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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Número Atual:  Julho-Setembro 2020 - Volume 4  - Número 3


Comunicação Clínica e Experimental

Primeira administração de ecalantida no Peru: relato de caso de paciente peruano com angioedema hereditário com inibidor de C1 normal

First administration of ecallantide in Peru: a case report of a Peruvian patient with hereditary angioedema with normal C1-inhibitor

Oscar Manuel Calderón


DOI: 10.5935/2526-5393.20200055

Sociedad Peruana de Alergia, Asma e Inmunología (SPAAI). Clínica SANNA el Golf, San Isidro, Lima, Peru


Endereço para correspondência:

Oscar Manuel Calderón
E-mail: oscarcalderonll@gmail.com

RESUMO

Ecallantide é um tratamento específico totalmente indicado na crise aguda de deficiência de inibidor de C1 HAE. Nosso objetivo é relatar a primeira administração de Ecallantide (Kalbitor®) no Peru, um caso de paciente peruano com EH com inibidor C1 normal sem alteração genética F12. Relatamos o caso de uma paciente de 32 anos, pós-parto, com HAE inibidor de C1 normal, pertencente à Associação Peruana de Angioedema Hereditário de Pacientes. Durante a gravidez, a paciente apresentou aumento na frequência e intensidade das crises de edema abdominal e facial e recebeu tratamento de manutenção com ácido tranexâmico e espasmolítico, com resposta moderada. Um mês após o parto, a paciente apresentou quadro respiratório e teste de PCR molecular positivo para Doença do Coronavírus (COVID-19), sem crise de AEH durante o processo infeccioso. Três meses após o parto, a paciente apresentou crise de edema agudo de laringe com dificuldade para respirar e falar, náuseas e vômitos, desencadeado por AINH. A paciente recebeu tratamento com anti-histamínicos, corticosteroides e adrenalina sem melhora, por isso o alergista administrou Ecallantide (Kalbitor®) com boa resposta nos primeiros 15 minutos após o início da administração. Alguns pacientes peruanos com AEH desenvolveram crises de edema facial e periférico leve a moderado após a ingestão de AINEs, sem melhora após a administração de tratamento para alergia. Em nossa paciente, a crise de AEH não foi desencadeada por infecção aguda por COVID-19. A paciente apresentou agravamento da crise de AEH durante a gravidez. Apresentamos a primeira administração de Ecallantide (Kalbitor®) no Peru, com boa resposta e tolerância ao tratamento.

Descritores: Angioedemas hereditários, angioedema hereditário tipos I e II, angioedema hereditário tipo III, ácido tranexâmico.



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