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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Número Atual:  Outubro-Dezembro 2024 - Volume 8  - Número 4


Artigo Original

Prevalência de anafilaxia entre indivíduos portadores de doenças alérgicas no estado de São Paulo através de questionário online

Prevalence of anaphylaxis among individuals with allergic diseases in the state of São Paulo through an online questionnaire

Isabela Lazaretti Morato Castro1; Fabio Fernandes Morato Castro2; Elaine Gagete Miranda-da-Silva2; Júlia Borges Camargo1; Carolina Nigro Corrêa1; Lais Barbedo1


1. Faculdade de Medicina de Jundiaí, Medicina - Jundiaí, SP, Brasil
2. Hospital das Clínicas de São Paulo, Alergia e Imunologia - São Paulo, SP, Brasil


Endereço para correspondência:

Isabela Lazaretti Morato Castro
E-mail: castro.lazaretti@gmail.com


Submetido em: 19/09/2024
Aceito em: 21/12/2024.

Não foram declarados conflitos de interesse associados à publicação deste artigo.

RESUMO

INTRODUÇÃO: Anafilaxia é uma reação sistêmica grave potencialmente fatal, sendo fundamental um diagnóstico rápido e preciso para que o tratamento seja realizado de forma adequada. Apesar da gravidade da doença, os estudos voltados para sua prevalência no Brasil são escassos, limitando o conhecimento do real impacto e dificultando o planejamento de medidas preventivas para a anafilaxia no país. Este estudo objetiva, assim, contribuir para o conhecimento da prevalência da anafilaxia em indivíduos portadores de algum tipo de doença alérgica no estado de São Paulo.
MÉTODOS: O estudo foi realizado através da plataforma digital Google Forms com envolvimento anônimo dos participantes residentes do estado de São Paulo, previamente aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas. Foram divulgados, através de mídias sociais, dois questionários validados direcionados a indivíduos com até 7 anos e acima dessa idade.
RESULTADOS: Foram obtidos 309 questionários de indivíduos com sete anos ou mais que referiam ter algum tipo de alergia. Através dos escores sugestivos de anafilaxia, obteve-se 46 pessoas (14,9%) possivelmente anafiláticas. Entre estas, as causas foram medicamentos em 56,5%, alimentos em 47,8%, ferroadas de insetos em 26,0%, látex em 4,3%, e indeterminado em 4,3%. Outros diagnósticos: rinite, 60,8%; dermatite ou eczema, 41,3%; asma, 30,4%; diagnóstico isolado de anafilaxia, 30,4%. Entre crianças de até 6 anos 11 meses e 29 dias, 84 questionários referiram alergia, sendo que 21,4% apresentaram escores sugestivos de anafilaxia, cujas causas foram: alimentos em 72,2%, insetos em 22,2%, e medicamentos em 22,2%.Dermatite apareceu em 38,8% dos questionários, asma em 55,5%, rinite em 44,4%, e anafilaxia isoladamente em 5,55%.
CONCLUSÃO: A anafilaxia não é doença rara entre portadores de atopia, especialmente nas crianças pequenas, e as causas foram similares às referidas pela literatura médica, predominando medicamentos na população mais velha, e alimentos nas crianças.

Descritores: Anafilaxia, epidemiologia, fatores desencadeantes, prevalência, alérgenos.




Introdução

Anafilaxia é uma reação sistêmica grave, aguda e potencialmente fatal, desencadeada por mecanismo de hipersensibilidade. Essa reação caracteriza-se por manifestações clínicas sistêmicas de início agudo, podendo acometer progressivamente ou simultaneamente múltiplos sistemas como cutâneo, mucoso, respiratório, cardiovascular, sistema nervoso central e trato gastrointestinal1. Estudo posterior revelou uma alta sensibilidade para esses parâmetros diagnósticos, com uma especificidade intermediária. Demonstrando que apesar desses parâmetros serem extremamente úteis, o diagnóstico pode ser superestimado em quase 20% dos casos2. Recentemente foram definidos, pela World Allergy Organization (WAO), novos critérios clínicos para auxiliar no diagnóstico de anafilaxia em pacientes adultos e pediátricos3. A simplificação dos critérios visa ao reconhecimento mais rápido de quadros de anafilaxia, já que é consenso entre os especialistas que essa doença está aumentando, especialmente na população pediátrica4.

Os desencadeantes da anafilaxia variam de acordo com a faixa etária e os hábitos da população estudada. A causa alimentar é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, e tem sido apontada como a maior responsável pelo aumento da incidência nos últimos anos. Já os medicamentos, venenos de insetos e anafilaxia idiopática acometem pacientes com mais idade5.

