).
CONCLUSAO: A imunoterapia por pelo menos 3 anos foi efetiva, pois todos os pacientes que foram ferroados acidentalmente nao apresentaram reaçoes sistêmicas. Nossos resultados também demonstraram que tanto a IgE sérica específica assim como os testes cutâneos nao servem como parâmetros de sucesso no tratamento, pois a maioria permanece com positividade, no entanto sem reatividade clínica.
Descritores: Imunoterapia com veneno, ferroada de inseto, Hymenoptera, anafilaxia, IgE específica.
Epidemiology of anaphylaxis in Brazil: The Brazilian Registry of Anaphylaxis (RBA) of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)
Mara Morelo Rocha Felix1,2; Dirceu Solé2,3; Herberto José Chong-Neto2,4; Ekaterini Simões Goudouris2,5; Alexandra Sayuri Watanabe2,6; Norma de Paula M. Rubini1,2; Emanuel Sarinho2,7; Fátima Rodrigues Fernandes2,8; Fábio Chigres Kuschnir2,9; Grupo Brasileiro de Interesse em Anafilaxia (GBIA)10
Braz J Allergy Immunol. 2024;8(1):35-42
Resumo PDF Português PDF Inglês
INTRODUÇÃO: A anafilaxia é uma reação alérgica multissistêmica grave, de início agudo e potencialmente fatal. Poucos são os dados sobre sua epidemiologia no Brasil. O Registro Brasileiro de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (RBAASBAI) teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre anafilaxia em indivíduos brasileiros.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal com questionário online sobre dados demográficos, desencadeantes suspeitos, manifestações clínicas, atendimento durante a reação, investigação diagnóstica e aconselhamento após a reação de pacientes que experimentaram uma reação anafilática.
RESULTADOS: Entre junho/2021 e abril/2023, foram incluídos 237 pacientes (131 femininos): 99 crianças/adolescentes; 127 adultos e 11 idosos. Houve predomínio de meninos entre crianças/adolescentes (55,5%), e de mulheres entre os adultos (64,5%), e mediana de idade de 22 anos (< 1 a 77 anos). As manifestações cutâneas (92,8%) foram as mais frequentes, seguidas pelas respiratórias (70,1%), gastrointestinais (52,3%), neurológicas (36,3%) e cardiovasculares (35,3%). Os principais desencadeantes foram: alimentos (43,0%), medicamentos (26,2%), himenópteros (21,6%) e látex (2,5%); os alimentos entre crianças (leite, ovo, amendoim/castanhas), e os fármacos (anti-inflamatórios e antibióticos) entre os adultos. Quanto ao tratamento, 61,1% recebeu adrenalina (52,7% por profissional e 8,4% via autoinjetor de adrenalina -AIA). Uma adolescente (12 anos) faleceu após picada de abelha. A maioria recebeu plano escrito de emergência (78,1%) e foi ensinada a usar o AIA (70%).
CONCLUSÃO: Os alimentos foram os desencadeantes mais comuns entre crianças/adolescentes, e os fármacos entre adultos brasileiros. A adrenalina continua sendo subutilizada, reforçando a necessidade de maior disseminação do tratamento adequado da anafilaxia.
Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade alimentar, hipersensibilidade a drogas, hipersensibilidade a veneno, epinefrina.