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Número Atual:  Julho-Setembro 2018 - Volume 2  - Número 3


Artigo de Revisão

Cigarros eletrônicos: esses ilustres desconhecidos

Electronic cigarettes: these illustrious unknowns

Marilyn Urrutia-Pereira1; Dirceu Solé2


DOI: 10.5935/2526-5393.20180038

1. Universidade Federal do Pampa, Departamento de Medicina - Uruguaiana, RS
2. Universidade Federal de São Paulo, Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia - São Paulo, SP


Endereço para correspondência:

Marilyn Urrutia-Pereira
E-mail: urrutiamarilyn@gmail.com


Submetido em: 02/07/2018
Aceito em 25/08/2018

Não foram declarados conflitos de interesse associados à publicação deste artigo.

RESUMO

Uma nova ameaça à saúde de crianças e adolescentes surgiu: os cigarros eletrônicos (e-cigarettes), ou sistemas eletrônicos de entrega de nicotina. Esta revisão visou avaliar os diferentes tipos de cigarros eletrônicos, os efeitos tóxicos à saúde e o impacto do marketing e da legislação vigente no uso desses dispositivos por adolescentes. Nesta revisão não sistemática sobre o uso de novos dispositivos liberadores de tabaco, foram pesquisados artigos nas bases de dados PubMed, BIREME/LILACS e SciELO, nos últimos 10 anos (2008 a 2018). Foram utilizados os seguintes descritores, palavras e combinações para a busca de artigos: vaping, electronic nicotine delivery systems, electronic cigarettes, tobacco products, e-cigarette. Mesmo que os e-cigarettes possam ser considerados uma estratégia promissora de redução de danos, existem os problemas potenciais relacionados à exposição a substâncias tóxicas. É urgente e necessário que decisões políticas e regulatórias impeçam o acesso dos jovens aos e-cigarettes, e as leis existentes não podem continuar sendo ignoradas, ou não aplicadas, na maioria dos países.

Descritores: Sistemas eletrônicos de liberação de nicotina, adolescente, tabagismo, poluição por fumaça de tabaco.




INTRODUÇÃO

Fumar não é seguro em qualquer idade, mas a prevenção em crianças tem sido uma prioridade de saúde pública1. Relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que o número de fumantes nos países de baixa e média renda aumentou em 33 milhões, e os esforços para reduzir o consumo de tabaco nestes países vêm sendo dificultados pela indústria do tabaco, cujo lobby implacável impediu os governos de introduzir políticas mais fortes2.

A indústria do tabaco entende que os jovens, referidos como “aprendizes”, são seu mercado mais importante3. Apesar dessas pressões, as estratégias de prevenção do tabagismo entre adolescentes geralmente são bem sucedidas4.

No entanto, uma nova ameaça à saúde de crianças e adolescentes surgiu, os cigarros eletrônicos (e-cigarretes) ou sistemas eletrônicos de entrega de nicotina (ENDS)5. O relatório da OMS estima que 13,4 milhões (3,6%) da população mundial, com idades entre 13 e 15 anos, usam produtos de tabaco sem fumaça2. Esse fato tem gerado preocupações significativas de saúde pública quanto ao aparecimento de uma nova geração e forma de dependência à nicotina6.

 

MÉTODO

Com o intuito de obter-se uma revisão sobre o uso de novos dispositivos liberadores de tabaco, realizamos a presente revisão não sistemática sobre e-cigarretes, sendo pesquisados artigos na base de dados do PubMed, Bireme/LILACS e ScIELO, nos últimos 10 anos (2008 a 2018). A busca foi realizada pelos dois autores, em artigos em português, espanhol e inglês. A seleção dos artigos foi realizada pelos dois autores, de modo independente e em momentos diferentes, e empregando os seguintes descritores, palavras e combinações para a busca de dados: vaping, electronic nicotine delivery systems, electronic cigarettes, tobacco products, E-cigarette. Foram selecionados 100 artigos, e após serem revisados, foram selecionados 41.

 

DEFINIÇÃO

Os dispositivos liberadores de nicotina (cigarros eletrônicos – e-cigarettes) usam componentes eletrônicos para aquecer líquidos compostos por sabores e nicotina. Na maioria dos dispositivos, o ato de soprar aciona um aquecedor, alimentado por bateria, que aquece o líquido, que se transforma em vapor que é inalado pelo usuário7.

 

TIPOS DISPONÍVEIS

O e-cigarette é constituído basicamente de três partes: uma bateria com alguns componentes eletrônicos, um vaporizador (também chamado atomizador), e um cartucho, sendo que funciona da mesma forma que os adesivos e chicletes de nicotina, entregando aos poucos esta substância ao fumante8.

Na maioria dos modelos, a bateria dos cigarros eletrônicos está ligada a um sensor que detecta a sucção realizada pelo usuário, a qual ativa o atomizador e inicia a vaporização do líquido contido no cartucho (chamado e-líquido ou e-suco), sendo então inalado pelo usuário. Ainda, esse sensor ativa um LED (pequeno dispositivo luminoso), geralmente de cor laranja, localizado na ponta do cigarro. Com isso, o cigarro eletrônico simula muito bem o real ato de fumar8. A Figura 1 apresenta a estrutura básica de um e-cigarrete 9.