No Brasil, pesquisas sobre a epidemiologia de reações anafiláticas ainda são escassas. Os agentes etiológicos aparentemente não diferem muito dos relatados na literatura médica internacional, sendo medicamentos, alimentos e insetos as causas mais comuns6. Considerando as dificuldades para estudos epidemiológicos no país, Gagete e cols.7 propuseram um novo instrumento para estudo populacional de anafilaxia e suas causas prováveis.

Pesquisas online e mídias sociais são realidades atuais, especialmente no mundo pós-pandemia de COVID-19. Esse poderoso instrumento que é a Internet aproxima pessoas e ideias e pode ser útil para se obter dados relevantes. Partindo dessa premissa, este estudo objetivou estudar a prevalência de anafilaxia e seus principais desencadeantes entre indivíduos do estado de São Paulo, que apresentam qualquer diagnóstico de "alergia", através de questionário padronizado e enviado via eletrônica através das diferentes mídias sociais.

 

Métodos

O questionário validado e padronizado por Gagete e cols.7 foi enviado eletronicamente para internautas, sem necessidade de identificação do participante. Tal instrumento separa indivíduos com sete anos ou mais (questionário Q1) das crianças de 0 a 6 anos, 11 meses e 29 dias (questionário Q2), sendo que cada questionário é específico. Foi utilizada a plataforma Google Forms® para a digitação dos formulários a serem enviados. Este mecanismo permite que o respondedor vá lendo as questões seguintes que vão surgindo na tela à medida que as anteriores são respondidas e deixando de ser visíveis. Além disso, a plataforma fornece aos pesquisadores todas as questões já tabuladas no formato Excell®, facilitando sua análise posterior. Cada questionário é composto por diversas questões e subquestões que foram padronizadas a partir dos critérios diagnósticos de anafilaxia e podem ser obtidos com mais detalhes em literatura específica7. Resumidamente, há questões relativas aos sintomas apresentados, à evolução dos mesmos, ao fato de o indivíduo ter sido ou não diagnosticado por especialista e qual(quais) foi(foram) os desencadeantes. Notas positivas e negativas foram atribuídas às respostas, e a soma fornece um escore acima do qual há mais possibilidade de esse indivíduo ser portador de anafilaxia. Para não criar um viés relativo à palavra "anafilaxia", considerando que há diversos termos utilizados para essa situação ("edema de glote", "urticária gigante", ‘APLV", etc.), o instrumento não refere o objetivo principal, que é o estudo das reações anafiláticas, e sim, foca num termo mais amplo, como "alergia". Desta forma, toda a população de alérgicos atingida pelo questionário é convidada a responder, e, por isso, há questões com pesos negativos que visam fazer o diagnóstico diferencial entre anafilaxia, asma grave, urticária aguda, etc.

O link com os questionários com uma carta explicativa foi enviado para:

- todos os e-mails cadastrados dos autores do projeto;

- mídias sociais como WhatsApp, Facebook e Instagram dos autores do projeto;

- também foi solicitado para que todos os respondedores encaminhassem a seus respectivos contatos.

Para análise do cálculo de análise amostral, utilizou-se a plataforma Prática Clínica8, com erro de 5%, grau de confiabilidade de 95%, prevalência máxima estimada de 6%, e consideramos o tamanho da população do estado de São Paulo de aproximadamente 44 milhões de pessoas, de acordo com o último censo de 20229. O número obtido foi de 87 indivíduos, mas para este trabalho considerou-se este o número mínimo e todos os questionários obtidos durante seis meses de pesquisa (de junho a dezembro de 2022) foram analisados. A pesquisa teve a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP USP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP (CAAE 45043621.2.0000.0068).

 

Resultados

Foram obtidos 309 questionários do tipo 1 (Q.1) de indivíduos que se denominaram "alérgicos" (idades variaram de 7 a 81 anos), e 84 questionários do tipo 2 (Q.2) de crianças cujos respondedores afirmaram ter algum tipo de alergia.

Dentre os Q.1 obteve-se 46 (14,9%) pessoas que apresentaram escore cujo valor atingiu pontuação para diagnóstico de possível anafilaxia, sendo 36 (78%) do gênero feminino. Destas 46 pessoas, as causas foram: medicamentos, 26 (56,5%); alimentos, 22 (47,8%); ferroadas de inseto (abelha, vespa ou formiga), 12 (26%); látex, 2 (4,3%); e indeterminado, 2 (4,3%) (Figura 1). Note-se que a soma das causas é maior do que o total de indivíduos com anafilaxia, pois alguns respondedores referiram ter tido reação em mais de uma situação por agentes diferentes. Outros diagnósticos entre os possíveis portadores de anafilaxia foram: rinite, 28 (60,8%); dermatite ou eczema, 19 (41,3%); asma, 14 (30,4%); diagnóstico isolado de anafilaxia, 14 (30,4%). Entre os 26 respondedores alérgicos a medicamentos, 18 (69,2%) relataram AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) como causadores do problema; 3 referiram antibiótico (11,5%); relaxante muscular, vitamina e vacina tiveram 1 resposta cada (3,8%); e 1 respondedor que não identificou o medicamento (3,8%). Dos 22 respondedores que referiram "alimentos" como causa de anafilaxia, obteve-se: leite, 10 (45,4%); frutos do mar, 6 (27,2%); ovo, 4 (18,1%); peixe, 2 (9%); castanhas, 1 (4,5%); amendoim, gergelim, fruta, semente de girassol e trigo, 1 (4,5%).

 

 

Dos 46 pacientes supostamente anafiláticos, 33 (71,7%) referiram que o médico confirmou o diagnóstico através de exames e/ou testes. Cinco desses 46 pacientes cujo escore foi compatível com anafilaxia não referiram ter o diagnóstico médico da doença (ou uma palavra correspondente como "edema de glote" ou "urticária gigante"). Quanto ao número de crises, 6 respondedores afirmaram ter tido apenas uma; 8 responderam que tiveram duas crises; 3 responderam ter tido três episódios; e 29 referiram quatro ou mais crises de anafilaxia.

Quanto aos Q.2, dos 84 questionários que referiram alergia, 18 apresentaram escores sugestivos de anafilaxia (21,4%), cujas causas foram: alimentos, 13 (72,2%); insetos, 4 (22,2%); medicamento, 4 (22,2%). Asma foi referida em 10 questionários (55,5%); dermatite em 7 (38,8%); rinite em 8 (44,4%); e diagnóstico isolado de anafilaxia em 1 (5,55%). Desse grupo de prováveis anafiláticos, 9 eram de gênero feminino (50%), e 9 do masculino (50%). Dos alimentos referidos como causa de provável anafilaxia, apurou-se o seguinte: leite em 8 indivíduos (61,3%); ovo em 3 (23%); castanha em 2 (15,3%); trigo em 1 (7,6%); corante em 2 (15,3%); amendoim em 4 (30,7%); peixe em 2 (15,3%); e soja em 2 indivíduos (15,3%). Note-se que o número de causas referidas é maior que o número de indivíduos, pois cinco deles referiram mais de uma causa (Figura 2).

 

 

Dos insetos, 1 respondedor relatou abelha; 2 pernilongo; e 2 formiga. Com relação aos quatro respondedores de medicamentos, 3 referiram ter sido antibiótico. Os respondedores das 15 crianças com provável anafilaxia referiram que tiveram seu diagnóstico etiológico confirmado por médico. Quanto ao número de crises, os respondedores relataram o seguinte: 2 (11,1%) referiram terem tido apenas 1 crise; 4 (22,2%) referiram 2 crises; 2 (11,1%) referiram 3 crises; e 10 (55,5%) indivíduos apontaram 4 ou mais crises de possível anafilaxia.

 

Discussão

A anafilaxia é uma emergência médica cujo diagnóstico etiológico e orientação ao(a) paciente cabe ao alergista. Por razões ainda não totalmente conhecidas, as reações anafiláticas estão aumentando10, e, por isso, o estudo dessa patologia é cada vez mais necessário. Aqui no Brasil ainda não há disponibilidade de adrenalina autoinjetável, que é a pedra angular para o autotratamento de crises de anafilaxia até que o indivíduo receba assistência médica. Ainda não está claro o porquê de não haver registro desse dispositivo no país, mas é possível que um dos motivos seja devido a poucos estudos epidemiológicos que atestem a necessidade de tal recurso para a população brasileira.

Há muitos desafios nos estudos epidemiológicos, especialmente no que tange à anafilaxia, já que o próprio termo não existe na CID (Código Internacional de Doenças) até a décima edição. Já foi demonstrado que diversos códigos de doenças da CID-9 sugestivos de reações alérgicas em prontuários de crianças atendidas na urgência e analisados posteriormente de acordo com os sintomas apresentados por esses pacientes, eram, na realidade, anafilaxia, entretanto, o diagnóstico anotado foi: "reação alérgica não especificada" (999.3), "reação adversa a alimento" (995.7) e "urticária alérgica" (708.0), dentre outros. No CID 10 persiste esse problema, existindo apenas codificação para "Alergia não Especificada" (T78.4), "História Pessoal de Alergia" (Z88.0 a Z91.0), e "Choque anafilático" (T78.0, T78.2, T80.5 e T88.6)11. Na CID 11 o termo "anafilaxia" já é previsto e quando esse novo código estiver totalmente implantado, certamente facilitará pesquisas epidemiológicas12.