 


Figura 1 Estrutura básica de um atomizador: base – peça que se conecta ao mod (local da bateria), recebe o impulso elétrico fornecido pelas baterias e o passa para a coil; coil – é basicamente o resistor que vai produzir calor a partir da eletricidade, juntamente com um pavio (wick) embebido no líquido, que vai ser aquecido e se tornar vapor; tanque – é o que armazena o líquido que vai ser vaporizado; bocal – parte pela qual o ar conduz o vapor para a boca do usuário.
Adaptado de Farinaccio R9.

 

Os e-cigarettes têm muitos nomes: “vapes”, “canetas de vape”, “e-hookahs”, “shishas eletrônicos”, “mods mecânicos” e “Juul”. Cada um deles com uma série de características de projeto e componentes que influenciam significativamente seus perfis farmacológicos e toxicológicos10,11.

Esses dispositivos evoluíram substancialmente ao longo do tempo, a partir de e-cigarettes de primeira geração para outros modificados mais modernos10. Recentemente, houve o desenvolvimento de um dispositivo sofisticado, elegante e discreto de alta tecnologia, chamado “Juul”, aparelho plano, retangular e portátil similar a um pen-drive de computador e recarregável em uma porta USB. Chamado de “iPhone dos e-cigarros”, apresenta sabores especiais Fruit Medley e Crème Brulee, perfil discreto (adolescentes relatam ter fumado em sala de aula), e altos níveis de nicotina (0,7 mL ou 59 mg/mL por cápsula) são alcançados rapidamente (5 minutos), criando uma experiência mais semelhante ao fumo de cigarros do que os outros cigarros eletrônicos disponíveis no mercado6.

 

SUBSTÂNCIAS LIBERADAS

Os e-cigarettes fornecem aerossóis de nicotina e outros produtos químicos ao pulmão. Embora não haja regulamentação ou padrões universais ou obrigatórios sobre o conteúdo desses produtos8, outros agentes tóxicos podem estar presentes como contaminantes ou gerados pelo aquecimento da solução ou substâncias, como maconha e derivados de cannabis, que podem ser adicionadas à solução13,14.

O aerossol exalado pelo usuário pode expor involuntariamente espectadores, e existem evidências conclusivas de que o uso de e-cigarettes aumenta as concentrações no ar de material particulado e nicotina em ambientes fechados, como acontece com o fumo passivo, colocando crianças, mulheres grávidas, idosos e pacientes com doenças cardiorrespiratórias em situação de risco especial15.

 

CAUSAS DE AUMENTO DO CONSUMO DE E-cigarettes PELOS ADOLESCENTES

Embora os e-cigarettes possam ajudar fumantes a parar de fumar, alguns jovens que nunca fumaram estão usando e-cigarettes de forma recreativa, aumentando potencialmente o risco de início do tabagismo. Estudos demostram que o uso de e-cigarettes está associado de modo independente ao início do tabagismo tradicional durante o ano seguinte16-20, ou durante a transição para a vida adulta, quando a compra de produtos de tabaco se torna legal21.

Entre os principais motivos apontados pelos adolescentes para o uso de e-cigarettes, encontramos:

(a) influência dos sabores sedutores, embora os aromas sejam limitados ou proibidos nos cigarros convencionais em alguns países, eles são amplamente permitidos nos cigarros eletrônicos22,23; (b) recebimento do primeiro e-cigarette de um membro da família; (c) maior porcentagem de amigos que os usam24; e (d) marketing extenso e intenso, em sites da Internet, jogos de Pokemon Go25, filmes, mídias sociais e propagandas perto de escolas, onde os e-cigarettes são apresentados como mais seguros5,12.

 

EFEITOS TÓXICOS DOS E-cigarettes SOBRE A SAÚDE

Embora os sistemas eletrônicos de entrega de nicotina sejam apresentados como alternativa à redução de danos, e que não apresentariam os mesmos perigos associados à combustão do tabaco26, estudos alertam sobre efeitos tóxicos à saúde relacionados ao uso de e-cigarettes.

Aditivos e solventes, incluindo propilenoglicol e/ ou glicerol, podem formar compostos cancerígenos quando aquecidos, gerando grande preocupação, pois a exposição a substâncias tóxicas durante a adolescência pode resultar em maiores danos do que a exposição na vida adulta, somado à exposição cumulativa iniciada precocemente27, e ao fato de que os efeitos produzidos pelos e-cigarretes podem não coincidir com o teor de nicotina listado nos refis de recarga, o que reflete a imprecisão na fabricação e na rotulagem28,29.

Adolescentes usuários de cigarro tradicional e de e-cigarretes apresentaram níveis urinários de cinco compostos orgânicos voláteis (VOC), que incluem acrilonitrila, acroleína, óxido de propileno, acrilamida e crotonaldeído, quatro deles cancerígenos27. Estudos recentes indicam que os e-cigarretes são uma fonte relevante de exposição a uma ampla variedade de metais (Cr, Ni e Pb, Mn, Zn), potencialmente tóxicos quando inalados, sustentando a hipótese de que os metais são transferidos do dispositivo (mais provavelmente a bobina) para o e-líquido, e do e-líquido para o aerossol, que é inalado pelo usuário30.