Questionários são tradicionalmente utilizados para análises epidemiológicas e, conquanto haja diversas dificuldades relativas à compreensão dos respondedores referentes ao conteúdo questionado, esses instrumentos têm sido úteis em muitas pesquisas em áreas distintas da Medicina, e mais particularmente, na Alergia e Imunologia, como no conhecido questionário ISAAC13. Outro exemplo é o estudo OLASA14, envolvendo diversos países da América Latina, incluindo o Brasil. Esse estudo demonstrou medicações sendo os agentes mais implicados em crises anafiláticas, especialmente os anti-inflamatórios não esteroides, seguidos por antibióticos. Alimentos ficaram em segundo lugar, sendo os mais envolvidos: peixe, leite, frutas, trigo, amendoim, ovo, castanhas, mandioca e outros. Alergia a veneno de insetos, imunoterapia, látex, exercícios e contrastes iodados vieram a seguir.

Outros estudos na América Latina também utilizaram questionários para diagnóstico de anafilaxia, especialmente com alimentos15-17. Recentemente, aqui no Brasil, protocolo de pesquisa já publicado irá estudar através de questionário qual a prevalência da alergia alimentar autodeclarada em idosos18.Também no Brasil, Gagete e cols., através de questionário validado, encontraram em uma cidade do interior de São Paulo a prevalência de 6,2% de anafilaxia, onde as drogas, especialmente dipirona, foram as causas mais comuns7. Sousa e cols., utilizando este mesmo instrumento em crianças e adolescentes da cidade de Imperatriz, no estado do Maranhão, encontraram 5,78% de prevalência de anafilaxia19.

No presente estudo utilizou-se um questionário já padronizado para se pesquisar a prevalência de anafilaxia entre a população de internautas da cidade de São Paulo portadores de algum tipo de alergia, encontrando-se taxa de 14,9% no Q.1, e 21,4% no Q.2, o que é significativamente mais elevado do que as taxas previamente encontradas na população geral nos estudos anteriores que utilizaram esse instrumento. Isto pode refletir a maior taxa de portadores de anafilaxia na população de indivíduos alérgicos, sendo essa condição favorável ao aparecimento de anafilaxia20. Outros autores também encontraram correlação positiva entre anafilaxia e condição alérgica prévia21.

Quanto aos desencadeantes, os dados mostram que entre crianças maiores e adultos, medicamentos são mais prevalentes, vindo alimentos logo em segundo lugar; já entre crianças menores (Q2), alimentos estão claramente à frente como diagnóstico principal de anafilaxia, o que está de acordo com outras pesquisas no Brasil e no mundo14,22.

Outro dado que chama a atenção no presente trabalho é que cinco indivíduos do Q.1 obtiveram escores muito altos de sintomas, a ponto de serem considerados possivelmente anafiláticos, e não tinham esse diagnóstico. Conquanto possa ser um falso positivo, já que os respondedores da pesquisa não foram contatados para esclarecimento posterior, é provável que ainda falte à população estudada mais orientação para buscar especialistas que orientem tais pacientes com relação à necessidade de diagnóstico e tratamento precisos. Isso se torna ainda mais claro quando a grande maioria dos respondedores referiu apresentar mais de uma crise, sendo que 29 deles referiram ter tido quatro ou mais reações possivelmente anafiláticas. É muito provável que tais pessoas não tenham recebido orientação de como evitar suas crises de anafilaxia.

Estudos populacionais utilizando questionários apresentam diversos desafios, sendo o principal o estímulo das pessoas para responder uma pesquisa enviada eletronicamente, num momento em que esse tipo de correspondência se tornou quase banalizada. É possível que as pessoas mais alérgicas e que tenham passado por quadros mais graves sejam justamente as mais interessadas em responder, o que representa um viés a ser considerado nesse tipo de pesquisa. Entretanto, os escores de sintomas e os pontos de corte como diagnóstico de possível anafilaxia ajudam a localizar na população pessoas que de outro modo podem passar sem tal diagnóstico, já que muitas ficam sob outras denominações, e algumas não vão a especialistas.

Outro desafio de estudos com questionários é a compreensão que as pessoas têm daquilo que estão lendo. Em um país onde a educação pública está cada vez mais insuficiente, é possível que questionários sejam respondidos preferencialmente pela parcela da população mais escolarizada, e os resultados não reflitam todas as classes sociais dessa população. O próprio fato de ser pela Internet já pressupõe que no mínimo os respondedores precisam ter celular e conexão à rede, o que não é uma realidade ainda para toda a população.

Estudos epidemiológicos, apesar de suas dificuldades, são fundamentais para se conhecer o real impacto da anafilaxia na população brasileira, e outras pesquisas são necessárias para conscientizar a população, os médicos e as autoridades sanitárias do país com respeito a essa importante patologia.

 

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