A exposição aguda a aerossóis dos e-cigarretes desregula a biologia do pulmão humano e do endotélio capilar pulmonar29,31, aumentando a rigidez arterial e prejudicando as respostas normais de reatividade vascular, de modo similar à que ocorre com outros fatores de risco, incluindo o tabagismo, que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares32.

Os aromatizantes induzem alterações agudas na função endotelial, os aromas baunilha e mentol contêm cinamadeído, eugenol e acetilpiridina, que comprometem a produção de óxido nítrico, inibem a inflamação, e aumentam a expressão de Interleucina 6, independentemente da concentração testada33, e os sabores de frutas podem produzir níveis elevados de acrilonitrila e benzaldeído, principalmente em produtos com sabor de cereja23.

Muitos adolescentes imaginam que os produtos aromatizados são mais seguros do que os produtos com sabor de tabaco, e os fabricantes de e-cigarretes aproveitam esse sentimento como uma estratégia de marketing, embalando-os de modo a parecerem doces e serem vendidos como inofensivos23, provocando intoxicações graves devido a ingesta acidental de nicotina líquida por parte de crianças menores de 6 anos34.

É cada vez mais frequente o uso de e-cigarretes, como um novo dispositivo para a inalação do Δ-9-tetrahidrocanabinol (THC), o principal princípio psicoativo da planta canábica. O canabidiol é considerado não-psicoativo, os e-líquidos puros à base de canabidiol de origem sintética, bem como os produtos canabidiol com teor de THC inferior a 0,2%, são considerados legais em alguns países35. Estudos descrevem os e-cigarretes como marcadores de comportamento de risco, com maior probabilidade de fumar cigarros, usar álcool e maconha13,14,36.

 

E-cigarettes E A SUA REGULAMENTAÇÃO

Os e-cigarettes são regulados de forma variável em todo o mundo. Em 2016, apenas 23 países implementaram políticas de idade mínima para compra37, menores de idade recebem com sucesso em suas casas e-cigarettes, e nunca foi tentado verificar a idade de quem fez a encomenda, nem controlado a idade do comprador na entrega do produto37.

Ao contrário dos produtos convencionais de tabaco, poucos estudos examinaram os efeitos do marketing de cigarros eletrônicos, assim a exposição, particularmente a informações errôneas ou imprecisas, afetaria a percepção, o julgamento e os comportamentos relacionados aos e-cigarettes e ao tabagismo por parte dos adolescentes39,40.

Os atuais sistemas de vigilância do uso do tabaco, dependem fortemente de pesquisas anuais nacionais e representativas, que estão mal equipadas para capturar o rápido desenvolvimento de novos produtos (e-cigarettes) e não coletam dados de postagens de mídia social privada e não fornece informações sobre o alcance geral da exposição individual à publicidade6,41. Melhor vigilância, juntamente com novas ferramentas de monitoramento digital, são essenciais para informar as políticas que restringem o marketing do tabaco aos jovens42.

 

POSICIONAMENTO DE SOCIEDADES MÉDICAS

O Fórum de Sociedades de Medicina Respiratória43 recomenda:

– Para proteger os jovens, os e-cigarettes devem ser considerados produtos do tabaco e regulamentados como tal, incluindo a tributação de e-cigarettes e suprimentos.

– O poder de dependência da nicotina e seus efeitos adversos nos jovens não devem ser subestimados.

– Considerando a susceptibilidade do cérebro em desenvolvimento à dependência da nicotina, a venda de e-cigarettes a adolescentes e adultos jovens deve ser proibida por todas as nações, e essas proibições devem ser cumpridas.

– Todas as formas de promoção devem ser regulamentadas, e a publicidade de e-cigarettes em meios acessíveis aos jovens deve cessar.

– Como o vapor eletrônico de cigarro expõe os não usuários à nicotina e a outros produtos químicos prejudiciais, o uso deve ser proibido em locais fechados, parques públicos e em locais onde crianças e jovens estejam presentes.

– Embora seus riscos à saúde sejam cada vez mais reconhecidos, mais pesquisas são necessárias para entender efeitos fisiológicos e deletérios dos e-cigarettes.

– Vigilância de rotina e levantamentos sobre o uso de cigarros combustíveis e eletrônicos devem ser realizados em muitos ambientes para melhor compreender a ameaça à saúde.

Em conclusão, mesmo que os e-cigarettes possam ser considerados uma estratégia promissora de redução de danos, existem os problemas potenciais relacionados à exposição a substâncias tóxicas no ar, evidências insuficientes para apoiar sua eficácia na cessação do tabagismo, e que, ao contrário, sejam sim uma possível porta de entrada para o tabagismo. É urgente e necessário que decisões políticas e regulatórias impeçam o acesso dos jovens aos e-cigarettes, e que as leis existentes não continuem sendo ignoradas, ou não aplicadas, na maioria dos países.

 

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